12 resultados para População em Situação de Rua
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
O interesse pelo relacionamento entre humanos e ces tem sido crescentemente refletido em produes cientficas, apesar destas ainda se mostrarem incipientes no contexto latino-americano, e, por conseguinte, no brasileiro. Nestes termos, quando se toma como foco o relacionamento especfico entre ces e pessoas em situação de rua, a incipincia se mostra ainda mais notria, apesar de se tratar de fenmeno que abarca questes interessantes, tanto de cunho individual quanto social e de polticas pblicas. Diante disto, a realizao do presente estudo se justificou por contribuir com a elucidao da temtica, haja vista que teve por objetivo geral: investigar, apontar e compreender relacionamentos estabelecidos por pares que se caracterizem por pertencerem s espcies em questo e por fazerem das ruas espaos para estabelecimento de suas rotinas. Sendo estes critrios de seleo de participantes somados a idade mnima de 18 anos, foram entrevistadas 12 pessoas que nas ocasies se encontravam em logradouros pblicos dos municpios de Vitria, Serra e Vila Velha. Para guiar as entrevistas, foi utilizado roteiro semiestruturado com o intuito de coletar: dados sociais e econmicos dos participantes; conhecer aspectos dos relacionamentos interpessoais dos participantes; acessar relatos que dissessem respeito a partes das histrias de vida de moradores de rua que envolvessem relacionamento com ces; e por fim, recolher informaes acerca do uso de servios de assistncia população de rua, seja na presena ou na ausncia do(s) co(es). Em adio, foram utilizados dados provenientes de conversa informal e voluntria entre a pesquisadora e trs funcionrias do Servio Especializado em Abordagem Social do municpio de Vitria. A partir da, os dados coletados foram organizados em cinco grandes itens, nos quais foram detalhadamente analisados e discutidos. Estes itens so: Caracterizao sociodemogrfica e econmica dos participantes; Caracterizao geral dos relacionamentos; Concepes dos participantes acerca dos ces em suas vidas; Repercusses individuais e sociais do relacionamento; e Sobre pessoas em situação de rua e ces: o "ltimo vnculo"?. Diante da anlise destes, ento, tornou-se possvel inferir que o relacionamento entre humanos e ces, apesar de manter semelhanas que, por vezes, fazem com que sejam comparados ou equiparados a amizades ou a relacionamentos familiares, se trata de um tipo a parte. Alm disto, quando o humano do par homem-co se encontra em situação de rua, algumas peculiaridades se fazem bastante evidentes, dentre as quais a dificuldade de afastamento do animal, quando em situaes momentneas (por exemplo, em ocasies de deslocamentos pelas cidades) ou duradouras (como quando por motivos de idas a instituies de abrigamento), em que no possvel t-lo junto. Por fim, aponta-se como pondervel a recorrente colocao de que o co seria o nico e/ou ltimo vnculo da pessoa em situação de rua com que convive, j que no raramente os participantes mencionaram rearranjos relacionais com humanos posteriores ao incio da situação em questo.
Resumo:
Apoio CNPq/Capes-Procad.
