20 resultados para Motorista de ambulância Psicologia
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Pode a experincia religiosa ser substituda pela experincia esttica? Os estudiosos se dividem na resposta. Situando a pergunta no quadro de referncia conceitual e epistemolgico que distingue entre religio substantiva e religio funcional, levantamos a hiptese de que no h substituio substantiva, mas pode haver substituio funcional entre essas experincias. Levantamos a hiptese ulterior de que a experincia esttica pode ser uma experincia do sagrado. As hipteses foram examinadas com os dados obtidos em entrevistas com oito renomados artistas plsticos, por ocasio da 23 Bienal de So Paulo, em 1996. Os dados revelaram diferenas, continuidades e analogias entre arte e religio assim como entre arte e sagrado, que permitiram reconhecer em alguns casos substituio funcional da religio pela arte, principalmente se dotada da densidade do sagrado.
Resumo:
O texto procura traar um quadro terico do qual pretende derivar questes para uma discusso que visa a levantar alguns aspectos para o debate sobre a forma com est colocada hoje a questo da pesquisa em psicologia e os efeitos produzidos no plano poltico/subjetivo, dada a indissociabilidade desses planos. Oferece um certo ponto de vista sobre o problema do conhecimento a partir de algumas referncias metodolgicas que problematizam a racionalidade na qual esto apoiadas as cincias humanas, pautadas numa lgica que persegue verdades inquestionveis sobre uma realidade j dada. Prope novas perguntas sobre a produo de conhecimento que possam reorientar as prticas de pesquisa no campo da psicologia, pois toda concepo de produo de conhecimento/pesquisa envolve sempre uma certa poltica, no possui apenas um sentido tcnico e/ou metodolgico.
Resumo:
Este trabalho apresenta e discute diferentes aspectos da realidade da Ps-Graduao brasileira, relevantes para a discusso de sua produo intelectual. Tambm so descritas e discutidas as estratgias adotadas para a avaliao dessa produo.
Resumo:
Fundamentando-se na Teoria das Representaes Sociais este trabalho analisa como adolescentes de diferentes inseres sociais representam a adolescncia e do sentido ao perodo em que vivem. Participaram desse estudo 360 adolescentes entre as idades de 14 e 23 anos: 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em regio urbana, estudantes de escola particular, localizada em bairro considerado de classe mdia alta e alta, e 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em uma regio rural e que estudam em escola agrotcnica pblica. Os resultados indicaram que a adolescncia para os dois grupos est ancorada na percepo tradicional da adolescncia como fase universal e transitria. Ocorre, entretanto, uma diferenciao de acordo com os elementos culturais presentes nos grupos. Dessa forma, verificamos formas diferentes de vivenciar a adolescncia, corroborando assim, a tendncia mais recente que prope a adolescncia como uma condio construda historicamente.
Resumo:
Trabalho realizado durante a vigncia de bolsa de produtividade em pesquisa/CNPq.
Resumo:
Neste artigo se discute o conceito de subjetividade utilizado nas prticas de sade. Parte-se da tese de que a concepo de subjetividade predominante no pensamento dos trabalhadores no campo da sade no est em sintonia com valores e pressupostos de renovao de conceitos e prticas, neste mbito, na atualidade. Defende-se o carter processual e coletivo dos processos de produo de subjetividade, contra o carter individualista, apriorstico e objetificado prevalente nas prticas em psicologia e campos afins. Desdobra-se desta reflexo a defesa das transformaes dessas prticas tendo como norte as articulaes entre gesto no trabalho e processos de subjetivao, com base nos pressupostos terico-filosficos da obra de M. Foucault e na ergologia de linhagem francesa. Nessa direo de anlise, afirma-se a importncia de se pesquisar as articulaes entre organizao do trabalho, produo de sade-doena e processos de subjetivao em curso. O foco das anlises a escola pblica.
Resumo:
Este estudo analisa estratgias de enfrentamento para a manuteno do casamento, utilizadas por mulheres casadas h mais de 15 anos e pertencentes a estratos econmicos mdio e alto, para superao ou minimizao de conflitos do cotidiano conjugal. Foram entrevistadas 20 mulheres utilizando roteiro de entrevista semi-estruturada. As entrevistas, gravadas e transcritas, foram analisadas utilizando-se a anlise do discurso. Neste artigo analisaram-se as estratgias de ao referida pelas entrevistadas. Entre as mulheres prevaleceu o uso de estratgias diretas (oito), indiretas (quatro mulheres) ou o uso combinado de estratgias diretas e indiretas (oito mulheres). Entre seus maridos, as entrevistadas indicaram o uso de estratgias diretas (treze homens) ou uso combinado de estratgias diretas e indiretas (duas). Em cinco casos enfatizou-se o uso de estratgia indireta, principalmente o silncio ou o adiamento da busca de soluo dos problemas. A estratgia caracterizou-se como uma esperana projectual dessas mulheres de atingirem a superao da condio distpica na direo utpica. A desistncia desse jogo implica a adoo de estratgias que assegurem um padro de comunicao paradoxal no qual os cnjuges ao mesmo tempo que comunicam, evitam comunicar.
