11 resultados para Nicarágua Relações exteriores Venezuela

em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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Este estudo teve como foco inicial de investigao o modo como livros didticos de alfabetizao propem o estudo das relações entre sons e letras e letras e sons, e como essa dimenso se articula (ou no) a uma concepo de alfabetizao que toma o texto como unidade de ensino. Caracteriza-se como uma pesquisa de cunho documental, trazendo para estudo produes acadmico-cientficas acerca da temtica de investigao, tendncias tericas no estudo da alfabetizao, o processo histrico da poltica de avaliao de livros didticos no Brasil, o Guia de livros didticos PNLD 2010 letramento e alfabetizao lngua portuguesa 2009 e duas colees de livros didticos de alfabetizao, quais sejam: A Escola Nossa Letramento e Alfabetizao Lingustica; e Porta Aberta Letramento e Alfabetizao Lingustica, avaliadas e selecionadas pelo Programa Nacional do Livro Didtico (PNLD), na edio de 2009, para o ano letivo de 2010. Assume a hiptese de que a proposta de trabalho com as relações sons e letras e letras e sons trazida pelos livros didticos de alfabetizao, no contexto do letramento, por no tomar o texto como unidade de ensino, acaba por criar obstculos para a prpria compreenso dessas relações pelos estudantes. Toma como princpios tericos e metodolgicos a abordagem bakhtiniana de linguagem, bem como a concepo de alfabetizao que baliza este estudo (GONTIJO; SCHWARTZ, 2009). Conclui que, ao no trazer os textos (gneros discursivos) como enunciados, indiferentes alternncia dos sujeitos do discurso, os livros analisados, no obstante as poucas diferenas existentes entre um e outro, que se referem mais especificamente a informaes que tangem lingustica, vo ao encontro de uma concepo de linguagem como um sistema de normas que devem ser anteriormente internalizadas pelo estudante para que este possa proceder leitura e escrita. Tratam, pois, a lngua materna como uma lngua estrangeira ou morta, como se esta fosse esttica, permanecendo imune evoluo histrica. O estudo corroborou a hiptese de investigao, uma vez que, desconsiderando e/ou desconhecendo o aspecto dialgico do enunciado, os livros analisados minimizam a possibilidade da instaurao de uma abordagem discursiva de linguagem, o que incide no tratamento das relações sons e letras e letras e sons que acabam por apresentarem-se dicotomizadas do texto e seu contexto discursivo e, dessa forma, sua reflexo e sistematizao pelos estudantes distancia-se de um estudo dessas relações no bojo dos aspectos scio-histricos, ideolgicos, lingusticos, estilsticos, dentre outros que perpassam seu ensino. Logo, por no propiciarem um tratamento discursivo da linguagem, pouco contribuem para um tratamento lingustico adequado, acabando por criar obstculos para a compreenso dessas relações pelos estudantes. Entende que conhecimentos lingusticos, principalmente referentes s variedades lingusticas e dialetais, tornam-se importantes quando da abordagem dessas relações, entretanto, estes por si ss no garantem sua apropriao. Ressalta o necessrio conhecimento por parte dos professores (e autores) acerca da abordagem lingustica tomada pelo livro didtico de alfabetizao e o resgate da autoria docente diante do ensino da lngua materna, instaurando um processo autoral-dialgico da produo de conhecimentos junto aos estudantes.

