29 resultados para Parking Spaces

em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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Essa dissertao estuda as caractersticas relevantes na formao do preo de venda e aluguel, analisando tambm as diferenas entre esses atributos para apartamentos na cidade de Vitria/ES, preenchendo uma lacuna ainda no desenvolvida, tendo em vista a possibilidade de comparao entre preos de aluguel e venda. O constructo terico teve como fundamento abordagem de preos hednicos, aplicada em estudos de Waugh (1928) e Court (1939), mas formalmente desenvolvida teoricamente por Lancaster (1966) e Rosen (1974), e aplicadas e discutidas por Palmquist (1984) e Sheppard (1999). A reviso de literatura mostra que existe impactos tanto em relao aos aspectos fsicos dos imveis, como caractersticas externas, como violncia, facilidade de acesso, ou presena de estaes de trens ou mercados no entorno, dentre outras. A amostra partiu de uma listagem de oferta de imveis no site da Netimveis durante os meses de maio e junho de 2014, contando com um nmero de 563 observaes para venda e 185 para locao. Alm dessas duas amostras, foram elaboradas anlises com relao a subamostras que possuam a varivel valor do condomnio, buscando ampliar as variveis explicativas coletadas. A anlise dos resultados foi feita com utilizao da estatstica descritiva, correlao entre variveis e regresso mltipla, sendo essa ltima aplicada nos 6 modelos propostos para cada amostra, posteriormente propondo um modelo final para venda e aluguel. No que tange as hipteses utilizadas e aplicadas nos modelos, parte delas foram utilizadas tendo em base estudos prvios, e outras, como o sol da manh, por exemplo, foram apresentadas como propostas. Dos resultados encontrados, muitos corroboraram com estudos anteriores, confirmando que variveis como rea, vagas na garagem, varanda, anda e posio de frente da unidade, piscina e localizao em bairros nobres impactam positivamente no preo dos imveis, independente se venda ou aluguel. Como diferenas, foi possvel identificar que as variveis presena de elevador, playground e valor do condomnio participam positivamente da explicao do preo de venda, enquanto, presena de quadra, moblia e sol da manh explicam positivamente o valor do aluguel na amostra.

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O artigo faz uma anlise dos sistemas de representao de professores, delegados eleitos para participarem do GT Formao e Valorizao do Magistrio, por ocasio da realizao do Seminrio Estadual de Poltica Educacional do Esprito Santo, sobre os processos de formao continuada desenvolvidos pela Secretaria de Educao. Utiliza como referencial de anlise as categorias de no-lugar, lugar, espaos-tempos e comunidades compartilhadas, a partir das obras de Lefebvre (1983), Aug (1994), Certeau (2001) e Santos (2000), dentre outros. Trabalha com metodologia baseada em coleta de dados por meio de questionrio composto de questes abertas e fechadas. Aponta como resultado que o sistema de representao de professores enuncia a necessidade de instaurao de processos de formao continuada voltados para a "utpica" de constituio de um coletivo escolar que supere, por meio de comunidades compartilhadas, o no-lugar por eles ocupado at ento.

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Analisa como a questo do professor se apresenta na produo cientfica brasileira. Toma como base o discurso apresentado na SBPC, por, entre outros fatores, ser originrio de entidade que congrega cientistas de todas as reas de conhecimento e ser representativo da produo docente e discente de graduao e ps-graduao das vrias regies e instituies do pas. Usa como metodologia a abordagem histrico-documental. Utiliza como fontes os resumos publicados nos anais de 2001 e da dcada de 1980. Os resultados evidenciam: 1) um aumento extraordinrio do nmero de trabalhos sobre o professor, a permanncia da origem institucional (universidade pblica) e territorial (Sudeste); 2) alterao do predomnio do enfoque temtico, da formao do professor, em nvel superior e mdio, para a prtica pedaggica exercida no cotidiano escolar do ensino fundamental; 3) alterao no enfoque metodolgico, passando dos estudos exploratrio-descritivos para a pesquisa-ao crtica voltada para a interveno no cotidiano escolar do ensino fundamental. Conclui pela negao dos espaos/tempos da produo cientfica sobre o professor, visto que os espaos/tempos so aes de sujeitos histricos, que exibem operaes de troca, intercmbios, compartilhamentos coletivos e no a determinao do "lugar prprio" do pesquisador e/ou da "autoria marcada". Os discursos expressos pareceram, cada um, ocupar um "lugar prprio" e isolado, no permitindo a sua acepo como conjunto da obra sobre a questo do professor, no se vislumbrando uma tessitura temtica coletiva, com gnese nos espaos/tempos da academia em sua relao com a realidade educacional e social do Brasil.

