19 resultados para Orientação profissional Jovens

em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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A partir da segunda metade do sculo XX, mudanas no modo de produo capitalista comearam a afetar a relao que as empresas estabeleciam com o trabalhador. Diante de um mercado imprevisvel, a carreira tradicional, marcada, entre outros aspectos, por empregos duradouros e com possibilidade de ascenso na hierarquia da organizao, tornou-se menos recorrente. Paralelamente, comearam a despontar novas concepes sobre carreira, tendo a maioria um enfoque individualista. Dentre as novas proposies, o presente estudo tomou como referncia a concepo de carreira proteana. Esse modelo, de origem norte-americana, tem como ideia central a noo de uma carreira que gerida pelo indivduo, e tem como meta o alcance do sucesso psicolgico. Desta forma, ancora-se em duas principais dimenses: autogerenciamento e direcionamento para valores. Considerando os diversos estudos que descrevem as dificuldades enfrentadas por estudantes na transio da universidade para o mercado de trabalho, esta pesquisa objetivou compreender aspectos do gerenciamento proteano de carreira entre universitrios brasileiros que j tinham concludo, pelo menos, a primeira metade do curso de graduao. Para tanto, o estudo foi dividido em dois artigos. O primeiro foi destinado ao desenvolvimento e validao da Escala de Atitudes de Carreira Proteana para universitrios, tendo sido realizado com uma amostra de 1016 estudantes de 37 cursos diferentes, com idade variando entre 18 e 65 anos, e mdia de 24,52 (DP = 6,69 anos). O instrumento, denominado neste estudo de Escala de Gerenciamento Proteano de Carreira para Universitrios (EGPC-U) atestou a estrutura de duas dimenses, evidenciada tambm na verso original da medida. Os ndices de confiabilidade foram satisfatrios e superiores a 12 0,61, tendo o instrumento a possibilidade de ser utilizado em servios de orientação profissional ou de carreira. O segundo artigo objetivou compreender como as dimenses do modelo proteano se relacionam com variveis sciodemogrficas e com construtos psicossociais: personalidade, lcus de controle, sade e satisfao com a vida, e envolveu alunos de duas reas de conhecimento: humanas e exatas. A amostra foi composta por 525 alunos, sendo 245 da rea de humanas e 280 de exatas, sendo 52% do sexo masculino. A idade dos participantes variou entre 18 e 30 anos e mdia de 22,59 anos (DP = 2,66 anos). A partir dos resultados do estudo 2, constatou-se que alunos da rea de humanas, quando comparados a estudantes de exatas, tendem a apresentar mdia superior na dimenso de direcionamento para valores. Verificou-se ainda que os aspectos de conscienciosidade e lcus de controle interno so preditores significativos do autogerenciamento tanto entre alunos de humanas como de exatas e que a adoo de atitudes proteanas tende a impactar positivamente aspectos da sade e da satisfao com a vida do indivduo. O estudo, de um modo geral, permitiu verificar a existncia de caractersticas proteanas entre universitrios, como tambm possibilitou conhecer variveis relacionadas s atitudes de autogerenciamento e direcionamento para valores. Destaca-se, porm, a necessidade de pesquisas complementares com a explorao de outras variveis psicossociais que possam estar relacionadas ao gerenciamento proteano entre graduandos.

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A pesquisa apresentada nesta dissertao buscou analisar um programa governamental de educao profissional, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego (Pronatec), priorizando uma de suas aes: o Pronatec Bolsa-Formao, na sua execuo em um campus do Instituto Federal do Esprito Santo. Tecemos aliana com Foucault para compreender as artes de governar. Junto com autoras/es do campo da educao profissional, realamos aspectos do Pronatec que, em nossa anlise, compem a governamentalidade neoliberal configurando-se como procedimento de gesto da pobreza, de fragilizao do direito educao para jovens e adultas/os e de fortalecimento do mercado de formao. Dedicamo-nos tambm a perceber como tal programa se efetiva e os efeitos que produz no cotidiano da escola, bem como as prticas produzidas nos processos de formao por servidoras/es e estudantes que esto ou no nele envolvidas/os. Se para ns de fundamental importncia compreender a racionalidade que opera em tal poltica de qualificao profissional e incluso de jovens e adultas/os trabalhadoras/es, produzindo efeitos sobre nossas vidas, igualmente importante pensar as prticas que estamos produzindo na relao com ela. Assim, ao localizarmos nossa anlise no cruzamento entre a formulao governamental e a vida dos sujeitos, pretendemos estar atentas/os multiplicidade e heterogeneidade que compem a realidade na qual estamos decisivamente implicadas/os.