Resumo:
Objetivo: Avaliar o consumo de sal e a relao sdio/potssio urinrio em amostra randomizada de população urbana etnicamente miscigenada. Mtodos: Foi selecionada uma amostra randmica de 2.268 residentes de Vitria, ES, entre 25 e 64 anos de idade. Os indivduos foram escolhidos por amostragem domiciliar realizada em 1999/2000, dos quais 1.663 (73,3%) compareceram ao hospital para a realizao de exames padronizados. O consumo estimado de sal, Na+ e K+ foi determinado por meio da coleta de urina de 12h no perodo noturno (19h s 7h) e do gasto mensal de sal domiciliar referido durante a entrevista. A presso arterial clnica foi medida duas vezes por diferentes pesquisadores treinados em condies padronizadas, usando esfignomammetro de mercrio. Para anlise estatstica foram utilizados o teste de Student e o teste de Tukey. Resultados: A excreo urinria de Na+ foi mais alta em homens e em indivduos de menores condies socioeconmicas (P<0,000). No foi observada diferena entre os grupos tnicos. A excreo de K+ no se relacionou com nvel socioeconmico e raa, mas foi significativamente mais alta entre os homens (2518 x 2218 mEq/12h; P=0,002). Foi observada uma correlao linear positiva entre a excreo urinria de Na+ e presso arterial sistlica (r=0,15) e diastlica (r=0,19). Indivduos hipertensos apresentaram maior excreo urinria de Na+ e relao Na/K, quando comparados com indivduos normotensos. O consumo de sal relatado foi aproximadamente 50% do consumo estimado pela excreo urinria de 12h (em torno de 45% da excreo urinria de 24h). Concluses: A ingesto de sal fortemente influenciada pelo nvel socioeconmico e pode, parcialmente, explicar a alta prevalncia de hipertenso arterial nas classes socioeconmicas mais baixas
Resumo:
A sade e o uso do psicotrpico no sistema prisional habitam um paradoxo. O sistema penitencirio, nas ltimas dcadas, passou por algumas transformaes. No mundo, as estatsticas apontam crescimento populacional carcerrio e prises superlotadas, em condies precrias. No Brasil, a situação no diferente: em 10 anos a população prisional brasileira duplicou e as condies de confinamento so pauprrimas, o que acaba contribuindo para a prevalncia de doenas infectocontagiosas. Diante desta realidade, em 2003 homologou-se o Plano Nacional de Sade no Sistema Penitencirio (PNSSP) que, em consonncia com os princpios do Sistema nico de Sade, visa garantir a integralidade e a universalidade de acesso aos servios de sade para a população penitenciria. O estado do Esprito Santo aderiu ao PNSSP e formulou o Plano Operativo Estadual de Ateno Integral Sade da População Prisional (2004), contudo, foi a partir de 2010 que se efetivou o acesso aos servios de sade prisional capixaba. Neste contexto, a pesquisa de mestrado buscou investigar as prticas de sade no sistema prisional e as formas de usos do psicotrpico por presos da Penitenciria de Segurana Mxima II (PSMA II), localizada no Complexo Penitencirio de Viana, Esprito Santo. Para tanto, foi necessrio habitar o sistema penitencirio capixaba e realizar entrevistas semiestruturadas com profissionais da gesto de sade prisional da Secretaria Estadual de Justia do Esprito Santo, com profissional da rea da medicina psiquitrica e com presos da PSMA II. Dessa forma, foi possvel observar que a sade no sistema penitencirio, bem como os usos do psicotrpico, encontram-se em um espao poroso. As prticas de sade podem fortalecer estratgias de controle e produzir mortificao, como podem escapar dos investimentos biopolticos e produzir resistncia. O uso do medicamento psicotrpico por sujeitos privados de liberdade encontra-se nessa mesma ambivalncia: podem servir como instrumentos regularizadores de captura, como podem produzir autonomia nas suas formas de uso pelos presos. Por fim, entre mortificaes e resistncias, afirma-se que o prprio preso que administrar os tensionamentos desse paradoxo e ir produzir vida, potncia de vida.
Resumo:
Caracteriza e analisa a população do Educandrio, com as informaes provenientes de uma fonte de dados documental e histrica contida nos dois livros de registros do Educandrio e seus arquivos fotogrficos. As informaes sobre as 3.432 pessoas compem um banco de dados que foi construdo durante a realizao desta pesquisa e as fotografias foram digitalizadas. O Educandrio Alzira Bley, localiza-se na BR 101 - km 9, bairro de Itanhenga - Cariacica/ES. No estudo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com funcionrios e ex-internos do Educandrio, que deram vida e movimento s anlises dos grficos e tabelas elaborados a partir do banco de dados. Para o embasamento terico do estudo da população so empregados conceitos pertinentes transio demogrfica e transio epidemiolgica, s migraes foradas, s redes migratrias e s caractersticas da população (sexo, idade, cor, origem e suas variaes) que forneceram os elementos para a anlise do estado da população em diferentes momentos histricos. A Geografia Histrica completa os referenciais tericos desta investigao, pois muitas caractersticas geogrficas requerem estudos histricos para uma explicao satisfatria de como chegaram ao que so hoje. As fotografias, os depoimentos e livros de registros do Educandrio propiciaram a caracterizao da população que passou e/ou viveu no Educandrio Alzira Bley ao longo do perodo das internaes compulsrias no Hospital Colnia Pedro Fontes (1937-1979). Com a realizao desta investigao chegamos s seguintes concluses: a) cada gerao vtima do conhecimento cientfico do seu tempo; b) a transio demogrfica encontrava-se em sua primeira fase nos meados do sculo XX, e os ndices elevados de mortalidade e de fecundidade eram observados na população estudada; c) a transio epidemiolgica, tambm em curso no Esprito Santo era caracterizada por elevada incidncia das doenas infectocontagiosas, dentre as quais a hansenase era ainda uma doena sem cura. d) o isolamento dos hansenianos em hospitais colnias, bem como seus filhos em preventrios foram movimentos de migrao forada; e) a internao compulsria dos hansenianos em hospitais colnias desencadeava uma migrao em rede de familiares e demais parentes e amigos que pudessem estar com a doena.