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O artigo apresenta a experincia do Programa de Formao e Investigao Sobre a Sade e o Trabalho (PFST) de docentes de escolas pblicas, desenvolvido na Universidade Federal do Esprito Santo. Trata da problemtica da sade do conjunto de docentes que trabalham nas escolas pblicas do municpio da Serra/ES, visando a desfazer a trade dor-desprazer-trabalho docente, vivida de forma naturalizada pelo coletivo de docentes. Pretende avanar na compreenso das relaes sade-trabalho nas escolas e investigar as estratgias utilizadas por esses professores para resistirem s tentativas de desqualificao do trabalho docente. Afirma a possibilidade de se abrirem espaos de discusso no cotidiano dos docentes para que a luta pela sade se constitua em redes de cooperao entre sujeitos e escolas, inaugurando-se outras formas de atuao desses estabelecimentos. Com esse objetivo, prope uma metodologia de trabalho que tem se pautado na abordagem ergolgica, construda na Universidade de Provena, em AIX/ Frana.

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Discusso e anlise sobre as inmeras temporalidades e espaos identitrios do Stio dos Crioulos, comunidade quilombola do municpio de Jernimo Monteiro, ao sul do Estado do Esprito Santo. O objetivo compreender as formas de saberes produzidas pela comunidade, assim como suas articulaes na relao tempoespao, no encadeamento do que podemos chamar de uma educao ambiental local, considerando os diferentes modos de vida que ali existem, como tambm os usos e apropriaes da natureza e dos processos identitrios. Os usos das narrativas atravs de entrevistas abertas e a observao-participante compem a metodologia com as experincias do lugar praticado. Pesquisa que engendra o ambiental em traduo com os saberes-fazeres da comunidade: o ldico, a roa e o sagrado. So espaos-tempos que possibilitam pensar na radicalizao e anunciao das prticas sociais e culturais como sinnimos da realizao do ambiental, e como narrativas que denotam estrias que emergem dos silenciamentos da modernidade disciplinante e instrumental, a qual reduziu as comunidades ditas tradicionais conformao de conhecimentos no-cientficos dotados de irracionalidades. Esta pesquisa busca compreender de que forma possvel pensar uma educao ambiental de dentro para fora, onde a relao pesquisador-pesquisado se estabelece como ponto de aproximao e conflito das dinmicas socioculturais estabelecidas por esse encontro. O que nos aproxima de uma educao ambiental ps-colonial que surge das narrativas e experincias locais na convergncia das diferenas e do que se produz e traduz junto a elas. Este trabalho discorre desses processos de aproximao e distanciamento que provocam outras tradues sobre a cultura-natureza de ns mesmos, indivduos e sociedade.

