6 resultados para Serviço de saúde mental comunitário
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Fazer preveno em Saúde Pblica implica em conhecimento sistematizado para a proposio de programas e sua avaliao. Quanto preveno de Deficincia Mental, que atinge cerca de 10% da populao, pouco se conhece no pas. Adotando uma metodologia para levantamento de aes preventivas de DM em hospitais e unidades de saúde, junto a gestantes e recm-nascidos, foi possvel descrever e analisar a atuao da rede pblica de saúde da Grande Vitria/ES, indicando os nveis de preveno mais atendidos. Foram levantadas as aes de preveno (AP) de cinco hospitais pblicos de grande porte, nove (31%) unidades de saúde e seis secretarias de saúde, entre 1996-97. Os dados de 25 entrevistas mostram que esses locais realizavam 51,5% das 433 AP possveis (57,4% da preveno primria e 45,5% da secundria). Particularizando a atuao de cada municpio e local pesquisado, os dados fornecem subsdios para anlises e possveis mudanas nos indicadores de saúde materno-infantil.
Resumo:
Para pesquisar sobre as produes de cuidado pelos trabalhadores da saúde mental na relao cotidiana do trabalho e com os usurios, utilizou-se como ferramentas metodolgicas: a cartografia - por considerar os processos descritivos de uma vida e as multiplicidades que atravessam os sujeitos - e as narrativas propostas por Walter Benjamin, como forma de contar histrias sobre estes processos que se compem na produo de cuidado. A Reforma Psiquitrica no Brasil foi marcada pela crtica aos modos asilares, que eram/so adoecedores e negam os desejos e os direitos das pessoas que passam pela experincia da loucura, internadas ou no. Com o olhar crtico a esse modelo hospitalocntrico, vrios atores antimanicomiais protagonizaram a criao de dispositivos que transversalizam essa forma de cuidado. O cuidado em saúde mental passou por diversas transformaes como mostra Foucault (1982), principalmente com a entrada do saber cientfico que se apropriou do conhecimento e do controle dos corpos para lidar com a loucura, o que proporcionou o isolamento dos loucos. E, hoje, com a Reforma Psiquitrica, temos o desafio de continuar o movimento de desinstitucionalizao das prticas, dos saberes e dos manicmios mentais, que perpassam as relaes de trabalho de cuidado por meio de capturas, sensveis ou no, e que se presentificam nos corpos, nas falas e nas aes. Dessa forma, faz-se necessrio que esses processos de rupturas ao modo manicomial se iniciem em ns, para que a produo de subjetividades e novos modos de existncia do outro se expandam em suas (re)invenes. Por isso, o trabalho se cria a todo instante, no tendo um modelo nico de cuidar na saúde mental. No entanto, importante salientar que a interveno seja pautada numa tica esttica-poltica e na produo de autonomia dos sujeitos, para que o trabalho no seja tutelador, mas que permita as afirmaes dos desejos dos usurios. As equipes multiprofissionais e transdisciplinares fazem toda a diferena no acolhimento, no acompanhamento e nas intervenes com os usurios, os familiares e os prprios trabalhadores da saúde mental. Como uma forma de dispositivo de trabalho para produzir cuidado, a arte e a cultura so vistas como transformadores dos modos de existncia, bem como o lazer e a ocupao dos territrios e da comunidade em que os usurios esto inseridos
Resumo:
Comunicao oral apresentada na 18th World Conference of Social Work realizada em 2006 em Munique, Alemanha.
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa-interveno com o objetivo principal de colocar em anlise a atividade na vigilncia em saúde do trabalhador ancorada nos pressupostos da formao pelo trabalho. Tem como aporte conceitual o referencial terico-metodolgico da clnica da atividade proposta por Yves Clot e colaboradores. A pesquisa foi realizada com a equipe multiprofissional que atua na vigilncia em saúde do trabalhador do Centro de Referncia Estadual em Saúde do Trabalhador do Esprito Santo (Cerest/ES). As rodas de conversa, a partir da clnica da atividade, foram a estratgia metodolgica privilegiada. O gnero profissional vigilante em saúde do trabalhador, ao se confrontar com o estudo das diretrizes da clnica da atividade, foi produzindo deslocamentos que o levou a (re)pensar, analisar a sua atividade e o processo de trabalho no qual estava inserido. A cada encontro no dilogo com a clnica da atividade, eram experimentados os modos de como esses profissionais atuavam na vigilncia, como tambm todo o atravessamento desse gnero na assistncia aos trabalhadores, nas atividades educativas e gesto do trabalho. No desenvolvimento das rodas, ficou evidenciado o quanto esses encontros se tornaram equipamentos para esses profissionais. As atividades desenvolvidas produziram anlise coletiva do trabalho e um processo de formao pelo trabalho. Buscaram incorporar os mtodos utilizados pela clnica da atividade no cotidiano do Cerest dialogando com os efeitos desse processo. Nas rodas tambm emergiram propostas de mudanas na maneira como vinham ocorrendo as atividades realizadas, a gesto do trabalho nessa equipe e as estratgias de atuao na vigilncia, ou seja, interveno no processo de trabalho do grupo, produzindo potncia para o poder de agir do gnero. O referencial terico-metodolgico da clnica da atividade foi um dispositivo de formao importante. Permitiu a experimentao e o desenvolvimento do gnero vigilantes em saúde do trabalhador na produo de anlise da atividade, na constituio de uma clnica dialgica em transformao. Tambm possibilitou contemplar na anlise as dimenses integrantes da atividade de trabalho, fazendo a interlocuo para o encontro entre os saberes da experincia institudos no cotidiano do serviço de saúde e o saber acadmico na produo de conhecimento.