Resumo:
Dulcinea Sarmento Rosemberg, Jair Ronchi Filho, Maria Elizabeth Barros de Barros (organizadores)
Resumo:
Quais so os modos de ser sendo junto ao outro no mundo professores de Educao Fsica da Prefeitura Municipal da Serra, ES, situados no que se denomina real e do professor de Educao Fsica padre Jos no filme M Educao de Pedro Almodvar situado no que se denomina ficcional? Que contribuies reflexivas podem trazer tais dados (analisados hermeneuticamente) para a Formao Continuada de professores de Educao Fsica [3]? OBJETIVO: Descrever os modos de ser sendo junto ao outro no mundo de [1] professores de Educao Fsica que trabalham em escolas pblicas da Prefeitura Municipal da Serra, ES & do [2] padre Jos, personagem ficcional, professor de Educao Fsica no filme espanhol de 2004 M Educao fazendo-o primeiramente atravs de uma pesquisa clssica (descritiva e hermenutica) e depois uma literaturalizada e artstica (hermenutica). MARCO TERICO: Trata-se de uma proposta discursiva (terica) fenomenolgica existencial de tendncia marxista criada por Pinel; METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa fenomenolgica existencial seguindo recomendaes de Forghieri (2001) e Pinel (2006; 2012) - dentre outros. Os 29 professores de Educao Fsica foram provocados a mostrarem os seus modos de ser sendo junto ao outro no mundo do ofcio professor de Educao Fsica. Depois essa mesma provocao foi feita ao personagem do filme. RESULTADOS & DISCUSSO: Descreveram-se [1] os modos de ser sendo junto ao outro no mundo dos professores de Educao Fsica na dimenso do real e do ficcional (cinema), e no se objetivou comparao por mais que isso tenha ficado evidente. Esses professores, em 2011/2012, experienciando uma democracia (im)perfeita brasileira [que tem at tendncias neofascistas], mais ainda assim democracia - foram compreendidos sempre tomando um norte/ rumo/ direo em subjetivao pelos Guias de Sentido (GS Pinel) democrticos reconhecimento [demanda do grupo em ser valorizado, reconhecido], em (im) potncia [impotncia e potencia possvel de vir a lume sempre; a fora e seu outro lado, a fragilidade de ser], afetando [o que se pratica e pensa/sente afeta a si mesmo, o outro e o mundo; o afetar produz mais subjetivaes], sonhando [h demanda sempre de realizar projetos de vida; o projeto de ser sempre devir, em construo sempre; uma preciso imprecisa], saudavelmente insano [o quo perto pode estar a experienciar a sanidade e a loucura e o quanto uma loucura s, pois criativa, inventiva, produtiva, opositora ao estabelecido] eles mesmos junto ao outro no mundo tornando-se sujeitos. [2] J o professor de Educao Fsica padre Jos da pelcula almodovariana um professor que de imediato pode ser apreendido como slido e fixo na sua perverso fascista, ele como parte legitimadora do Estado espanhol de Franco, na dcada de 60, provavelmente em 1964, que , na fico, o espao-tempo de Jos e suas aes pedaggicas e psicolgicas (e de Educao Fsica). Mas no apenas o fascismo que torna o fascista um criador de um cotidiano fascista, pois afinal, paralelamente a ele, no concreto e na fico, haviam pessoas generosas, resistentes e resilientes que atuavam contra essas presses quase na maioria das vezes advindas do todo (Estado) eram pessoas democrticas individualmente e em pequenos e grandes grupos; eram exemplo de resistncia contra o estabelecido pela ideologia dominante de ento. Jos numa instituio fascista no conseguiu refletir e agir diferentemente, isto , com mais sade mental, escolhendo (na liberdade) ser fascista, ser menor (pouco) optou no ser-mais. Finalmente os mesmos dados so apresentados em outra esttica possvel e sempre aberta, inconclusa, devir... As artes e a poesia (bem como a literatura) procuram cuidadosamente desvelar os modos de ser junto ao outro no mundo professor de Educao Fsica do mundo real e do imaginrio (flmico) desvelando muitas vezes indissociados. PSCRITO: O autor descreve as possveis implicaes do seu estudo para educao fsica pautado sempre em uma proposta de criar um discursso insubmisso focando na ideia de que uma pesquisa demanda narrar a vida, e literaturalizar a cincia.