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Este trabalho tem como objetivo problematizar a ecoformao de professoras e alunos em espaos de convivncia, potencializados com as experincias da IV Conferncia Nacional Infanto-juvenil de Meio Ambiente (CNIJMA), visitas monitoradas, aulas de campo e sadas. Ancorada na Poltica Estruturante de Educao Ambiental, entendo que esses espaos de convivncia expressam um processo educacional, permanente, continnum e transformador. Tendo como mediadora a COM-Vida (Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) e o Tratado de Educao Ambiental para as Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a Educao Ambiental visa fortalecer a cidadania ambiental em movimento escola-comunidade-escola. Impregnada de sentidos e significados, busquei pesquisar a ecoformao dessa coletividade pelo vis do Paradigma da Complexidade, que me apresentou as incertezas como um processo potencializador da criatividade, da amizade e da solidariedade que tecem a rede de saberes e fazeres que envolvem esses sujeitos investigados, alm de evidenciar o cuidado de si com o outro e com o mundo. Ao trilhar os caminhos desta pesquisa, optei por abordagens qualitativas inspiradas na fenomenologia-existencial proposta por Martin Heidegger, Michle Sato e Paulo Freire e, dessa forma, pude investigar os saberes ambientais que atravessam as redes cotidianas da escola pesquisada, potencializando a cultura da sustentabilidade. Valendo-me da observao participante das prticas pedaggicas, encontrei nas narrativas das professoras e alunos a expressividade de um processo ecoformativo que instiga outras racionalidades comprometidas com a tica, a coletividade, a afetividade, a solidariedade, as transformaes sociais, a diversidade e a outridade.

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A pesquisa A Educao Ambiental nos encontros do Congo com os cotidianos escolares de uma Escola Municipal da Barra do Jucu, Vila Velha, ES se apoia na produo narrativa em Educao Ambiental com os cotidianos, com a inteno de problematizar os saberes e fazeres socioambientais produzidos nos encontros entre a produo cultural do congo com as prticas escolares cotidianas. Com as conversas e narrativas dos sujeitos da pesquisa, alunos(as), professores(as), congueiros(as), pais de alunos e outros representantes da comunidade escolar, problematizamos e mapeamos esses saberesfazeres socioambientais, bem como compreendemos suas diferentes tradues. Os cotidianos escolares so considerados espaos de burla s hierarquizaes culturais, ambientais, sociais e curriculares, por serem espaos privilegiados de prticas curriculares que vo alm das propostas institudas, e enfatizamos como o entorno da escola com suas especificidades locais se constituem potncias para a produo de saberes e a criao de currculos cotidianamente. As oficinas de congo que acontecem na Escola Municipal da Barra do Jucu foram acompanhadas e mostraram-se potentes para o desenvolvimento da Educao Ambiental numa perspectiva ps-colonial, que acredita na possibilidade de um pensamento que v alm da relao dicotmica cultura/natureza e da no homogeneizao cultural. As produes culturais desenvolvidas nas oficinas possibilitaram outras alternativas para a produo de subjetividades e para trocas de saberes socioambientais e culturais, baseados na solidariedade que potencializa prticas sociais sustentveis.

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O direito memria o direito que tem a sociedade de conhecer, lembrar e procurar a verdade sobre seu prprio passado, sobretudo em situaes de violncia recente como o conflito armado colombiano. O direito memria pode ser garantido ou negado no campo da didatizao da histria. O ensino de histria tambm acontece em espaos no escolarizados como os museus. O tema da pesquisa : como os estudantes constroem explicaes histricas sobre o conflito armado colombiano em um ambiente museal, e sua relao com o direito memria. O trabalho de campo se desenvolve na Casa Museu Jorge Elicer Gaitn (Bogot - Colmbia), com estudantes das trs ltimas sries do sistema escolar colombiano. Partimos do pressuposto de que a Casa Museu Gaitn est vinculada no s a um passado doloroso, mas tambm a um presente conflituoso. As temporalidades superpostas deste espao museal, so analisadas atravs das relaes entre histria acadmica, histria escolar e histria cotidiana. Por isto, dialoga-se tambm com os contedos propostos para rea de Cincias Sociais e o livro didtico. Garantir um direito memria atravs do ensino de histria, passa por combater as pretenses oficiais de impor uma memria nica do passado, e oferecer ferramentas para que os estudantes possam construir explicaes histricas a partir do raciocnio crtico. Isto possvel quando os estudantes confrontam as diferentes vozes que relatam o passado recente. No caso colombiano, garantir o direito memria atravs do ensino de histria da violncia recente, ainda mais complexo pela funo que desenvolve o prprio Estado colombiano no meio do conflito armado.

