8 resultados para Expectativas racionais ( Teoria econômica)
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Renovador das instituies, fundador da V Repblica (1958), o general de Gaulle foi tambm o reformador do sistema educativo francs, num momento em que todas as tentativas precedentes de reformas desde 1945 no tinham sido bem sucedidas. Ele tentou impor um novo paradigma centrado na massificao/seleco, e principalmente articulado embora de maneira implcita com a teoria econmica do capital humano, largamente difundida a nvel internacional. O artigo examina a poltica escolar posta em prtica nesta base (com diferentes ministros da Educao e vrios conselheiros influentes) durante dez anos (1958-1968). Se esta poltica teve sucesso na democratizao da seleco, o que constitui um inegvel progresso em termos de justia e de igualdade inicial das oportunidades, ela no foi bem sucedida em grande parte na democratizao do sucesso escolar (oportunidade de acesso dos mais desfavorecidos aos graus mais prestigiantes).
Resumo:
Este artigo procura identificar os principais elementos que constituem o modelo terico que est a emergir em consequncia do desenvolvimento dos novos media baseados em redes de computadores. A teoria dos novos media comparada com os modelos clssicos da comunicao de massas, em especial com o de Shannon. Aps ter-se traar a evoluo dos estudos em comunicao nos anos oitenta, tomamos como fio condutor de anlise a distino entre os nveis fsico, lgico e de contedos presentes em qualquer meio de comunicao tecnologicamente mediado. Veremos ento ser possvel estabelecer uma ligao rigorosa entre a teoria geral dos sistemas complexos e os novos media, apontando o papel crucial do mecanismo de retroaco positiva e ainda a necessidade de pensar o conceito clssico de audincia. Finalmente, ao nvel dos contedos, salientamos que os novos media obrigam a repensar o tema da propriedade intelectual.
Resumo:
Neste artigo so passadas em revista algumas das principais teorias da organizao empresarial luz da moderna teoria dos grafos. Analisa-se, em primeiro lugar, a teoria clssica da gesto teorizada por H. Fayol, mostrando-se como ela pode ser revista de acordo com a teoria dos grafos hierrquicos. De seguida, analisa-se o conceito de rede dinmica, o qual leva a abandonar a teoria neoclssica quer da empresa quer do mercado e a caracterizar as empresas evoluindo nos ambientes das tecnologias da informao. So passados em revista os casos da Cisco Systems e da Microsoft Inc., salientando-se o tipo de grafos que lhes correspondem. finalmente destacado o papel dos standards em tecnologias da informao, concluindo-se serem necessrios mecanismos de regulao institucional em dinmicas empresariais que tendem a favorecer a emergncia de monoplios.
Resumo:
O problema da identidade pessoal, apresentado na nossa dissertao, tem como preocupao central discernir as condies que viabilizam a sua construo e permanncia atravs do tempo, tendo como paradigma de interpretao o problema da relao do sujeito consigo prprio, com os outros e com o universo simblico duma determinada poca histrica. Assim, a identidade pessoal surge-nos indissocivel da respectiva relao com o contexto scio-cultural da contemporaneidade, onde a coexistncia de mltiplos e dspares quadros de referncia, impulsionam o eu em direces distintas, provocando a sua exposio a modelos, valores e estilos de vida diferentes, por vezes at antagnicos, pela proliferao e intensificao dos processos de interaco social. A interioridade do sujeito existencial est agora colonizada por uma pluralidade de vozes, que concorrem entre si reclamando o seu direito existncia. Neste contexto, defendemos a ideia de que compete ao sujeito retirar de cada uma delas os elementos pertinentes que permitam a elaborao dos contedos pessoais da sua prpria interioridade, ou seja, compete ao eu fazer uma sntese hermenutica de carcter egolgico que permita delinear os contornos de uma subjectividade distinta das demais. Esta ideia de identidade enquanto projecto pessoal, construdo reflexivamente, d origem a uma biografia organizada e coerente, uma escolha sempre provisria e continuamente revisitada entre mundos possveis ou estados possveis do mundo e do eu. um processo individual de construo da identidade e do sentido, que transforma a procura de si num exerccio constante de autoquestionamento existencial. Neste contexto, a interioridade contempornea emerge a partir de uma rede de relaes mltiplas que confrontam o eu com uma variedade enorme de experincias e situaes existenciais, requerendo a capacidade e a elasticidade subjectivas necessrias a uma permanente interpretao do mundo e de si prprio, gerando um sujeito simultaneamente mltiplo e integrado, dotado de razo e de imaginao, capaz de construir e recriar continuamente novas formas constitutivas de si. No nosso trabalho, o problema da identidade pessoal no perspectivado segundo uma concepo essencialista ou substancialista, baseada na