3 resultados para chlorophyll fluorescence
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
A intensa atividade humana devasta grandes extenses de florestas nativas, seja para expanso da agricultura seja para suprir a crescente demanda do mercado por madeira, de uma forma ou de outra os pequenos fragmentos florestais remanescentes sofrem constantes presses antrpicas, contudo, o uso de espcies arbreas adaptadas pode contribuir para a proteo desses recursos naturais. Buscou-se neste estudo avaliar os padres fenolgicos de 109 espcies florestais arbreas pertencentes a 37 famlias e 82 gneros, dentre nativas e exticas, com nove anos de idade, para diferenciar as mais adaptadas e com potencial de serem utilizadas em programas de reflorestamento. O estudo foi realizado na Fazenda Experimental do Incaper, em Jucuruaba, municpio de Viana-ES, (UTM E-345524, N- 7741039). Foram realizadas anlises qumicas do solo na rea plantada e os dados climatolgicos obtidos na estao meteorolgica de Viana. O estudo baseou-se na observao do nmero de plantas sobreviventes de cada espcie e da avaliao do seu crescimento. Foram realizadas observaes das fenofases de brotao, senescncia de folhas, florao e frutificao. As avaliaes fenolgicas foram realizadas em intervalos mensais, no perodo de novembro de 2012 a outubro de 2013. Realizou-se a medio da altura das rvores, dimetro altura do peito (DAP), ndice de enfolhamento, taxa de sobrevivncia e clculo do ICC (ndice Combinado de Crescimento), bem como a determinao das espcies mais adaptadas. Das 109 espcies estudadas, 64,22% apresentaram adaptao funcional e estrutural s condies de solo e clima da regio experimental, 42,22 % floresceram e frutificaram e 90% apresentaram senescncia e brotao acompanhando a sazonalidade climtica. Vinte e nove espcies apresentaram ICC maior do que o ICC mdio. A maioria das espcies destacou-se como alternativa para recuperao da cobertura vegetal local, com destaque para Inga uruguensis e Schizolobium amazonicum. As anlises de fluorescncia da clorofila revelaram que o aparato fotossinttico da Schizolobium amazonicum foi capaz de proteg-la da fotoinibio e promover boa converso da energia luminosa em fotoqumica.
Resumo:
Cariniana estrellensis (Raddi.) Kuntze e C. legalis (Mart.) Kuntze so arbreas nativas do Brasil que, alm de possurem alto poder econmico, so objeto de interesse em programas de recuperao de reas degradadas e em plantios comerciais. A escassez de informaes relacionadas ao desempenho ecofisiolgico dessas espcies em condies ambientais estressantes dificultam o manejo e conservao das mesmas. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar a ecofisiologia das espcies em um gradiente de irradincia, por meio de dois experimentos. No experimento 1, plantas de C. estrellensis com 12 meses de idade foram submetidas a quatro tratamentos: 40%, 50%, 70% e 100% de irradincia, durante 104 dias. Ao final desse perodo foram feitas anlises de crescimento, do contedo de pigmentos fotossintticos, de trocas gasosas, da fluorescncia da clorofila a, do contedo foliar de carboidratos solveis, das caractersticas anatmicas foliares e caulinares e da plasticidade fenotpica da espcie. No experimento 2, plantas de C. estrellensis e C. legalis com 14 meses de idade foram submetidas a dois tratamentos: 30% e 100% de irradincia (sombra e sol, respectivamente), durante 30 dias. Ao final desse perodo foram feitas anlises do estresse oxidativo das espcies, por meio da quantificao da atividade das enzimas catalase e peroxidase do ascorbato e por meio da quantificao do contedo foliar de pigmentos fotossintticos. No experimento 1, em 70% de irradincia, as plantas apresentaram melhor crescimento em altura e dimetro, maior massa seca de folhas (MSF), de caule (MSC) e de raiz (MSR). Em 70% e 100% de