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Esta pesquisa apresenta as imagens da escola como mediadoras do processo formativo dos jovens no ensino da Arte em dilogo com a histria, memria e ambientes intraescolares. Inscreve-se no debate produzido pela linha de pesquisa em Educao e Linguagens. Analisa a formao dos jovens numa turma do terceiro ano do Ensino Mdio na Escola Estadual de Ensino Mdio Hunney Everest Piovesan, localizada no municpio de Cariacica no Estado do Esprito Santo. O estudo foi realizado em 2013 e tem como objetivo analisar as imagens escolares como mediadoras na formao dos estudantes do Ensino Mdio no ensino da Arte em dilogo com a histria, memria e ambientes intraescolares. Ao mesmo tempo, por meio de trabalho colaborativo, contribui para (re)construo da histria da instituio, significando-a junto aos alunos e comunidade escolar. Por meio de interveno artstica com imagens da escola prope reflexo crtica, analisando a formao dos jovens no terceiro ano do Ensino Mdio. Para compreender os conceitos de mediao e meio social, estabelece um dilogo com as obras de Lev Semenovith Vigotski. A partir dos estudos de Maria Ciavatta e SchtzFoerste procura entender a mediao imagtica e sua dimenso educativa. Dialoga ainda com Frago, Escolano e Buffa, ampliando as reflexes sobre os ambientes intraescolares, dimensionando a imagtica desses espaos e o senso de pertencimento escola a partir da impregnao pela histria e memria. A investigao pauta-se nos referenciais do mtodo qualitativo e colaborativo de pesquisa. A produo dos dados contou com o recolhimento e anlise documental de um conjunto de fontes primrias e secundrias formadas por livro de registro de funcionrios da escola da dcada de 1970, dirios de classe, recortes de jornais, convites de formaturas e registros fotogrficos escolares dessa mesma dcada at a atualidade. Alm desses documentos histricos, foram analisadas entrevistas de antigos alunos e questionrios dos alunos do terceiro ano do Ensino Mdio da instituio. Relata brevemente experincias de curto intercmbio acadmico realizado na Universidade de Ancara, na Turquia, com o objetivo de ampliar os horizontes de referncia sociocultural, em especial com o contexto educacional do Ensino Mdio euroasitico, identificando os espaos de formao dos jovens no contexto turco e suas relaes com a educao brasileira. Esta experincia apresentada no integra a anlise desta dissertao, mas projeta a discusso para novos estudos. A anlise se elabora a partir da triangulao, entre outros, do referencial terico com o processo de interveno, produo de dados e no debate acadmico em diferentes contextos. A partir da caminhada acadmica permeada pela histria e memria, inferimos que as imagens escolares medeiam o processo formativo dos jovens do terceiro ano do Ensino Mdio no ensino da Arte. Contribuem para o cultivo da memria escolar, enquanto presena impregnada pela histria da instituio, por meio da imagtica dos seus ambientes intraescolares. Constatamos ainda que as imagens colaboram para o (re)conhecimento por parte desses sujeitos do seu papel ativo, autnomo e transformador da realidade escolar na qual esto inseridos.

