116 resultados para Romantismo Portugal
Resumo:
Associado a histrias de fascnio, envolvendo conceitos como mitologia, lenda, simbologia, narcisismo, afirmao, reivindicaes mltiplas, semelhana, realismo, naturalismo, introspeo o autorretrato repositrio de uma imensa complexidade, suscetvel de formulaes inesgotveis, na tica da semntica e da polissemia. Na poca medieval, a imagem que de si deixou o pintor remete para o esbatimento da identidade individual, dada a sua insero em contextos de representaes sagradas, ou a sua apresentao como personagem histrica ou mitolgica. A autonomia intelectual foi reconhecida durante o Renascimento, sensvel representao do indivduo e valorizao do retrato, com base na fi delidade ao motivo e na singularidade do indivduo. O autorretrato conquistou a sua independncia. Com o Romantismo afirma-se o autorretrato introspetivo, a caminho da negao da autoimagem fundamentada na semelhana/parecena, que vai acompanhar as tendncias do no figurativismo, as quais aparecem e se desenvolvem no sculo XX. O autorretrato continua a mediar a busca identitria.
Resumo:
O artigo pretende apresentar uma reflexo sobre as polticas educativas e os discursos que as justificam, num tempo de procura de integrao de Portugal no espao europeu aps os anos sessenta do sculo XX e especialmente no quadro democrtico do ps revoluo de 1974, identificando uma relevncia gradual no entendimento do papel primordial do sistema educativo no desenvolvimento econmico. Defende que, especialmente a partir dos anos de 1980, e a partir de uma anlise emprica das palavras - chave, se revela um carcter hbrido nos discursos dos responsveis polticos que associa uma orientao construtivista numa perspectiva crtica com a apologia da eficcia do sistema entendida como necessria produtividade econmica. Considera-se a importncia do contexto nacional e do sentido que as suas caractersticas conferem ao modelo globalizado de modernizao para explicar por que a tendncia homogeneizante da regulao internacional mitigada por preocupaes de cariz emancipatrio.
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No presente artigo, procede-se anlise sumria da problemtica relativa habilitao dos professores de ler, escrever e contar, em Portugal, na primeira metade do sculo XIX. Esta formao destinava-se a adestrar os mestres do ensino oficial na aplicao do modo de ensino mtuo. A primeira Escola Normal, localizada em Lisboa, abre em 1824 mas, s aps 1836, entram em funcionamento escolas congneres um pouco por todo o pas. Para facilitar a compreenso desta temtica, comea-se por fazer uma breve referncia introdutria ao aparecimento deste novo ensino na cultura escolar europeia e aos seus princpios orientadores.
Resumo:
Ao longo das ltimas cinco dcadas, temos assistido a uma presena, cada vez mais consistente, do ensino profissionalmente qualificante no sistema educativo portugus. A actual abertura das escolas secundrias da rede pblica educao e formao profissional tornou-se um facto incontornvel, com a ltima reviso curricular do ensino secundrio a permitir um arrojado salto no seu desenvolvimento, ao qual no alheia a sua crescente valorizao e consolidao no contexto da aco educativa. A procura da educao, nomeadamente de caractersticas tcnico-profissionais, torna-se mais intensa a partir dos anos 1960 - a fase em que a teoria do capital humano se torna o modelo dominante nos sistemas educativos internacionais, privilegiando a correlao entre investimento no ensino e a expanso da economia, com grandes reflexos em Portugal, e que se materializa, em 1973, Mas, a partir dos anos 1980, o discurso poltico volta a ser fortemente marcado pela ideologia dos recursos humanos, o que faz da qualificao profissional um elemento naturalmente integrante da poltica educativa portuguesa. Este trao, acentua-se ao longo das dcadas que se seguem, repercutindo-se nas vrias reformas das polticas educativas que, entretanto, vo surgindo, culminando na Reforma do Ensino Secundrio, em 2004, cujos objectivos assumem plenamente a importncia do ensino profissionalmente qualificante, com uma expresso no sistema educativo mais intensa que nunca.
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O presente trabalho insere-se no Projecto intitulado Percursos do associativismo e do sindicalismo docentes em Portugal 1890-1990, cujo financiamento principiou em 1 de Janeiro de 2010, pela FCT e de que o signatrio investigador responsvel. O seu objectivo contribuir para o estudo do tema geral supracitado, nas suas formas histricas: a sua motivao imediata a anlise do conflito que, nos finais da dcada de 60, ops os docentes do Ciclo Preparatrio do Ensino Secundrio s autoridades educacionais devido despromoo profissional de que foram vtimas relativamente aos demais sectores do professorado do Ensino Secundrio. Em anexo, o estudo recolhe documentao indita e matria jornalstica at agora esquecida.
