30 resultados para Competências sociais
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
O presente Trabalho de Projecto teve como finalidade potenciar o desenvolvimento de competências académicas ao nível da Língua Portuguesa, associadas ao desenvolvimento das Competências Sociais, numa turma de 2º e 3ºanos, do 1º ciclo, inserida numa escola do Distrito de Portalegre. Partindo do pressuposto que se trata de um projecto que assenta nas premissas da investigação- acção, procurou-se fazer a caracterização do contexto educativo, em particular de uma turma, incluindo uma aluna com défice cognitivo, fazendo o levantamento das metodologias, das estratégias adoptadas e as implicações que a inclusão desses alunos reveste no processo de ensino-aprendizagem. Tendo como quadro conceptual de referência a perspectiva inclusiva de Todos os alunos, implementou-se um conjunto de actividades na área da Língua Portuguesa e das Competências Sociais, através do trabalho de cooperação e de uma pedagogia de diferenciação pedagógica inclusiva. As estratégias e os conteúdos adoptados, com valores inerentes à cidadania e ao respeito pelos outros, permitiram dar resposta a uma turma que apresentava alunos com limitações, ao nível da leitura e da escrita e nos relacionamentos, incluindo a aluna com défice cognitivo e potencializando as capacidades de cada aluno. Como principal conclusão, após análise e reflexão dos resultados, constatámos que os alunos com incapacidades intelectuais evidenciam melhores resultados quando inseridos na sala de aula, socializando as aprendizagens.
Resumo:
Este Projecto de Intervenção, “Aprender com os outros - uma estratégia para a inclusão de um aluno com autismo”, fundamentado nos pressupostos e nos procedimentos da investigação-acção, centrou-se nas acções em áreas de maior e menor sucesso do aluno, de nome fictício “Francisco”, no âmbito da língua portuguesa e da socialização, numa perspectiva inclusiva. Este aluno considerado com necessidades educativas especiais (NEE) apresentava perturbações do espectro do autismo (PEA), o que, à partida, se repercutia no seu défice de atenção, na autonomia para a realização das tarefas escolares, na área da linguagem e da comunicação e na interacção social. Como as interacções na turma e com a turma são essenciais para a aprendizagem, propusemo-nos implementar actividades específicas para o desenvolvimento das competências sociais e cognitivas, com abordagem comportamentalista, numa turma do 3º ano de escolaridade, onde estava incluído um aluno diagnosticado com PEA. Também procurámos desenvolver as suas competências académicas, através do trabalho realizado no grupo e com o grupo-turma, criando as condições que favorecessem a socialização do aluno e a sua autonomia. Para atingirmos aqueles objectivos, iniciámos um trabalho a pares e depois em pequenos grupos, para desta forma incluir o “Francisco” na dinâmica das aulas, para que participasse nas actividades propostas, obtendo o respeito dos colegas na valorização das suas intervenções e do seu ritmo de trabalho. Os objectivos definidos, bem como as actividades realizadas e avaliadas, implicando todos os intervenientes no processo, permitiram que o “Francisco” fizesse aprendizagens significativas nas áreas, académica, social, da autonomia e da comunicação. Segundo Silva (2009), a inclusão dos alunos considerados com necessidades educativas especiais no ensino regular implica mudanças ao nível das atitudes e das práticas pedagógicas de todos os intervenientes no processo ensino e aprendizagem, da organização e da gestão na sala de aula e na própria escola enquanto instituição. Acreditamos que só desta forma se pode proporcionar aos alunos marcados pela diferença, que é um valor em si mesma (Rodrigues, 2006; Leitão, 2006; Sanches & Teodoro, 2006; Silva, 2009), as mesmas experiências, aprendizagens e vivências que são proporcionadas aos restantes colegas.
Resumo:
“Comunicar para incluir” espelha a investigação realizada junto de uma criança com uma patologia de foro neurológico, que tem dificuldade em desenvolver competências sociais e comunicativas em contexto de jardim-de-infância. Planeou-se a realização de um estudo que permitisse conhecer a criança e a sua problemática, assim como o contexto educativo onde se encontra inserida, tendo por referencial uma visão holística da mesma. Neste sentido, desenvolveram-se actividades na área da Expressão e Comunicação com o intuito de criar espaços de comunicação efectiva com os pares, recorrendo também a meios aumentativos de comunicação. No âmbito da área da Formação Pessoal e Social criaram-se estratégias para promover a inclusão da criança junto do grupo. Estas estratégias passam por promover a igualdade de oportunidades à criança com NEE, considerando as suas necessidades e especificidades no desenvolvimento da planificação pedagógica para todo o grupo. Procurou-se também articular com os recursos existentes na comunidade educativa, no sentido de criar condições que facilitassem respostas educativas diferenciadas e diversificadas.
