18 resultados para educadoras leigas práticas pedagógicas sociais
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Este estudo teve como objetivo analisar como ocorre a incluso de dois bebs surdos (de 1 ano) na educao infantil de um Centro Municipal de Educao Infantil (CMEI) do municpio de Vitria/ES. Como aporte terico foi utilizada a perspectiva Histrico-Cultural do desenvolvimento humano, sob a perspectiva que o sujeito se constitui nas relaes sociais, como um ser ativo que transforma e transformado nessas relaes. Nesse contexto, o desenvolvimento implica a relao com o outro e a mediao da linguagem, meio de comunicao e de constituio do pensamento. Assim, no caso dos bebs surdos, destaca-se a LIBRAS como lngua privilegiada que deve ser apropriada por eles e ensinada no cotidiano da educao infantil. Como opo metodolgica, desenvolvemos um estudo de caso de inspirao etnogrfica, por entendermos que essa metodologia permite atender apropriadamente ao objetivo do estudo. Para a coleta de dados, adotamos recursos como observao participante, registro em dirio de campo, entrevistas semiestruturadas com os sujeitos participantes da pesquisa e anlise documental. Na anlise dos dados, tomamos como eixos de anlise: as concepes dos profissionais a respeito da incluso, surdez e do trabalho com os bebs surdos; o cuidado e a educao dos bebs surdos e as atividades ldicas na sala dos bebs. As anlises indicam que muitos profissionais tm dvidas a respeito da incluso e que a falta do conhecimento da LIBRAS por parte de muitos profissionais, leva utilizao de outros recursos de comunicao, como os gestos. A vivncia e interao em LIBRAS entre as crianas e a maior parte dos profissionais da escola com os bebs surdos torna-se um desafio, sobressaindo a necessidade de mais profissionais com o conhecimento da LIBRAS para atender s crianas surdas em diferentes espaos no cotidiano da educao infantil, na perspectiva de potencializar o seu desenvolvimento e a constituio de sua identidade. Todavia, os profissionais da escola so movidos pela preocupao com a incluso e o aprendizado da LIBRAS, esforando-se no sentido de buscar novas formas de trabalho para/com as crianas surdas. Alm disso, o empenho da equipe bilngue na estruturao do cotidiano da educao infantil merece destaque, no s pelo trabalho que faz enquanto equipe bilngue, mas pelo incentivo e auxlio aos outros profissionais.
Resumo:
Organizadores, Denise Meyrelles de Jesus, Maria das Graas Carvalho Silva de S.
Resumo:
Esta dissertao tem como objetivo investigar as práticas pedagógicas inclusivas institudas no cotidiano da educao infantil a partir de um olhar para a infncia e para a criana com deficincia e transtornos globais do desenvolvimento. Apontamos como objetivos especficos: definir o que est sendo reconhecido como práticas educacionais inclusivas a partir de indicadores estabelecidos para identific- las no contexto de uma escola de educao infantil; investigar como a escola reflete, dialoga sobre as questes da incluso das crianas na primeira infncia na unidade de educao infantil e como se configuram as propostas de formao dos professores neste espao, a fim de constituir práticas pedagógicas inclusivas na unidade escolar; escutar as crianas com deficincia e transtornos globais do desenvolvimento e as demais crianas sobre como esto compreendendo o acontecimento das práticas pedagógicas em geral e as práticas pedagógicas inclusivas da unidade de ensino de educao infantil. Para tanto, desenvolvemos um estudo de natureza qualitativa, tendo como base a metodologia do estudo de caso etnogrfico numa perspectiva colaborativa, no qual realizamos anlise documental, entrevistas semiestruturadas, observaes participantes, ciclos de formao com os professores e roda de conversa com as crianas, que foram registrados por meio de fotografias, udio e videogravaes. O estudo foi desenvolvido no contexto de uma escola pblica de educao infantil do municpio de Cachoeiro de Itapemirim ES. Os participantes foram oito crianas pblico-alvo da educao especial, com idade entre dois a seis anos de idade, dez