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O objetivo desta tese produzir uma reflexo hermenutica e fenomenolgica acerca dos saberes e fazeres que vm sido produzidos a partir de pesquisas que tratam da incluso de alunos com necessidades especiais nas escolas de ensino regular. Buscou-se uma pesquisa de natureza bibliogrfica que debruou-se na produo de conhecimento relativa a dissertaes e teses que foram produzidas no PPGE-UFES entre os anos de 2000 e 2010 que buscaram analisar os saberes-fazeres inclusivos que vm se constituindo a partir da insero de alunos com necessidades especiais nos espaos-tempos das escolas comuns. Procurou-se num primeiro momento traar o estado da arte de tais trabalhos de pesquisa para, posteriormente, compreend-los numa dimenso filosfica. Como resultado concluiu-se que estas pesquisas apontam movimentos profundamente ambguos e paradoxais, revelando uma profunda crise de um modelo de racionalidade excludente que encontra-se enraizado em nossa cultura e no cotidiano das escolas. Frente a esse quadro, procura-se compreender, a partir das pistas e rastros deixados pelas dissertaes e teses pesquisadas, como vm se configurando outras formas de racionalidades que instauram novas formas de ensinar-aprender conjugadas aos diferentes modos de ser-sentir-conhecer o mundo.

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Este trabalho tem como objeto de estudo as aes organizativas dos movimentos populares de bairro, enquanto prticas poltico-pedaggicas. Tomamos como foco, as associaes de moradores da regio da Grande So Pedro. Apesar de ter ficado conhecida na dcada de 1980 pela situao de misria, os moradores dessa regio, historicamente perpassada pelo fenmeno da segregao socioespacial, encontraram nas adversidades motivao para a organizao do movimento popular como forma de construir sua histria e afirmar sua cidadania. Totalmente transformada no que tange sua urbanizao, a regio ainda hoje apresenta um cenrio adverso para os moradores. Nesse sentido, a importncia da organizao dos moradores na atualidade fundamental para lutar contra as situaes de opresso que se impem sobre os mesmos. Entretanto, o quadro que os atuais movimentos populares de bairro desta regio apresenta de reproduo de um modelo poltico-cultural marcado pelo individualismo, com traos peculiares da formao social brasileira - caracterizada por prticas de centralizao, dependncia e clientelismo poltico. Deve-se registrar que apesar de tambm trazerem traos de lutas e resistncia, a forma como atualmente acontecem, com aes em nveis imediatos, esvaziadas de contedo poltico mais amplo, sem articulao com movimentos mais abrangentes, acabam se expressando em um associativismo individualizado. Desta feita, reiteramos neste trabalho a necessidade de a classe trabalhadora brasileira retomar, reconstruir espaos que contribuam com a formao de lideranas, com a qualificao das bases desses movimentos, para que seus protagonistas possam consolidar uma prtica poltico-pedaggica fundamentada na educao popular e com isso venham adensar as lutas da classe trabalhadora e somar ao projeto de construo da contra-hegemonia, visando transformao social. Buscar-se-ia neste sentido, a consolidao de um projeto social mais igualitrio, justo e verdadeiramente democrtico, no qual seja possvel a emancipao humana.

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A hiptese defendida nesta pesquisa se baseia na possibilidade de a arquitetura jesutica implantada em terras brasileiras (sculo XVI) dialogar e agenciar, num mesmo corpo edificado, e de modo inter-relacionado, aspectos relativos morfologia urbana, tipologia e paisagem. Lama explica que, como disciplina, a morfologia urbana agrega para si no somente o ambiente construdo, mas os meios pelos quais este foi construdo em sua interao com a forma urbana, ou seja, os fenmenos sociais, econmicos e outros motores da urbanizao (LAMAS, 1992). Entender a forma urbana entender seus elementos constituintes, quer em ordem leitura ou anlise do espao, quer em ordem sua concepo ou produo (LAMAS, 1992). Estudar a forma urbana significa compreender o lugar onde se insere a cidade e seus elementos constituintes, seus espaos e a inter-relao entre eles e seu contexto, em um espectro abrangente do que se denomina cidade, e urbano. A tipologia arquitetnica e a morfologia urbana esto interligadas no cerne de suas anlises, considerando que ambas, segundo Pereira, estudam duas ordens de fatos homogneos (PEREIRA, 2012); estudam elementos constituintes da cidade arquitetnicos e espaciais que se sobrepem ou se complementam de acordo com a escala de anlise utilizada. A arquitetura jesutica do Brasil colonial modela de modo determinante a construo de distintos ncleos urbanos originrios na costa brasileira no sculo XVI. Isso, por meio da implantao de tipologia edilcia que acompanha a doutrina jesutica de localizao e escolha do stio para suas construes, preconizando segurana, visibilidade do entorno e facilidade de acesso por rios ou pelo mar. Essas construes, realizadas em reas elevadas, marcaram, por conseguinte, no tempo e no espao, a paisagem dos primeiros ncleos urbanos brasileiros. A pesquisa analisou um dos exemplares histricos da arquitetura jesutica no Estado do Esprito Santo, especificamente na cidade de Vitria, capital e ncleo urbano original da colonizao portuguesa neste Estado. A instalao dos jesutas na antiga Vila da Vitria, no sc. XVI, atravs de sua igreja dedicada a So Tiago e de seu colgio anexo, marca a presena tipolgica de uma arquitetura religiosa que influencia a prpria morfologia da cidade caracterizando esta arquitetura como um tipomorfolgico - e, por reflexo, participa da construo de sua paisagem urbana secular. Entende-se que o antigo complexo jesutico de So Tiago e atual Palcio Anchieta, sede governamental e prdio cultural capixaba, uma arquitetura que permeia estas trs grandes narrativas arquitetnicas e urbanas: a tipologia, a morfologia e a paisagem.

