14 resultados para Professoras negras Educação (superior)

em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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O estudo teve por objetivo investigar, a partir de duas instituies de ensino superior pertencentes ao grupo Kroton no Esprito Santo, o impacto das mudanas trazidas para o trabalho docente decorrente do processo de insero da educação superior na Bolsa de Valores. Essas instituies so a Faculdade Pitgoras de Guarapari e a Faculdade Pitgoras de Linhares. At 2007, juridicamente, essas instituies eram sociedades limitadas e no pertenciam ao grupo Kroton. Eram conhecidas como Faculdades Integradas Padre Anchieta de Guarapari (Fipag) e Faculdade de Cincias Aplicadas Sagrado Corao (Unilinhares), respectivamente. Em 2008, a Kroton adquire essas duas faculdades e comea a oper-las a partir da marca Pitgoras. Portanto, esta pesquisa consiste em um estudo de caso das unidades Pitgoras localizadas no Estado do Esprito Santo. Busca compreender, fundamentada em entrevista semiestruturada com 12 professores e ex-professores, como eram a organizao e as condies do trabalho docente antes de essas instituies serem adquiridas pela Kroton e o que mudou aps sua aquisio. Para a realizao da anlise terica, a pesquisa se apoiou em Karl Marx, Franois Chesnais e Dermeval Saviani. Ao final, a hiptese de que, aps a aquisio da Fipag e da Unilinhares pela Kroton, houve uma intensificao da explorao do trabalho docente e uma reduo da autonomia do professor no que concerne s atividades de planejamento e ensino foi confirmada: pelo excessivo acrscimo de trabalho (Termo e Aula Estruturada); pela diversidade de disciplinas a que o professor esteve sujeito a ministrar; pelo regime de tenso que balizou a organizao do trabalho (aumento das demisses); pela excluso da participao do professor na escolha do referencial terico e metodolgico. Em parte, esses aspectos so fruto da combinao do taylorismo com a governana corporativa e atuaram de forma a reduzir a participao do professor nas atividades ligadas ao planejamento e ensino, reforando, com isso, as relaes sociais de dominao inerentes ao trabalho alienado.

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Busca compreender a participao de 23 professoras normalistas formadas no Curso de Educação Fsica do Esprito Santo, na dcada de 1930, na escolarizao da disciplina. Objetiva analisar como elas significaram sua presena como professoras e autoras da Educação Fsica capixaba. Como referencial terico, utiliza os conceitos de lutas de representaes (CHARTIER, 1990), estratgia e tticas (CERTEAU, 1994) e do paradigma indicirio (GINZBURG, 1999). Metodologicamente, faz uso da crtica documental (BLOCH, 2001). Como fontes, mobiliza documentos da Escola Normal, do Colgio Nossa Senhora Auxiliadora, do Arquivo Permanente do Centro de Educação Fsica e Desportos da Universidade Federal do Esprito Santo (Cefd/Ufes) (1931-1961), documentos do Arquivo Pblico do Estado do Esprito Santo, a Revista de Educação (1934-1937), o Dirio da Manh (1908-1937) e a revista Vida Capichaba (1923-1959). O Curso de Educação Fsica foi criado em 1931 e mantido por militares formados no Centro Militar de Educação Fsica. Apesar de a historiografia apontar o curso como espao de irradiao de uma pretensa militarizao e esportivizao da Educação Fsica, os achados indicam outros intuitos. Essas outras intencionalidades so percebidas por meio de monografias produzidas pelos primeiros docentes formados no curso que, em sua maioria, eram mulheres. Foi possvel perceber as apropriaes e os usos realizados da cultura em circulao pelas alunas para a construo de seus trabalhos finais, que foram divulgados em impressos locais. Com as publicaes, as mulheres alcanaram destaque e passaram a ocupar cadeiras em importantes instituies educacionais da regio. Ao dar visibilidade atuao das 23 professoras de Educação Fsica, torna-se possvel perceber como elas fizeram uso de um capital simblico acumulado ao longo de suas carreiras como professoras, autoras, enfim, como mulheres que se moviam de forma ttica em meio aos discursos que buscavam determinar seus papis sociais.