professores, trs pedagogas, uma diretora, uma coordenadora e duas auxiliares de turma que se envolveram direta ou indiretamente com o estudo. O estudo foi realizado durante quatorze meses, no perodo de 28 de outubro de 2011 a 10 de dezembro de 2012, em uma Escola Municipal de Educao Bsica do municpio de Cachoeiro do Itapemirim/ES, que atende exclusivamente aos alunos da educao infantil, em duas turmas de creche e trs de pr-escola. Os aportes tericos fundamentam-se na abordagem histrico-cultural e nos estudos de Phelippe Meirieu. Os dados foram organizados em temticas e episdios interativos e analisados por meio da abordagem microgentica e das anlises das narrativas. A anlise dos resultados evidenciou a importncia do investimento na formao dos professores, a constituio de relaes de colaborao entre professores regentes e de Educao Especial e a assuno de que toda criana tem capacidade de aprender, pois esses elementos influenciam as práticas pedagógicas constitudas nos espaos-tempos da Educao Infantil mediante o desafio de incluso escolar de crianas com deficincia e com transtornos globais do desenvolvimento.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo problematizar a ecoformao de professoras e alunos em espaos de convivncia, potencializados com as experincias da IV Conferncia Nacional Infanto-juvenil de Meio Ambiente (CNIJMA), visitas monitoradas, aulas de campo e sadas. Ancorada na Poltica Estruturante de Educao Ambiental, entendo que esses espaos de convivncia expressam um processo educacional, permanente, continnum e transformador. Tendo como mediadora a COM-Vida (Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) e o Tratado de Educao Ambiental para as Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a Educao Ambiental visa fortalecer a cidadania ambiental em movimento escola-comunidade-escola. Impregnada de sentidos e significados, busquei pesquisar a ecoformao dessa coletividade pelo vis do Paradigma da Complexidade, que me apresentou as incertezas como um processo potencializador da criatividade, da amizade e da solidariedade que tecem a rede de saberes e fazeres que envolvem esses sujeitos investigados, alm de evidenciar o cuidado de si com o outro e com o mundo. Ao trilhar os caminhos desta pesquisa, optei por abordagens qualitativas inspiradas na fenomenologia-existencial proposta por Martin Heidegger, Michle Sato e Paulo Freire e, dessa forma, pude investigar os saberes ambientais que atravessam as redes cotidianas da escola pesquisada, potencializando a cultura da sustentabilidade. Valendo-me da observao participante das práticas pedagógicas, encontrei nas narrativas das professoras e alunos a expressividade de um processo ecoformativo que instiga outras racionalidades comprometidas com a tica, a coletividade, a afetividade, a solidariedade, as transformaes sociais, a diversidade e a outridade.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a proposta/ prtica curricular do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) enquanto funo complementar na educao da criana pequena com deficincia e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Partimos das constataes de que, nas duas ltimas dcadas, documentos oficiais, assim como pesquisas na rea, apontam a necessidade de um trabalho pedaggico inclusivo, que atenda s demandas e caractersticas dos diferentes sujeitos matriculados. Questionamos se a proposta e prtica curricular complementar do AEE, por meio da SRM, tm contribudo para a incluso da criana pequena, pblico alvo da educao especial, nas práticas pedagógicas da sala de aula comum? Teoricamente buscamos as contribuies da Abordagem Histrico-Cultural para compreender o desenvolvimento e aprendizagem da criana com deficincia, assim como procuramos a interlocuo com os tericos do currculo, entre os quais Sacristn. