28 resultados para História da Educação


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O mundo contemporneo, ps-industrial aparece-nos marcado por dois fenmenos que aparentemente so antagnicos: por um lado, a globalizao/mundializao cultural que transporta consigo o medo da uniformizao; por outro lado, um interesse cada vez maior e um pblico cada vez mais vasto para o patrimnio local, regional, nacional e, naturalmente estrangeiro.A prpria noo de patrimnio cada vez mais alargada (veja-se a este propsito o art.2 de Lei de Bases do Patrimnio, Lei n107 de 8 de Setembro de 2001). A se refere como integrando o Patrimnio Cultural Portugus bens de interesse histrico, arqueolgico e artstico, domnios que tradicionalmente integravam a noo de Patrimnio, mas igualmente, bens de interesse lingustico, documental, industrial, tcnico, social, paleontolgico, etnolgico, etc.Se inicialmente "Patrimnio" eram os monumentos, os primores da arte, as antigualhas, os tesouros monrquicos ou eclesiais, de h dcadas a esta parte o conceito ganhou nova extenso. Estamos pois, num mundo em que tudo patrimnio. Todos continuamente afirmamos o pan-patriomonialismo.

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A definio de uma ideia de educação superior parece ser uma tarefa que alguns ps-modernistas lanam definitivamente para o caixote do lixo da história. Produto, por excelncia, da modernidade, e no cruzamento dos modelos humboldtiano, napolenico e de Oxbridge, a educação superior, tal como a herdmos, era centrada no conhecimento, isto , na sua produo (investigao), na sua distribuio (ensino) e na sua difuso pelo corpo social (funo de servio sociedade). O conhecimento e o seu manuseamento definiam no s a misso institucional como a natureza das organizaes consagradas ao ensino superior. A estes elementos componentes da ideia de educação superior foram incorporados outros igualmente estruturantes: a funcionalidade destas instituies em relao consolidao e desenvolvimento do Estado-nao. Os quadros necessrios ao funcionamento e estrutura do aparelho de Estado encontravam nas universidades e noutros institutos de ensino superior o lugar privilegiado para a sua formao. O que este artigo pretende argumentar que, num contexto em que a produo, a distribuio e a difuso do conhecimento se transformam, em que a globalizao/localizao intensifica sobretudo na Europa a fragilidade das instncias nacionais e em que o processo de massificao e de democratizao do acesso ao ensino superior o conduzem a outro modelo sociolgico que no o de origem, a educação superior est a viver uma identidade esquizide: educação terciria, ps-secundria, educação fundada na investigao, educação vocacional, etc. Esta situao requer um esforo de reflexividade que, ao mesmo tempo que recusa a procura essencialista de uma ideia de ensino superior, enfatiza a necessidade de promover uma perspectiva de educação que no soobre ao pobre paradigma da adaptabilidade, segundo o qual o critrio de utilidade de uma dada instituio directamente proporcional sua capacidade de sobreviver s mudanas operadas no seu ambiente organizacional.

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Arte e cultura so expresses da busca incessante do conhecimento. No entanto, nem todos fruem dessa busca e no encaram o conhecimento artstico e cultural como um prazer. Talvez porque a Escola de hoje veicule inmeros conhecimentos sem atender sua interiorizao plena. Talvez porque arte e cultura no passem de meros nomes a que a Escola se refere sem produzir nos seus estudantes uma transformao pessoal e uma vivncia autntica. Em parte porque perdemos a metfora das musas, filhas de Zeus e da sua amante Mnemosine que unidas inspiravam poetas, filsofos, professores e alunos. Trazer as musas Escola sinnimo de integrar, imaginar, interpretar, interrogar, inferir, investigar, intuir, isto , abrir caminhos para a autonomia e para uma Escola inspiradora da arte e da cultura. O presente artigo procura mostrar como se pode levar de novo Clio e as suas irms musas escola. A partir da fundamentao do estado da arte sobre a educação artstica e da anlise das opinies de 40 professores de História da Arte sobre a necessidade de educação do olhar artstico, so delineados quatro princpios orientadores da promoo da busca incessante do conhecimento de que a arte e a cultura so expresses nobres.