Resumo:
Introduo: H cerca de duas dcadas, a tuberculose (TB) foi considerada pela Organizao Mundial de Sade (OMS) como uma doena em estado de emergncia em todo o mundo. Atualmente, apesar de todas as aes de controle da doena, ainda trata-se de um importante problema de sade pblica, apresentando forte relao com questes socioeconmicas, o que acarreta no maior adoecimento em grupos especficos, tais como a população privada de liberdade. Os dados de tuberculose em populaes vulnerveis podem atingir ndices ainda mais altos e por isso preocupante. Objetivos: Analisar as caractersticas clnicas e epidemiolgicas associadas com os desfechos do tratamento da tuberculose na população privada de liberdade do Brasil, registrado no Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN), de 2007 a 2011; conhecer a taxa de incidncia e de mortalidade por tuberculose na população privada de liberdade do Esprito Santo, de julho de 2009 a julho de 2010; e identificar as caractersticas clnicas e epidemiolgicas dos casos diagnosticados de tuberculose na população privada de liberdade do Esprito Santo, de julho de 2009 a julho de 2010. Mtodos: A população do estudo consistiu em presos diagnosticados com tuberculose identificados atravs do SINAN, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011 e dos casos diagnosticados de tuberculose na população prisional do Esprito Santo no perodo de 1 de julho de 2009 a 30 de junho de 2010. O teste de qui-quadrado de Pearson e o modelo de regresso polinomial foram utilizados na analise, alm de estatstica descritiva, por meio de tabelas e grficos. Resultados: Em relao pacientes com TB na população privada de liberdade do Brasil, nota-se que os presos que abandonaram o tratamento eram mais jovens (P <0,001), com menor escolaridade (P <0,001) e maior probabilidade de alcoolismo (P < 0,001), eram mais propensos a ter TB recorrente ou recidiva (P < 0,001) e eles no estavam sob tratamento diretamente observado (TDO) (P < 0,001), comparados com aqueles que completaram o tratamento da tuberculose. Aqueles que morreram de tuberculose tendem a ter idade 43 anos (P < 0,001) e alcoolistas (P < 0,001), tambm eram mais propensos a tipo de tratamento desconhecido (P <0,001) e apresentar tuberculose pulmonar e tuberculose extrapulmonar (TBEP). Presos que desenvolveram tuberculose multidroga resistente (TB-MDR) foram mais propensos a 9 experincia de recorrncia de TB, retorno aps abandono e transferncia de local de tratamento. Alm disso, observou-se 167 casos de tuberculose (taxa de incidncia de 1962,6 por 100 mil presos) no Esprito Santo. O sexo masculino apresentou maior nmero de pacientes, assim como a faixa etria de 25 a 36 anos e a forma clnica pulmonar. Destaca-se que 109 (65,3%) pacientes tiveram alta por cura, ocorrendo dois bitos durante o perodo, sendo a taxa de mortalidade por tuberculose de 11,7 por 100 mil presos. A maior incidncia da tuberculose foi em pacientes localizados nas unidades prisionais da Regio Metropolitana e um pequeno nmero de casos ocorreu em outros locais externos s unidades prisionais. Concluso: Nossos resultados destacam a necessidade de melhorar as polticas de controle da TB nas penitencirias, bem como os desfechos do tratamento de presos a fim de impedir a transmisso para outros presos, seus familiares e profissionais de sade.