Resumo:
A Poltica Nacional de Ateno Integral Saúde do Homem prope formas diferenciadas de atuao da equipe de saúde no atendimento da populao masculina, uma vez que este pblico demanda estratgias diferenciadas de serviço. Ao se deparar com a realidade vivenciada pelos homens, surgem vrias questes acerca do esteretipo social construdo acerca das caractersticas masculinas e suas vivncias. O objetivo da pesquisa foi compreender alguns aspectos relevantes para as prticas de saúde de homens usurios de Unidade de Saúde da Famlia, como qualidade de vida, consumo de lcool, representaes sociais da bebida alcolica e caractersticas de masculinidade. Foi utilizada uma amostra de 300 homens, frequentadores de Unidade de Saúde da Famlia, e aplicado um questionrio contendo os dados sociodemogrficos, o World Health Organization Quality of Life (Whoqol-bref), o Bem Sex-Role Inventory (BSRI), um exerccio de evocao sobre bebida alcolica, o Alcohol Use Disorders Identification Test (Audit) e um bloco para verificar os problemas ocasionados pelo consumo de lcool e a procura por tratamento. Os dados dos instrumentos quantitativos foram analisados com testes estatsticos de comparao de mdias e de correlao. Os dados das evocaes foram analisados com o software EVOC (Ensemble de Programmes Permettant lAnalyse des vocations). Na primeira anlise, constatou-se adeso mais alta a caractersticas femininas, alta percepo de qualidade de vida e padres de consumo de lcool semelhantes s mdias nacionais. Homens que declararam praticar sua religio apresentaram mdia significativamente menor de consumo de lcool. Apresentaram correlao inversamente proporcional ao consumo de lcool as caractersticas femininas de gnero, os domnios fsico, social, psicolgico e percepo global de qualidade de vida. Na anlise das evocaes, constatou-se que os elementos com tendncia centralidade so, em sua maioria, de cunho negativo. Os dados da populao geral apresentaram o termo gosto como um aspecto positivo e central da bebida alcolica. O grupo de abstinentes no apresentou avaliao positiva do termo e o grupo de bebedores apresentou o termo diverso na primeira periferia, referindo-se aos aspectos positivos e de socializao da bebida alcolica. Os resultados indicaram uma qualidade de vida satisfatria, a religio e as caractersticas femininas destacaram-se como um fator de proteo ao uso de bebida alcolica. Apresentaram, ainda, percepo dos problemas associados ao prprio consumo. Apesar de a maioria dos termos relacionados bebida alcolica ser negativo, este consumo ainda se d em um nvel considervel. Por isso, se faz necessria a construo de vnculo entre o profissional e o usurio do serviço de saúde a fim de dar oportunidade para que as reais prticas sobre a bebida alcolica sejam evidenciadas. Esses dados podem ajudar profissionais de Saúde da Famlia a refletirem sobre as representaes sociais que constroem acerca dos homens de classe popular usurios do serviço
Resumo:
Esta tese apresenta os resultados da pesquisa que teve como objetivo analisar como os trabalhadores vivenciam os efeitos subjetivos produzidos pelo processo de trabalho de um Centro de Ateno Psicossocial lcool e Drogas (CAPSad). A pesquisa foi realizada sob uma abordagem qualitativa, em um CAPSad do municpio de Vila Velha, Esprito Santo. A coleta de dados se deu por meio de cinco etapas: 1. Anlise documental das polticas vigentes sobre uso de drogas; 2. Anlise de pronturios; 3. Entrevista coletiva com dez trabalhadores; 4. Oitenta horas de observao do cotidiano de trabalho; 5. Entrevista em profundidade com treze trabalhadores. Para anlise de dados foi utilizada a tcnica da Anlise Temtica. Constatamos que no plano das polticas sobre o assunto,h prevalncia de ideias relacionadas represso dos usurios, apesar da tentativa do Ministrio da Saúde (MS) em abordar a reduo de danos como uma estratgia que valoriza o sujeito e sua singularidade. A anlise ainda apontou as dificuldades que os profissionais enfrentam neste municpio para atuar segundo as diretrizes do MS, uma vez que as aes municipais do nfase represso, religiosidade e ao amedrontamento como estratgia de preveno, com apoio da justia e da polcia. Enfatizamos que tais ambiguidades repercutem no trabalho e para o trabalhador. Apontamos ainda outros aspectos que geram efeitos para os trabalhadores: condies de trabalho precrias (devido estrutura do serviço, baixos salrios e rede de ateno inexistente), falta de reconhecimento (devido omisso da gerncia e ausncia de normas) e sobrecarga (devido falta de profissionais e aos conflitos nas divises de tarefas). Essas situaes levam a efeitos subjetivos como: desgaste, adoecimento, medo, incapacidade de agir, apatia, desvalorizao, desmotivao e no aprisionamento do trabalhador. Notamos que estes efeitos so todos negativos e que os profissionais os vivenciam por meio do distanciamento afetivo no processo de trabalho, o que repercute negativamente na possibilidade de produo de um cuidado efetivo. Sugerimos que haja investimentos na formao de todos os trabalhadores que atuam nesse local, com foco na educao permanente, uma vez que por meio desta h o incentivo da aprendizagem e o enfrentamento criativo dos efeitos vivenciados no cotidiano. preciso que haja dilogo, seja entre os trabalhadores e a gesto, entre os prprios trabalhadores e entre trabalhadores e usurios.