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Entre 1936 e 1974, perodo que corresponde maior parte da história do Estado Novo, as questes relativas educação estiveram sob a alada do ministrio da Educação Nacional, que substituiu o ministrio da Instruo Pblica. Este artigo pretende caracterizar os homens que, nesse mesmo perodo, desempenharam a funo de ministros da Educação Nacional. Sero estudados aspectos como as geraes a que pertenciam, a respectiva formao acadmica e os cursus honorum, sempre em comparao com os restantes membros do governo de Portugal.

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O Estgio Supervisionado nos cursos de formao de professores apresenta-se como condio bsica para a formao do profissional que trabalhar com crianas, jovens e adultos em processos de escolarizao. No caso do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), este estgio visa proporcionar experincias formativas para os graduandos junto Educação Infantil e Sries Iniciais do Ensino Fundamental. O objetivo deste texto de apresentar um pouco dessa experincia como professora de Estgio e apontar a importncia, bem como a necessidade de encontrar no Estgio Supervisionado um espao de movimentos Identitrios junto profisso de professor. Aparentemente lugar comum esperar que o estgio de fato se apresente como essa ponte entre a realidade dos alunos da graduao com a realidade profissional que os espera aps sua formao, porm a partir de nossos trabalhos realizados como orientadora, supervisora e coordenadora junto a essa disciplina, percebemos que por muitas vezes no Estgio, e somente no Estgio que tal aluno consegue se perceber como pertencente a um grupo que tem saberes especficos, como sendo responsvel por outros sujeitos e se reconhece como partcipe de um processo que envolve outras histórias, outros atores. nesse ambiente que pretendemos ampliar nosso debate. Por muitos anos no Estgio, os alunos afirmavam que no seguiriam a profisso de professor em sala de aula por acharem que depois da experincia vivenciada por eles no levavam jeito para a coisa, no sabiam planejar aulas eficientes, ou que de fato no sabiam cuidar de crianas, nem to pouco gostavam da situao precria social que os professores se encontravam/e ainda se encontram nas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental Series Iniciais no Brasil. A partir do ano de 2002, a disciplina de estgio Supervisionado passou a gerar espaos de maiores dilogos entre as escolas da comunidade, os alunos/estagirios e professores/orientadores quando percebemos o grau de responsabilidade que tnhamos como professoras, que para alm de ensinar contedos destinados aos saberes docentes, ramos tambm responsveis por apresentar a importncia de uma felicidade junto sua profisso. Os percursos trilhados por esta disciplina tentou fortalecer questes inerentes ao ser professor, ao que a escola, carreira e o aprendizado contnuo, afagou as questes inerentes ao papel do professor para a sociedade, para a história das profisses e tentou situ-los na condio de continuidade nos processos identitrios junto profisso. Para tanto recorremos a um trabalho coletivo junto comunidade de professores, coordenadores pedaggicos, diretores, orientadores de estgio e estagirios na perspetiva de renovar o sentido do estagirio na escola, do professor regente e dos prprios orientadores nesse processo formativo. Os dirios de bordo, as reunies semanais com todos os sujeitos envolvidos no processo, bem como espaos para estudos sobre a escola bsica/professor/campo de trabalho foram elementos imprescindveis nesse reconhecimento de si. O texto oferece assim uma referncia para trabalhos na rea, possibilitando a ampliao dessa discusso que vive de movimentos da prtica para se renovar e renovar os estudos do tema em questo.