Resumo:
O estresse pode afetar qualquer pessoa, independente de idade, sexo ou etnia. O organismo humano o utiliza como uma resposta adaptativa frente a situaes diversas, as quais requeiram alguma adaptao do organismo para que possa enfrentar tal situação. Dependendo do estmulo estressor, pode ser gerado no indivduo desgastes fsico, mental ou emocional, no entanto, o estresse no representa necessariamente algo ruim ou patolgico; este um mecanismo de adaptao vital para a sobrevivncia da espcie humana. Porm, o nmero de pessoas que so afetadas de forma negativa pelo estresse tem crescido imensamente nas ltimas dcadas. Pesquisas destacam que nos Estados Unidos cerca de 60% a 90% dos atendimentos mdicos esto relacionados de alguma maneira com o estresse, enquanto que no Brasil aproximadamente 80% da população sofre de estresse, sendo que desses, 30% encontram-se na fase mais crtica, a chamada fase de exausto. Tendo em vista que a principal forma de identificao de estresse ainda realizada atravs do uso de questionrio de autorrelato. O presente estudo apresenta como contribuio uma metodologia de anlise do nvel de estresse baseada na variao da condutncia galvnica da pele e de sinais de eletroencefalografia, sendo utilizados como parmetros a assimetria do ritmo alfa, assim como a razo entre os ritmos beta e alfa no crtex frontal e pr-frontal. Para a gravao dos sinais de EEG foi utilizado um dispositivo porttil, com eletrodos especificamente situados nas posies aF3, F3, F4 e aF4, de acordo com o Sistema Internacional 10/20 de posicionamento de eletrodos. Os participantes deste estudo so Bombeiros Militares da 1 Cia de Vitria-ES. Foram utilizadas trs classes de estmulos emocionais positivos, calmos e negativos, atravs da utilizao de imagens pertencentes ao banco de dados IAPS (International Affective Picture System). Os resultados de acurcia obtidos atravs de um classificador SVM (Support Vector Machine) chegam a 88,24% para classe de estmulos positivos, 84,09% para classe calma e de 92,86% para os estmulos negativos. Deste modo, esta pesquisa apresenta uma combinao de parmetros que podem ser aferidos com equipamentos de baixo custo, e fornecem condies de diferenciar estmulos estressantes, podendo assim, ser utilizada para auxiliar no treinamento de profissionais da rea de urgncia e emergncia.
Resumo:
O objetivo deste estudo estimar a prevalncia de transtornos mentais de acordo com a situação de emprego por sexo, analisar associaes entre os transtornos mentais e situação de emprego, bem como entre a busca de tratamento e situação de emprego dentre os respondentes com transtornos mentais nos ltimos 12 meses. Alm disso, pretende-se analisar a perda de dias de trabalho devido ao absentesmo e ao presentesmo associando-os com os transtornos mentais, dentre os trabalhadores. Os dados foram analisados a partir do Estudo So Paulo Megacity, um estudo de base populacional que avaliou os transtornos mentais em uma amostra probabilstica de 5.037 adultos residentes na Regio Metropolitana de So Paulo, utilizando a verso do Composite International Diagnostic Interview da Organizao Mundial de Sade. A amostra foi dividida em grupos de acordo com a situação de trabalho trabalhadores, economicamente inativos e desempregados. A prevalncia dos transtornos mentais foi estimada estratificada por sexo, bem como, as associaes com as situaes de emprego, caractersticas scio-demogrficas e procura por tratamento. O nmero mdio de dias perdidos por absentesmo e presentesmo na população de trabalhadores foi estimado baseado na Escala de Avaliao de Incapacidade Organizao Mundial de Sade. Os efeitos a nvel populacional e os custos financeiros tambm foram estimados. As associaes foram medidas pelo Odds Ratio e calculada atravs do modelo de regresso logstica multinomial. Do total da amostra (n= 5.035), 63% eram trabalhadores, 25% economicamente inativos e 12% desempregados. Os trabalhadores foram associados ao sexo masculino, menor idade, maior nmero de anos estudados e maior renda. As mulheres apresentaram maior prevalncia de transtornos de humor e ansiedade. Os homens foram associados a qualquer transtorno mental, transtorno de humor e transtorno de ansiedade, as mulheres foram associadas a situação de emprego economicamente inactivas e desempregadas. Os homens cuja situação de emprego era trabalhador mostrou maiores prevalncias nos transtornos de impulso-controle e nos transtornos por uso de substncias psicoativas. As mulheres cuja situação de emprego era trabalhador e os homens cuja situação de emprego era economicamente inativos, tiveram maiores prevalncias de transtornos mentais. Dentre respondentes com algum transtorno mental, os respondentes economicamente inativos apresentaram associao com a procura de tratamento de sade geral e de sade mental. A presena de algum transtorno mental foi associado com 26,8 dias/ano devido ao absentesmo, 92,2 dias/ano devido ao presentesmo e 125,9 dias/ano de perda total de trabalho. Os custos anuais da perda de trabalho foram estimados em R$ 2,6 bilhes por ano, correspondentes a R$ 690 milhes por ano devido ao absentesmo, e R$ 1,9 bilhes por ano devido ao presentesmo. Nossos resultados fornecem importantes informaes epidemiolgicas sobre os transtornos mentais e o impacto no trabalho que devem ser levadas em considerao na definio de prioridades para os cuidados em sade e alocao de recursos.