irradincia, as plantas apresentaram folhas menores (AFU) e mais espessas (AFE e MFE) resultando em menor rea foliar total (AFT). Nesses tratamentos as plantas tambm apresentaram menor contedo foliar de clorofila a (Chl a) e b (Chl b), porm, maior razo Chl a/b e maior contedo de carotenides, o que implicou em menor razo Chl a/Carot. Taxas fotossintticas maiores foram encontradas nas plantas em 70% e inibidas em 40% e 50%, em funo da baixa irradincia solar, e em 100%, possivelmente pela ocorrncia de fotoinibio, como mostraram os parmetros do fluxo de energia do fotossistema II. De acordo com a anlise da fluorescncia da clorofila a, em pleno sol, as plantas apresentaram menor densidade de centros de reao ativos (RC/ABS) e maior dissipao de energia (DI0/ABS), culminando com menor desempenho do fotossistema II (PIabs) e desempenho total (PITotal). O contedo foliar de carboidratos solveis foi maior nas plantas em 70%, seguido das plantas em 100% de irradincia, com exceo da glicose, que no variou entre os tratamentos. A maior espessura encontrada nas folhas sob 100% de irradincia foi em funo da maior espessura das epidermes adaxial e abaxial e dos parnquimas palidico e esponjoso. E o maior dimetro do caule em 70% de irradincia se deu pela maior espessura do xilema e floema secundrios. No experimento 2, as plantas em pleno sol de ambas as espcies tambm apresentaram menor contedo foliar de clorofila a (Chl a) e b (Chl b) e maior razo Chl a/b. No entanto, o contedo de carotenides foi maior, o que implicou em menores razes Chl a/Carot. A atividade da catalase (CAT) variou em funo do tempo e da espcie, apresentando uma queda em C. estrellensis aos 16 dias, possivelmente em funo de fotoinativao, e um aumento em C. legalis aos 30 dias. J a atividade da peroxidase do ascorbato (APX) no variou em funo do tempo, da espcie ou dos tratamentos. O estudo da plasticidade fenotpica mostrou que C. estrellensis uma espcie plstica, principalmente em funo das variveis de fotossntese e trocas gasosas, sendo capaz de sobreviver no gradiente de irradincia testado, o que viabiliza o seu uso em projetos de recuperao de reas degradadas. E, uma vez que as anlises ecofisiolgicas mostraram que C. estrellensis e C. legalis apresentaram melhor desempenho em luminosidade moderada, sugere-se que ambas comportaram-se como espcies intermedirias no processo de sucesso florestal. No entanto, uma vez que a concentrao de pigmentos foliares e a produo de enzimas antioxidantes inferiram maior susceptibilidade de C. estrellensis fotoinibio em alta irradincia, sugere-se maior viabilidade do uso de C. legalis em projetos de recuperao de reas degradas.
Resumo:
Esse estudo objetivou investigar, em regime de casa de vegetao, o desempenho fisiolgico de duas cultivares jovens e enxertadas de seringueira (Hevea brasiliensis), submetidas deficincia hdrica e posterior recuperao. Os parmetros analisados foram o potncial hdrico foliar (w), taxa de sobrevivncia e crescimento aps reidratao e a fluorescncia transiente da clorofila a. Trinta dias aps a aclimatao, o dficit hdrico foi iniciado pela supresso total da gua at o potencial hdrico (w) atingir valores crticos (38 dias), seguido por 30 dias de reidratao. Os dois gentipos (RRIM600 e FX3864) apresentaram um comportamentos semelhantes de reduo do w com o avano da supresso hdrica. Entretanto, o gentipo FX3864 mostrou-se mais susceptvel ao dficit hdrico comprovado por valores que demonstram deficincia no transporte de eltrons no etapa fotoqumica da fotossntese e por uma menor taxa de sobrevivncia aps desidratao e menor crescimento e desenvolvimento aps a reidratao. RRIM600 apresentou uma maior tolerncia imposio da supresso hdrica, confirmada pelos valores da maioria dos parmetros analisados e pelo menor tempo necessrio para sua recuperao.