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Este texto pretende ser uma incitao ao debate sobre algumas caractersticas da poltica educativo-cultural brasileira, no contexto social, poltico e econmico do pas, e sua influncia na ao educativa dos nossos museus, tomando como base algumas referncias de carter terico, bem como a nossa vivncia na rea educativa dos museus, durante 14 anos, desempenhando diversos programas com professores e alunos do 1 e 2 graus, principalmente da rede oficial de ensino. As reflexes que aqui sero apresentadas no enfocaro somente os aspectos pedaggicos e metodolgicos, por considerarmos que estes esto intimamente relacionados com os aspectos sociais, polticos e econmicos do pas, sendo que a prxis do museu e da Escola tem contribudo, directa ou indirectamente, no sentido de confirmar a ideologia dominante. Realizaremos, pois, algumas consideraes de carter histrico1, sem o objetivo de nos aprofundarmos, mas utilizando-as como referencial para nos situarmos nos diversos perodos, vez que sero determinantes fundamentais na atuao dessas instituies. Em seguida, tentaremos situar o desempenho dos nossos museus nesse contexto, o que, a nosso ver, tem confirmado a proposta do modelo educacional estabelecido, repetindo, na maioria das vezes, as prticas pedaggicas da Escola.

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A criao de redes institucionais na história recente da Amrica Latina tem sido um resultado crucial nos processos de construo e consolidao das cincias sociais e educação. Estes processos so explicados no quadro da chamada sociedade do conhecimento e da reflexividade social. Ambos os fenmenos - a configurao de uma sociedade em rede e o acesso crescente informao - so o produto de um tempo em que produtores de redes sociais e conhecimento so tambm refletidas em experincias concretas na esfera educativa. Apresentam-se neste artigo - a ttulo exemplificativo e sem tentar esgotar o inventrio - alguns casos relevantes de redes institucionais dentro do campo das cincias sociais e da educação no contexto da Amrica Latina. Todos eles so expresso de uma forma de trabalho colaborativo e de um modo dialgico de construir e gerir o conhecimento. Em primeiro lugar, descrevem-se as contribuies de trs iniciativas que comeam e se desenvolvem a partir da segunda metade do sculo XX: o Conselho Latino-americano de Cincias sociais (CLACSO), criado em Buenos Aires, em 1964; a Faculdade Latino-americana de Cincias Sociais (FLACSO), criada em 1957, por iniciativa da UNESCO e alguns governos da regio; A Rede Latino-americana de Informao e Documentao em Educação (REDUC), fundada em 1977 com o objetivo de preservar a memria da produo educacional na regio. Por ltimo, apresentam-se, como uma experincia singular que comea na primeira dcada do sculo XXI, as iniciativas em curso da Rede Ibero-americana de investigao em polticas educativas (RIAIPE), criada em 2006, com a participao de instituies de educação superior na Amrica Latina e da Europa.

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Honduras, pequeno pas de lngua espanhola da Amrica Central, tem aproximadamente 8,3 milhes de habitantes, de vrias etnias, e uma história poltica conturbada. Sua posio geogrfica no centro da Amrica tem sido determinante importante do papel que teve e continua a ter no processo de desenvolvimento capitalista na regio e nas crises e conflitos, por vezes armados, gerados por esse processo. Em 2009, aps 29 anos de retorno democracia representativa, Honduras viveu um golpe de Estado que tem polarizado a sociedade e repercutido negativamente em todas as dimenses da vida do pas.

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Este estudo pretende refletir acerca do trabalho infantil luz das condies propostas de erradicao dessa modalidade no Estado do Paran. Utilizando como fonte de pesquisa a imprensa diria e documentos oficiais da dcada de 1990 do sculo XX, buscou-se analisar as matrias estampadas nos jornais do referido Estado que faziam parte do acervo da Casa da Memria e Biblioteca Pblica do Paran, aproximando-os com os dados oficiais apresentados nos mapas de indicativos do trabalho infanto-juvenil, a fim de apontar a realidade em que estes pequenos trabalhadores estavam envolvidos. A referente investigao ressalta a importncia do trabalho infantil na construo da história social e da educação, procurando demonstrar os motivos pelos quais crianas faziam parte da populao economicamente ativa da poca, bem como as consequncias que esse tipo de trabalho traz infncia e seus reflexos no sistema educacional e social paranaense.