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Esta dissertao teve como objeto o Ensino Mdio Integrado no Esprito Santo, sua trajetria e implantao a partir do Decreto 5.154/2004. O objetivo principal foi analisar a poltica do ensino mdio integrado educação profissional tcnica de nvel mdio implementada no Esprito Santo. Investigar a educação pblica pressupe contextualizar a sociedade e as construes sociais que se projetam. O ensino mdio no Brasil, enquanto etapa intermediria entre o ensino fundamental e a educação superior constitui-se de grande complexidade na estruturao de polticas pblicas, no que tange sua expanso qualitativa e quantitativa. Foram estabelecidos os seguintes objetivos especficos: identificar os pressupostos tericos e pedaggicos contidos na Proposta Pedaggica da unidade escolar EEEFM Arnulpho Mattos; analisar a matriz curricular e a proposta pedaggica; relacionar o projeto pedaggico do curso com a prtica educacional relatada nos encontros com os alunos; analisar a organizao escolar e sua gesto poltica e pedaggica em face da proposta do EMI; relacionar a proposta do EMI, o princpio da politecnia e os relatos dos alunos; mapear a oferta do EMI no estado e o seu investimento financeiro. Nesse cenrio, identificamos a relao entre trabalho e educação que contextualiza a relao da escola com a sociedade no sistema capitalista, em especial no ensino mdio. Assim, nossa hiptese foi que esta poltica tem dificuldades de alcanar seus objetivos porque sua estrutura material segue a lgica da escola capitalista, assentada na perspectiva da Teoria do Capital Humano. A formao profissional no ensino mdio uma demanda social e histrica da classe trabalhadora, que necessita ingressar mais rpido no mercado de trabalho do que os filhos das elites brasileiras. A metodologia empregada foi uma pesquisa do tipo qualitativa, sendo um estudo de caso da EEEF Arnulpho Mattos. Os procedimentos metodolgicos adotados para a investigao foram: observao, entrevistas semi-estruturadas, a anlise documental, a reviso bibliogrfica e os princpios metodolgicos inscritos na sociologia da experincia (DUBET, 1994). Na articulao desses procedimentos, verificamos que a poltica do ensino mdio integrado no ES teve, em seu incio, um planejamento de implantao bem estruturado mas interrompido e, posteriormente, caracterizou-se pela descontinuidade das aes. Ademais, constatamos que os alunos ingressam e permanecem no curso sem compreenderem de fato o que significa a formao integrada entre a rea geral e a tcnica/profissional. Nos grupos de discusso percebemos que bastaram alguns encontros para que se pudesse estabelecer uma viso e relao diferenciadas com a experincia social do ensino mdio integrado, principalmente por serem alunos trabalhadores. Acrescentamos s nossas concluses que h iniciativas da escola acerca da integrao entre as disciplinas de formao geral e tcnicas, mas sem apoio ou orientao da unidade gestora, ou seja, a Sedu. A ampliao da oferta do EMI ocorreu no estado sem investimento na formao e valorizao dos professores, sem concurso pblico e sem uma infra-estrutura necessria para a formao de jovens e adultos com capacidade de entender e de interferir no mundo do trabalho.

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Esta pesquisa apresenta uma abordagem da persistncia discente em cursos superiores na modalidade a distncia (EaD), utilizando um modelo terico adaptado do modelo proposto por Rovai (2003). Os principais objetivos desta pesquisa foram identificar os fatores associados persistncia discente em quatro cursos superiores EaD da Ufes, trs de graduao e um de especializao e um curso EaD de especializao do Ifes e propor aes institucionais visando a melhoria desses ndices. A coleta de dados utilizou um questionrio com perguntas fechadas aplicado aos alunos persistentes (cursando e formados) e desistentes (evadidos) dos cursos estudados. Foram obtidas 415 respostas vlidas que foram analisadas utilizando-se tcnicas estatsticas descritivas e multivariadas. Trata-se de um estudo quantitativo do tipo survey dividido em duas etapas. A primeira etapa descritiva e a segunda etapa tem carter explicativo. Tabelas de contingncia, testes Qui-quadrado de Pearson e Regresso Logstica foram utilizados para anlise dos dados. Os principais fatores que afetam a deciso de persistir so o local anterior de formao do aluno, o desempenho escolar anterior, a habilidade na utilizao de computadores e sistemas, a renda mensal familiar e o nmero de horas semanais de estudo. Dentre as aes institucionais propostas, destacam-se: permitir que o aluno desenvolva habilidades no uso do computador e do ambiente de sala de aula virtual antes do incio do curso e o aperfeioamento das salas virtuais com recursos dinmicos para atrair a ateno do aluno.

