3 resultados para Formação profissional - Avaliação

em CiencIPCA - Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Portugal


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A montagem de circuitos eletrónicos é um processo extremamente complexo, e como tal muito difícil de controlar. Ao longo do processo produtivo, é colocada solda no PCB (printed circuit board), seguidamente são colocados os componentes eletrónicos que serão depois soldados através de um sistema de convecção, sendo por fim inspecionados todos os componentes, com o intuito de detetar eventuais falhas no circuito. Esta inspeção é efetuada por uma máquina designada por AOI (automatic optical inspection), que através da captura de várias imagens do PCB, analisa cada uma, utilizando algoritmos de processamento de imagem como forma de verificar a presença, colocação e soldadura de todos os componentes. Um dos grandes problemas na classificação dos defeitos relaciona-se com a quantidade de defeitos mal classificados que passam para os processos seguintes, por análise errada por parte dos operadores. Assim, apenas com uma formação adequada, realizada continuamente, é possível garantir uma menor taxa de falhas por parte dos operadores e consequentemente um aumento na qualidade dos produtos. Através da implementação da metodologia Gage R&R para atributos, que é parte integrante da estratégia “six sigma” foi possível analisar a aptidão dos operadores, com base na repetição aleatória de várias imagens. Foi desenvolvido um software que implementa esta metodologia na formação dos operadores das máquinas AOI, de forma a verificar a sua aptidão, tendo como objetivo a melhoria do seu desempenho futuro, através da medição e quantificação das dificuldades de cada pessoa. Com esta nova sistemática foi mais fácil entender a necessidade de formação de cada operador, pois com a constante evolução dos componentes eletrónicos e com o surgimento de novos componentes, estão implícitas novas dificuldades para os operadores neste tipo de tarefa. Foi também possível reduzir o número de defeitos mal classificados de forma significativa, através da aposta na formação com o auxílio do software desenvolvido.

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A segunda fase passou pela distribuição desses mesmos inquéritos às empresas sensibilizando “in loco” os vários intervenientes para a importância da temática em causa. Foram abrangidas áreas profissionais distintas de forma a verificar se o problema é transversal. Seguidamente definiu-se a quantos trabalhadores seriam entregues os inquéritos para preenchimento, tentando abranger vários níveis dentro das empresas, desde as chefias de topo, passando pelas chefias intermédias, até aos operários, de forma a refletir de que forma as suas responsabilidades e funções na empresa estavam de acordo com as suas qualificações e se lhes era proporcionada formação profissional inicial e contínua. A terceira e quarta fase prenderam-se respetivamente com a análise dos resultados obtidos através das respostas obtidas nos vários inquéritos, assim como tirar algumas conclusões sobre os resultados obtidos e de que forma a falta de formação e qualificação podem potenciar acidentes de trabalho. No inquérito enviado, constatou-se que 35% dos acidentes de trabalho são sofridos por trabalhadores na faixa dos 26-35 anos e 27% na faixa dos 36-45 anos e 21% por trabalhadores na faixa dos 46-55 anos. Apenas 2% dos 17 trabalhadores que tiveram acidentes de trabalho tinham habilitações ao nível da Licenciatura, podendo considerar-se que a falta de qualificação pode potenciar acidentes de trabalho. Constatou-se que 85% dos 17 trabalhadores que sofreram acidentes de trabalho, têm um contrato de trabalho a termo certo, o que pode ser um fator de risco, dada a instabilidade a nível profissional. No inquérito enviado, dos 17 trabalhadores que sofreram acidentes de trabalho constatou-se que 97% trabalha entre 8 a 9 horas diárias, os restantes 3% trabalha entre 10 a 11 horas. O facto de terem longas jornadas diariamente potencia a que haja acidentes de trabalho, devido ao cansaço do trabalhador, o que é um fator de risco para a segurança do mesmo. No presente estudo verificou-se que 49% dos 17 trabalhadores que já tiveram acidentes de trabalho, trabalham há mais de 15 anos na mesma área. Por outro lado, 51% dos trabalhadores trabalham há menos de 5 anos na mesma área e não tiveram qualquer acidente de trabalho. No estudo efetuado, constatou-se que 5% dos 17 trabalhadores que já sofreram acidentes de trabalho, não utiliza qualquer equipamento de proteção individual e/ou coletivo, criando assim condições favoráveis a acidentes de trabalho, potenciando fatores de risco para a segurança. Dos 17 trabalhadores que já sofreram acidentes de trabalho, 100% refere que a empresa promove ações de formação, informação e/ou sensibilização em termos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST). Conclui-se então que a formação pode não ter sido a mais adequada e eficaz, constituindo um fator de risco. Nas respostas obtidas através do inquérito enviado verificou-se que os 12 anos de escolaridade são transversais aos três níveis hierárquicos, dirigentes, chefias e operários, o que demonstra que, por vezes, a qualificação profissional dos trabalhadores não está de acordo com as funções e responsabilidades que exercem na empresa, o que consequentemente pode ser um risco, potenciando acidentes de trabalho. Foi também realizada uma análise à literatura existente sobre o tema abordado. De realçar que, tratando-se de um tema ainda pouco estudado, houve alguma dificuldade em pesquisar sobre o mesmo.

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O desempenho dos trabalhadores no seu local de trabalho é grandemente influenciado pela sua condição de saúde. Quando esta condição é perturbada ao ponto de prejudicar o desempenho, espera-se que os trabalhadores decidam ausentar-se até se encontrarem recuperados para voltar ao trabalho. Porém, eles podem decidir permanecer no local de trabalho, refletindo-se esta decisão em quebras de produtividade. A finalidade do presente estudo é analisar as estratégias utilizadas pelos empregadores para minimizar os impactos negativos do presentismo na produtividade. Numa empresa especializada na transformação de carnes, foi diagnosticado o nível de presentismo dos trabalhadores e analisadas as medidade de prevenção implementadas para se minimizar o seu impacto na produtividade, aplicando-se a Stand Presenteeism Scale e realizando-se uma entrevista semi-estruturada a um dos gestores da empresa.O SPS-6 foi aplicado à maioria dos trabalhadores da empresa. Parte destes, referiram que foram trabalhar pelo menos um dia no último ano mesmo sentindo-se doentes. Os resultados indicaram que a decisão de irem trabalhar nessas condições resulta de uma avaliação subjetiva otimista da sua condição e dos impactos da mesma no seu desempenho. Como consequência dessa decisão, os trabalhadores concordaram que lhes era especialmente difícil realizar as suas tarefas, mas que, aquela dificuldade não os impedia de as concretizar. No seu desempenho, os trabalhadores recorriam às suas energias e à concentração para cumprirem os objetivos das suas funções, apesar de experimentarem sentimentos de desespero e de inibição do prazer no trabalho. Reconhecendo os efeitos negativos do presentismo na produtividade, os administradores da empresa tentam minimizá-los através de um programa integrado que inclui um plano de prevenção do risco, que passa pela formação profissional e pela sensibilização para a responsabilidade dos trabalhadores, e a aplicação de medidas assentes na prestação de cuidados médicos e de avaliação da capacidade dos funcionários para o trabalho. A análise das relações entre as exigências pessoais e as exigências do trabalho, que influem no processo de decisão dos trabalhadores quando escolhem entre ausentar-se ou permanecer no local de trabalho, requer a realização de uma investigação mais próxima do contexto do trabalho. A aplicação de métodos de campo poderia ajudar a aprofundar essa análise.