Resumo:
A partir da segunda metade do sculo XX, mudanas no modo de produo capitalista comearam a afetar a relao que as empresas estabeleciam com o trabalhador. Diante de um mercado imprevisvel, a carreira tradicional, marcada, entre outros aspectos, por empregos duradouros e com possibilidade de ascenso na hierarquia da organizao, tornou-se menos recorrente. Paralelamente, comearam a despontar novas concepes sobre carreira, tendo a maioria um enfoque individualista. Dentre as novas proposies, o presente estudo tomou como referncia a concepo de carreira proteana. Esse modelo, de origem norte-americana, tem como ideia central a noo de uma carreira que gerida pelo indivduo, e tem como meta o alcance do sucesso psicolgico. Desta forma, ancora-se em duas principais dimenses: autogerenciamento e direcionamento para valores. Considerando os diversos estudos que descrevem as dificuldades enfrentadas por estudantes na transio da universidade para o mercado de trabalho, esta pesquisa objetivou compreender aspectos do gerenciamento proteano de carreira entre universitrios brasileiros que j tinham concludo, pelo menos, a primeira metade do curso de graduao. Para tanto, o estudo foi dividido em dois artigos. O primeiro foi destinado ao desenvolvimento e validao da Escala de Atitudes de Carreira Proteana para universitrios, tendo sido realizado com uma amostra de 1016 estudantes de 37 cursos diferentes, com idade variando entre 18 e 65 anos, e mdia de 24,52 (DP = 6,69 anos). O instrumento, denominado neste estudo de Escala de Gerenciamento Proteano de Carreira para Universitrios (EGPC-U) atestou a estrutura de duas dimenses, evidenciada tambm na verso original da medida. Os ndices de confiabilidade foram satisfatrios e superiores a 12 0,61, tendo o instrumento a possibilidade de ser utilizado em servios de orientao profissional ou de carreira. O segundo artigo objetivou compreender como as dimenses do modelo proteano se relacionam com variveis sciodemogrficas e com construtos psicossociais: personalidade, lcus de controle, sade e satisfao com a vida, e envolveu alunos de duas reas de conhecimento: humanas e exatas. A amostra foi composta por 525 alunos, sendo 245 da rea de humanas e 280 de exatas, sendo 52% do sexo masculino. A idade dos participantes variou entre 18 e 30 anos e mdia de 22,59 anos (DP = 2,66 anos). A partir dos resultados do estudo 2, constatou-se que alunos da rea de humanas, quando comparados a estudantes de exatas, tendem a apresentar mdia superior na dimenso de direcionamento para valores. Verificou-se ainda que os aspectos de conscienciosidade e lcus de controle interno so preditores significativos do autogerenciamento tanto entre alunos de humanas como de exatas e que a adoo de atitudes proteanas tende a impactar positivamente aspectos da sade e da satisfao com a vida do indivduo. O estudo, de um modo geral, permitiu verificar a existncia de caractersticas proteanas entre universitrios, como tambm possibilitou conhecer variveis relacionadas s atitudes de autogerenciamento e direcionamento para valores. Destaca-se, porm, a necessidade de pesquisas complementares com a explorao de outras variveis psicossociais que possam estar relacionadas ao gerenciamento proteano entre graduandos.
Resumo:
O presente trabalho versa sobre modos de vida no contemporneo referente s prticas em torno de medicamentos ansiolticos. Propomos um modo de pesquisa que no visa a descoberta de verdades, mas a escuta e a escrita das sensibilidades em processo na atualidade. Apropriamo-nos do cinema e da entrevista, intercessores deste trabalho, para dar vazo s vozes que se proferem em torno dessa temtica. Os filmes: A pele que habito, Medianeras e O palhao, somado a duas entrevistas com usurios de ansiolticos, compe o corpo desta pesquisa. As anlises e a escuta deste campo nos levaram a uma discusso paradoxal entre modos de vida os quais, ao mesmo tempo em que nos lana em ritmos cada vez mais velozes e adoecedores - resultado das foras capitalsticas, tecnolgica e miditica tambm produzem desejo de anestesiamento do corpo, para suportar a saturao a qual nos encontramos. Corpos que no tm agentado mais os novos ritmos de vida e, por isso, pedem uma nova tica, uma poltica de recusa aos ritmos estafantes. Uma discusso com base nos autores Deleuze, Guattari, Nietzsche, Spinoza e Foucault.