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Esta pesquisa focaliza o incio da carreira docente na Educação Infantil. No reconhecimento da especificidade da primeira etapa da Educação Bsica e na compreenso de que o incio da carreira fundamental para a trajetria profissional dos professores, tem o objetivo de compreender a constituio do incio da carreira docente de professoras que tm na Educação Infantil suas primeiras vivncias profissionais. O trabalho se estrutura por princpios terico-metodolgicos bakhtinianos (BAKHTIN, 2003), contextualiza o desenvolvimento da docncia na Educação Infantil no Brasil e a complexidade no incio da carreira, dialogando, deste modo, com os conceitos de saberes docentes (TARDIF, 2002) e desenvolvimento profissional (MARCELO GARCA, 1999). A abordagem qualitativa do tipo exploratria e se apoia no princpio de interao dialgica (BAKHTIN, 2003). Dispe como fonte de produo de dados entrevistas individuais e coletivas com um grupo de professoras no segundo ano de atuao profissional na Educação Infantil. Nesse movimento, a dialogia orienta a anlise das enunciaes das professoras sobre incio de carreira, no intuito de conhecer as vivncias dos novos processos formativos. A anlise dos dados produzidos indica que o incio da carreira docente na Educação Infantil se constitui em complexas condies e transies de emprego, nas quais residem as principais dificuldades de desenvolvimento profissional. Paralelo s dificuldades encontradas, o aprendizado da docncia na Educação Infantil ocorre por meio do desenvolvimento de parcerias com professoras mais experientes e tambm por meio do reconhecimento das necessidades de cuidado e educação de cada criana. Logo, evidenciado que as professoras iniciantes reformulam suas perspectivas didticas e modos de saber fazer em funo das especificidades que envolve cada contexto no qual esto inseridas.

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Este estudo focaliza a constituio do trabalho docente na Educação Infantil (EI), tomando como referncia o cenrio da EI articulado ao campo profissional, vinculado s especificidades da EI, na indissociabilidade do educar e do cuidar, no contexto de transformaes do sistema educativo e da expanso da oferta da EI. Perspectiva compreender os sentidos que emergem do/circulam no trabalho docente na EI das auxiliares de creche e professoras que atuam com crianas de zero a trs anos, quando mediadas por um processo de formao. sustentado pelos pressupostos terico-metodolgicos bakhtinianos vinculados aos referenciais do trabalho docente e da formao no campo da educação infantil, com base numa configurao dialgica da compreenso. Articula essa ancoragem pesquisa de abordagem qualitativa por meio dos procedimentos metodolgicos de observao participante e entrevistas, tendo como campo de estudo a experincia de uma instituio de Educação Infantil. Os resultados demonstram tensionamentos entre formao continuada e vivncia profissional, estendendo-se s profissionais docentes em situao funcional dspar diante da perspectiva pedaggica da indissociabilidade do educar e do cuidar. Os sentidos que emergiram e circularam, a partir das rodas de conversa propostas nesta pesquisa, abrangem a complexidade do trabalho docente na EI, configurado por lgicas hierrquicas no exerccio da docncia. Tais fundamentos incidem na diluio de um trabalho educativo pautado no compromisso pedaggico e na formao das crianas, pois, da forma como vm sendo ampliadas e flexibilizadas as contrataes, intensificam a fragilidade da funo docente, no que tange formao mnima exigida em lei para atuar na EI quanto na formao continuada.

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Este trabalho tem como objetivo problematizar a ecoformao de professoras e alunos em espaos de convivncia, potencializados com as experincias da IV Conferncia Nacional Infanto-juvenil de Meio Ambiente (CNIJMA), visitas monitoradas, aulas de campo e sadas. Ancorada na Poltica Estruturante de Educação Ambiental, entendo que esses espaos de convivncia expressam um processo educacional, permanente, continnum e transformador. Tendo como mediadora a COM-Vida (Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) e o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a Educação Ambiental visa fortalecer a cidadania ambiental em movimento escola-comunidade-escola. Impregnada de sentidos e significados, busquei pesquisar a ecoformao dessa coletividade pelo vis do Paradigma da Complexidade, que me apresentou as incertezas como um processo potencializador da criatividade, da amizade e da solidariedade que tecem a rede de saberes e fazeres que envolvem esses sujeitos investigados, alm de evidenciar o cuidado de si com o outro e com o mundo. Ao trilhar os caminhos desta pesquisa, optei por abordagens qualitativas inspiradas na fenomenologia-existencial proposta por Martin Heidegger, Michle Sato e Paulo Freire e, dessa forma, pude investigar os saberes ambientais que atravessam as redes cotidianas da escola pesquisada, potencializando a cultura da sustentabilidade. Valendo-me da observao participante das prticas pedaggicas, encontrei nas narrativas das professoras e alunos a expressividade de um processo ecoformativo que instiga outras racionalidades comprometidas com a tica, a coletividade, a afetividade, a solidariedade, as transformaes sociais, a diversidade e a outridade.