Resumo:
Este Projecto de Intervenção, “Estratégias a utilizar para promover a inclusão escolar de um aluno com autismo”, fundamentado nos pressupostos da investigação - acção, centrou-se numa turma do 1º ano, da qual fazia parte um aluno de nome fictício “Bruno”, de uma Escola Básica do 1º ciclo, aprofundando-se a temática do autismo, numa perspectiva inclusiva. Este aluno considerado com Necessidades Educativas Especiais (NEE) apresentava Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), o que, à partida, se repercutia no seu défice de atenção, na autonomia para a realização das tarefas escolares, na área da linguagem e da comunicação e na interacção social. Como as interacções na turma e com a turma são fundamentais, adoptaram-se estratégias e actividades que vão ao encontro das necessidades educativas daquele aluno, bem como do grupo turma. Propusemo-nos implementar actividades específicas para o desenvolvimento das competências sociais e cognitivas. De forma a atingirmos os objectivos propostos, iniciámos um conjunto de actividades, primeiramente a pares e depois em pequenos grupos, para desta forma incluir o “Bruno” na dinâmica das aulas, participando nas actividades propostas, obtendo o respeito pelos seus pares na valorização das suas intervenções e nos trabalhos realizados. Ao longo desta intervenção, na interacção com a turma, criámos condições que favorecessem a socialização e autonomia do aluno, desenvolvendo as suas competências académicas. O trabalho realizado com a turma do 1º ano foi essencial para um bom desenvolvimento académico de todos os alunos, incluindo o “Bruno” diagnosticado como tendo PEA. A inclusão dos alunos com PEA no ensino regular implica mudanças ao nível das atitudes e das práticas pedagógicas de todos os intervenientes no processo ensino aprendizagem, da organização e da gestão da sala de aula e na própria escola enquanto instituição.
Resumo:
Este trabalho é um plano de acção dirigido a uma turma do 5º ano e da qual faz parte um aluno com Necessidades Educativas Especiais que apresenta na interacção social e relacional um comportamento instável que prejudica a sua inclusão no grupo, com implicações negativas no rendimento escolar. A intervenção directa, com o grupo/turma em que o aluno estava inserido, decorreu semanalmente ao longo do segundo e terceiro período do ano lectivo 2007/2008. Cada sessão de trabalho, com a duração de 45 minutos, teve como base, estratégias e metodologias promotoras da interacção inclusiva, em que se realizaram actividades motivadoras, de execução acessivel a todos os elementos, efectuadas em grande, pequeno grupo e a pares. Todas as actividades realizadas, com o objectivo de desenvolver competências sociais e académicas, eram conducentes ao debate e à reflexão sobre a mais valia da mudança de atitude por parte de todos os elementos, utilizando estratégias para a inclusão do aluno em estudo, valorizando-se o respeito entre pares através da interacção e cooperação. No apoio pedagógico personalizado, prestado ao aluno duas vezes por semana, foram reforçadas competências específicas nas áreas académicas. As motivações que presidiram à realização desta intervenção, fundamentada nos pressupostos e nos procedimentos da investigação acção, prenderam-se com a preocupação existente relativamente às dificuldades que o aluno revelava ao nível das competências sociais/relacionais e académicas, necessitando de adequar comportamentos que dificultavam a sua inclusão. O aluno apresentava limitações significativas na actividade e participação, decorrentes de alterações de carácter permanente a nível cognitivo, existindo a necessidade de reforçar e desenvolver competências específicas. Neste sentido programou-se um plano de acção para se intervir com o aluno e a turma em questão. Da análise de dados recolhidos, após a intervenção, verificou-se uma mudança no grupo que se fez acompanhar de alterações operadas no aluno. O respeito pelas regras previamente estipuladas pelo grupo e com o grupo, facilitou a interacção entre todos os colegas e adultos, promoveu a aceitação do aluno em estudo e facilitou o desenvolvimento de competências académicas. Obteve-se um bom resultado, tanto a nível escolar como da interacção estabelecida entre todos. Acedeu-se a uma forma privilegiada de comunicação, encontrando um espaço para combater medos, adquirir auto-estima e confiança para enfrentar as relações sociais, assim como aceitar e respeitar a diferença e desenvolver novas aprendizagens.
