4 resultados para Educação Estudo de casos
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
As doenas periodontais perfazem 75% das alteraes odontolgicas em humanos e diversos estudos epidemiolgicos mostram que esta afeo acomete cerca de 85% de ces acima dos trs anos de idade. A doena periodontal trata-se de uma doena de origem infeciosa causada por bactrias, pela alterao da capacidade de resposta imunolgica do hospedeiro infeo e tem uma relao documentada com fatores predisponentes, tais como a idade, raa, formato da cabea, obesidade e dieta. Tem como principal agente causador de doena a placa bacteriana associada falta de higienizao ou profilaxia dentria regular. Assumindo que a cavidade oral pode atuar como foco de infeo, a doena periodontal traduz-se pela inflamao da gengiva (gengivite), e a destruio de tecidos que suportam e protegem o dente (periodontite). Alm da elevada carga bacteriana local, as bactrias presentes em leses da cavidade oral podem entrar na circulao sangunea e atingir outros rgos, pelo fenmeno de anacorese, causando infees sistmicas graves. Tm sido efetuadas vrias pesquisas sobre a etiologia e patogenia da doena periodontal, mas so escassos os trabalhos concentrados na orientao, sensibilizao e percepo dos proprietrios na profilaxia e controlo da doena. O desconhecimento da importncia deste tema um factor que tem vindo a dificultar a adopo de medidas profilticas, tornando-se assim necessrio incluir o proprietrio na teia relacional epidemiolgica da doena periodontal. Esta uma condio necessria para a aquisio de novas posturas clnicas no que diz respeito ao controlo da doena e consequente diminuio de intervenes mdicas ou cirrgicas com finalidades teraputicas.
Resumo:
Este estudo procura analisar a problemtica da agressividade em contexto escolar e responder s questes: o que leva as crianas a apresentarem condutas agressivas? Qual a prxis de pais e professores diante de tais condutas agressivas? Dadas as mltiplas interpretaes sobre o tema agressividade, pode se considerar que o componente agressivo est presente em todas as pessoas como mecanismo de auto-preservao e est ligada personalidade que se constitui segundo Weil (1988) pela inteligncia, temperamento e carter. Por outro lado, as relaes sociais controlam as condutas e os sentimentos das pessoas. Considerando o comportamento agressivo em crianas de 6 a 10 anos, pode-se perceber que a famlia e a escola contribuem para a aprendizagem social e nesses ambientes que se estabelecem as mais variadas experincias. A participao dos pais e dos professores mostrou que a agressividade e a violncia so comportamentos presentes nas relaes entre os escolares, devido ausncia de regras claras, de dilogo e de afeto, fatores importantes para convivncia. Observou-se tambm a dificuldade dos pais e professores em lidar com situaes de conflitos, o que demonstra pouca compreenso sobre o assunto e de como orientar a criana com conduta agressiva. Assim como se verificou a falta de dilogo entre a famlia e a escola, ambientes to significativos na educação da criana.
Resumo:
Introduo: O adiamento das altas clnicas nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) por motivos sociais actualmente considerado um dos principais motivos que impedem a integrao atempada de novos clientes na Rede Nacional de Cuidados Continuados, RNCC, daqui em diante designada como a REDE. Este atraso tem impacto ao nvel da recuperao e estabilizao dos utentes, bem como ao nvel de eficincia e eficcia da UCCI, no podendo deixar de se considerarem os aspectos sociais e econmicos. Objectivo Geral: Identificar os determinantes que influenciam as altas clnicas em UCCI. Mtodos e Populao do Estudo: Este um estudo de caso colectivo, em que os dados observacionais, transversais, so recolhidos por meio de questionrio de auto-relato (por cada rea de interveno directa) e por anlise dos processos de consulta de pacientes. O objecto desta pesquisa abrange dois grupos: o grupo de amostra composto por 70 profissionais de sade que lidam directamente com os utentes e o grupo amostra composto de utentes internados na UCCI L Nostrum, com alta clnica entre 1/1/2011 e 31/12/2012, e que foram integrados atravs da REDE. Foram recolhidos os dados de 293 utentes sendo objecto de estudo os casos de 83 utentes integrados atravs da REDE e com prolongamento de internamento por motivos sociais. Resultados: Na percepo dos profissionais de sade, as respostas institucionais apresentam-se como a condicionante mais indicada, tanto para os utentes em geral, com 22 indicaes (88%) como para os utentes da REDE, com 10 indicaes (40%). Relativamente aos motivos familiares h referncia de 76% para os utentes em geral e de 36% para os utentes da REDE. Os motivos econmicos tambm apresentam, para os profissionais inquiridos, um valor expressivo (68%) nos utentes em geral, estando nos da REDE este factor condicionante a par com os motivos familiares (36%). Os motivos estruturais tm menor expresso tanto nos utentes em geral (32%) como nos utentes da REDE (16%). Outros para os utentes em geral, refere-se a dependncia funcional (4%). Nos motivos familiares, para os utentes em geral, 23 (92%) foi mais vezes indicada a insuficincia de suporte familiar, para os utentes da REDE, 13 (52%). A ausncia de suporte familiar, para os utentes em geral, representa 48% das respostas, seguindo-se o suporte inadequado (28%) e a ausncia de cuidadores (24%). Para os utentes da REDE, o suporte inadequado apresenta-se como segundo motivo (7%), seguindo-se a ausncia de suporte