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Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a proposta/ prtica curricular do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) enquanto funo complementar na educação da criana pequena com deficincia e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Partimos das constataes de que, nas duas ltimas dcadas, documentos oficiais, assim como pesquisas na rea, apontam a necessidade de um trabalho pedaggico inclusivo, que atenda s demandas e caractersticas dos diferentes sujeitos matriculados. Questionamos se a proposta e prtica curricular complementar do AEE, por meio da SRM, tm contribudo para a incluso da criana pequena, pblico alvo da educação especial, nas prticas pedaggicas da sala de aula comum? Teoricamente buscamos as contribuies da Abordagem Histrico-Cultural para compreender o desenvolvimento e aprendizagem da criana com deficincia, assim como procuramos a interlocuo com os tericos do currculo, entre os quais Sacristn. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ao colaborativo-crtico. O lcus da pesquisa foi um Centro de Educação Infantil, situado em Vitria/ES, com uma sala de recurso multifuncional, modelo proposto pelo Ministrio da Educação (MEC). Os sujeitos participantes foram crianas de 3 a 7 anos matriculadas no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e encaminhadas para o AEE, na SRM (seis crianas surdas, sete crianas com manifestaes de TGD e uma criana com Sndrome de Down); dois professores de educação especial da SRM (uma professora da rea da rea de Deficincia Intelectual (DI), uma professora bilngue e um instrutor surdo); professores regentes do turno da manh CMEI e dois pedagogos. Como perspectiva terico-metodolgica, optamos pela rede significaes (Rossetti-Ferreira, 2004) que tem seus pressupostos fundamentados na teoria histrico-cultural, que compreende os processos de desenvolvimento humano como atos de significao constitudos por mltiplas interaes estabelecidas social e culturalmente pelos sujeitos durante toda a vida. A organizao e anlise dos dados ocorreram por meio dos movimentos, cenrios e atores; as prticas curriculares inclusivas na/da escola: a SRM e a sala de aula comum em seus encontros e desencontros; a preocupao com o desenvolvimento psicomotor da criana; o brincar versus a aquisio da leitura e escrita; o dilogo entre o currculo da SRM e a sala de aula comum e os encontros colaborativos com os professores de educação especial, com as pedagogas e com as professoras regentes do CMEI. Algumas consideraes importantes se destacam, entre as quais: a falta de formao e desconhecimento por parte dos professores de educação especial sobre a proposta curricular da educação infantil e prticas pedaggicas descontextualizadas e fragmentadas desenvolvidas na SRM, que dificultam a ao complementar ao trabalho da classe comum. Para as professoras das salas de atividades o AEE vivel na escola de educação infantil, mas no somente na SRM, concordam que deve haver o atendimento educacional especializado no turno em que a criana esteja matriculada; que ele pode ajudar na incluso da criana pblico alvo da educação especial, por meio de prticas sociais e culturais ldicas, lingusticas e intelectuais. Conclumos que as professoras desejam um AEE dinmico, interlocutor, que se movimente na escola como um todo.