Resumo:
Nas crianças com perturbações do Espectro do Autismo, as capacidades para desenvolverem interacções sociais recíprocas são limitadas, pela ausência de iniciações sociais com os seus companheiros e falta de sensibilidade às iniciativas dos outros. Evitam, frequentemente, o contacto social, isolam-se, exibem respostas negativas ou mesmo comportamentos disruptivos. Todas estas características dificultam aos seus pares o convívio e o jogo, mesmo quando estes mostram interesse em brincar com as crianças com Perturbações do Espectro do Autismo. Não admira então que ao longo das leituras realizadas durante o desenvolvimento deste trabalho, vários foram os autores que referiram a importância da promoção das competências sociais nestas crianças. Face ao exposto, com este estudo procura-se saber como se desenvolve a acção educativa de uma criança com Autismo nos contextos escolar e familiar. Propõe-se, assim, investigar o modo como é atendida no seu dia-a-dia, analisando os tipos de comportamento que revela, as estratégias educativas que são, para si, activadas, como reage em situação lúdica, bem como o grau de evolução constatada ao nível das aprendizagens. No seio familiar visa-se descrever o processo relacional, sob o ponto de vista educativo e, principalmente, analisar de que foram a criança em estudo é ajudada a ser autónoma. Como tal – e com base na análise das entrevistas realizadas no âmbito do estudo - é legítimo afirmar que os resultados da investigação evidenciam um contexto escolar e familiar seguro, envolvente e convergente entre si, no apoio à criança-alvo. Além disso, de acordo com os inquiridos e com os investigadores estudados na revisão da literatura é possível afirmar que os programas de intervenção precoce, o desenvolvimento das actividades lúdicas e um acompanhamento personalizado por um professor especializado (sem nunca esquecer a integração na turma) foram factores fundamentais para um melhor desenvolvimento global da criança em estudo.
Resumo:
Devido à elevada sinistralidade rodoviária que ainda se faz sentir em Portugal e apesar de ser um fenómeno resultante de diversos factores, este estudo tem como principal objectivo reduzir o consumo de substâncias na prática da condução através de um programa de prevenção primária com adolescentes denominado “Estrada 0%”. Neste programa de prevenção as substâncias abordadas em profundidade são o álcool, cannabis e a cocaína, pois acredita-se serem as mais consumidas entre os jovens na actualidade. O programa é aplicado a jovens com idades compreendidas entre os 15 – 18 anos em meio escolar com a duração de dois anos lectivos. Na primeira fase é trabalhado com os adolescentes as competências sociais e pessoais e na segunda fase os mesmos serão os agentes divulgadores na escola e comunidade da problemática de conduzir sobre o efeito de drogas.
Resumo:
As tecnologias de informação e comunicação são um ponto central na vida social dos adolescentes, que são em maior número relativamente aos adultos. A enorme popularidade no uso das comunicações online, acrescem as incertezas sobre se estes são conhecedores dos seus perigos, riscos e oportunidades. O presente programa de prevenção primária das transgressionalidades juvenis (Re)Ligar, tem como objectivo reforçar as competências sociais dos jovens, dotando-os de estratégias adequadas e eficazes, que possam vir a estar em situações de risco ou de emergente vitimização, de forma a fomentar uma melhoria da sua condição de cidadão e também na prevenção de comportamentos de risco e fazer face às condutas transgressivas dos adolescentes. Este programa pretende ainda contribuir paralelamente para a promoção do desenvolvimento de capacidades pessoais, cognitivas, sociais, emocionais e morais dos adolescentes que permitam a ponderação e a decisão, a escolha e a crítica no uso das tecnologias de informação e comunicação.