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O universo que circunda a Educao de Jovens e Adultos nos sensibiliza e nos provoca. Observar que estes alunos e alunas esto em busca de conquistas e sonhos que no puderam se concretizar quando foram gerados nos impulsiona a conduzir esta pesquisa com seriedade e esperana. Este estudo investigou que conhecimentos matemticos utilizados por professores do Curso Tcnico em Metalurgia Integrado ao Ensino Mdio na modalidade de Educao de Jovens e Adultos. Influenciam dilogos entre matemtica e outras disciplinas do curso considerando a perspectiva da formao integral dos estudantes. Assim, nos propomos a analisar conhecimentos matemticos que esto presentes em aes e materiais didticos utilizados por professores em diferentes disciplinas do Curso Tcnico em Metalurgia Integrado ao Ensino Mdio na modalidade de Educao de Jovens e Adultos. No intuito de responder a questo proposta e alcanar os objetivos expostos, este estudo torna-se mais relevante por estar diretamente envolvido no processo de consolidao do Programa Nacional de Integrao da Educao Profissional com a Educao Bsica na Modalidade de Educao de Jovens e Adultos PROEJA do Curso de Metalurgia ofertado pelo IFES/Vitria, pautado na idealizao de integrao do seu currculo. Portanto, discutir o projeto de integrao curricular que norteia o PROEJA tornou-se uma meta em movimento dessa investigao. Nesta direo, observamos o reflexo de como as prticas e materiais didticos utilizados por professores, que atuam nesta modalidade, puderam contribuir para discusses que nos ajudaram na compreenso do processo de ensino e aprendizagem dos educandos participantes, com vistas ao desenvolvimento no trabalho ou na formao profissional, como na constituio de conhecimentos cientficos, escolares/tecnolgicos e culturais. Optamos por direcionar a reflexo terica deste captulo em conceitos especficos. Assim, ao tratar da Educao de Jovens e Adultos seremos conduzidos pelos estudos e pesquisas de Paulo Freire (1996, 2000, 2005), Maria da Conceio Fonseca (2007) e Jane Paiva (2009); ao direcionarmos para a Teoria do Ensino Integrado e a Educao Profissional faremos uso dos estudos de Gaudncio Frigotto (2010) e Marise Ramos (2010); quanto s discusses que refletem acerca da Educao Matemtica Critica recorremos s ideias de Ole Skovsmose (2001, 2007).

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Este trabalho resultado da investigao que teve como objetivo analisar o processo de construo dos Projetos Polticos Pedaggicos dos cursos do Proeja no contexto do Ifes campus Vitria. O problema de pesquisa buscou captar os movimentos e as experincias desencadeados nesse processo. No percurso metodolgico, com nfase na pesquisa qualitativa, foi necessrio entrelaar duas abordagens: a etnografia escolar e a pesquisa-ao em funo da atuao profissional da pesquisadora no lcus de estudo. Variados instrumentos foram utilizados para levantamento e a produo dos dados, dentre os quais: questionrios, entrevistas, dirio de campo das observaes, pesquisa bibliogrfica e documental. Participaram da pesquisa aproximadamente 80 pessoas, entre docentes, alunos e gestores, abordados em contextos especficos: o grupo de formao continuada, a comisso dos projetos, o encontros dos alunos, a reunio intermediria dentre outros. O referencial terico-metodolgico pautado na perspectiva do materialismo histrico dialtico embasou toda a trajetria investigativa, em coerncia com a base da produo das pesquisas sobre trabalho e educao e por se constituir a referncia que fundamenta os princpios estruturantes do currculo integrado na perspectiva da formao humana. Por meio da metfora dos observatrios, focamos nossas lentes sobre as questes que desafiaram a construo dos projetos polticos pedaggicos e sua coerncia com os princpios epistemolgicos, polticos e pedaggicos do Proeja. Nesse movimento, diversos olhares foram captados, possibilitando-nos levantar os seguintes resultados: o percurso de construo dos projetos foi marcado por contradies que perpassam todo o processo e que constituram um debate profcuo que tenciona a gesto pedaggica, administrativa e financeira do Ifes campus Vitria. O movimento se constituiu tambm em um processo de construo, partilha de saberes e experincias, impulsionado pela busca da apreenso dos sentidos da integrao, que contraditoriamente no alcanou seus objetivos, embora no se possa negar os resultados positivos do processo no interior da Instituio. Dessa forma, os desafios para efetivao da formao integrada no Ifes persistem. Ganha centralidade nessa discusso os sujeitos a quem o programa se volta e suas demandas de formao, bem como as condies materiais de oferta dos cursos e de forma especial as condies de envolvimento dos professores com o programa e as reflexes sobre suas prticas.