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Este trabalho aborda aspectos referente produo do processo de trabalho no cotidiano da gesto da Estratgia Sade da Famlia (ESF) em um municpio do Esprito Santo, a partir dos discursos dos prprios gestores envolvidos no processo. Valoriza a discusso sobre a produo das relações institucionais neste contexto, assim como questes que dizem respeito ao processo de trabalho no dia a dia deste servio. O percurso metodolgico foi orientado pela abordagem qualitativa, sendo utilizado como instrumento metodolgico para a coleta de dados a observao direta de uma equipe de ESF, a construo de um dirio de campo e entrevistas individuais semiestruturadas aos gestores (secretrio municipal de sade, coordenador da ateno bsica, integrante do ncleo da ESF e coordenador de unidade de sade da famlia) da ESF desse municpio. A partir do trabalho de campo e da anlise do material produzido, pode-se apreender um cotidiano marcado pelas subjetividades prprias de cada profissional, um cotidiano construdo a partir das relações produzidas em cada espao de atuao dos gestores com os profissionais de sade e com os usurios. De maneira geral, os discursos dos gestores evidenciam um dia a dia complexo de operar. Alm disso, observa-se as que as atividades voltadas para as tomadas de deciso so centradas no papel do gestor formal da instituio de sade. O organograma da secretaria de sade do municpio refora a hierarquizao das relações, principalmente as que se referem s tomadas de deciso, de forma que, pode-se observar que um dia a dia marcado por tenses, conflitos e controle. As relações produzidas so baseadas em relações de poder, perpetuando caractersticas de uma gesto clssica, apesar da concepo e da tentativa de realizar uma gesto pautada na cogesto.

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Organizadores: Joo Fragoso; Manolo Florentino; Antonio Carlos Juc de Sampaio; Adriana Pereira Campos

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O principal objetivo desta Dissertao estudar como so estabelecidas as relações contratuais entre as cooperativas agropecurias do Esprito Santo e como estas relações permitem reduzir os custos de transao. A motivao bsica, portanto, contribuir para que as cooperativas voltadas para este ramo possam melhor estruturar a governana de suas transaes. Para atingir estes objetivos, a base terica que apia este trabalho discutida em uma reviso de literatura da Teoria dos Custos de Transao, abordando seus princpios tericos. Outra investigao importante para o debate a ser realizado neste estudo refere-se ao surgimento do sistema cooperativista, seu conceito e sua forma de funcionamento. A conexo estabelecida entre estes dois temas considerada importante para entender a natureza das cooperativas, principalmente em seu conceito de firma (ou instituio) que busca organizar as trocas (de bens e/ou servios) de maneira eficiente. O estudo busca, portanto, compreender quais estruturas estas associaes adotam para realizar suas transaes, propondo estruturas alternativas que permitam reduzir os custos de transao de forma eficiente e aumentar o retorno esperado pelos produtores, de acordo com as propostas da teoria. O estudo revela que o comportamento de diversas cooperativas diferente do proposto pela TCT. Em alguns desses casos, isto impede que elas reduzam os custos de transao da forma mais eficiente possvel. Em outros, no entanto, as prticas que colidem com o proposto na TCT (por motivos idiossincrticos, institucionais e/ou estruturais prprios da organizao) podem trazer resultados auspiciosos para as cooperativas.

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Tem sido publicado e discutido cada vez mais o papel dos Bancos Centrais no sentido de minimizarem os custos da inflao para o conjunto da sociedade. O objetivo deste trabalho investigar se o Banco Central do Brasil implementou no perodo Janeiro de 2005 a Julho de 2012 uma regra de poltica monetria consistente com a estabilidade de preos, a partir de uma literatura iniciada com o trabalho seminal de Taylor (1993). No primeiro Captulo, ser exposto o conceito de Regras de Poltica Monetria, iniciando pela Regra de Taylor original e chegando s suas verses atuais. No segundo, que ser dividido em dois tpicos, ser exibida a literatura emprica sobre o assunto: no primeiro tpico, sero apresentadas as evidncias empricas existentes para as experincias internacionais e, no segundo tpico, para a experincia brasileira. No terceiro Captulo, por sua vez, ser feita uma aplicao economtrica sobre a experincia brasileira recente, por meio de estimaes de regresses de Mnimos Quadrados Ordinrios (MQO) para a anlise de curto prazo e de Cointegrao na anlise de longo prazo, atravs da abordagem de Johansen (1991). Alm disto, os resultados encontrados sero interpretados luz da teoria e comparados com as evidncias existentes e apresentadas no Captulo anterior. Grosso modo, os resultados empricos apontam para o fato de que embora no curto prazo a Regra de Taylor expandida possa ser usada para interpretar as relações entre taxa Selic e inflao observada, no longo prazo h relações estruturais que s podem ser explicadas por elementos tericos adicionais, tais como os presentes na Curva de Phillips, Curva IS e na abordagem da Paridade Descoberta da Taxa de Juros. Ademais, o trabalho encontra um grau de inrcia da taxa Selic, no curto prazo, superior ao observado em trabalhos anteriores, sugerindo uma elevao do conservadorismo do BCB nos ltimos anos.

