11 resultados para Arte na educação Teses
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Investigamos as concepes de professores dos anos finais do Ensino Fundamental de uma rede de ensino de um municpio brasileiro, acerca do ensino de msica, linguagem cnica, literatura e artes visuais a partir dos estudos e vivncias artsticas possibilitadas no curso de especializao em Docncia na Educação Bsica. O objetivo foi avaliar o impacto dessas atividades propostas na prtica pedaggica do professor. Esta uma pesquisa descritiva, em parte de anlise documental, cujo tratamento dos dados apresentou uma abordagem qualitativa e quantitativa. Para coleta de dados propomos duas aes bsicas: anlise dos documentos norteadores do projeto e aplicao de questionrios aos professores. Para a anlise dos questionrios adotamos a metodologia de anlise de contedo que prev o delineamento de um referencial de codificao, a mecnica da codificao e a construo de tabelas de freqncia para a anlise de contedos. Os resultados apontaram que 60% dos professores perceberam mudanas no currculo. Atividades que envolveram a literatura foram indicadas como as mais promovidas entre os professores, seguidas das atividades de artes visuais. 70% apontaram que houve mudanas no repertrio pessoal, principalmente por conta das vivncias em artes visuais e das apresentaes culturais. 40% demonstraram uma viso pedaggica das artes e 60% conceberam a arte como fruio.
Resumo:
Arte e cultura so expresses da busca incessante do conhecimento. No entanto, nem todos fruem dessa busca e no encaram o conhecimento artstico e cultural como um prazer. Talvez porque a Escola de hoje veicule inmeros conhecimentos sem atender sua interiorizao plena. Talvez porque arte e cultura no passem de meros nomes a que a Escola se refere sem produzir nos seus estudantes uma transformao pessoal e uma vivncia autntica. Em parte porque perdemos a metfora das musas, filhas de Zeus e da sua amante Mnemosine que unidas inspiravam poetas, filsofos, professores e alunos. Trazer as musas Escola sinnimo de integrar, imaginar, interpretar, interrogar, inferir, investigar, intuir, isto , abrir caminhos para a autonomia e para uma Escola inspiradora da arte e da cultura. O presente artigo procura mostrar como se pode levar de novo Clio e as suas irms musas escola. A partir da fundamentao do estado da arte sobre a educação artstica e da anlise das opinies de 40 professores de Histria da Arte sobre a necessidade de educação do olhar artstico, so delineados quatro princpios orientadores da promoo da busca incessante do conhecimento de que a arte e a cultura so expresses nobres.
Resumo:
A performance e a eficcia instituram-se como prioridade das actuais polticas de educação. Quais os motivos que levaram sua afirmao como paradigma dos sistemas educativos em detrimento da escola compreensiva? O presente artigo visa reconstituir e questionar a construo das teses fundamentais que contriburam para a denncia da crise generalizada da escola compreensiva e o aparecimento do modelo de escola eficaz, capaz de se integrar num mercado concorrencial e globalizado, no quadro de uma retrica reaccionria, instalada nos ltimos vinte anos nos EUA e no Reino Unido e que se vem alargando escala global. Pretende-se, desta forma, suscitar a reflexo sobre o papel dos socilogos da educação na compreenso da interaco dos vrios agentes educativos a uma escala globalizada e das novas implicaes do capitalismo nas polticas educativas.
Resumo:
O nvel de financiamento que os Estados atribuem Educação e a subsequente utilizao das verbas disponveis constituem elementos cuja importncia para a anlise da situao educativa julgamos relevante ainda que, amide, tendam a ser secundarizados. Na fase actual do sistema-mundo, os Estados confrontam-se, em geral, com o dilema de, por um lado, precisarem de responder s crescentes expectativas e exigncias feitas Escola e, por outro lado, sofrerem a crescente presso das teses neo-liberais visando limitar a interveno estatal e diminuir os impostos cobrados. No presente artigo procura-se caracterizar a evoluo do financiamento da Educação em Portugal e proceder a uma anlise tendo em conta as influncias e as condicionantes globais e nacionais existentes. Refere-se o histrico subfinanciamento do ensino portugus e reflecte-se sobre as crticas de alguns sectores de opinio quanto ao facto de a despesa com a Educação se ter aproximado, no final da dcada de 1990, dos nveis mdios da OCDE. Traa-se um quadro das perspectivas internacionais sobre a Educação, apresenta-se a actual situao da Unio Europeia nesta matria e abordam-se as perspectivas educacionais da OCDE, nomeadamente para Portugal. Da anlise da evoluo recente dos oramentos da educação reflecte-se sobre a diminuio dos investimentos educativos e a deslocao de verbas entre diferentes rubricas designadamente das rubricas de pagamento de pessoal para outras que, no essencial, correspondem aos objectivos e metas traados na Unio Europeia.