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Esta dissertao teve como objeto o Ensino Mdio Integrado no Esprito Santo, sua trajetria e implantao a partir do Decreto 5.154/2004. O objetivo principal foi analisar a poltica do ensino mdio integrado educao profissional tcnica de nvel mdio implementada no Esprito Santo. Investigar a educao pblica pressupe contextualizar a sociedade e as construes sociais que se projetam. O ensino mdio no Brasil, enquanto etapa intermediria entre o ensino fundamental e a educao superior constitui-se de grande complexidade na estruturao de polticas pblicas, no que tange sua expanso qualitativa e quantitativa. Foram estabelecidos os seguintes objetivos especficos: identificar os pressupostos tericos e pedaggicos contidos na Proposta Pedaggica da unidade escolar EEEFM Arnulpho Mattos; analisar a matriz curricular e a proposta pedaggica; relacionar o projeto pedaggico do curso com a prtica educacional relatada nos encontros com os alunos; analisar a organizao escolar e sua gesto poltica e pedaggica em face da proposta do EMI; relacionar a proposta do EMI, o princpio da politecnia e os relatos dos alunos; mapear a oferta do EMI no estado e o seu investimento financeiro. Nesse cenrio, identificamos a relao entre trabalho e educao que contextualiza a relao da escola com a sociedade no sistema capitalista, em especial no ensino mdio. Assim, nossa hiptese foi que esta poltica tem dificuldades de alcanar seus objetivos porque sua estrutura material segue a lgica da escola capitalista, assentada na perspectiva da Teoria do Capital Humano. A formao profissional no ensino mdio uma demanda social e histrica da classe trabalhadora, que necessita ingressar mais rpido no mercado de trabalho do que os filhos das elites brasileiras. A metodologia empregada foi uma pesquisa do tipo qualitativa, sendo um estudo de caso da EEEF Arnulpho Mattos. Os procedimentos metodolgicos adotados para a investigao foram: observao, entrevistas semi-estruturadas, a anlise documental, a reviso bibliogrfica e os princpios metodolgicos inscritos na sociologia da experincia (DUBET, 1994). Na articulao desses procedimentos, verificamos que a poltica do ensino mdio integrado no ES teve, em seu incio, um planejamento de implantao bem estruturado mas interrompido e, posteriormente, caracterizou-se pela descontinuidade das aes. Ademais, constatamos que os alunos ingressam e permanecem no curso sem compreenderem de fato o que significa a formao integrada entre a rea geral e a tcnica/profissional. Nos grupos de discusso percebemos que bastaram alguns encontros para que se pudesse estabelecer uma viso e relao diferenciadas com a experincia social do ensino mdio integrado, principalmente por serem alunos trabalhadores. Acrescentamos s nossas concluses que h iniciativas da escola acerca da integrao entre as disciplinas de formao geral e tcnicas, mas sem apoio ou orientação da unidade gestora, ou seja, a Sedu. A ampliao da oferta do EMI ocorreu no estado sem investimento na formao e valorizao dos professores, sem concurso pblico e sem uma infra-estrutura necessria para a formao de jovens e adultos com capacidade de entender e de interferir no mundo do trabalho.