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Trata-se esta de uma pesquisa de interveno realizada com servidores tcnico-administrativos, da Universidade Federal do Esprito Santo, ocupantes do cargo de assistente em administrao, cujo objetivo principal foi analisar o trabalho sob o ponto de vista da atividade. A metodologia utilizada se baseou no referencial terico-metodolgico da Clnica da atividade, proposta por Yves Clot e seus colaboradores. Nesse percurso, a oficina de fotos foi utilizada como um procedimento de anlise da atividade. Para esse estudo foram tambm utilizados, como referncia de pesquisa, autores que postulam esse mesmo enfoque terico metodolgico. Articulando-se a estes, foram alados estudos de pesquisadores brasileiros que trabalham com a temtica nos campos da psicologia, da sade, da educao, das clnicas do trabalho, dentre outros. O grupo associado foi composto por 10 funcionrios de diferentes setores da Universidade, entre os quais, trs se dispuseram a fotografar cenas do cotidiano do trabalho. Tais fotos foram escolhidas, confrontadas e analisadas pelo grupo de trabalhadores. Os trabalhadores ao se confrontarem com as situaes de trabalho fotografadas viabilizaram um debate profcuo, conduzindo o grupo a pensar criticamente as atividades e os processos de trabalho que desenvolvem. A pesquisa indica que os trabalhadores procuram se reinventar e elaborar maneiras outras para enfrentar situaes de trabalho que os desafiam, buscando modos diversos de atuar, o que se faz a partir da ampliao do poder de agir.

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Este trabalho se constitui a partir dos estudos realizados na linha de pesquisa Educao e Linguagens, do Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade Federal do Esprito Santo. Adota uma abordagem scio-histrica para a investigao qualitativa no campo das Cincias Humanas e tem por objetivo investigar as relações entre desenho e escrita elaboradas por crianas de quatro anos de idade que frequentavam uma instituio de educao infantil. Para a anlise dos dados produzidos, toma por base os pressupostos tericos de Mikhail Bakhtin, a partir da perspectiva enunciativo-discursiva, cuja abordagem de linguagem ajuda a compreender o desenho e a escrita em sua dimenso discursiva, como enunciao. Com base nos processos observados nas relações ensino-aprendizagem e na interao verbal entre os sujeitos da pesquisa, seleciona, para a primeira parte do estudo, situaes de ensino-aprendizagem vivenciadas pelas crianas e pela professora na sala de atividades. Na segunda parte das anlises, seleciona produes realizadas para interlocutores reais e imaginrios e finaliza com a anlise de dados, inferindo que a distino entre desenho e escrita uma construo escolar, sustentando, desse modo, a tese de que as diferentes linguagens mantm relações entre si no curso do processo de apropriao da linguagem escrita e essa coexistncia permite a ampliao da imaginao criadora, a produo de marcas singulares e idiossincrticas nos textos produzidos pelas crianas, alm de proporcionar uma compreenso de como as crianas se constituem no mundo.

