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em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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Nosso objetivo foi compreender o juzo da representao da ao de plgio de estudantes do segundo e terceiro anos do ensino mdio, provenientes de escolas pblicas e particulares de Vitria, Esprito Santo. Participaram 40 discentes entre 16 a 18 anos, que frequentavam trs escolas pblicas e duas privadas da cidade de Vitria-ES, divididos igualmente quanto a sexo e tipo de instituio. Nosso instrumento de pesquisa foi a um roteiro de entrevista semiestruturado, contendo uma histria-fictcia que envolveu o comportamento de plgio. As entrevistas foram realizadas individualmente, em consonncia com o mtodo clnico piagetiano e, como procedimento de anlise dos protocolos, utilizamos a sistematizao de categorias proposta por Delval. Avaliamos os juzos dos adolescentes com relao a representao da ao de plgio do personagem da histria-fictcia contada, nos seguintes aspectos: se consideravam a ao certa ou errada, se o plagirio deve ou no ser punido e qual (is) a (s) penalidade (s) sugerida (s). Foram solicitadas as justificativas de todos os aspectos anteriormente mencionados. A partir dos dados encontrados, constatamos que a maior parte dos estudantes: 1) considerou que o plgio uma atitude errada; 2) justificou ser errado, principalmente pela negligncia do aluno no cumprimento do trabalho, pela possibilidade de consequncia negativa e pela ao ser incorreta; 3) afirmou que o personagem deve ser punido; 4) analisou, como castigo para este ato, fazer um novo trabalho, uma conversa e receber nota zero no trabalho plagiado e, por fim, 5) justificou as sanes sugeridas em virtude da oportunidade de aprendizado e/ou reflexo do aluno com a punio da adequabilidade da punio e da possibilidade de consequncia negativa para o aluno. Por outro lado, as razes dos poucos escolares que consideravam que o personagem da histria no deve ser penalizado foram a favor da ausncia de especificao e/ou proibio pelo docente e por causa do plgio ser um fato rotineiro. De maneira geral, os dados de nossa pesquisa mostram que os participantes sabem que errado plagiar, reconhecem que no se deve fazer este ato e a maioria dos estudantes penalizou a conduta investigada. Esse trabalho pode contribuir para a ampliao dos estudos na rea da moralidade e colaborar com subsdios tericos para a elaborao de projetos de educao em valores morais que contemplem, de uma forma geral, o enfrentamento da desonestidade acadmica e, especificamente, o plgio. Consideramos que a insero desse contedo nas propostas de educao em valores morais contemporneas poder enriquecer a formao moral dos estudantes. Assim, esperamos, a partir dos resultados encontrados na presente pesquisa, subsidiar e promover a realizao de outros estudos e propiciar discusses e aes sobre o referido tema, principalmente na Psicologia e na Educao.