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Este artigo busca revelar o processo de desenvolvimento da categoria dos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil (AFRFBs), a partir das mudanas no contexto social e profissional, e a forma como essas mutaes concorreram para a construo de uma identidade profissional prpria desses servidores. O que se pretende entender como o contexto poltico-econmico vem alterando as percepes que esses profissionais tm de si prprios e como as reformas transformaram o modo de exercerem suas funes. A pesquisa, que se d a partir de uma proposta de transao "quanti-quali", permitiu explorar, na trilha terica de Dubar, aspectos relevantes do contnuo processo de construo das identidades profissionais ou de perfis identitrios desses servidores. Os conhecimentos sobre o trabalho e as formas de identificao profissional na categoria dos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil podem contribuir para a reflexo sobre relaes de trabalho e processos de gesto pblica no Brasil.

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Introduo: O alongamento muscular frequentemente utilizado nas prticas desportivas, com o objetivo de aumentar a flexibilidade muscular e amplitude articular, assim como diminuir o risco de leses e melhorar o desempenho atltico. Objetivo: Analisar o efeito agudo do alongamento com diferentes tempos no desempenho da fora dinmica de membros superiores e inferiores em homens jovens. Mtodos: Participaram da amostra 14 voluntrios do sexo masculino com idade de 23 2 anos, peso corporal de 84 10kg, estatura de178 7cm, IMC de 26 2kg/m2 e percentual de gordura de 11 3%. Eles foram avaliados com o teste de 10RM em trs situaes distintas: condio sem alongamento (SA), aquecimento especifico seguido do teste de 10-RM; condio com oito minutos de alongamento (AL-8), uma sesso de alongamento esttico com oito minutos de durao, seguido do aquecimento e teste de 10RM; e a condio alongamento 16 minutos (AL-16), 16 minutos de alongamento seguidos dos procedimentos descritos anteriormente. Os testes foram feitos no supino reto e leg-press 45; os alongamentos foram selecionados de forma a atingir as musculaturas solicitadas nos respectivos exerccios. Resultados: Houve reduo de 9,2% da fora muscular dinmica de membros superiores em comparao dos grupos SA e AL16, e entre os grupos AL8 e AL16 (p < 0,001). Em membros inferiores essa reduo de fora (p < 0,001) foi de 4,8% para AL-8 e de 14,3% para AL-16 em comparao com o grupo SA. Concluso: Sesses de alongamentos estticos efetuados antes de atividades que envolvam fora dinmica possuem a capacidade de alterar negativamente o desempenho dessa qualidade fsica, acarretando pior rendimento em longos perodos de alongamento.

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Textos apresentados no XI Seminrio Capixaba de Educao Inclusiva, realizado no municpio de Vitria, em setembro de 2008.

