4 resultados para ÍNDIOS

em ReCiL - Repositório Científico Lusófona - Grupo Lusófona, Portugal


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A missionação na América esteve intimamente ligada à cristianização das populações autóctones. As preocupações de alguns religiosos, entretanto, extrapolavam o cotidiano da evangelização. Uma questão que suscitou interesse foi a do destino das inúmeras gerações de gentis mortos antes de terem a oportunidade de conhecer a religião do Cristo. Este artigo pretende, justamente, analisar duas visões antagônicas, produzidas em épocas diferentes, acerca de problemas relativos à salvação dos ameríndios. A primeira é a do jesuíta Simão de Vasconcellos, explicitada nas Noticias curiozas e necessarias das cousas do Brasil (1663 e 1668), que, a partir de sua experiência missionária no Brasil, oferece uma visão mais otimista acerca das possibilidades de salvação dos ancestrais daqueles a quem evangeliza. A segunda é a do Padre António Pereira de Figueiredo, um dos maiores intelectuais portugueses da segunda metade do século XVIII, que faz uma duríssima censura às posições defendidas pelo Pe. Simão de Vasconcellos acerca da redenção dos índios.

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Esboça-se, neste pequeno ensaio, o perfil do Padre António Vieira, seleccionando e carregando alguns traços da sua fisionomia histórica e cultural. Como marcas dominantes realçam-se as seguintes: jesuíta, pregador e mestre da língua, diplomata da Restauração, amigo de judeus e cristãos novos, missionário e defensor dos índios, profeta do Quinto Império, vítima do Santo Ofício. Em qualquer destes aspectos, a memória de Vieira é a rememoração de um excesso de ousadia e grandeza, que continua a desafiar as normalidades do tempo secularizado em que lhe sobrevivemos.

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Foi assim que Fernando Pessoa apelidou Vieira, tal a elevação e qualidade do seu uso da língua portuguesa. Sobretudo nos Sermões de matriz barroca, em que, contrariamente à moda do tempo, foi sempre fiel a duas dinâmicas fundamentais: a da retórica clássica, e a da temática bíblica e litúrgica que deu normalmente título a toda a sua actividade parenética.Também Embaixador junto das principais Cortes europeias, este missionário jesuíta foi o grande apóstolo do Brasil contra a escravatura: na Bahia, pregando a suavizaçãodos cativeiros dos negros, porque não podia afrontá-la directamente; no Maranhão, impedindo a escravização dos índios. Personalidade excepcional e multiforme, aliava ao realismo das actuações concretas o génio do sonhador utópico, imaginando um Quinto Império religioso que Pessoa viria a transformar em Quinto Império da Língua Portuguesa.

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O texto investiga atores sociais estratégicos para promover a ocupação do território da América Portuguesa no início da Idade Moderna, sem os quais dificilmente a colonização teria se viabilizado: os santos e mártires católicos. Os santos católicos se fizeram presentes na América tanto por meio de suas imagens e narrativas quanto por sua presença física, por meio de suas relíquias sagradas, como as pegadas de São Tomé encontradas na América, e também as relíquias de santos transportadas da Europa para o novo continente. As relíquias sagradas foram objetos de grande veneração pelos cristãos, mas também investidas de sentidos pelos índios. O texto investiga também o significado da construção contemporânea da santidade, por meio da busca - e por vezes da conquista - do martírio por missionários, principalmente jesuítas e franciscanos. Assim como as relíquias sagradas, o martírio e a figura do mártir constituíram elementos de tradução entre as culturas católica e ameríndia.