3 resultados para Antropólogos
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
A utilização da etnografia tradicional não é um fenómeno novo no domínio da investigação qualitativa. Antropólogos e, de seguida, sociólogos privilegiaram esta abordagem metodológica desde há muito tempo. Em meados dos anos 1970, alguns investigadores « críticos » voltaram-se para a etnografia enquanto abordagem de investigação, porque lhes permitia perceber melhor a realidade dos grupos oprimidos, e, deste modo, compreender melhor as realções de poder e o modo como elas evoluem. O presente artigo procura demonstrar a pertinência da etnografia crítica no exame das relações de poder. Os resultados de dois estudos etnográficos servem para mostrar de que modo a abordagem etnográfica permite um exame mais aprofundado das práticas sociais existentes, permitindo assim ao investigador dissecar no plano teórico a noção de poder. A análise comparativa de resultados apresentados centram-se nas minorias linguísticas no Canadá, sejam francófonos que vivem no exterior do Quebeque sejam anglófonos vivendo no Quebeque. A análise comparativa demonstra que as relações de poder não se situam somente entre as duas minorias linguísticas e a sua maioria respetiva, mas também entre as próprias minorias linguísticas.
Resumo:
Presente en la literatura africana desde sus más tempranas manifestaciones escritas, el género autobiográfico se inscribe en una práctica que en principio resulta ajena a una cultura como la africana, centrada principalmente en fomentar valores destinados a preservar la cohesión del grupo. En África, la práctica autobiográfica nace del contacto con la Occidente, y más específicamente de ciertos agentes culturales propiciados por el nuevo sistema educativo, la prensa colonial y la labor de antropólogos y sociólogos. En el presente artículo realizaremos un recorrido a través de estos tres grandes ámbitos con objeto de analizar, tomando como ejemplo los primeros textos literarios femeninos africanos, la destreza de las escritoras a la hora de conciliar dos aspectos en principio tan antagónicos como la narración autodiegética y la transmisión de valores grupales.
Resumo:
A Região Autónoma dos Açores, mercê do seu posicionamento geográfico, por factores de ordem politico social e por vissicitudes históricas, possuí um vasto e diversificado património, sem congéneres em todas as regiões Insulares Europeias, segundo afirmações de conceituados antropólogos. O Arquipélago dos Açores é banhado pela corrente quente do Golfo do México (Gulf Stream), que permite o desenvolvimento duma variada e abundante fauna, muito especialmente em cetáceos, entre os quais se destaca o cachalote, que geralmente na Região se designa por “baleia”. Foi precisamente devido à abundância de mamíferos marinhos, que praticamente no limiar do povoamento do Arquipélago, caçadores de cetáceos de toda a Europa, sulcaram os Mares Açorianos A partir do último quartel do séc. XVIII, as frotas baleeiras da Costa Leste dos Estados Unidos (Nova Inglaterra), navegaram estes mares por mais de um século. Está bem patente os reflexos da baleação Americana em toda a Região, de uma forma mais relevante nas Ilhas que formaram o ex-distrito da Horta, Pico, Faial, Corvo, e Flores. Condicionalismos de carácter ecológico, geográfico e económico, possibilitaram o desenvolvimento no Arquipélago Açoriano dum complexo de elementos, ideias, crenças e instituições, que tiveram expressão mais significativa nas Ilhas do Pico, Faial Flores e Corvo. Participa por sua vez, no vasto ciclo económico-cultural da baleação, que se distribuí por várias partes do globo.