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A cincia com suas verdades passou a ser um artefato essencial nos cotidianos escolares. Esses saberes se enredam com outros saberes que despotencializados e silenciados, permanecem nos interstcios do discurso hegemnico da modernidade na escola causando tenses. Potencializar a ocorrncia dessas redes nesses cotidianos pode intensificar essas tenses e assim abalar esse domnio da cincia. Os muitos caminhos possveis de serem percorridos nas tessituras desprivilegiam quaisquer saberes e fazeres que se pretendem exclusivos. Assumindo a metfora das redes, os praticantes da escola podem potencializar as inter-relaes que ocorrem na vida. A remoo de instncias de poder hierrquico de saberes, enredando-os e o compartilhamento solidrio das prticasteoriasprticas, no significa a diluio da autoridade. Agora a autoridade cumpre um novo papel que de constituir uma rede de relaes de autoridade partilhada. Desejamos perceber esses mltiplos sentidos e problematizar o quo potentes so ou no para a vida. Participamos juntamente com os alunos e alunas das aulas e posteriormente, os convidamos para conversasentrevistas, gravando e fotografando esses momentos. Percorremos, nos turnos matutino e noturno, todos os seus espaostempos, nos conectando nas redes que se tecem. Optamos por estar nas turmas de ensino mdio de formao geral e nas turmas de ensino mdio na modalidade Educao de Jovens e Adultos. As entrevistasconversas foram feitas com trs alunos ao mesmo tempo, sempre de uma mesma turma, para que se estabelecesse uma conversa e para que a produo de sentidos dos cotidianos da escola pudesse ser mais potencializada. Dos alunos entrevistados, esto entre os seus desejos mais comuns para alm dos saberes cientficos, as atividades esportivas, artsticas, literrias, religiosas, cursos de formao profissional, dana, canto, campanhas educativas, passeios. As relaes de amizade e outros modos relacionais como entre professores e alunos, tm sido citados com grande frequncia, pelos estudantes, nas entrevistasconversas. No tem se conseguido implantar na sua totalidade os preceitos da modernidade nos escola. H, portanto, um visvel esgotamento do monoplio do comportamento cientfico nos cotidianos da escola pblica pesquisada. So nesses espaostempos escolares nos quais pode se dar a experincia. Apesar do discurso moderno na escola produzir mecanismos que impedem a experincia, esse controle acompanhado de diversos mecanismos de escapes. pela voz dos alunos que se apresentam as ausncias da escola. A voz dos estudantes a grande presena na escola e sua grande potncia. Talvez esse seja o maior desperdcio no contexto educacional escolar.

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O texto apresenta os percursos da investigao realizada numa escola pblica de ensino mdio do municpio de Santa Teresa, interior do Esprito Santo. Afirma que, nas aes e inventividades cotidianas dos sujeitos praticantes, so tecidos os processos curriculares que do movimento pesquisa, considerando esses praticantes como protagonistas das teoriasprticas curriculares. Problematiza os modos de ser jovem ao discutir os processos de singularizao que acontecem nas relaes cotidianas, defendendo uma perspectiva teoricoepistemolgica que considera os jovens como sujeitos hbridos que habitam entre-lugares culturais, impossibilitando sua localizao em identidades idealizadas ou fixas. Aposta nas relaes e criaes cotidianas, nos movimentos e tessituras dos currculos que se do em redes coletivas e compartilhadas de saberesfazessentidos, tecidas entre os jovenspraticantes, seus professores e demais habitantes dos cotidianos escolares para alm das uniformidades, padronizaes e hierarquias das polticas oficiais de currculos. Assume o processo de hibridao que acontece nessas relaes, nas discusses ligadas s teoriasprticas cotidianas e associa a educao e a produo curricular aos processos culturais mais amplos, reconhecendo os limites da criao de uma definio nica e precisa de currculo. Nesse sentido, defende o fazer curricular como produo de sentidos, argumentando a favor da criao de currculos hibridizados que se constituem em meio a prticas culturais hbridas, onde os movimentos, usos e negociaes devem ser considerados nos processos complexos que os constituem, em meio s criaes annimas que se proliferam nos cotidianos. Assume como opo teoricometodologicopoltica as pesquisas com os cotidianos, utilizando narrativastextuaisimagticas produzidas nos diferentes contextos da pesquisa pelos praticantes. Evidencia, ainda, que a criao da tese se faz no prprio movimento da escrita, num processo de fico, discutindo questes ligadas s juventudes, educao profissionalizante, ao ensino mdio, aos modos de pesquisa, s relaes cotidianas, s redes de singularidades, aos currculos, aos modelos de escola, s magensnarrativas desses processos, entre outras, sem, no entanto, definir os limites desses campos enunciativos, compondo-se, numa mistura intrigante e complexa de sons, gostos, fazeres, dizeres e calares dos percursos de conhecer, compreendendo a maior marca cotidiana do cotidiano.