imutabilidade dos indivduos, mas sim numa perspectiva processual, segundo a qual a identidade uma construo em permanente devir, uma conscincia de si e da respectiva temporalidade. Neste sentido, o eu da contemporaneidade deve ser entendido como um processo em curso, uma identidade pluridimensional, que se constri e desconstri sem cessar, no mago das diferentes relaes que estabelece, quer consigo prprio (problema da reflexividade e da conscincia de si), quer com os outros (problema da linguagem e da intersubjectividade comunicacional), quer ainda da tica e da orientao para o bem. Assim, a identidade pessoal inseparvel do conceito de alteridade, sendo o outro interno (dialogicidade da conscincia de si) ou externo (intersubjectividade comunicacional). Esta concepo da identidade como construo e multiplicidade construtivismo subjectivo - que defendemos no nosso trabalho, requer uma gesto correcta das diversas facetas do eu, actualizadas em funo de contextos de interaco especficos, no sentido do auto-aperfeioamento de si, pela edificao e reviso constantes de uma matriz identitria forte e diferenciadora. Esta deve ser entendida no num sentido mecanicista, mas enquanto matriz em aberto, que se vai desdobrando e desocultando no fluir da temporalidade, onde coexistem vrios critrios de unidade, vrias modalidades de existir, segundo uma manifestao sucessiva de traos identitrios actuais e inactuais, que se fenomenalizam ao longo do tempo num horizonte de experincia possvel. Estamos pois a falar de uma subjectividade sem sujeito, no sentido em que no uma subjectividade logocntrica, no se desenha a partir da ideia clssica de unidade, nem se fundamenta num critrio nico de verdade. Antes se constitui atravs de um movimento contnuo gerador de novas formas de ser e modalidades de existir, no espao das suas prticas e no horizonte das suas problematizaes. uma subjectividade enraizada no mundo, dialgica e relacional, que vai efectuando snteses progressivas do seu trajecto existencial, atravs da dialctica constante entre identidade e memria, enquanto forma de configurao e reconfigurao narrativa dos aconte - cimentos passados, da aco presente e das expectativas futuras, numa preocupao constante de autoconstruo de um sentido para a vida e para si prprio. A identidade pessoal enquanto matriz egolgica que se constitui e reconstitui sem cessar ao longo do tempo tambm um acrscimo de ser, um poder ainda vir a ser, reque - rendo por isso a assuno criativa da fragmentao do eu, num exerccio permanente de reflexividade e narratividade, atravs do qual se ordena a temporalidade aleatria e episdica dos acontecimentos numa totalidade significante que conta a histria de uma vida. Neste contexto, a ficcionalidade surge como instncia de mediao eu-mundo, permitindo a formulao das inquietaes e ambivalncias do sujeito existencial num outro patamar ou nvel discursivo, essencialmente metafrico e hermenutico, pela retorizao do problema original. A converso do problema numa histria permite ao sujeito re-interpretar a realidade para alm da mera referencialidade, desvendando significados outros e configurando a sua polissemia intrnseca. A ficcionalidade surge ento como potica do tempo reencontrado, descoberta e assuno de facetas insuspeitadas da identidade pessoal, pela reabilitao hermenutico-criativa do passado, a qual possibilita a compreenso do presente e a perspectivao da aco futura. Esta constituio interpretativa de si a partir dos testemunhos da sua prpria actividade inseparvel do exerccio da suspeita e da provocao, no sentido em que o sujeito existencial no deve aceitar pacificamente as primeiras manifestaes que acedem conscincia, mas submet-las ao exerccio da dvida, enquanto forma de procura das motivaes mais profundas e autnticas do seu prprio ser, estimuladas no s pela vontade como tambm pela afectividade, pela associao involuntria ou pela repetio convulsiva. A identidade pessoal enquanto construo e desconstruo permanentes de um eu simultaneamente mltiplo e integrado , assim, o resultado de uma vida examinada, interpretada e narrada, de um si que se v a si mesmo como um outro sempre possvel.
Resumo:
Neste artigo passa-se em revista a evoluo da concentrao das indstrias culturais e comunicativas que, ao longo do tempo, foram adquirindo um maior protagonismo na vida poltica, cultural e econmica das sociedades, especialmente das mais desenvolvidas. A interrelao que se deu entre os regimes democrticos e os meios de comunicao, sobretudo desde o sculo XIX nos pases liberais (embora com uma democracia mais restringida do que a actual), entrou em crise. Em traos largos, a crescente mercantilizao da actividade cultural, comunicativa e de entretenimento coloca a questo de saber se os actuais macro ou mega grupos comunicativos e multimdia no tm um protagonismo excessivo, que de alguma maneira conviria controlar por parte dos Estados democrticos. Embora com uma viso geral, procurou-se utilizar exemplos do caso espanhol.
