2 resultados para SOCIEDADES COMERCIALES -ASPECTOS JURÍDICOS - COLOMBIA
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Muitos alimentos so conhecidos apenas em alguns grupos humanos, por diversas razes. Outros, entretanto, tornaram-se praticamente universais, sendo conhecidos e apreciados em quase todas as sociedades humanas com condies econmicas que permitam sua incluso no mbito do comrcio internacional. Um deles, em especial, est no foco de interesse da presente investigao. No se trata de alimento relevante para a composio dos hbitos alimentares cotidianos em qualquer grupo humano, mas que ocupa posio privilegiada em termos de preferncia em diferentes lugares do mundo: o chocolate. O presente trabalho buscou conhecer e analisar fatores que influenciam o consumo de chocolate de um conjunto de pessoas e as modalidades de explicao ou justificao que apresentam para o seu padro de consumo e para o tipo de interesse que tm pelo chocolate. Para a coleta de dados foi utilizado um questionrio com 62 questes fechadas e 1 questo aberta - que utilizou a tcnica da evocao. Participaram 313 homens e mulheres, a maioria na faixa etria entre 16 e 25 anos. Foram exploradas variveis como situao scio-econmica, peso corporal, estado de sade, frequncia e quantidade de chocolate consumido, preferncia em relao ao consumo de alimentos em geral, alm de terem sido verificadas quais situaes os participantes admitem estarem associadas a variaes no padro de consumo de chocolate, tendo sido includas tanto situaes estressantes quanto relaxantes. Foram abordados tambm alguns pontos considerados controversos a respeito do consumo de chocolate, que so objeto de interesse cientfico e merecem grande ateno dos meios de comunicao. Houve interesse especial na discusso das diferenas encontradas quando os padres de consumo de homens e mulheres so comparados. Ficou evidente, no grupo de participantes, que a influncia de muitos dos aspectos considerados sobre o consumo do chocolate no se processam de forma idntica sobre homens e mulheres. Confirma-se a grande difuso cultural da ideia de que mulheres comem mais chocolate que homens e que a seleo de alimentos feminina mais sensvel a fatores associados a variaes de estados afetivos, o que pode ter papel na discusso de dependncias e transtornos alimentares. Em consonncia com a literatura sobre comportamento alimentar, os dados apoiam a proposio de que insuficiente considerar apenas fatores culturais ou biolgicos, de maneira isolada, para explicar os motivos que levam ao consumo de determinados alimentos.
Resumo:
A economia informal compe o mundo do trabalho de todas as sociedades capitalistas, em menor ou em maior grau. No Brasil, historicamente observa-se que esse fenmeno tem sido sempre muito abrangente, sobretudo motivado pelo e resultante do contexto socioeconmico, jurdico e poltico. Devido s idiossincrasias nacionais, desde o surgimento do mercado de trabalho no pas, esta situao persiste em diversos panoramas e com vrios matizes, obstaculizando uma melhor performance global da economia brasileira e negando oportunidades de desenvolvimento individual e social ao longo do tempo. Sendo assim, e atravs do prisma da Economia Social e do Trabalho, o objetivo desta dissertao analisar os principais fatores conjunturais e estruturais da informalidade observada no mercado nacional de trabalho no interregno 1980-2012, apresentando a dimenso desse problema e expondo suas razes econmicas e institucionais, a fim de contribuir com novos elementos para o debate da informalidade em nvel nacional. A hiptese central dessa pesquisa de que o elevado GI no Brasil persiste essencialmente mesmo que com diferentes especificidades histricas ao nvel das mentalidades dos diversos agentes, isto , antes de ter-se um mercado nacional de trabalho com um alto GI, tem-se uma sociedade brasileira altamente informal. A instituio trabalho informal persiste como um hbito incrustado mesmo diante de mudanas de ordem socioeconmica, o que impede que grande parcela da populao brasileira tenha acesso ao trabalho formalizado e decente (a l OIT). mister que haja maior efetividade das leis e aprimoramentos institucionais acompanhados de coordenao e vontade poltica, alicerados pela tomada de conscincia crescente da sociedade civil no que se refere importncia da formalizao e aos males da informalidade tanto para seus cidados quanto para a nao. Sugere-se como uma possvel alternativa para diminuir o GI de forma mais consistente a considerao, para alm dos aspectos econmicos e jurdicos, do arcabouo cultural, histrico, comportamental e dos hbitos sociais incrustados que os condicionam e os orientam. Isto porque so estes os eixos que norteiam o processo de desenvolvimento individual e social. Nesse sentido, o estudo (de carter descritivo e analtico) fundamentado pelas teorias sistmicas e multidisciplinares desenvolvidas por Karl Paul Polanyi e Amartya Kumar Sen, interpretadas como artfices de uma vida digna, alm de apregoarem o reincrustamento da economia na sociedade e, por analogia, o desincrustamento da informalidade institucionalmente enraizada na sociedade brasileira. Isso se dar medida que forem expandidas as liberdades instrumentais e substantivas, em uma espcie de causao circular cumulativa aplicada questo da informalidade, tendo como efeito colateral altamente desejvel o desenvolvimento socioeconmico. As principais contribuies deste estudo emergiram justamente das concepes tericas dos dois autores, combinadas aos nexos de convergncia estabelecidos entre a economia brasileira, seus desdobramentos institucionais e a informalidade no mercado nacional de trabalho no perodo estudado.