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Dentre os desafios colocados para a educação, encontramos a crise ambiental decorrente do modelo de produo imposto sociedade, proveniente da transio de paradigmas da relao entre o homem e a natureza, perpassando pela viso natural, racional e histrico-social. Esse modelo provocou impacto nunca ocorrido na história, trazendo diversos transtornos. O que parecia responder necessidade da humanidade, nas ltimas dcadas, vem sendo questionado por no atender mais s promessas proferidas, desconsiderando a complexidade das relaes envolvidas no meio ambiente e provocando a busca de um novo paradigma que aponte para um desenvolvimento que atenda ao interesse de todos os cidados. Com o foco voltado para novos padres de vida e interao com a natureza, a educação ambiental vem sendo pensada como maneira de despertar a sociedade para um desenvolvimento centrado na sustentabilidade do planeta, isso implica uma nova ordem que exige polticas pblicas voltadas s necessidades sociais. Sendo a escola uma instituio promotora da educação formal, deve estar aberta a essa discusso, que indica a reorganizao curricular para que esse espao se torne um terreno frtil para a educação ambiental. Sendo assim, este estudo buscou mapear as concepes de educação ambiental e de interdisciplinaridade adotadas pelos professores e gestores das escolas pblicas estaduais, localizadas na cidade de Abreu e Lima, no estado de Pernambuco, objetivando compreend-las para identificar as principais dificuldades desse fazer pedaggico. Utilizamos uma abordagem qualiquantitativa, gerando uma triangulao dos dados e uma anlise dos discursos dos sujeitos. Conclumos que, apesar da interdisciplinaridade ser indicada como ponte para a abordagem dos temas globais, especialmente, o da educação ambiental, na realidade, esse conceito ainda est muito distante das prticas pedaggicas que so trabalhadas por todas as escolas de Abreu e Lima- PE.

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Esta uma anlise do Sermo da Sexagsima, proferido pelo padre Antnio Vieira em1655, na Capela Real da cidade de Lisboa, Portugal. Aborda os problemas da perseguio dos jesutas na provncia do Maranho no Brasil Colnia, porque defendiam as populaes indgenas exploradas economicamente por colonos e proprietrios de terra. Vieira discorre sobre o significado da prdica como ao militante. Este artigo trata o referido sermo como um texto clssico da cincia poltica moderna e estabelece uma terminologia prpria: o termo sermo empregado como parte de uma teoria poltica; o termo pregao entendido como ao poltica orientada ou militncia propriamente dita. Neste contexto, possvel interrogar-se acerca dos significados de uma educação militante que se d por meio de estratgias didticas da socializao da teoria.

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O presente trabalho de investigao incide na anlise e interpretao de uma experincia educativa, desenvolvida em contexto de sala de aula, que teve como referncia e critrios de abordagem a teoria construtivista da aprendizagem, mais concretamente a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel e partiu da anlise das concees prvias de alunos de uma turma de 9 Ano, do 3 Ciclo do Ensino Bsico, sobre o conceito de qualidade de vida, numa escola inserida num dado contexto psicossocial, o meio rural. Trata-se de uma experincia educativa desenvolvida no domnio da cognio histrica e geogrfica, relativamente construo cientfica do conceito de qualidade de vida, inserido nas disciplinas de História e de Geografia. De modo a concretizar a experincia educativa foram utilizados trs instrumentos diferentes, em trs momentos distintos da aprendizagem dos alunos, para que no final fosse possvel verificar e identificar as principais dificuldades de aprendizagem do conceito de qualidade de vida. A anlise e interpretao dos dados recolhidos e as concluses retiradas remetem para a necessidade de compreenso das concees prvias dos alunos, em História e em Geografia, no que diz respeito ao conceito de qualidade de vida para que os professores possam melhorar a sua a prtica pedaggica e para que a aprendizagem tenha mais significado para os alunos.