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ao colaborativo-crtico. O lcus da pesquisa foi um Centro de Educao Infantil, situado em Vitria/ES, com uma sala de recurso multifuncional, modelo proposto pelo Ministrio da Educao (MEC). Os sujeitos participantes foram crianas de 3 a 7 anos matriculadas no Centro Municipal de Educao Infantil (CMEI) e encaminhadas para o AEE, na SRM (seis crianas surdas, sete crianas com manifestaes de TGD e uma criana com Sndrome de Down); dois professores de educao especial da SRM (uma professora da rea da rea de Deficincia Intelectual (DI), uma professora bilngue e um instrutor surdo); professores regentes do turno da manh CMEI e dois pedagogos. Como perspectiva terico-metodolgica, optamos pela rede significaes (Rossetti-Ferreira, 2004) que tem seus pressupostos fundamentados na teoria histrico-cultural, que compreende os processos de desenvolvimento humano como atos de significao constitudos por mltiplas interaes estabelecidas social e culturalmente pelos sujeitos durante toda a vida. A organizao e anlise dos dados ocorreram por meio dos movimentos, cenrios e atores; as práticas curriculares inclusivas na/da escola: a SRM e a sala de aula comum em seus encontros e desencontros; a preocupao com o desenvolvimento psicomotor da criana; o brincar versus a aquisio da leitura e escrita; o dilogo entre o currculo da SRM e a sala de aula comum e os encontros colaborativos com os professores de educao especial, com as pedagogas e com as professoras regentes do CMEI. Algumas consideraes importantes se destacam, entre as quais: a falta de formao e desconhecimento por parte dos professores de educao especial sobre a proposta curricular da educao infantil e práticas pedagógicas descontextualizadas e fragmentadas desenvolvidas na SRM, que dificultam a ao complementar ao trabalho da classe comum. Para as professoras das salas de atividades o AEE vivel na escola de educao infantil, mas no somente na SRM, concordam que deve haver o atendimento educacional especializado no turno em que a criana esteja matriculada; que ele pode ajudar na incluso da criana pblico alvo da educao especial, por meio de práticas sociais e culturais ldicas, lingusticas e intelectuais. Conclumos que as professoras desejam um AEE dinmico, interlocutor, que se movimente na escola como um todo.
Resumo:
Investiga o livro didtico na Educao Fsica tendo como fonte a produo acadmica publicada em peridicos, a forma e contedo de sete propostas didticopedagógicas e a anlise de proposta construda pelo Proteoria, que tem como eixo central as práticas pedagógicas de professores. Caracteriza-se como uma pesquisa plurimetodolgica, utilizando-se de estudo bibliogrfico, documental e da (auto)biografia. Na pesquisa bibliogrfica, mapeia e analisa textos que abordam propostas didtico-pedagógicas para o ensino da Educao Fsica e aponta aumento de interesse sobre o tema, sobretudo a partir da dcada de 2000, publicaes que tm sido produzidas na relao de parceria entre consultores das universidades e professores das instituies escolares, valorizando a participao dos docentes. Na pesquisa documental, analisa sete propostas didticopedagógicas com o objetivo de investigar, nas suas formas, os dispositivos de leitura elaborados para projetar as práticas pedagógicas, e, no contedo, as representaes sobre identidade da Educao Fsica como componente curricular. Conclui que essas propostas so produto da parceria entre universidade e instituies escolares, dialogando com os professores das redes de ensino. Suas formas e contedo indicam relao com as atuais polticas nacionais de reconfigurao da educao bsica pelos princpios da integralizao, interdisciplinaridade em reas de conhecimento, especialmente no ensino mdio. Na pesquisa (auto)biogrfica, ao investigar o livro didtico produzido pelos professores de Educao Fsica das redes de ensino da Grande Vitria-ES em parceria com docentes e alunos da Universidade Federal do Esprito Santo, observa coerncias entre o propsito do projeto, como o protagonismo e autoria do professor, a produo de conhecimento a partir das experincias e o livro didtico como caixa de utenslios. Discute, ainda, a necessidade de se aprofundar a progresso e complexidade dos contedos, o dilogo entre diferentes conhecimentos escolares e a valorizao do protagonismo dos alunos na produo de livros didticos.