Resumo:
O artigo parte do conceito de emancipao para fazer uma leitura de alguns tericos crticos cujas teses rejeitam a razo iluminista que evoluiu de um ideal transformador da sociedade no sentido do progresso do esprito humano para uma razo instrumental que pretende ter o domnio da natureza e o controlo das relaes sociais. E f-lo enfatizando o poder da razo, mas de uma razo subvertida. Conforme Marcuse, a instrumentalizao da tecnologia, ao assumir um carcter racional, deixa de ser percebida como dominadora e exploradora, para ser entendida como promotora de progresso, legitimando o sistema de produo e troca capitalista. Para este terico, o resultado um one dimensional man, sem pensamento crtico, nem capacidade de argumentao. Habermas encontra na competncia argumentativa, nos processos de interaco sem coaces, o potencial emancipatrio do indivduo e da sociedade. Estamos perante um conceito de autodeterminao que, na contemporaneidade, ter que corresponder concepo de um espao pblico a mil vozes em que os cidados tero um papel activo assente na comunicao. A existncia de um espao pblico de democracia redistribuitiva implica, para Boaventura Sousa Santos, a emergncia de um novo contrato social em que o Estado deve assumir-se como elemento articulador, Estado experimental, democrtico na observncia do direito s experincias alternativas institucionais democrticas e da garantia de padres de incluso, fomentador da participao activa e contnua dos cidados. Entende-se, assim, a contribuio destes tericos para uma viso em que a escola se perspectiva como espao pblico gerido por relaes dialgicas e em que a educação tem como fim primordial a competncia para a auto determinao, para a participao democrtica e para a solidariedade.
Resumo:
O artigo aborda questes sobre corpo(reidade), currculo (fragmentado), polivalncia e equipes multiartsticas, que se articulam por meio de projetos de trabalho, no ensino da Arte no Ensino Fundamental brasileiro (5. 9. anos). Entende-se a Arte-Educação como rea de saber emprico-conceitual ou epistemologia da arte (Barbosa, 1998) e a possibilidade de uma Educação Esttica (EE) que (trans)forme a singularidade humana e nossas relaes sociais mais amplas articuladas visada transdisciplinar nos processos de aprendizagem e promova o encontro das linguagens artsticas, mdias e referenciais epistemoestticos (Duarte Jr., 2004). Nesse caso, a corpo(reidade), mais que um conceito, percebida como o organismo vivo que supera polarizaes e dualidades (Serres, 2004; Merleau-Ponty, 1996). Tambm, dados os problemas do currculo (fragmentado) e do exerccio da polivalncia, articula-se a ideia da atuao cultural com equipes multiartsticas atravs de projetos de trabalho (Hernndez, 2007). Enfim, uma Educação Esttica como possibilidade de ampliao cognitiva, afetiva, imaginativa, criativa e crtica.
Resumo:
Estudo sobre a problemtica da Evaso Escolar na Educação de Jovens e Adultos EJA da Unidade de Educação Bsica Alberto Pinheiro em So Lus Maranho. Fundamenta-se na anlise da literatura sobre as polticas de Educação de Jovens e Adultos no Brasil, no estado da arte sobre a evaso escolar desse segmento de ensino e ainda na anlise dos documentos escolares, relatrios e atas de avaliao, que subsidiaram esta investigao. Aplicaram-se questionrios e entrevistas, alm de pesquisa de campo atravs da observao direta. Os sujeitos investigados foram os ex-alunos evadidos, professores e pedagogos desse segmento de ensino. A pesquisa indicou que nesse segmento da EJA existe um percentual consistente de evaso escolar, cujas causas vo desde a necessidade de trabalhar at a baixa escolaridade da famlia. Os resultados mostram o perfil de uma clientela que em sua maioria deseja estudar, mas impelida a se evadir por diversos motivos, como: a falta de tempo, distncia entre o domiclio e a escola, gravidez precoce e despreparo dos professores que atuam nessa modalidade de ensino. Conclui-se que existe a necessidade de melhora das condies fsicas e estruturais da oferta da EJA, o que compreende a valorizao do professor e as condies materiais da escola.