Resumo:
O papel da musicoterapia no desenvolvimento cognitivo das crianças com perturbação do espectro do autismo é a temática do nosso projeto no âmbito do Mestrado em Ciências da Educação/Educação Especial, levado a cabo na Escola Superior Almeida Garrett e tem como objetivo compreender qual o papel da musicoterapia no desenvolvimento cognitivo das crianças com autismo. Esta é uma técnica de terapia que recorre à música com o objetivo de fomentar as potencialidades da criança através da aplicação de métodos e técnicas específicas que auxiliam a desinibir-se e a envolver-se socialmente, proporcionando-lhe posteriormente uma enorme abertura para novas aprendizagens. A musicoterapia pode ser um importante veículo para a sua estimulação e integração plenas destas crianças, uma vez que desenvolve as suas competências sociais, assim como outras capacidades inerentes tais como o domínio da cognição. Tendo em conta as características inerentes a esta problemática e a importância crucial que as crianças frequentem a escola juntamente com os seus pares, local propício para serem estimuladas de modo que as suas capacidades e potencialidades sejam desenvolvidas. Pretendemos dar a conhecer a especificidade do Autismo, as dificuldades que esta problemática transporta consigo ao nível escolar das crianças diagnosticadas com esta patologia e o contributo da intervenção precoce na criança com autismo. Assim como os objetivos da musicoterapia a sua fundamentação e principalmente os benefícios que esta pode trazer especificamente a crianças com autismo.
Resumo:
RESUMO: Este projecto de intervenção, fundamentado na investigação/acção, teve como objectivo melhorar a oralidade, leitura e escrita funcionais numa aluna com Défice cognitivo moderado e, consequentemente, promover a sua inclusão em contexto escolar, bem como desenvolver nos restantes colegas atitudes de entreajuda, respeito e cooperação. Decorreu de Fevereiro de 2009 até Junho do mesmo ano. “B” é o nome fictício da aluna em estudo que, aquando a nossa intervenção, frequentava o 3º ano do 1º ciclo numa escola pública. A escolha da questão de partida prendeu-se com a emergência de dar resposta à necessidade que os pais, professores e a criança em questão tinham para que esta desenvolvesse competências de leitura, expressão oral e escrita O enquadramento teórico teve como objectivo facilitar a compreensão da intervenção. Para recolher informações sobre a “B” e sobre os contextos em que a mesma estava inserida, utilizámos como suporte metodológico, a pesquisa documental, o teste sociométrico, as entrevistas semi-directivas à professora de turma e à professora de Educação Especial, a observação naturalista e questionários à mãe da aluna. Foi feito um trabalho conjunto com a professora do ensino regular, com a professora de educação especial e com os pais, no sentido de delinear as estratégias/actividades mais benéficas, de modo a dar resposta às competências a desenvolver com a aluna. No fim da nossa intervenção, em Junho de 2009, esta já sabia escrever o seu nome sem modelo, desenvolveu o vocabulário e melhorou a construção frásica oral. Ao seu ritmo, envolveu-se mais nas actividades da sala de aula. Na aquisição de conceitos e competências, estas tiveram de ser muito simples, reais e concretas para que fossem adquiridas e aplicadas. No entanto, ainda tinha dificuldade em concentrar a atenção sem ajuda. No que diz respeito ao desenvolvimento da linguagem, o discurso utilizado pela “B” melhorou significativamente, passando a construir frases simples com linguagem mais perceptiva, apesar de comunicar com frases curtas e com pouca expressividade. ABSTRACT: This intervention project, based on research / action, was aimed to improve speaking, reading and writing skills in a functional student with moderate cognitive deficit, promote her inclusion in the school context and develop mutual help, respect and cooperation in her classmates attitudes. It ran from February until June, 2009."B" is the fictional name of the student in this study that during our intervention, attended the 3rd year of Primary school in a public school. The choice of the starting point had to do with the urgency of answering the parents, teachers and the child needs in what concerns the development of the reading, writing and speaking skills. The theoretical framework was aimed to facilitate understanding of the intervention. To gather information about "B" and the contexts in which she was placed, it was used, as a methodological support, research documents, the sociometric test, the semi-directive interviews to the class teacher and the Special Education teacher, the naturalist observation and the questionnaires to the student’s mother. Team work was done with the class teacher, the Special Education teacher and the parents, to outline the strategies / activities most beneficial, in order to establish the skills to be developed with the student. At the end of our intervention in June 2009, she could already write her name without a model, had developed and improved vocabulary oral sentence construction. At her own pace, she became more involved in the classroom activities. Concepts and skills acquisition had to be very simple, real and concrete to be acquired and applied. However, she still had some difficulty in focusing attention without help. What concerns language development, “B” has improved significantly from the simple sentences in more perceptive language, although she still communicates with short sentences and with little expression.