4 resultados para ARTRITE ANIMAL
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
Melhorar o bem-estar animal (BEA) em explorações leiteiras passa por melhorar a percepção que os produtores/tratadores têm dos problemas existentes nas suas explorações. Se um produtor/tratador não se apercebe de uma situação de risco para o BEA, a probabilidade de providenciar tratamentos ou planear planos de prevenção será menor. Com este trabalho pretende-se investigar a percepção que os produtores/tratadores de 9 explorações leiteiras, com sistemas de produção intensiva em estabulação livre com cubículos, possuíam de diferentes indicadores de BEA e se correspondia à situação real das explorações. O investigador avaliou 5 indicadores de BEA – índices de conforto (índice de conforto e índice de utilização dos cubículos), score de higiene (SH), condição corporal, score de locomoção (SL) e distância de fuga (AD). Foi aplicado um inquérito aos produtores/tratadores que permitia obter a avaliação que estes faziam dos mesmos indicadores. Os resultados obtidos pelo investigador e expressos pelos produtores/tratadores foram comparados. Verificou-se que os indicadores com piores resultados em termos de BEA foram o SL, SH e AD. Constatou-se que existiam diferenças estatisticamente significativas entre o SL e AD avaliados pelo investigador e a percepção que os produtores/tratadores tinham dos mesmos indicadores. Os resultados obtidos confirmam que os produtores/tratadores não se apercebem de determinados problemas de BEA que ocorrem nas suas explorações, mas para se compreender o motivo pelo qual esses problemas não são resolvidos será necessário realizar outros trabalhos que avaliem as crenças, atitudes e motivações dos produtores/tratadores. A intervenção de um profissional que informasse e formasse os produtores/tratadores seria crucial para melhorar o BEA e o Médico Veterinário tem os conhecimentos e as capacidades necessárias para proceder a essa intervenção.
Resumo:
A artrite reumatoide é uma patologia de natureza autoimmune que apresenta diversas intervenções farmacológicas e não-farmacológicas para seu tratamento e controle, ncluindo o rituximabe. O objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade do rituximabe no tratamento da artrite reumatoide. Foram realizadas uma revisão sistemática (até junho de 2011) e meta-análises incluindo estudos clínicos controlados randomizados que comparassem o rituximabe com o placebo, ambos com concomitante metotrexato. Somente estudos com qualidade média ou alta foram ncluídos. A eficácia foi avaliada baseando-se nas mudanças dos ACR20, 50 e 70; a segurança foi avaliada baseando-se nos eventos adversos sérios; a tolerabilidade foi avaliada pelos abandonos do tratamento devido a eventos adversos. Todos os parâmetros foram avaliados após 24 semanas de tratamento. Quatro estudos atingiram os critérios de inclusão, incluindo 1280 pacientes. O grupo do rituximabe apresentou maior eficácia para os parâmetros avaliados (ACR20, ACR50 e ACR70 – Risco Relativo (RR) de 2,24 [1,86; 2,71], 3,29 [2,31; 4,68] e 3,90 [1,88; 8,09], respectivamente). Para os eventos adversos sérios, não foi detectada diferença significativa entre os grupos (RR = 0,83 [0,54; 1,26]. Para os abandonos devido a eventos adversos, também não foi detectada diferença estatisticamente significativa entre os grupos (RR = 1,49 [0,46; 4,84]. Em conclusão, o rituximabe apresentou maior eficácia, quando comparado ao placebo, sem diferenças significativas entre os grupos em termos de segurança e tolerabilidade.
Resumo:
A análise histopatológica de tecido ósseo exige uma etapa de descalcificação. O método usual consiste na imersão das amostras em ácidos, mas para além de provocarem danos tecidulares, o processo é prolongado. A utilização de micro-ondas acelera a descalcificação, mas não deve comprometer a imagem microscópica. Objetivo: Diminuir a duração da descalcificação, mantendo a qualidade da imagem microscópica. Metodologia: Foram testadas amostras de osso compacto e esponjoso. Realizou-se a descalcificação pelo método convencional e pelo método em micro-ondas, através da adaptação de um protocolo conhecido. Utilizou-se ácido nítrico a 5% e 10%. Resultados: Nos fragmentos de maiores dimensões, após 4 horas com ácido nítrico a 10% em micro-ondas, não se conseguiu uma descalcificação completa, apesar da imagem histológica ser razoável. Nos fragmentos de osso esponjoso, verificou-se uma redução de cerca de 25 horas relativamente ao método convencional. Nas biópsias, houve uma redução de aproximadamente 10 horas, utilizando ácido nítrico a 5%. Com ácido nítrico a 10% houve destruição tecidular. Nos casos em que se obteve uma descalcificação completa, a imagem microscópica apresenta fraca qualidade. Conclusão: A utilização de micro-ondas com ácido nítrico a 5%/10%, aplicando o protocolo deste estudo, reduz a duração da descalcificação, mas compromete a imagem microscópica.