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Esta pesquisa analisou a resistncia ao currculo de Histria para o ensino mdio prescrito pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Esprito Santo (Sedu) em 2009, para ser desenvolvido em sua rede de ensino pelos professores dessa etapa da educação bsica. Seu objetivo foi investigar as causas de resistncias assentadas ao documento e identificar a que os professores resistem, por que os professores resistem e como os professores esto materializando sua resistncia a ele. Por resistncia entende-se o conjunto de prticas exercidas pelos professores que se anunciam sob a forma de oposio, na tentativa de barrar a dominao, de no perder sua identidade. Uma resistncia consciente que, apesar de rejeitar, no nega o currculo. Porm, a ele no se submete passivamente, numa posio de quem reivindica sua reelaborao, sua reinveno. Para fundamentao terica, ocorreram pesquisas e estudos de produes e conceitos sobre currculo, resistncia, ensino mdio e suas relaes com a educação. O trabalho encontra-se na rea de educação, na linha de pesquisa Cultura, Currculo e Formao de Educadores. A pesquisa de cunho qualitativo e amparou-se na abordagem narrativa. Como procedimentos metodolgicos, apoiou-se na anlise documental e bibliogrfica, questionrio pr-estruturado, observaes e conversas com quatro professoras de Histria de ensino mdio no municpio de Afonso Cludio, Estado do Esprito Santo. Com o cotejamento dos dados produzidos, o pressuposto apresentado neste trabalho foi confirmado. Como dimenses geradoras de resistncias, ficaram evidenciadas a prescrio, considerando que as professoras ajuzam ser essa uma atribuio delas, junto com a escola; a organizao dos contedos apresentada pela Sedu; a ausncia de linearidade dos acontecimentos histricos; a disposio dos saberes por eixos temticos; a orientao pelo trabalho interdisciplinar; a desvinculao dos contedos de cada srie/ano do livro didtico; a exigncia burocrtica com a implantao do currculo. A contribuio do trabalho para a Rede Estadual de Ensino foi a problematizao da resistncia ao currculo, artefato educacional que pode produzir estabilidades ou tenses entre os sujeitos que o envolvem, podendo ser til para discusses posteriores. Para as educadoras, o trabalho foi relevante por ter promovido espao de debates sobre o currculo de Histria do ensino mdio no decurso das conversas na escola.

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Com a Constituio da Repblica Federativa do Brasil (1988), a intersetorialidade imprimiu nas polticas pblicas de educação e seguridade social uma construo e uma operacionalidade mais articuladas e interdependentes. Entre as leis e portarias interministeriais, destaca-se o Programa Benefcio de Prestao Continuada na Escola, que atende pessoas com deficincia de zero a dezoito anos de idade. Nesta pesquisa, questionam-se as interfaces entre as polticas pblicas da educação especial e da seguridade social. So objetivos da pesquisa: analisar as interfaces das polticas pblicas sociais educação especial e seguridade social no que se refere garantia de direitos educação de crianas com deficincia ou Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre zero e cinco anos, no municpio de Vitria, Estado do Esprito Santo; identificar como se configuram as interdependncias entre profissionais da educação especial e da seguridade social e os familiares (pais ou responsveis) dessas crianas perante seus processos educacionais; compreender os diferentes movimentos entre as instituies de educação e da seguridade social e suas implicaes para a incluso escolar das crianas com deficincia ou Transtorno Global do Desenvolvimento; analisar como os profissionais da educação e da seguridade social lanam perspectivas para os processos de incluso escolar e estabelecem dilogo com a famlia acerca da educação dessas crianas. Esta uma pesquisa de natureza qualitativa, estudo de caso com coleta de dados empricos e bibliogrficos, na qual foram sujeitos: mes de trs crianas de trs Centros Municipais de Educação Infantil de Vitria; professoras da sala de atividades e de educação especial, pedagogas e diretoras; tcnicos das Secretarias Municipais de Vitria: Educação, Sade e Assistncia Social e do Instituto Nacional do Seguro Social. As tcnicas empregadas para coleta de dados foram a entrevista o grupo focal e o dirio de itinerncia. Foram procedimentos adotados para o registro dos dados a audiogravao de entrevistas e de grupos focais e anotaes em dirio de itinerncia. Os dados foram organizados em cinco categorias de anlise, produzidas por meio das narrativas dos familiares e dos profissionais participantes da pesquisa. Os conceitos de Norbert Elias, interdependncia e configurao, relao de poder estabelecidos e outsiders , processos sociais e relao entre sociedade e Estado (balana do poder) contriburam para compreender os dados, por serem observados nas categorias produzidas. Os resultados apontam para a fragilidade de Global do Desenvolvimento, no municpio de Vitria. Revelam, ainda, uma inconsistncia de fluxos de referncia e contrarreferncia e lacunas na dimenso tcnica e operativa para as interfaces das polticas pblicas intersetoriais com prticas profissionais que cumpram o papel poltico conforme outorga a legislao federal e municipal. As consideraes se ampliam para discusses entre o institudo e o instituinte polticas pblicas e prticas profissionais que priorizem a efetivao da intersetorialidade diante das demandas do pblico investigado com vista garantia dos direitos de acesso a uma educação de qualidade.