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo principal identificar estratégias utilizadas pelos professores na sala regular para desenvolver competências cognitivas e sociais dos alunos com Perturbações do Espectro do Autismo. Esta perturbação do desenvolvimento assenta numa tríade de incapacidades que comprometem o sucesso do aluno, afetando as áreas da comunicação, socialização e comportamento. O estudo empírico teve por base um trabalho de natureza qualitativa, recorrendo-se à análise de conteúdo de entrevistas a professores de Ensino Regular e de Educação Especial de um Agrupamento de Escolas do distrito de Santarém. Procurou averiguar-se os benefícios e desvantagens da inclusão de um aluno autista, verificar se os professores identificam caraterísticas típicas desta problemática e aferir estratégias desenvolvidas com estes alunos. A partir da pesquisa realizada é possível constatar que os professores referem mais benefícios do que desvantagens na inclusão, indicam caraterísticas típicas do autismo e enunciam como estratégias a utilização do computador e a adaptação das atividades para a promoção das competências cognitivas e o convívio entre pares e os jogos com vista ao desenvolvimento das competências sociais. Pretende-se que este estudo contribua para que os professores do 1º Ciclo do Ensino Básico promovam estratégias cada vez mais diferenciadas com vista ao sucesso dos alunos.
Resumo:
A competência social é um construto multidimensional que abrange um conjunto de comportamentos aprendidos, socialmente aceites e que, deste modo, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento humano em geral e, em particular, no funcionamento escolar e profissional, afetando as relações com os professores e pares e o sucesso académico e profissional (Lemos & Menezes, 2002). Por sua vez, o autoconceito, também descrito na literatura como um construto multidimensional que engloba um sistema de representações descritivas e avaliativas acerca do desempenho do self nos diferentes contextos e tarefas em que o sujeito se envolve, diz respeito à imagem que o sujeito tem de si próprio e aquilo que acredita ser (Veiga, 2006). A carreira é um exemplo de um processo sócio relacional (Blustein, 2011). Exige a capacidade do indivíduo para avaliar os conhecimentos de si e do meio, bem como para selecionar e implementar recursos sociais adequados para lidar com tarefas de carreira e desafios específicos. Tendo em consideração a falta de estudos teóricos e empíricos sobre a compreensão das competências sociais e do autoconceito no âmbito da carreira dos jovens adolescentes, este estudo tem como objetivo principal caracterizar as competências sociais em contexto de carreira e o autoconceito em alunos do 8º ano, bem como, analisar possíveis diferenças nos resultados em função de variáveis sociodemográficas. Além disso, pretende-se, ainda, analisar a influência do autoconceito nas competências sociais em contexto de carreira e vice-versa. Para o efeito, participaram neste estudo 306 estudantes de ambos os sexos, 163 raparigas (53,3%) e 143 rapazes (46,7%), com idades compreendidas entre 12 e 16 anos (M=13,28; DP=0,590). Estes jovens encontram-se a frequentar o 8º ano de escolaridade, em três estabelecimentos de ensino público da zona norte do país. Foram administrados dois questionários de auto relato, a Prova de Avaliação de Competência Social em contexto de Carreira (PACS-Car, Candeias, 2005 adaptada por Araújo & Taveira, 2009) para avaliar as competências sociais de carreira e, o Piers-Harris Children’s Self Concept Scale-2 (PHCSCS-2 – Piers & Herzberg, 2002, adaptado por Veiga, 2006), para avaliar o autoconceito. Os resultados indicam que os rapazes apresentam níveis mais elevados de desempenho pobre, ansiedade e popularidade, quando comparados com as raparigas e que os alunos mais novos apresentam níveis de desempenho excelente, aspeto comportamental e ansiedade superiores aos adolescentes mais velhos. Verificou-se, ainda, que as competências sociais em contexto de carreira parecem influenciar positivamente o autoconceito e vice-versa. São retiradas implicações para o processo de intervenção na carreira com jovens.