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A temtica do fracasso escolar tem sido muito discutida atualmente. As taxas de evaso e de reprovao escolar so significativas, em especial quando considerado o sexo masculino. Investigar informaes sobre o fracasso escolar, seja enquanto repetncia ou enquanto abandono, possibilitou um olhar mais sensvel a esse problema em nossa sociedade e possibilitou a reflexo sobre o quanto h para ser feito em relao ao ensino mdio, pois, na medida em que se prope a universalizao do ensino fundamental, pouco tem se feito para garantir a continuao dos estudos a fim de que os alunos concluam a educao bsica. Assim, partindo de estudos e dados estatsticos que indicavam que os meninos tendem a fracassarem na escola, consideramos que seria possvel supor que os significados atribudos por esses jovens a evaso possam estar relacionados ao seu tornar-se homem. Desta forma a questo central de nossa investigao foi: Em que medida o processo de constituio da masculinidade de jovens homens influenciam ou interferem no fracasso escolar? Questionvamos como jovens do sexo masculino, que j abandonaram a escola durante a etapa do Ensino Mdio, significam a sua ou suas histria (s) de abandono escolar e em que medida os significados atribudos por esses jovens evaso escolar so relacionados ao processo de constituio de suas masculinidades. Adotamos as categorias Gnero e Juventude para compor a investigao sobre o fracasso de jovens do sexo masculino que evadiram e regressaram a escola. O objetivo de nosso estudo foi analisar a relao que jovens homens traam entre a constituio de suas masculinidades e o fracasso escolar. Utilizamos entrevistas com 12 jovens do sexo masculino, 7 que haviam evadido e retornaram a escola e 5 que esto evadidos. E realizamos um grupo focal com o grupo que regressou. A partir das informaes obtidas nas entrevistas e no grupo focal, podemos inferir que a questo da masculinidade influencia a evaso escolar destes meninos, uma vez que se relaciona, dentre outros com o aspecto da independncia, da responsabilidade e da resistncia ao modelo adotado pela escola atual, na qual se espera que os sujeitos sejam vistos apenas como aluno, sendo esquecido o fato de serem jovens.

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Esta pesquisa apresenta as imagens da escola como mediadoras do processo formativo dos jovens no ensino da Arte em dilogo com a histria, memria e ambientes intraescolares. Inscreve-se no debate produzido pela linha de pesquisa em Educao e Linguagens. Analisa a formao dos jovens numa turma do terceiro ano do Ensino Mdio na Escola Estadual de Ensino Mdio Hunney Everest Piovesan, localizada no municpio de Cariacica no Estado do Esprito Santo. O estudo foi realizado em 2013 e tem como objetivo analisar as imagens escolares como mediadoras na formao dos estudantes do Ensino Mdio no ensino da Arte em dilogo com a histria, memria e ambientes intraescolares. Ao mesmo tempo, por meio de trabalho colaborativo, contribui para (re)construo da histria da instituio, significando-a junto aos alunos e comunidade escolar. Por meio de interveno artstica com imagens da escola prope reflexo crtica, analisando a formao dos jovens no terceiro ano do Ensino Mdio. Para compreender os conceitos de mediao e meio social, estabelece um dilogo com as obras de Lev Semenovith Vigotski. A partir dos estudos de Maria Ciavatta e SchtzFoerste procura entender a mediao imagtica e sua dimenso educativa. Dialoga ainda com Frago, Escolano e Buffa, ampliando as reflexes sobre os ambientes intraescolares, dimensionando a imagtica desses espaos e o senso de pertencimento escola a partir da impregnao pela histria e memria. A investigao pauta-se nos referenciais do mtodo qualitativo e colaborativo de pesquisa. A produo dos dados contou com o recolhimento e anlise documental de um conjunto de fontes primrias e secundrias formadas por livro de registro de funcionrios da escola da dcada de 1970, dirios de classe, recortes de jornais, convites de formaturas e registros fotogrficos escolares dessa mesma dcada at a atualidade. Alm desses documentos histricos, foram analisadas entrevistas de antigos alunos e questionrios dos alunos do terceiro ano do Ensino Mdio da instituio. Relata brevemente experincias de curto intercmbio acadmico realizado na Universidade de Ancara, na Turquia, com o objetivo de ampliar os horizontes de referncia sociocultural, em especial com o contexto educacional do Ensino Mdio euroasitico, identificando os espaos de formao dos jovens no contexto turco e suas relaes com a educao brasileira. Esta experincia apresentada no integra a anlise desta dissertao, mas projeta a discusso para novos estudos. A anlise se elabora a partir da triangulao, entre outros, do referencial terico com o processo de interveno, produo de dados e no debate acadmico em diferentes contextos. A partir da caminhada acadmica permeada pela histria e memria, inferimos que as imagens escolares medeiam o processo formativo dos jovens do terceiro ano do Ensino Mdio no ensino da Arte. Contribuem para o cultivo da memria escolar, enquanto presena impregnada pela histria da instituio, por meio da imagtica dos seus ambientes intraescolares. Constatamos ainda que as imagens colaboram para o (re)conhecimento por parte desses sujeitos do seu papel ativo, autnomo e transformador da realidade escolar na qual esto inseridos.