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Investiga as relaes entre a formao continuada de professores e as prticas de partilha das experincias construdas na atuao docente nos anos iniciais do ensino fundamental, numa escola da Rede Municipal de Ensino de MarilndiaES. Questiona, com base nas narrativas de cinco professoras, como a experincia compartilhada nos processos de formao continuada de professores dos anos iniciais do ensino fundamental na Rede Municipal de Ensino de MarilndiaES vivida e percebida por elas e quais sentidos so produzidos sobre a formao continuada. Pressupe a perspectiva de uma formao continuada em processo, ao longo da vida, desenvolvida em redes coletivas de trabalho e partilha de experincias no cotidiano escolar e na vida das professoras. Em face dessa complexidade, a pesquisa de carter qualitativo e abordagem metodolgica ancorada na pesquisa narrativa (auto)biogrfica tem, como procedimentos de investigao, as entrevistas biogrficas direcionadas para a construo de narrativas orais e escritas, a observao participante dos sujeitos da pesquisa em momentos formativos institudos, a anlise de documentos da Secretaria Municipal de Educação de Marilndia e da escola e a aplicao de questionrio para composio de dados acerca do perfil dos sujeitos da pesquisa. A definio do caminho metodolgico deste estudo teve inspirao em Benjamin e Larrosa e, no campo da formao de professores, sustentao nos referenciais de Nvoa, Souza, Freire e Giroux. Os resultados apontam uma variedade de sentidos sobre a formao continuada de professores, desde formas mais institucionalizadas at iniciativas menos formais, vividas por meio da partilha de experincias e de processos (auto)formativos, que contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional do professor e organizacional da escola, de modo mais aproximado do trabalho pedaggico na unidade escolar e na sala de aula. Aponta a necessidade da valorizao das experincias dos professores e do investimento no estudo das prticas. Considera a existncia, entre os professores, de uma responsividade compartilhada sobre a formao do outro, compondo um coletivo instituinte na escola. Assinala a potencialidade da pesquisa narrativa (auto)biogrfica como opo metodolgica que possibilita o entrecruzamento dos movimentos investigativos e formativos.

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Trata-se de uma pesquisa-interveno com o objetivo principal de analisar como os professores fazem exerccio protagonista na atividade. Embasa-se principalmente no aporte conceitual da perspectiva ergolgica de Yves Schwartz para realizar a anlise da atividade no cotidiano escolar. O estudo foi desenvolvido em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de Serra/ES com duas professoras e um professor de Educação Fsica. As estratgias metodolgicas utilizadas foram constitudas de acompanhamento da atividade desenvolvida pelos professores nas aulas, no Curso de Formao Permanente de rea de Educação Fsica, promovido pela Secretaria Municipal de Educação, participao no cotidiano escolar e a construo coletiva de um processo de formao na escola por meio de oficinas de prticas corporais. As tcnicas de produo e registro dos dados foram compostas por dirio de campo, fotos, conversas gravadas em udio, entrevistas, questionrio e documentos elaborados pela escola, como o Projeto Poltico-Pedaggico. A confrontao dos dados realizada com os docentes nas conversas produziu importantes deslocamentos nas anlises e convocou autores e conceitos que no estavam previstos para o debate sobre o exerccio protagonista. A produo dos dados gerou mudana na atividade docente e colocou em questo modos de gesto e organizao do trabalho na Rede Serra de Educação, provocando transformaes nos modelos de formao permanente dos professores de Educação Fsica do municpio. Os exerccios protagonistas empreendidos na atividade docente colocaram competncias em circulao e tornaram visveis os efeitos de trama e urdidura que atravessam e compem a atividade docente dos professores de Educação Fsica no cotidiano escolar.