familiar (16%). Na percepo dos profissionais, os utentes da REDE esto tambm condicionados pela distncia geogrfica (8%) da sua rea residencial. Em termos estruturais, os motivos mais assinalados pelos profissionais para a generalidade dos utentes foram as barreiras fsicas mobilidade (80%) e a habitao sem condies bsicas de habitabilidade (78%). Os mesmos motivos foram assinalados para os utentes da REDE, barreiras fsicas mobilidade (40%) e habitao sem condies de habitabilidade (28%). No entanto, relativamente aos utentes em geral, a ausncia de habitao (29%) e a distncia geogrfica (4%) tambm foram motivos assinalados. Dos motivos econmicos percebidos pelos profissionais, a insuficincia de rendimentos o factor mais assinalado pela generalidade dos utentes (84%) e pelos da REDE (68%), seguida da percepo da capacidade de reposta limitada das instituies, 64% para a generalidade dos utentes e 28% para os da REDE e por fim os tipos de respostas insuficientes para as necessidades individuais dos utentes (20% dos utentes em geral e 12% da REDE). No total dos dois anos, 2011 e 2012, verificaram-se na UCCI L Nostrum 293 prorrogaes (100%) das quais 210 (71,6%) foram consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, enquanto 83 (28,3%) foram efectivamente protelamentos por motivos sociais, tendo em conta que nestes casos os utentes j no tinham critrios clnicos que justificassem a sua permanncia na UCCI. Das 210 prorrogaes consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, 93 (44,3%) foram-no por tempo de espera para transferncia de UCCI. Em 2011, dos 146 utentes com alta protelada (100%), 50 utentes (34,2%) permaneceram na UCCI por motivos sociais, enquanto em 2012 houve registo de 33 casos de protelamento (22,4%) em 147 (100%) altas prorrogadas. Concluses: Dos factores identificados como motivo de protelamento nos 83 utentes, estritamente por motivos sociais, destaca-se o protelamento de alta por espera de integrao em equipamento/resposta adequada, nomeadamente lar ou servios de apoio domicilirio (79,5%), seguindo-se a insuficincia de rendimentos do utente/familiares para contratao de servios ou resposta institucional (74,7%), a inexistncia de condies habitacionais para regresso ao domiclio (63,9%) e a insuficincia de suporte familiar (54,2%). Regista-se tambm a inadequao do suporte familiar (31,3%), a inexistncia de suporte familiar (28,9%) e, em menor percentagem, a ausncia de condies estruturais (13,3%). A ausncia de domiclio (sem abrigo) (8,4%) e a ausncia de rendimentos (4,8%) tambm foram factores inibidores da alta clnica. Dos 293 utentes identificados que tiveram protelamento da alta por motivos sociais verificou-se que 144 (49,1%) dos utentes permaneceram unicamente pela existncia de condicionantes institucionais e familiares/estruturais. Aspectos ticos: ao longo deste estudo, foram assegurados e respeitados, todos os procedimentos de garantia da confidencialidade e rigor na recolha dos dados, e a no interferncia nas dinmicas da instituio, dos utentes e dos profissionais.
Resumo:
O estudo e tratamento de fundos arquivsticos de arquivos associativos, constituem um tema at agora por explorar no mbito da teoria arquivstica. A presente Dissertao pretende contribuir para a identificao e anlise deste tipo de fundos arquivsticos, tendo por base uma abordagem terica complementada pelo estudo dos casos concretos dos fundos arquivsticos do Clube Naval de Lisboa, da Associao Naval de Lisboa e do sub-fundo de arquivo do Grupo Nutico Portuguesa/Clube Nutico de Portugal, que se encontram guarda do Arquivo Histrico Municipal de Cascais ao abrigo do PRADIM Programa de Recuperao de Arquivos e de Documentos de Interesse Municipal. A abordagem terica, baseia-se na anlise de bibliografi geral e normativa sobre os tipos de arquivos de acordo com as entidades produtoras e sobre criao de planos de classificao de documentao de arquivo. Recorremos tambm bibliografia mais especfica sobre Cmaras Municipais, uma vez que estas instituies so conotadas como tendo uma forte organizao interna e perante a ausncia de bibliografia sobre a temtica especfica dos arquivos associativos, optamos pela analogia com os Arquivos Municipais, como forma de identificar o estado da arte e as polticas a este nvel arquivstico. O estudo dos casos concretos enunciados, e consequente criao de um Plano de Classificao, e de um Inventrio especfico para cada um dos casos em anlise, so o objecto da presente investigao, pretendendo contemplar a perspectiva prtica do Tratamento dos Arquivos Associativos. Avaliamos o paradigma das agremiaes nuticas de modo a construir um modelo vlido para futuras classificaes de fundos similares ou congneres se encontrem por organizar nos locais onde se conservam os repectivos documentos de Arquivo, de modo a enriquecer a Histria do Associativismo e do meio em que estes se inserem, bem como para contribuir para o desenvolvimento do estudo arquivstico aplicado a este tipo de arquivos. Quando outras fontes no subsistem para contar a histria de uma Vila, Cidade ou Regio, os Fundos dos Arquivos Associativos, podem revelar-se fontes preciosas para o Conhecimento ou enriquecimento da Histria Local, dos seus lugares, e das suas gentes. Considera-se que este estudo poder contribuir para o conhecimento da longa vida e do enquadramento local das instituies em anlise, mas tambm para uma eventual aplicao mais ampla a outras instituies congneres, nacionais e internacionais que tm igual perfil e idnticas necessidades de tratamento arquivstico dos seus fundos.