4 resultados para ANIMAL CARDIOLOGY
em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal
Resumo:
A função cardíaca é fortemente condicionada pela mioarquitectura do coração, pelo que o estudo da relação morfologia-função ventricular nos mamíferos é de grande importância no diagnóstico e tratamento de patologias cardíacas. O cálculo dos volumes cardíacos durante todo o ciclo cardíaco tem uma importância fundamental para o estudo da função ventricular e para a definição dos padrões hemodinâmicos. Foi objectivo deste trabalho, o estudo de índices de função sistólica ventricular esquerda, em 25 cães (Cannis lupus familiaris), através da utilização de diferentes técnicas ecocardiográficas, como o Modo M, ecocardiografia bidimensional, Doppler tecidular e a ecocardiografia de contraste. Foi utilizado contraste ultrasonográfico, para melhorar a definição do endocárdio e possibilitar maior rigor no cálculo dos volumes ventriculares, e na avaliação da função ventricular sisto-diastólica global e regional. Os resultados apresentados foram sujeitos a tratamento estatístico com software Analyze-it. O Doppler tecidular mostrou ser um método robusto para avaliar a função sistólica. A ecocardiografia de contraste permitiu não só obter uma melhor definição endocárdica, como obter valores de fracção de ejecção com diferença estatisticamente significativa. Como os três métodos utilizados avaliam diferentes aspectos da função sistólica, função ventricular radial, circunferencial e longitudinal, não podem ser comparados directamente entre si.
Resumo:
Melhorar o bem-estar animal (BEA) em explorações leiteiras passa por melhorar a percepção que os produtores/tratadores têm dos problemas existentes nas suas explorações. Se um produtor/tratador não se apercebe de uma situação de risco para o BEA, a probabilidade de providenciar tratamentos ou planear planos de prevenção será menor. Com este trabalho pretende-se investigar a percepção que os produtores/tratadores de 9 explorações leiteiras, com sistemas de produção intensiva em estabulação livre com cubículos, possuíam de diferentes indicadores de BEA e se correspondia à situação real das explorações. O investigador avaliou 5 indicadores de BEA – índices de conforto (índice de conforto e índice de utilização dos cubículos), score de higiene (SH), condição corporal, score de locomoção (SL) e distância de fuga (AD). Foi aplicado um inquérito aos produtores/tratadores que permitia obter a avaliação que estes faziam dos mesmos indicadores. Os resultados obtidos pelo investigador e expressos pelos produtores/tratadores foram comparados. Verificou-se que os indicadores com piores resultados em termos de BEA foram o SL, SH e AD. Constatou-se que existiam diferenças estatisticamente significativas entre o SL e AD avaliados pelo investigador e a percepção que os produtores/tratadores tinham dos mesmos indicadores. Os resultados obtidos confirmam que os produtores/tratadores não se apercebem de determinados problemas de BEA que ocorrem nas suas explorações, mas para se compreender o motivo pelo qual esses problemas não são resolvidos será necessário realizar outros trabalhos que avaliem as crenças, atitudes e motivações dos produtores/tratadores. A intervenção de um profissional que informasse e formasse os produtores/tratadores seria crucial para melhorar o BEA e o Médico Veterinário tem os conhecimentos e as capacidades necessárias para proceder a essa intervenção.
Resumo:
A análise histopatológica de tecido ósseo exige uma etapa de descalcificação. O método usual consiste na imersão das amostras em ácidos, mas para além de provocarem danos tecidulares, o processo é prolongado. A utilização de micro-ondas acelera a descalcificação, mas não deve comprometer a imagem microscópica. Objetivo: Diminuir a duração da descalcificação, mantendo a qualidade da imagem microscópica. Metodologia: Foram testadas amostras de osso compacto e esponjoso. Realizou-se a descalcificação pelo método convencional e pelo método em micro-ondas, através da adaptação de um protocolo conhecido. Utilizou-se ácido nítrico a 5% e 10%. Resultados: Nos fragmentos de maiores dimensões, após 4 horas com ácido nítrico a 10% em micro-ondas, não se conseguiu uma descalcificação completa, apesar da imagem histológica ser razoável. Nos fragmentos de osso esponjoso, verificou-se uma redução de cerca de 25 horas relativamente ao método convencional. Nas biópsias, houve uma redução de aproximadamente 10 horas, utilizando ácido nítrico a 5%. Com ácido nítrico a 10% houve destruição tecidular. Nos casos em que se obteve uma descalcificação completa, a imagem microscópica apresenta fraca qualidade. Conclusão: A utilização de micro-ondas com ácido nítrico a 5%/10%, aplicando o protocolo deste estudo, reduz a duração da descalcificação, mas compromete a imagem microscópica.