Resumo:
Denise Meyrelles de Jesus, Claudio Roberto Baptista, Sonia Lopes Victor, organizadores.
Resumo:
Ningum consegue sair ileso de um encontro com o currculo e com a escola, principalmente diante de relaes to assimtricas de poder que no valorizam o que as crianas tm a dizer. Quantas narrativas curriculares sobre as crianas? Quantas narrativas curriculares com as crianas? As narrativas e as fotografias se seguiro nesta pesquisa, porque com elas nos colocamos a pensar nos processos de criao curricular, explorando novas sensibilidades, novas maneiras de ver e falar, a partir das redes de sentidos, forjadas nos contextos vividos, imaginados ou pensados, dentrofora da escola. Tambm inclumos a forma como as crianas se relacionam com as práticas pedagógicas dos professores e do modo como se relacionam com a escola. Nessa perspectiva, interessa-nos pensar em como os usos (CERTEAU, 1994) da imagem fotogrfica so capazes de afetar (e at transformar) as práticas curriculares, traando algo da potncia da/na imagem fotogrfica em sua funo fabuladora por meio das oficinas de fotografias realizadas com as crianas em virtude da pesquisa. A fotografia se torna potente como um recurso para provocar a inveno tessitura de outros sentidos em currculo no porque em sua materialidade ela est repleta de sentidos de currculo priori, mas porque pode ou no, ao ser usada (CERTEAU, 1994), ao ser vista pelas crianas, agenciar outros possveis para o currculo. Assim, o foco da discusso no a fotografia em si nem a criana em si, ou seja, no h protagonismo nem da criana nem da fotografia. O foco est nas relaes, naquilo que nos passa, isto , na experincia esttica (LARROSA, 2004b) que ocorre ao entrarmos em contato, ao vermos, ao compormos com as fotografias! Nesse sentido, pensamos as oficinas de fotografias como um dispositivo de criao e produo de acontecimentos em currculo, considerando-as mquinas de fazer ver e falar, o que as justifica como uma estratgia narrativa capaz de produzir acontecimentos na imagem e no mundo. Que sentidos de currculo so produzidos em multiplicidades? Pelas minoridades pretendemos movimentar nosso pensamento: que quer pensar um currculo como fabulao sem dizer o que ele , mas no que ele vai se transformando com a chegada das crianas. No encontro das imagens com as palavras, em que o currculo vai se transformando? Sob a mesma superfcie chamada currculo em extenso com as crianas, co-habitantes, encontrar os modos de olhar esse currculo e de diz-lo por meio das fotografias, das narrativas, dos cartazes, dos desenhos, das poesias... As conversas com as crianas provocam o real, colocam em desequilbrio algumas ideias feitas em educao, exigindo reordenaes e invenes de outros pensamentos para a educao. dessa criao de efeitos impensveis que surge a inveno de currculos possveis. Aprender a olhar mais (at cansar!) aquilo que no percebemos no dia a dia tem uma dimenso poltica muito importante; por meio desse gesto (que aprendemos com as crianas) podemos criar um novo pensamento poltico em educao. A partir daquilo que nos d a ver, as crianas vo inaugurar sentidos impertinentes, desestabilizadores daquilo que chamamos de currculo e escola. O desafio consiste em falar da fora contida na imagem fotogrfica sem vontade de interpret-la ou descrev-la, mas escrever e pensar pelas fotografias num movimento de criao de sentidos e acontecer por elas.