Resumo:
A demanda por gua do setor agrcola vem crescendo a cada ano, bem como o aperfeioamento do manejo da irrigao. Ainda assim, em locais onde a gua encontra-se escassa, os conflitos entre usos e usurios devido a disputas para acesso gua tendem a se intensificar. Na maioria das vezes esse problema est relacionado ausncia de cobertura florestal, levando, por vezes, a problemas socioambientais. Nesse contexto, a pesquisa buscou avaliar o impacto da implantao de sistemas agroflorestais (SAFs) irrigados na condio hdrica local (de escassez), estabelecendo-se estratgias que os torne atrativos ambientalsocial- e economicamente. Assim, por meio de simulao computacional, alternativas de consrcios agroflorestais foram avaliadas, tomando-se como referncia uma regio piloto, tpica da agricultura esprito-santense, constituda por pequenas propriedades agrcolas de base familiar, inseridas parcialmente em APPs. As espcies banana, pupunha e goiaba foram selecionadas para compor os cenrios agroflorestais. Os resultados da pesquisa mostram que os SAFs irrigados so uma alternativa no sentido de minimizar os conflitos por demandas de gua em regies de escassez hdrica, com a reduo de tais demandas o comprometimento de rendimentos financeiros. Alm disso, os SAFs so alternativas para diversificao da renda e para tentar controlar a sazonalidade dos preos de mercado.
Resumo:
A economia informal compe o mundo do trabalho de todas as sociedades capitalistas, em menor ou em maior grau. No Brasil, historicamente observa-se que esse fenmeno tem sido sempre muito abrangente, sobretudo motivado pelo e resultante do contexto socioeconmico, jurdico e poltico. Devido s idiossincrasias nacionais, desde o surgimento do mercado de trabalho no pas, esta situação persiste em diversos panoramas e com vrios matizes, obstaculizando uma melhor performance global da economia brasileira e negando oportunidades de desenvolvimento individual e social ao longo do tempo. Sendo assim, e atravs do prisma da Economia Social e do Trabalho, o objetivo desta dissertao analisar os principais fatores conjunturais e estruturais da informalidade observada no mercado nacional de trabalho no interregno 1980-2012, apresentando a dimenso desse problema e expondo suas razes econmicas e institucionais, a fim de contribuir com novos elementos para o debate da informalidade em nvel nacional. A hiptese central dessa pesquisa de que o elevado GI no Brasil persiste essencialmente mesmo que com diferentes especificidades histricas ao nvel das mentalidades dos diversos agentes, isto , antes de ter-se um mercado nacional de trabalho com um alto GI, tem-se uma sociedade brasileira altamente informal. A instituio trabalho informal persiste como um hbito incrustado mesmo diante de mudanas de ordem socioeconmica, o que impede que grande parcela da população brasileira tenha acesso ao trabalho formalizado e decente (a l OIT). mister que haja maior efetividade das leis e aprimoramentos institucionais acompanhados de coordenao e vontade poltica, alicerados pela tomada de conscincia crescente da sociedade civil no que se refere importncia da formalizao e aos males da informalidade tanto para seus cidados quanto para a nao. Sugere-se como uma possvel alternativa para diminuir o GI de forma mais consistente a considerao, para alm dos aspectos econmicos e jurdicos, do arcabouo cultural, histrico, comportamental e dos hbitos sociais incrustados que os condicionam e os orientam. Isto porque so estes os eixos que norteiam o processo de desenvolvimento individual e social. Nesse sentido, o estudo (de carter descritivo e analtico) fundamentado pelas teorias sistmicas e multidisciplinares desenvolvidas por Karl Paul Polanyi e Amartya Kumar Sen, interpretadas como artfices de uma vida digna, alm de apregoarem o reincrustamento da economia na sociedade e, por analogia, o desincrustamento da informalidade institucionalmente enraizada na sociedade brasileira. Isso se dar medida que forem expandidas as liberdades instrumentais e substantivas, em uma espcie de causao circular cumulativa aplicada questo da informalidade, tendo como efeito colateral altamente desejvel o desenvolvimento socioeconmico. As principais contribuies deste estudo emergiram justamente das concepes tericas dos dois autores, combinadas aos nexos de convergncia estabelecidos entre a economia brasileira, seus desdobramentos institucionais e a informalidade no mercado nacional de trabalho no perodo estudado.