Resumo:
O presente estudo tem por objectivo analisar o papel desempenhado pelo Brasil no processo de internacionalizao das empresas portuguesas e, consequentemente, da economia nacional, com recurso preferencial ao Investimento Directo Estrangeiro no desenvolvimento desse processo, analisado no s na vertente econmica, evidenciando a sua contribuio para a modernizao e o aumento de competitividade da economia portuguesa, num mundo globalizado, mas tambm da sua relevncia na criao de uma nova imagem dos portugueses e das empresas nacionais, no Brasil, e no aumento da importncia poltica de Portugal na Amrica Latina, em resultado desse continuado esforo de internacionalizao. Para atingir o objectivo proposto, o Trabalho procura abordar o tema do Investimento Directo Portugus no Brasil (IDPB) seguindo um caminho inverso do habitualmente utilizado, ou seja, a partir dos protagonistas os investidores obter um conhecimento mais profundo dessa realidade e, com base nesse conhecimento, concluir para a teoria. A metodologia de trabalho adoptada consistiu na realizao de um survey, que permitiu identificar 110 empresas de capitais portugueses, investidoras em 24 sectores da actividade econmica brasileira, e no estudo de cinco casos paradigmticos, seleccionados a partir dessas empresas (estudo de caso, multi-casos). Os resultados obtidos permitem concluir ser o Brasil importante para o processo de internacionalizao das empresas portuguesas, particularmente desde a segunda metade dos anos 90, dado tratar-se de um mercado de elevado potencial e em crescimento e dada a existncia de factores scio-culturais de grande importncia para as empresas investidoras portuguesas, e considerar a relevncia assumida pelo IDPB no apenas como um fenmeno histrico, meramente conjuntural, mas sim como um fenmeno cuja importncia se prolonga na actualidade, com perspectivas realistas de futuro. Uma adequada pesquisa documental, complementada pela realizao de entrevistas, e a correspondente anlise crtica dos resultados permitem ainda identificar quais os principais desafios que se colocam aos investidores portugueses no Brasil, para terem sucesso nos seus empreendimentos, no futuro, e concluir pela relevncia do IDPB na criao de uma nova imagem dos portugueses e das empresas nacionais, no Brasil, e no aumento da importncia poltica de Portugal na Amrica Latina, em resultado desse continuado esforo de internacionalizao.
Resumo:
A profundidade das transformaes sociais em curso, juntamente com o desenvolvimento tecnolgico e cientfico, tm causado, na ltima dcada, constantes alteraes no desenvolvimento da Enfermagem como profisso. Desta forma, o presente estudo, de carter descritivo, no experimental e analtico, surgiu com o propsito de entender as motivaes e expectativas dos alunos que buscam hoje a profissionalizao de enfermagem, na observncia de um crescimento na alocao dos seus servios nos ltimos anos; sempre no intuito de compreender se os fatores financeiros e de garantia de emprego esto hoje como elemento de superioridade para a escolha da profisso. Para tanto, questionrios individuais foram aplicados aos alunos matriculados nas classes do primeiro (T.1: n=35) e ltimo semestre letivo (T.2: n=35), colocando em foco se as motivaes para a escolha do curso teriam significaes diferentes entre estas. Diferenas estatisticamente significantes no foram encontradas entre as turmas que fizeram parte desta pesquisa. Em ambos os grupos, pudemos observar que um expressivo percentual dos entrevistados (T.1= 85%; T.2=88,6%) concordou que questes humanitrias foram, de alguma forma, incentivadoras para a escolha do Curso. Quando os mesmos grupos foram indagados quanto opo do Curso, pela garantia de emprego, tambm se constatou que tal aspecto foi freqentemente mencionado como influente nas preferncias dos discentes pela profisso (T.1= 71,44%; T.2=45,71%), embora com menor magnitude quando comparado ao anterior. Face ao exposto, diante da metodologia adotada e dos resultados obtidos, conclumos que a imagem da Enfermagem como uma atividade caritativa e de ajuda divide hoje o espao com um trabalho cientfico sistematizado, motivado pelo mercado de trabalho e pelo crescimento pessoal. Os valores de doao e ideais religiosos no aparecem aqui abdicados, mas sim especificados e inovados nos conceitos de humanizao, cuidado e relao interpessoal, pontos norteadores dos saberes necessrios aos profissionais de sade da atualidade. Entretanto, a garantia de emprego atualmente percebida como uma das razes determinantes para a escolha de ser enfermeiro. Acreditamos que a ampliao do mercado de trabalho no setor sade e a dinamicidade da cultura, explicitadas no desenvolvimento da Enfermagem, no esto negando o cuidar como o ncleo central deste ofcio, mas atribuem certas caractersticas especficas de atividade cientfica a esta profisso.