Resumo:
Este estudo tem como tema Estudantes Pblico-Alvo da Educao Especial na Educao em Tempo Integral no Municpio de Vitoria-ES. Seu objetivo geral foi investigar os modos de atendimento aos estudantes pblico-alvo da Educao Especial do Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada, oferecido pelo ensino pblico municipal nas Escolas de Ensino Fundamental (EMEFs) do municpio de Vitria, pela fala dos gestores e executores do programa. Seus objetivos especficos foram compreender a configurao da proposta de Educao em Tempo Integral Educao Ampliada no municpio de Vitria-ES; caracterizar o conjunto de estudantes pblico-alvo da Educao Especial participantes do Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada no municpio; compreender os sentidos e significados da incluso de estudantes pblico-alvo da Educao Especial no Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada no municpio de Vitria-ES. Trata-se de pesquisa qualitativa, cuja metodologia envolveu reviso de literatura e estudo de caso. O instrumento de pesquisa foi uma entrevista semiestruturada, por permitir explorar mais amplamente as abordagens e proporcionar aos entrevistados maior liberdade para emitir as suas opinies. Os sujeitos da pesquisa foram os gestores responsveis pelo desenvolvimento do Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada da Secretaria Municipal de Educao do municpio de Vitria (Seme) e a equipe de uma das EMEFs que comps o grupo focal, profissionais diretamente envolvidos no exerccio das práticas pedagógicas com os estudantes matriculados no Programa da Unidade de Ensino. Os resultados das anlises da pesquisa foi que a Educao em Tempo Integral Educao Ampliada uma realidade no municpio de Vitria-ES, desde a sua implantao em 1989. O programa atende hoje a 3.203 estudantes. Desse total, apenas 35, ou seja, 1,9%, compem o pblico-alvo da Educao Especial atendido pelo programa em foco. A anlise das informaes documentais, os relatos dos gestores que se revezaram desde a implantao do Peti e as entrevistas com os sujeitos desta pesquisa revelaram que a educao em tempo integral se processa no municpio de Vitria de forma lenta e descontnua, especialmente por ocasio do revezamento entre uma administrao e outra, quando muda a gesto poltica.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo compreender o fazer estratgia no seio de uma empresa familiar a partir das práticas sociais que envolvem os seus gestores. As práticas sociais so concebidas como um fenmeno social, o qual nasce e se desenvolve da interao e do relacionamento entre indivduos em seu grupo social. Este grupo ou mundo social do indivduo encontra-se em um processo constante de transformaes em virtude da infinidade de interconexes sociais ali compartilhadas. J o fazer estratgia apresenta-se aqui sob a tica da estratgia como prtica social que contempla [...] como os praticantes de estratgia realmente agem e interagem [...] (WHITTINGTON, 1996, p. 731), ou seja, a confluncia entre as construes e práticas sociais cotidianas sobre seu fazer estratgia. A contemplao desses constructos tericos possibilitou a formao de um esquema conceitual que por intermdio de um estudo de caso favoreceu o entendimento de como as práticas sociais dos gestores se relacionam com o seu fazer estratgia na empresa familiar?. Para coleta de dados utilizou-se das tcnicas: pesquisa documental, observao no-participante e entrevista semiestruturada (TRIVIOS, 1987). Os dados foram tratados atravs da tcnica de Anlise de Contedo na abordagem temtica (BARDIN, 1977). Conclui-se com este estudo que as práticas sociais dos mais variados contextos nos quais os gestores da Empresa X se inserem, como o contexto familiar, interferem e se inter-relacionam diretamente no seu agir cotidiano e consequentemente no seu "fazer estratgia" a frente da empresa familiar, confirmando, estranhando e transformando a construo social dos sujeitos.
Resumo:
Apoio CNPq/Capes-Procad.