Resumo:
Convivemos atualmente no Brasil, pas em que os museus so pouco freqentados, com filas enormes e um comparecimento macio a exposies promovidas pelos museus de arte das grandes metrpoles. Eles respondem s demandas sociais de educação e lazer e atraem um nmero cada vez maior de visitantes, tornando-se uma das prticas culturais mais populares desta virada de milnio. Qual o significado destas novas exposies? Elas tm sido consideradas tanto parte de um processo de democratizao do acesso arte, quanto responsveis pela banalizao da arte em sociedades cada vez mais voltadas para o consumo. Este artigo se prope a analisar a produo, difuso e recepo destas novas exposies, considerando a hierarquia de normas, valores e prticas presentes na sociedade brasileira.
Pedagogia da salvao segundo a Arte de Criar bem os Filhos na Idade da Puercia, de Alexandre de Gusmo
Resumo:
Consciente das particulares obrigaes da Companhia de Jesus em matria de ensino, o Padre Alexandre de Gusmo (1629-1724), com a Arte de criar bem os filhos na idade da puercia (1685), pretendia um perfeito menino, educado, desde tenra idade, segundo os princpios da doutrina crist e em santos e honestos costumes. Logo que a criana tomasse conhecimento da realidade e comeasse a discernir o bom do mau, deveria conhecer o Criador e os principais mistrios da f. Os pais deveriam afastar os filhos do pecado e do vcio, e incutir-lhes a piedade e o temor a Deus. Neste projecto pedaggico, reconhecia-se ser a educação dos filhos dever inalienvel dos pais, cujo exemplo constitua o melhor documento. Para que soubessem agir correctamente era-lhes especialmente dedicada a segunda parte da obra em apreo, com o sugestivo ttulo de Como se ho-de haver os pais na criao dos meninos. Com este envolvimento, Gusmo tinha, igualmente, conscincia da necessidade de reformar a famlia e, por natural extenso, a prpria sociedade. Contudo, da boa criao dos meninos beneficiava tambm a repblica. Largamente apoiado nas Sagradas Escrituras, na Histria, nos filsofos da Antiguidade Clssica, bem como em muitos autores cristos, Alexandre de Gusmo, para corroborar o seu pensamento pedaggico, utilizou situaes exemplares e referncias das autoridades, de modo que as suas ideias prevalecessem, sem possibilidade de quaisquer contestaes gratuitas. Por diversas vezes, repetiu a mesma ideia, como a sublinhar propositadamente a mensagem que desejava transmitir.Gusmo entendia que a educação deveria conduzir salvao. A boa criao dos meninos implicava obedincia, devoo e piedade. Os pais e os mestres, que se demitissem deste propsito, haveriam de prestar contas a Deus e receber severos castigos divinos. Com esta comunicao, pretendemos dar a conhecer os princpios pedaggicos defendidos por Alexandre de Gusmo na obra em anlise, salientando como a Escola deveria servir as letras, os bons costumes e a religio catlica.
Resumo:
O mundo contemporneo, ps-industrial aparece-nos marcado por dois fenmenos que aparentemente so antagnicos: por um lado, a globalizao/mundializao cultural que transporta consigo o medo da uniformizao; por outro lado, um interesse cada vez maior e um pblico cada vez mais vasto para o patrimnio local, regional, nacional e, naturalmente estrangeiro.A prpria noo de patrimnio cada vez mais alargada (veja-se a este propsito o art.2 de Lei de Bases do Patrimnio, Lei n107 de 8 de Setembro de 2001). A se refere como integrando o Patrimnio Cultural Portugus bens de interesse histrico, arqueolgico e artstico, domnios que tradicionalmente integravam a noo de Patrimnio, mas igualmente, bens de interesse lingustico, documental, industrial, tcnico, social, paleontolgico, etnolgico, etc.Se inicialmente "Patrimnio" eram os monumentos, os primores da arte, as antigualhas, os tesouros monrquicos ou eclesiais, de h dcadas a esta parte o conceito ganhou nova extenso. Estamos pois, num mundo em que tudo patrimnio. Todos continuamente afirmamos o pan-patriomonialismo.