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Este estudo sistematiza e aborda a temtica da formao de educadores desenvolvida nas inter-relações entre universidades brasileiras e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, especificamente nos cursos de graduao em Histria na Universidade Federal da Paraba e de Engenharia Agronmica na Universidade Federal de Sergipe, no perodo de 2004 a 2008. Tal processo desenvolve-se em um contexto difcil e complexo da luta pela reforma agrria no Brasil, principalmente pelas transformaes ocorridas nos ltimos anos oriundas da ampliao das lgicas de produo do agronegcio. Esta condio leva o MST a discutir e propor uma nova concepo de reforma agrria que a designa de popular em substituio proposta de reforma agrria clssica. Por outro lado, apresenta uma viso das universidades brasileiras e dos projetos que so construdos e implementados nos ltimos anos, inclusive, observando coincidncias com as polticas econmicas gerais para a sociedade. Apresenta uma concepo de formao que vem sendo construda no interior das prticas do MST que tambm procura as universidades para firmar convnios e desenvolver processos de escolarizao/formao de seus militantes educadores. Dentre as dimenses desse processo educativo/formativo, destacam-se: vnculo permanente com os processos orgnicos; a formao como um processo tico, esttico, mstico que trata das atitudes/comportamentos e como um processo dialgico, crtico e articulado que contempla saberes, experincias, em uma interao que busca superar as monoculturas. Captura por intermdio da pesquisa de campo: estranhamentos, entraves, sentidos da ocupao pedaggica e coletiva, alternativas, legados que permanecem tanto no MST como na universidade e apresenta o resultado do envolvimento e atuao dos egressos de ambos os cursos na atualidade. Aponta tambm para desafios, possibilidades outras de enfrentar a difcil mas necessria tarefa de formar educadores, militantes capazes de coletivamente levar adiante a luta por um mundo mais justo, solidrio e democrtico, em que a terra e o conhecimento, juntamente com os demais bens econmicos e culturais sejam profundamente democratizados. Pretende ser uma contribuio para o debate acerca da relevncia dessas inter-relações entre universidade e movimentos sociais, em que essas experincias demarcam novas possibilidades de abertura e avanos democrticos e menos elitista da universidade e novos patamares de escolarizao/formao para integrantes do Movimento dos Sem Terra.

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Esta dissertao analisa, por meio de um estudo de caso, a Cultura Organizacional do Centro de Cincias da Sade - CCS - da Universidade Federal do Esprito Santo - UFES - e as relações de Poder dentro da universidade e do prprio CCS, no perodo de agosto de 2013 a janeiro de 2014. Para tanto, foi utilizado o mtodo de Anlise de Discurso Crtica, em entrevistas e documentos, visando compreender a influncia interna da cultura organizacional, bem como sua influncia junto administrao central. A partir da anlise, percebe-se que o CCS possui uma dinmica prpria de funcionamento, que apesar de discordante dos princpios burocrticos buscados pela administrao pblica, basta para o funcionamento interno e permite influenciar, mesmo que tangencialmente, a estrutura de poder central da instituio. Alm disso, percebe-se a fora da influncia cultural do curso de medicina dentro da prpria organizao do centro.

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A pesquisa desta tese investiga as mediaes das categorias de raa e de classe social no processo de implementao do modelo de cotas sociais da Ufes para ingresso nos cursos de graduao, entre 2006 a 2012, como parte das aes afirmativas dessa universidade. Tal modelo, para incluir a populao afro-brasileira no ensino superior do Esprito Santo, respeitou estritamente os critrios de renda e de origem escolar pblica, no adotando o critrio tnico-racial que contemplaria especificamente os negros e os indgenas. Diante disso, o autor busca sustentar a tese de que, considerando o padro das relações raciais brasileiras produtor de assimetrias entre grupos com marcas raciais distintas, no caso de negros e brancos, as desigualdades raciais tm na operacionalizao do racismo seu mote ofensivo e poderoso, ao mesmo tempo em que a classe social isolada insuficiente na compreenso e superao do problema racial do Brasil. Portanto, na adoo de polticas de combate s desigualdades raciais no ensino superior, caberia tambm a utilizao de medidas etnicamente referenciadas. Autores como Hall (2008) e Fraser (2006), ao trazerem a dimenso articulada e bifocal das injustias simblicas e das injustias econmicas, permitem entender a complementaridade e as dinmicas entre ambas, deslocando-se de determinismos classistas que invisibilizam o racismo como instrumento opressor nas relações sociais. Como objetivos especficos, considera: compreender o processo de construo do modelo de cotas da Ufes, para ingresso nos cursos de graduao implementado em 2008, sob a perspectiva do debate da relao entre raa e classe; examinar as polticas de aes afirmativas como respostas s demandas histricas dos afro-brasileiros no contexto da sociedade brasileira; avaliar a posio de professores e alunos de cursos de graduao da Ufes diante do ingresso de alunos cotistas, sobretudo afro-brasileiros e pobres; e investigar a relao das polticas classistas, no caso especfico das cotas sociais, na superao das assimetrias raciais. Adota como procedimentos metodolgicos a metodologia dialtica de pesquisa considerando todas as contradies entre raa e classe no processo de implementao de aes afirmativas na Ufes. Como instrumentos de pesquisa, utiliza entrevistas de professores e alunos cotistas e no cotistas de cursos variados da universidade, assim como documentos referentes temtica. Os resultados apontam para uma oxigenao da universidade depois de uma entrada maior de negros e pobres, principalmente nos cursos mais elitizados, pois as cotas operam uma dimenso pedaggica de ampliar a diversidade social na academia, trazendo outras demandas, outras 10 afetividades, outras lgicas de mundo e concepes de sociedade para a nica universidade pblica do Esprito Santo. Indica que os mecanismos discriminatrios e estigmatizantes interpessoais e institucionais, vividos no contexto das cotas sociais e explcitos na pesquisa, no inviabilizam a importncia das aes afirmativas, pois apontam para a universidade repensar e ressignificar seus currculos e aes pedaggicas homogeneizantes no sentido de ampliar a ideia de incluso e de democratizao de seus espaos. Reitera que a raa, em seu vis poltico e cultural, operante de forma relacional e independente com a classe social no contexto da produo das assimetrias raciais brasileiras, de maneira que a ao de uma no nega a ao da outra, mesmo na relao entre ambas. Enfatiza a importncia do entendimento e da materialidade das aes afirmativas como polticas de reconhecimento que combateriam as desigualdades simblicas na Ufes. Aponta a relevncia das polticas de assistncia estudantil, conjugadas s cotas, como polticas de redistribuio econmica, que lidariam com as dificuldades ou ausncias materiais dos discentes, principalmente dos cotistas. Conclui que as cotas tnico-raciais nas universidades brasileiras so instrumentos legtimos de luta pela educao, um direito social de oportunidade dos grupos historicamente apartados de princpios constituidores da emancipao, da cidadania, dos direitos humanos, da justia social, da igualdade e da diferena.