Resumo:
Este estudo foi elaborado a partir da proposta de fortalecimento das relaes comunitrias entre a Universidade Federal do Esprito Santo e as comunidades jongueiras e caxambuzeiras. Destina-se a apresentar a pesquisa realizada em territrios negros sob a inspirao do Jongo e do Caxambu, reconhecidos como Patrimnio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan). A pesquisa foi desenvolvida no norte do Estado do Esprito Santo e tem como recurso analtico e conceitual estudos sobre etnicidade no campo da educao. Sua proposta ampliar e constituir-se como base para a implementao da Lei n. 10.639/2003, considerando a descrio das categorias religiosidade, territorialidade, memrias, cultura negra, cultura popular e tradio, com base nas narrativas dos sujeitos. Relaciona as práticas culturais do jongo e do caxambu como elementos importantes para a reconstruo da histria do negro no Sudeste brasileiro. O tema de investigao foi construdo sob a inspirao terica dos estudos culturais referenciados em Stuart Hall (2008), Canclini (1997), Santos (2008, 2009), Certeau (2005) e na produo simblica das interpretaes sociais, das fronteiras tnicas para descrever as diferenas percebidas pelos sujeitos. Trabalhou-se basicamente propondo as mltiplas interpretaes a partir do vivido. O estudo refora a importncia das africanidades na formao de professores e a discusso do Patrimnio Imaterial do Jongo como possibilidades de saberes-fazeres no campo do currculo escolar. Os caminhos da pesquisa partem de uma base etnogrfica, conjugando a metodologia da histria oral temtica com a pesquisa participante e a pesquisa ao, interligando as memrias dos sujeitos, suas narrativas e vivncias ao fazer pedaggico no cotidiano das comunidades. Ressalta a relao intercultural e territorial que identifica jongueiros e caxambuzeiros. Os resultados da pesquisa descrevem as condies dessas práticas, da visibilidade das polticas culturais, da produo das identidades jongueiras no norte do Estado do Esprito Santo, sob o ponto de vista dos sujeitos elencados.
Resumo:
Este trabalho tem como objeto de estudo as aes organizativas dos movimentos populares de bairro, enquanto práticas poltico-pedagógicas. Tomamos como foco, as associaes de moradores da regio da Grande So Pedro. Apesar de ter ficado conhecida na dcada de 1980 pela situao de misria, os moradores dessa regio, historicamente perpassada pelo fenmeno da segregao socioespacial, encontraram nas adversidades motivao para a organizao do movimento popular como forma de construir sua histria e afirmar sua cidadania. Totalmente transformada no que tange sua urbanizao, a regio ainda hoje apresenta um cenrio adverso para os moradores. Nesse sentido, a importncia da organizao dos moradores na atualidade fundamental para lutar contra as situaes de opresso que se impem sobre os mesmos. Entretanto, o quadro que os atuais movimentos populares de bairro desta regio apresenta de reproduo de um modelo poltico-cultural marcado pelo individualismo, com traos peculiares da formao social brasileira - caracterizada por práticas de centralizao, dependncia e clientelismo poltico. Deve-se registrar que apesar de tambm trazerem traos de lutas e resistncia, a forma como atualmente acontecem, com aes em nveis imediatos, esvaziadas de contedo poltico mais amplo, sem articulao com movimentos mais abrangentes, acabam se expressando em um associativismo individualizado. Desta feita, reiteramos neste trabalho a necessidade de a classe trabalhadora brasileira retomar, reconstruir espaos que contribuam com a formao de lideranas, com a qualificao das bases desses movimentos, para que seus protagonistas possam consolidar uma prtica poltico-pedaggica fundamentada na educao popular e com isso venham adensar as lutas da classe trabalhadora e somar ao projeto de construo da contra-hegemonia, visando transformao social. Buscar-se-ia neste sentido, a consolidao de um projeto social mais igualitrio, justo e verdadeiramente democrtico, no qual seja possvel a emancipao humana.