Resumo:
It approaches the growth of the city of Colatina-ES, the county seat that has urban economy and urban population, and territory with most of the rural area. Rural areas, however, contribute little to the city s economy and are largely environmentally degraded, idle and waiting for recovery. The objective is to understand the growth of the city of Colatina, and the factors and consequences of this growth. Land division projects, investments and interventions in urban and rural areas were collected for the analysis. As a median-sized city characterized by central and regional polarity, but outside of the main investments in the state, Colatina seeks to take advantage of its situation of commercial warehouse city and road junction to stay alive in the regional economy. The citys economy is based on trade and services, but seeks to attract investment to the industry and logistics. The expansion of the city since the early formation follows the road system, which creates a dispersed spatiality. The characteristics of the urban growth of Colatina are the result of economic development strategies, interests in the property market and a government that abstains from urban control. These factors lead a sprawl urbanization that presents itself costly and not sustainable for urban and rural areas because it creates segregation, higher infrastructure costs, low-density and monofunctional urban spaces, pollution, and worsening of environmental depletion. The challenges for sustainable growth of the city of Colatina depends on a municipal and regional planning, which qualifies and diversifies its urban areas, avoids unnecessary expansion of the urban perimeter, retrieves its environmental degraded areas and leverages the agricultural activities in a productive and less aggressive way to the environment
Resumo:
As doenas cardiovasculares so as principais causas de morte no mundo e muitos constituem os fatores de risco para essas doenas. Objetiva-se investigar o risco cardiovascular para evento coronariano agudo de acordo com o escore de Framingham em população adulta do municpio de Anchieta-ES. Estudo transversal com dados da linha de base do estudo Carmen Anchieta, iniciado em 2010. A amostra foi sistemtica e estratificada por micro rea de abrangncia das Unidades de Sade da Famlia, sexo e idade e 539 pessoas foram selecionadas para este estudo por terem os dados completos. Os dados foram coletados mediante entrevista no domiclio, exames laboratoriais de sangue, verificao da presso arterial e antropometria nas Unidades de Sade. As variveis de exposio constituem escolaridade, raa-cor, renda familiar, residncia em espao urbano ou rural, estado civil, consumo de lcool, atividade fsica, ndice de massa corprea e autoavaliao de sade. Para a classificao do risco cardiovascular utilizou-se o escore de Framingham. Foi realizada anlise bivariada e regresso logstica multinomial para testar a hiptese de associao entre as variveis e o risco cardiovascular mediante o clculo da razo de chances (RC) e intervalo de confiana de 95%. O nvel de significncia foi p < 0,05. Os resultados mostraram predominncia de pessoas nas faixas etrias entre 25 a 54 anos, casadas, pardas, ensino fundamental incompleto, baixa renda, insuficientemente ativas, com sobrepeso e obesidade em mais da metade da amostra, 38,6% ingeriam bebida alcolica e 55,7% relaram sade muito boa ou boa. O risco cardiovascular foi baixo em 74%, intermedirio em 11,3% e elevado em 14,7%. Estiveram associados ao risco cardiovascular intermedirio ser analfabeto 8,89 (3,193-24,756), ter ensino fundamental incompleto 3,17 (1,450-6,964) e ser vivo/ separado 2,55 (1,165-5,583) e associados ao risco cardiovascular elevado ser analfabeto 11,34 (4,281-30,049), ensino fundamental incompleto 2,95 (1,362-6,407) e autoavaliao da sade muito ruim/ruim 2,98 (1,072-8,307) e regular 2,25 (1,294-3,925). Ser solteiro constituiu fator de proteo 0,40 (0,183-0,902).