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em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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A presente dissertao tem como objetivo a anlise das polticas de segurana pblica e justia criminal no Esprito Santo entre 1989 e 2013, utilizando metodologia historiogrfica e observando a distncia entre os objetivos oficiais e as consequncias prticas. No primeiro captulo, me concentro na contextualizao histrica das polticas criminais, analisando a formao organizacional do sistema punitivo brasileiro. Coloco nfase, de um lado, no processo de militarizao, isto , a adoo de hierarquia, disciplina e formao militares nas agncias de segurana pblica, e de outro lado, e nas sucessivas legislaes penais aprovadas pelo Congresso Nacional. Tais processos nacionais se refletem no Esprito Santo, onde se difundiram grupos de extermnio como a Scuderie Le Cocq, mas no havia poltica de segurana pblica. A primeira surge em meio a grave crise poltica, entre 1999 e 2002. Mas os seus propsitos so mais avanados com o processo de reforma administrativa aps 2003, quando o governo se esfora por impr modelos de gesto empresariais e parcerias pblico privadas administrao estadual, incluindo a segurana pblica e sistema penitencirio. Com isto, ocorre uma rpida expanso do encarceramento seletivo em condies extremas de superlotao e violncia, desenvolvendo uma indstria carcerria. No segundo captulo, realizo uma anlise na qual relaciono informaes criminais, penitencirias, econmicas e demogrficas, tanto no contexto do Brasil quanto do Esprito Santo. Constato que a represso estatal tem preferncia por homens, negros, jovens e de baixa escolaridade; por crimes de drogas e contra o patrimnio, com a utilizao cada vez maior da priso provisria. No Esprito Santo o encarceramento seletivo cresce em maior velocidade que na mdia nacional, o que se reflete no perfil da populao carcerria, sendo esta ainda mais negra, jovem, de baixa escolaridade e presa por trfico e drogas e em regime provisrio, com frequentes denncias fundamentadas de torturas, mortes e desaparecimentos forados entre as populaes criminalizadas.