Resumo:
Estudos realizados no campo das masculinidades mostraram que a adeso e identificao de determinados grupos a um conjunto de regras e comportamentos que definem o ser homem implicava em adoecimento e submisso a um regime que supostamente lhes oferece vantagens e poder. Compreender como diferentes grupos constituem-se em relao diviso social sexual torna-se relevante principalmente se considerarmos sujeitos que fogem ao padro que define modos de ser homem e ser mulher. Esta tese objetivou investigar as representaes sociais de masculinidades e de amor de sujeitos com identidades de gnero e orientaes sexuais diversas, especificamente: identificar e analisar representaes sociais de masculinidade e amor de travestis, homens gays e homens heterossexuais; apreender experincias de preconceito e discriminao vividas em funo da identidade de gnero e orientaes sexuais. A pesquisa foi realizada em duas etapas: entrevistas semiestruturadas com 21 travestis; aplicao de questionrios com questes abertas e fechadas em 52 homens gays, 40 homens heterossexuais e 39 travestis. Os dados coletados na primeira etapa foram submetidos aos procedimentos da anlise de contedo categorial temtica. O tratamento dos dados coletados na segunda etapa foi realizado atravs do software ALCESTE. Os homens heterossexuais representam a masculinidade a partir de uma perspectiva evolutiva, ancorada no discurso biolgico e cientfico que descarta as influncias da cultura na constituio dos sexos e identidades de gnero. Nos homens gays encontramos aproximaes das representaes dos sujeitos ao modelo da masculinidade hegemnica fortemente identificada imagem do homem heterossexual, bem como elementos que ora apresentam aproximaes, ora distanciamentos desse padro. As travestis tambm utilizam elementos da ideia de masculinidade hegemnica para construo desta representao, objetivando-a na construo do modelo do homem forte e viril, sobre o qual no se identificam mas direcionam seu desejo. Os trs grupos representam o amor como elemento estranho masculinidade, posto que este objeto que pertence feminilidade. O amor distancia-se da construo da representao social de masculinidade de homens heterossexuais, elemento estranho e conflituoso s representaes dos homens gays e valor que corresponde a uma tica para o grupo de travestis. Nesse contexto, as experincias de preconceito e discriminao pouco modificam a elaborao das representaes de heterossexuais; influenciam fortemente a construo da imagem de homem e mulher por onde homens gays e travestis alimentam suas identificaes. Conclumos apostando na defesa da emergncia de práticas e identidades sexo-diversas como artifcios potentes desestabilizao do padro da dominao masculina para determinao de sexos e identidades.
Resumo:
O objetivo do estudo foi identificar jogos, danas, brincadeiras e outras práticas corporais para analisar o processo de sua apreenso pelos sujeitos nas dinmicas de relaes sociais das comunidades. Em menor instncia, os objetivos foram listados para analisar os momentos de continuidade, descontinuidade e/ou ruptura das tradies que ocorrem ao se desenvolver as práticas corporais e identificar e analisar as relaes registradas nos espaos de entrega e recepo dessas tradies. Para tanto, ao propor a investigao das práticas corporais de comunidades tradicionais como nosso objeto de estudo, decidimos analisar Alto Santa Maria, do estado do Esprito Santo, localizada no municpio de Santa Maria de Jetib, elegendo como sujeitos deste estudo crianas e adultos da comunidade pomerana. A partir de uma abordagem qualitativa, num primeiro momento foi realizado um levantamento bibliogrfico e, posteriormente, o trabalho em campo para a coleta de dados por meio de entrevistas abertas e da tcnica de observao assistemtica de campo. A anlise das entrevistas foi realizada de forma interpretativa, buscando apreender nas falas dos sujeitos, e de forma qualitativamente satisfatria,as categorias previamente selecionadas. A anlise dos dados permitiu reconhecer, dentre os vrios elementos da identidade cultural, a cultura corporal com relaospráticas corporais locais. Em Alto Santa Maria, elas se inscrevem em um contexto dinmico, no qual se registram tanto tradicionais quanto no-tradicionais. Desta forma, conclumos que as práticas corporais, como jogos, brincadeiras e danas, materializam-se, nos contextos descritos, simultaneamente como práticas pomeranas ou externas comunidade, mas que hoje fazem parte das práticas culturais do Alto Santa Maria, conduzindo a um dilogo entre elas.