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Esse trabalho procurou caracterizar o clich imagtico, articulando-o a exemplos relacionados s cidades provindas de pesquisas iconogrficas realizadas no Google Imagens, dando-se, a partir desse contexto, se deram as rasuras dos clichs imagticos por poesias visuais. A pesquisa iconogrfica especfica para a palavra cidades direcionou o estudo viabilizando a constatao deste clich, que, por sua vez, foi enunciado como intermediador de imaginao espacial. As constataes empricas sobre esta temtica fez a pesquisa ser conduzida a cinco nomes de capitais brasileiras, que foram contrastadas com as imagens destas cidades caracterizadas fora do clich imagtico, sendo o formato padro e esttico da propagao das imagens foi o universo sobre o qual orbitou este estudo. Uma vez realizadas as observaes sobre esta temtica, passou-se discusso potica referente s imagens captadas, e a partir de ento foi feito um dilogo com artistas e poetas ao ponto de se delimitar uma justificativa para que poesias visuais fossem elaboradas rumando para outras grafias de mundo, passando, assim, a enfatizar novas possibilidades, para essas imagens identificadas como clichs. Ento, este estudo visa possibilitar novas verses a serem produzidas sobre o mundo, optando pela temtica cidade para melhor categorizar e referenciar a pesquisa iconogrfica, direcionando a discusso acerca de espaos e paisagens urbanas. Para tanto, foram adotados os autores Deleuze e Guatarri, articulando seus dilogos com McLuhan e Watson, adentrando-se dimenso do clich e aparando-se na iconografia Google e na sua configurao repetida que ento passa a evidenciar as caractersticas opostas das consideraes elaboradas por Doreen Massey, para a imaginao espacial em seu processo fludico, e no engessado. Pensando nas reverberaes de dizeres que se contradizem dessas verses, a imaginao foi evidenciada para alm desses processos, atentando-se, assim, s obras poticas e artsticas de Manoel de Barros ou Valdelino Gonalves, em que foram verificadas possibilidades de abertura de canais de dilogos com tais clichs, com poesias visuais, em um lanamento para a imaginao, rompendo-os. Em concluso, foram observadas possibilidades de construes poticas como dizeres de uma Geografia constituda no imaginrio, mas que tambm possui suas significaes perante a realidade, formuladas em rupturas com o dizer totalizante, repetido e homogneo. Foram evidenciadas, ento, essas caractersticas como contribuio aos estudos que tangem temtica Geografia e Imagens, possibilitando novas reverberaes em universos de estudos para essa linha de pesquisa, que procura inovar nas percepes sobre o entendimento das imagens como canal de construo dos espaos geogrficos de uma maneira geral.