Resumo:
As crianças com perturbações do Espectro do Autismo revelam acentuadas limitações ao nível das interacções sociais, tanto pela ausência de iniciação interativa com os seus pares, como pela falta de resposta às atitudes afetivas dos mesmos. Esta incapacidade para estabelecer relações sociais dificulta o convívio, mesmo quando os seus pares demonstram interesse em brincar. Ao longo da realização deste trabalho, através das leituras, vários autores referiram a importância da promoção das competências sociais nestas crianças. Com este estudo procura-se saber como são aceites os alunos com perturbações do Espectro do Autismo pelos seus pares sem Necessidades Educativas Especiais em contexto escolar. Propõe-se, assim, recolher as opiniões de vários alunos que frequentam o mesmo centro escolar face à presença de um colega com perturbações do Espectro do Autismo, de modo a fazer uma análise dos dados obtidos, bem como a elaboração de um plano de intervenção para uma melhoria da situação problema. Com base na análise das entrevistas realizadas no âmbito do estudo pode-se afirmar que os resultados da investigação revelam um contexto escolar positivo e empenhado no apoio aos alunos com perturbações do Espectro do Autismo. De acordo com os inquiridos e com os investigadores estudados na revisão da literatura é possível afirmar que o desenvolvimento das atividades lúdicas e um acompanhamento personalizado por um professor especializado, bem como a integração na turma, são fatores fundamentais para um melhor desenvolvimento global dos alunos em questão e para a prevenção de atitudes discriminatórias entre pares.
Resumo:
Este projecto de intervenção fundamentado nos pressuspostos e nos procedimentos da investigação-acção, centrou-se na utilização do computador, como ajuda técnica, e teve como objectivo estimular e reforçar as aprendizagens de um aluno com necessidades educativas especiais, na aprendizagem da leitura e da escrita, no âmbito da língua portuguesa e da socialização, em ambiente inclusivo. E foi a letra que utilizámos para identificar o aluno, que apresentava dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita, frequentava o 4º Ano, embora, de acordo com a sua professora, estivesse ao nível do 2º ano. Como as interacções na turma e com a turma são essenciais para a aprendizagem de todos, propusemo-nos implementar actividades específicas para o desenvolvimento da aprendizagem da leitura e da escrita de todos os alunos do turma e, particularmente, do aluno E, favorecendo as competências sociais de todos os alunos. Os objectivos definidos para o aluno E, bem como as actividades realizadas tendo o computador como recurso, permitiram-lhe fazer aprendizagens significativas nas competências académicas, tanto na leitura como na escrita. As actividades realizadas na sala de aula, permitiram que o aluno E se interessasse e conseguisse fazer parte das mesmas e principalmente da aprendizagem. Como tal foram usadas em sala de aula, abrangendo a turma numa aprendizagem conjunta e não diferenciada. Consideramos que esta intervenção permitiu uma mais-valia no nosso percurso e enriquecimento pessoal e profissional, consciencializando-nos para a importância de continuarmos a desenvolver estratégias que favoreçam sempre aprendizagens inclusivas para os alunos, não só com dificuldades de aprendizagem mas para todos os alunos com ou sem necessidades educativas especiais.
Resumo:
Neste trabalho dá-se conta de uma intervenção pedagógica realizada junto de um aluno e da sua turma. A intervenção foi implementado em parceria com o professor titular de turma e teve como objectivo a melhoria do comportamento dos alunos e o processo de ensino aprendizagem. Fizemos uma breve revisão bibliográfica sobre problemas emocionais, comporta-mentais e de aprendizagem, ensino de competências sociais e aprendizagem cooperativa, a qual constituiu o suporte teórico da intervenção. Para esta desencadeámos metodologias de investigação em educação, identificando a problemática de relacionamento social vivido pela turma e a situação particular de um dos alunos que evidenciava problemas emocionais, comportamentais e dificuldades cognitivas. A partir do conhecimento adquirido, definimos uma estratégia global, elaborámos a planificação e implementámos a intervenção pedagógica. A reflexão sobre cada sessão e no final da intervenção evidenciaram a mudança que se foi operando nos comportamentos individuais e do grupo/turma. A mudança contribuiu para o sucesso educativo e o desenvolvimento integral de todos e de cada um.