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Esta pesquisa tem o intuito de problematizar, a partir dos acontecimentos das prticas culturais e artsticas, a produo dos saberes-fazeres-poderes e das subjetividades dos sujeitos inseridos no contexto do ensino e da formao profissional, no espao educativo do IFES. Para isso, busca compreender como esses indivduos ressignificam suas vivncias cotidianas, tendo em vista as diversas possibilidades de expanso da vida que so constantemente inventadas e reinventadas na tecitura cotidiana das experincias vividas. Para se compreender o significado, o papel do currculo no contexto educacional, preciso que se conhea os caminhos trilhados nas composies curriculares do IFES, bem como a aproximao do pesquisador das prticas artsticas vividas na instituio. Busca-se, com o discurso do currculo, e com a perspectiva da produo de um novo senso comum emancipatrio de Boaventura de Souza Santos, compreender e dar consistncia a essas prticas artstico-culturais que se evidenciam no espao-tempo da formao profissional do IFES, como prticas de si, que potencializam o desejo e a necessidade dos indivduos de ampliar suas capacidades cognitivas em torno de um vir a ser mais humano. O currculo investigado e esclarecido segundo autores como Santos (2010), Silva (2005), Bobbit, Dewey, Giroux e Taylor (apud SILVA, 2005), Damsio (2007), Oliveira (2009).

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O objetivo desta pesquisa foi levantar os motivos que influenciam a evaso discente em quatro cursos de graduao da Universidade Federal do Esprito Santo. A reestruturao universitria proposta pelo REUNI - Programa de Apoio a Planos de Expanso das Universidades Federais serviu como contexto ao estudo, pois instituiu diretrizes para o combate evaso no ensino superior. O modelo de evaso de cunho sociolgico proposto por Tinto (1997) baseou as anlises realizadas nesta pesquisa porque toma a instituio como responsvel por aes capazes de criar um ambiente de aprendizado necessrio permanncia do estudante. A pesquisa de campo quali-quantitativa foi realizada com os alunos evadidos e com os coordenadores dos cursos de Administrao Diurno e Cincias Contbeis Noturno e dos novos cursos Administrao Noturno e Cincias Contbeis Vespertino. Foram alcanados 95 alunos evadidos e os quatro coordenadores, sendo aplicado questionrio semiaberto aos alunos evadidos e feitas entrevistas semiestruturadas com os coordenadores. Dados do sistema acadmico (SIE/UFES) foram utilizados para o levantamento das variveis. Os nmeros fornecem evidncias de que o resultado da aprendizagem traduzido pelo desempenho acadmico torna-se um forte causador da evaso por abandono. O baixo coeficiente de rendimento relacionou-se ao desligamento por abandono na maioria dos casos. Em relao s formas de evaso, a desistncia e o desligamento por abandono totalizaram 87,4% dos casos, com maior incidncia de evaso no segundo e terceiro ano do curso. O ponto crtico da evaso parece confirmar-se do 2 ao 5 semestre e 62% dos casos de evaso que se situaram nesse lapso temporal apresentaram coeficiente de rendimento de 0,00 a 3,00. Os resultados evidenciaram os motivos que mais influenciaram os alunos a deixar o curso: i) a necessidade de trabalhar enquanto frequentava o curso, ii) a descoberta de novos interesses; iii) a incompatibilidade entre os horrios do trabalho e do curso; iv) a escolha da carreira profissional ainda muito jovem e v) a falta de orientação aos alunos sobre normas, penalidades, planejamento do curso, periodizao, etc. e deficincias na comunicao institucional.