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Para pesquisar sobre as produes de cuidado pelos trabalhadores da sade mental na relao cotidiana do trabalho e com os usurios, utilizou-se como ferramentas metodolgicas: a cartografia - por considerar os processos descritivos de uma vida e as multiplicidades que atravessam os sujeitos - e as narrativas propostas por Walter Benjamin, como forma de contar histrias sobre estes processos que se compem na produo de cuidado. A Reforma Psiquitrica no Brasil foi marcada pela crtica aos modos asilares, que eram/so adoecedores e negam os desejos e os direitos das pessoas que passam pela experincia da loucura, internadas ou no. Com o olhar crtico a esse modelo hospitalocntrico, vrios atores antimanicomiais protagonizaram a criao de dispositivos que transversalizam essa forma de cuidado. O cuidado em sade mental passou por diversas transformaes como mostra Foucault (1982), principalmente com a entrada do saber cientfico que se apropriou do conhecimento e do controle dos corpos para lidar com a loucura, o que proporcionou o isolamento dos loucos. E, hoje, com a Reforma Psiquitrica, temos o desafio de continuar o movimento de desinstitucionalizao das prticas, dos saberes e dos manicmios mentais, que perpassam as relações de trabalho de cuidado por meio de capturas, sensveis ou no, e que se presentificam nos corpos, nas falas e nas aes. Dessa forma, faz-se necessrio que esses processos de rupturas ao modo manicomial se iniciem em ns, para que a produo de subjetividades e novos modos de existncia do outro se expandam em suas (re)invenes. Por isso, o trabalho se cria a todo instante, no tendo um modelo nico de cuidar na sade mental. No entanto, importante salientar que a interveno seja pautada numa tica esttica-poltica e na produo de autonomia dos sujeitos, para que o trabalho no seja tutelador, mas que permita as afirmaes dos desejos dos usurios. As equipes multiprofissionais e transdisciplinares fazem toda a diferena no acolhimento, no acompanhamento e nas intervenes com os usurios, os familiares e os prprios trabalhadores da sade mental. Como uma forma de dispositivo de trabalho para produzir cuidado, a arte e a cultura so vistas como transformadores dos modos de existncia, bem como o lazer e a ocupao dos territrios e da comunidade em que os usurios esto inseridos