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Tendo em vista a atual configurao do trabalho em sade, entende-se que nos espaos de formao desta rea torna-se relevante a realizao de intervenes que se dediquem ao desenvolvimento de tecnologias relacionais. Tais tecnologias referem-se produo de vnculo como instrumento de realizao nas linhas de cuidado. Esta pesquisa objetivou compreender como essas tecnologias se corporificam a partir da utilizao de clnicas em experimentaes corporais. Foi utilizado como cenrio para o estudo o grupo de pesquisa Rizoma: Sade Coletiva e Instituies, vinculado ao Programa de Ps Graduao em Sade Coletiva da Universidade Federal do Esprito Santo. Os sujeitos do estudo foram profissionais e pesquisadores de diversas reas da sade que participam do referido grupo. Como instrumentos de produo do material, utilizou-se de registros fotogrficos, dirio de campo, co-anlises sobre o trabalho, experimentaes com movimentos de conscincia corporal e mobilizao de cargas afetivas. A anlise do material se deu a partir de uma leitura esquizoanaltica. As clnicas criaram espaos de reflexo para aumentar a capacidade dos participantes em afetar e serem afetados. Tais experimentaes geraram estratgias para um cuidado de si e dos outros. Desta forma os participantes relataram maior capacidade de ateno s suas relaes cotidianas e de trabalho, aumento de sensibilidades e transformao de comportamentos padronizados em novas formas de se articular.

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Em um contexto de ampliao dos lugares pblicos participativos no Brasil h de se considerar expectativas de despertar valores sociopolticos nos estudantes universitrios em seu processo de qualificao cidad e profissional, diante das crticas formao dos administradores. Portanto, este trabalho visa compreender a dinmica da conscincia poltica dos estudantes da graduao em administrao de uma universidade pblica federal no sudeste do Brasil em sua relao com a participao cidad nos lugares pblicos participativos no estado e municpios. Adota-se o modelo analtico de conscincia poltica para a compreenso da participao em aes coletivas de Sandoval (2001) como marco terico, associado literatura sobre participao cidad. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos dados foram coletados atravs de documentos, aplicao de 30 questionrios e 17 entrevistas semiestruturadas, com 30 estudantes universitrios da graduao em administrao matriculados em 2014/1. Os dados foram submetidos anlise de contedo (BARDIN, 2004). Os resultados revelam 12 estudantes que no participam nos lugares pblicos participativos e 18 estudantes que participam em pelo menos um destes lugares. O interesse em exercer a cidadania, melhorar as polticas pblicas, gostar de implicar-se com os assuntos pblicos e defender seus interesses em circunstncias de conflito so as justificativas citadas pelos que participam. Evidenciam-se nos estudantes com participao mais ativa, crenas, valores e expectativas societais, articuladas eficcia poltica, identidade coletiva, interesses antagnicos, sentimentos de justia e injustia, favorecendo a vontade de agir coletivamente, devido percepo de conexo de seus interesses com as metas e aes coletivas dos movimentos que se envolvem. Os estudantes que no participam desconfiam dos lugares pblicos participativos e demonstram desinteresse pelos assuntos pblicos, embora apontem um desconforto em no participar. Suas crenas, valores e expectativas societais, associadas aos sentimentos de ineficcia poltica dificultam o desenvolvimento da conscincia poltica. Conclui-se que estes estudantes possuem uma conscincia poltica de senso comum, demonstrando valores sociais e polticos inerentes aos modismos presentes na vida cotidiana das pessoas. J os estudantes com participao mais ativa apresentam uma conscincia poltica de conflito, motivando-os participao nos lugares avaliados como eficazes s suas proposies. Entretanto, o Centro Acadmico Livre de Administrao Honestino Guimares (CALAD), principal lugar de representao e participao dos interesses dos estudantes no curso, encontra-se sem direo e participao nas instncias institucionalizadas na universidade.