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Este estudo compara o percurso da educao do sobredotado no Brasil e em Portugal. Para isso descreve-se a trajectria histrica, a legislao e a terminologia adoptada, os programas e servios de atendimento ao sobredotado, a formao dos profissionais e a produo cientfica brasileira e portuguesa na rea. As anlises efectuadas indicam uma maior consistncia da legislao e das medidas educativas no Brasil em ateno aos alunos sobredotados, havendo uma maior consistncia histrica e um maior reconhecimento social desta rea. O desenvolvimento da rea no Brasil assenta em trs pilares: estruturas governativas da educao, associaes e instituies de ensino superior, sendo que em Portugal o contributo por parte das entidades governativas ao desenvolvimento da rea inexistente. Face proximidade lingustica e cultural, e ao significativo intercmbio acadmico entre os dois pases, apontam-se algumas iniciativas para os prximos anos em prol do desenvolvimento da educao do aluno sobredotado. Essa aposta passa pela realizao de estudos e publicaes conjuntas ou pelo intercmbio de estudantes e profissionais interessados na rea.
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As ideias de promover o desenvolvimento do turismo em Portugal surgem, essencialmente, pela necessidade de resolver os problemas financeiros com que o Pas se defrontava nos finais do sculo XIX e inicio do sculo XX. Em alguns pases europeus as visitas de estrangeiros contribuam positivamente para o respectivo saldo comercial e alguns polticos portugueses vem a um exemplo a ser seguido. , no entanto, a sociedade civil que toma a iniciativa de promover aces concretas para atrair estrangeiros a Portugal a que se segue, pouco depois, a criao da Organizao Oficial do Turismo Portugus (1911). Portugal torna-se pioneiro da organizao turstica nacional e internacional e inicia um caminho que conduz a que, em 1927, disponha de uma organizao que abrange todas as reas do turismo e que est na origem da actual. O presente trabalho procura analisar o processo que conduziu a esta organizao assim como as dificuldades atravessadas e os sucessos alcanados.
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O texto objetiva explicitar as convergncias e possveis divergncias das polticas de acesso ao ensino superior Brasil/Portugal e evidencia as influncias do neoliberalismo e da globalizao na constituio de uma agenda global que passa a estruturar caminhos reguladores ao nvel das polticas e das aes educacionais. O argumento parte do princpio de que a educao se constitui uma estratgica poltica para o alcance da hegemonia econmica, poltica, cultural e ideolgica da lgica mercantilista. No contexto brasileiro aborda-se a anlise da expanso do ensino superior a partir dos dados do Censo da Educao Superior e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNDA) que evidenciam a expanso do setor privado. No caso portugus, corrobora o gerenciamento da Unio Europia e demonstra a centralidade das matrculas no setor pblico/estatal e a diminuio do nmero de matrcula no sistema de ensino superior, exigindo polticas que gerem novas oportunidades de estudo. Por exemplo, o programa Maior de 23 anos, destinado a adultos, cujo percurso acadmico, social e profissional pode ser objecto de validao e certificao, considerando a promoo de igualdade de oportunidades no acesso a este grau de ensino, atraindo novos pblicos, numa lgica de aprendizagem ao longo de toda a vida.
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Sintetizaram-se os aspectos histricos principais referentes introduo do budismo na Europa, nomeadamente das escolas do Zen, do Theravada e do chamado Budismo Tibetano, dada a influncia que as mesmas iriam ter na posterior introduo em Portugal. Apresentou-se, cronologicamente, uma viso genrica da histria do budismo em Portugal, desde a sua introduo, por finais dos anos setenta, fundao das diferentes escolas budistas passando pela Unio Budista Portuguesa e realando algumas das principais actividades e realizaes empreendidas pelas mesmas at aos dias de hoje.
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O autor aborda problemas relacionados com as tradues literrias em Portugal e com a actividade editorial.
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Este breve estudo tem como objetivo discutir aspectos da vida monstica feminina em Portugal, a partir de textos de e sobre autoras portuguesas dos sculos XVII e XVIII que escreveram sobre religio (ver listas de fontes). Procura, alm disto, indicar novas possibilidades de anlise desta documentao, no sentido de compreender mecanismos e estratgias de autoridade e de uma relativa autonomia femininas, assim como vivncias religiosas nos mosteiros.