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Esse texto um convite para discutir alguns atravessamentos colocados nas escolas a partir da implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos, como poltica de governo reorganiza os espaostempos da escola, impe um currculo prescrito, uma avaliao por objetivos e coloca em discusso o que ser criana e viver a infncia na escola. Como objetivo principal, busca problematizar o processo de implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos no municpio de Vitria-ES e suas implicaes no entre-lugar da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Para tanto foi necessrio estar no cotidiano escolar, viver, sentir e conversar com os sujeitos praticantes: as crianasalunos; as professoras e as pedagogas. Nesse sentido, trs movimentos foram realizados: o primeiro movimento consiste em um levantamento de dados documentais, pareceres, leis, diretrizes no mbito nacional e municipal que determinaram a obrigatoriedade do Ensino Fundamental de Nove Anos; o segundo movimento consiste em trazer para anlise alguns artigos publicados na Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educação (ANPED) em quatro Grupos de Trabalho (GT) que abordam o tema Ensino Fundamental de Nove Anos, e tambm textos que circulam nas escolas e que foram organizados pelo Ministrio da Educação e Cultura (MEC); o terceiro movimento consiste na pesquisa realizada em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) no municpio de Vitria, no decorrer dos anos de 2011 e 2012, onde foi possvel conversar com as crianasalunos de duas turmas do 1 ano, com as professoras e pedagogas. Utiliza como aporte terico-metodolgico as pesquisas nos/dos/com os cotidianos (CERTEAU 1994; ALVES 2001; FERRAO 2003) onde foi possvel a apropriao de diferentes instrumentos de pesquisa, como: o dirio de campo, recurso importante na inteno de capturar movimentos, falas e expresses; as conversas como tentativa de aproximao com os sujeitos para um fazer com e as oficinas de literatura como dispositivo de criao e produo de outros modos de pensar a criana e a infncia. Na tentativa de discutir o lugar da criana no Ensino Fundamental de Nove Anos o conceito de devir-criana de Deleuze (1997) ajuda a pensar no movimento da criana como presena potente que produz outros modos de vida mais belos e intensos na escola e no currculo. O conceito de entre-lugar de Bhabha (2007) fortalece as discusses entre CMEI e EMEF como espaostempos de negociaes. As discusses de Kohan (2003) colocam em debate o lugar da infncia que no indica um tempo cronolgico, mas pensa em um encontro com a infncia, com a experincia da infncia. E Larrosa (2004) que com o conceito de experincia nos ajuda a pensar em um currculo-experincia, currculo esse que no est localizado no documento prescrito, nos espaostempos da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental, tambm no se localiza na criana, ou em uma dada infncia, mas na composio com a escola, com as crianas, com as infncias e isso s possvel no encontro com a criana que existe em ns.

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Investiga o processo de transio da Escola Normal para outro espao fsico sob a forma de Instituto de Educação e os desdobramentos dessa mudana na formao de professores no Esprito Santo, segundo as diretrizes institudas pela Lei n. 5.692/71, durante o Regime Ditatorial Brasileiro (1964-1985). O recorte temporal inicia-se em 1971, quando ocorreu a transio, e encerra-se no ano 2000, momento em que o Instituto passa a denominar-se Escola Estadual de 2 grau Professor Fernando Duarte Rabelo. Privilegia, como interlocutores tericos, os historiadores Carlo Ginzburg (1986, 2006), Marc Bloch (2001) e Michel de Certeau (2004) e toma, como corpus documental, propostas curriculares do Estado, portarias, matrias de jornais, fotografias de eventos realizados pela instituio e entrevistas com sujeitos que atuaram naquele espao como professoras, diretora e aluna. As fontes foram interrogadas a partir das seguintes questes: como se deu a transio da Escola Normal D. Pedro II para o Instituto de Educação de Vitria? Que motivos levaram a essa transio? Como se configurou a formao de professores no Instituto de Educação? Quais os desdobramentos das mudanas ocorridas, em se tratando da formao de professores capixabas? Pareceram intrigantes silncios e lacunas observados em relao transio da Escola Normal para o Instituto de Educação e aos motivos que desencadearam essa mudana. Das falas das professoras, depreende-se que decises sobre a transferncia do espao fsico e as modificaes no currculo vieram prontas, de cima para baixo. O discurso da modernizao alardeia a tcnica e o tecnicismo e anuncia novidades. A Escola Normal e as suas tradies passam a habitar o passado como algo que se apaga em nome do avano tcnico. Ainda que sutilmente, o cheiro do cafezinho gratuito e do mingau fizessem espargir o aroma da saudade de um outro tempo em que o lanche dos professores da Escola Normal era um encontro solene. Conclui-se que a abrupta descontinuidade da Escola Normal, cujo prdio passou a abrigar a atual Escola Estadual Maria Ortiz, possivelmente no se esgota nas questes de ordem tcnico-pedaggica que os documentos deixam explcitas. Entretanto, tendo em vista o cronograma limitado desta pesquisa e a lacuna das fontes, no foi possvel explorar outras possibilidades de resposta.