3 resultados para Preferências sexuais
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Prope-se um estudo acerca da recepo da obra de Paulo Coelho pela crtica literria e pelo leitor, envolvendo a indstria cultural, sob a perspectiva da Sociologia da Literatura. A pesquisa justifica-se pela grande proporo de leitores que a obra atinge: traduzida para 81 idiomas e lida em 168 pases, tendo boa aceitao por diferentes perfis de leitores e por muitos crticos literrios de outros pases. No Brasil, a produo do escritor recebida com uma certa reserva pela crtica literria. As intervenes da indstria cultural so discutidas por meio de um dilogo estabelecido entre Theodor W. Adorno, Max Horkheimer, Pierre Bourdieu, Umberto Eco, Luiz Costa Lima e Muniz Sodr. Em seguida, estabelece-se uma discusso sobre valor esttico em relao literatura contempornea. Posteriormente, so mostradosos elementos temticos recorrentes e a proximidade da narrativa coelhana com a oralidade, a partir da influncia das canes compostas em parceria com Raul Seixas e da operao dos gneros parbola e fbula.A recepo da crtica analisada, baseando-se em estudos de Mrio Maestri, Elosio Paulo, teses e dissertaes, artigos, entre outros. A recepo do leitor tem como aporte terico Antonio Candido e Roger Chartier, dentre outros, apoiando-se na Esttica da Recepo, especificamente nos estudos de Hans Robert Jauss e Regina Zilberman. analisada a recepo da obra de Paulo Coelho pelos leitores da rede social Skoob, a fim de verificar o gnero, a idade,o nvel de escolaridade, a condio socioeconmica e cultural e as impresses de leitura destes. Compreendendo esses sujeitos-leitores, historicamente, e valendo-se de outros aspectos (em vez dos estticos) apontados pela Sociologia da Literatura, possvel estabelecer dilogos entre as preferências desses leitores com obras j legitimadas pela teoria e crtica literrias, ampliando o repertrio destes e contribuindo para a mediao e a promoo da leitura, no Brasil.
Resumo:
Estudos realizados no campo das masculinidades mostraram que a adeso e identificao de determinados grupos a um conjunto de regras e comportamentos que definem o ser homem implicava em adoecimento e submisso a um regime que supostamente lhes oferece vantagens e poder. Compreender como diferentes grupos constituem-se em relao diviso social sexual torna-se relevante principalmente se considerarmos sujeitos que fogem ao padro que define modos de ser homem e ser mulher. Esta tese objetivou investigar as representaes sociais de masculinidades e de amor de sujeitos com identidades de gnero e orientaes sexuais diversas, especificamente: identificar e analisar representaes sociais de masculinidade e amor de travestis, homens gays e homens heterossexuais; apreender experincias de preconceito e discriminao vividas em funo da identidade de gnero e orientaes sexuais. A pesquisa foi realizada em duas etapas: entrevistas semiestruturadas com 21 travestis; aplicao de questionrios com questes abertas e fechadas em 52 homens gays, 40 homens heterossexuais e 39 travestis. Os dados coletados na primeira etapa foram submetidos aos procedimentos da anlise de contedo categorial temtica. O tratamento dos dados coletados na segunda etapa foi realizado atravs do software ALCESTE. Os homens heterossexuais representam a masculinidade a partir de uma perspectiva evolutiva, ancorada no discurso biolgico e cientfico que descarta as influncias da cultura na constituio dos sexos e identidades de gnero. Nos homens gays encontramos aproximaes das representaes dos sujeitos ao modelo da masculinidade hegemnica fortemente identificada imagem do homem heterossexual, bem como elementos que ora apresentam aproximaes, ora distanciamentos desse padro. As travestis tambm utilizam elementos da ideia de masculinidade hegemnica para construo desta representao, objetivando-a na construo do modelo do homem forte e viril, sobre o qual no se identificam mas direcionam seu desejo. Os trs grupos representam o amor como elemento estranho masculinidade, posto que este objeto que pertence feminilidade. O amor distancia-se da construo da representao social de masculinidade de homens heterossexuais, elemento estranho e conflituoso s representaes dos homens gays e valor que corresponde a uma tica para o grupo de travestis. Nesse contexto, as experincias de preconceito e discriminao pouco modificam a elaborao das representaes de heterossexuais; influenciam fortemente a construo da imagem de homem e mulher por onde homens gays e travestis alimentam suas identificaes. Conclumos apostando na defesa da emergncia de prticas e identidades sexo-diversas como artifcios potentes desestabilizao do padro da dominao masculina para determinao de sexos e identidades.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo discutir o surgimento de um programa de pesquisa na Cincia Econmica, no que concerne a anlise das assimetrias de informao, as diferenas epistemolgicas e as implicaes em termos de equilbrio timo de Pareto, em contraponto abordagem neoclssica standard. Em busca de tal objetivo, foi necessrio destacar o mtodo de ambos os paradigmas; todavia, era igualmente necessrio discutir a filosofia/epistemologia da cincia envolvida e que serviria de base para uma abordagem relacionada a mudanas paradigmticas na cincia. No captulo 1, discutimos a epistemologia da cincia, a partir de trs autores: Popper, Kuhn e Lakatos. Definimos o conjunto de hipteses que podem ser associadas ao mtodo empregado pela Escola Neoclssica, a partir da filosofia da cincia proposta por Lakatos. Em seguida, no captulo 2, fizemos uma longa exposio do mtodo neoclssico, definindo os axiomas inerentes s preferências bem-comportadas, apresentando algebricamente o equilbrio geral walrasiano, exemplificando o relaxamento de hipteses auxiliares do modelo neoclssico a partir de Friedman e, por fim, aplicando o instrumental neoclssico ao relaxamento da hiptese auxiliar de perfeio da informao, a partir do modelo desenvolvido por Grossman & Stiglitz (1976), bem como da expanso matemtica desenvolvida pelo presente trabalho. Finalmente, encerramos a presente dissertao com o captulo 3, no qual, basicamente, expomos as principais contribuies de autores como Stiglitz, Akerlof e Arrow, no que concerne a mercados permeados por informaes assimtricas e comportamentos oportunistas. Procuramos mostrar as consequncias para o prprio mercado, chegando a resultados em que o mesmo era extinto. Apresentamos a segunda parte do modelo de Grossman & Stiglitz, enfatizando a natureza imperfeita do sistema de preos, sua incapacidade de transmitir todas as informaes sobre os bens ao conjunto dos agentes, e, por fim, discutimos tpicos variados ligados Economia da Informao.