17 resultados para Mídias sociais

em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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O presente estudo tem por objetivo avaliar se o perfil do adotante de inovaes altera a relao entre o Valor Percebido e a Inteno de Compra de mídias mveis (smartphones, tablets, ultrabooks e leitores de e-books). Trata-se de uma pesquisa quantitativa que busca explorar a relao estrutural entre as variveis por meio de Modelagem de Equaes Estruturais (SEM Strutural Equation Modeling). O modelo de pesquisa proposto foi desenvolvido tendo como base a Teoria da Difuso da Inovao (TDI), a Teoria Unificada de Aceitao e Uso de Tecnologia (UTAUT), o Modelo de Aceitao de Tecnologia (TAM), o Modelo Baseado em Valor (VAM), o Modelo de Aceitao de Tecnologia pelo Consumidor (CAT) e o Modelo de Influncia Social (IS). Para coletar os dados foi utilizada a tcnica snowball sampling ou amostragem em bola de neve, forma de amostragem no probabilstica utilizada em pesquisas sociais. Foi feito um levantamento (survey), distribuindo-se questionrio disponibilizado pela rede social Facebook, a partir dos contatos do autorsolicitando-se que os respondentes replicassem em suas pginas pessoais o link da pesquisa, ampliando a amostra. A coleta dos dados foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2013, obtendo-se um total de 362 questionrios respondidos. O estudo apresentou um efeito significativo da varivel Valor Percebido na Inteno de Compra (estatstica t = 4,506; nvel de significncia de 1%), alm de sustentar a influncia moderadora do Perfil do Adotante sobre essa relao (estatstica t = 4,066; nvel de significncia de 1%), apresentando alto impacto sobre a Inteno de Compra (f 2 = 0,582) e relevncia preditiva moderada (q2 = 0,290). Entre as variveis antecedentes relacionadas adoo de tecnologia, no apresentaram efeito significativo sobre o Valor Percebido: a Facilidade de Uso Percebida, a Complexidade Percebida e o Risco Percebido. O modelo contribuiu significativamente para explicar a influncia dos fatores que impactam o Valor Percebido (R2 = 51,7%) o efeito do Valor Percebido na Inteno de Compra (R2 = 49,1%) de equipamentos eletrnicos portteis. O suporte da presumidade influncia moderadora do Perfil do Adotante sobre a relao Valor Percebido e Inteno de Compra indica que as organizaes devem conhecer melhor os consumidores desse tipo de equipamento mveis, segmentando e desenvolvendo aes alinhadas com cada perfil de adotante.

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A Poltica Nacional de Ateno Integral Sade do Homem prope formas diferenciadas de atuao da equipe de sade no atendimento da populao masculina, uma vez que este pblico demanda estratgias diferenciadas de servio. Ao se deparar com a realidade vivenciada pelos homens, surgem vrias questes acerca do esteretipo social construdo acerca das caractersticas masculinas e suas vivncias. O objetivo da pesquisa foi compreender alguns aspectos relevantes para as prticas de sade de homens usurios de Unidade de Sade da Famlia, como qualidade de vida, consumo de lcool, representaes sociais da bebida alcolica e caractersticas de masculinidade. Foi utilizada uma amostra de 300 homens, frequentadores de Unidade de Sade da Famlia, e aplicado um questionrio contendo os dados sociodemogrficos, o World Health Organization Quality of Life (Whoqol-bref), o Bem Sex-Role Inventory (BSRI), um exerccio de evocao sobre bebida alcolica, o Alcohol Use Disorders Identification Test (Audit) e um bloco para verificar os problemas ocasionados pelo consumo de lcool e a procura por tratamento. Os dados dos instrumentos quantitativos foram analisados com testes estatsticos de comparao de mdias e de correlao. Os dados das evocaes foram analisados com o software EVOC (Ensemble de Programmes Permettant lAnalyse des vocations). Na primeira anlise, constatou-se adeso mais alta a caractersticas femininas, alta percepo de qualidade de vida e padres de consumo de lcool semelhantes s mdias nacionais. Homens que declararam praticar sua religio apresentaram mdia significativamente menor de consumo de lcool. Apresentaram correlao inversamente proporcional ao consumo de lcool as caractersticas femininas de gnero, os domnios fsico, social, psicolgico e percepo global de qualidade de vida. Na anlise das evocaes, constatou-se que os elementos com tendncia centralidade so, em sua maioria, de cunho negativo. Os dados da populao geral apresentaram o termo gosto como um aspecto positivo e central da bebida alcolica. O grupo de abstinentes no apresentou avaliao positiva do termo e o grupo de bebedores apresentou o termo diverso na primeira periferia, referindo-se aos aspectos positivos e de socializao da bebida alcolica. Os resultados indicaram uma qualidade de vida satisfatria, a religio e as caractersticas femininas destacaram-se como um fator de proteo ao uso de bebida alcolica. Apresentaram, ainda, percepo dos problemas associados ao prprio consumo. Apesar de a maioria dos termos relacionados bebida alcolica ser negativo, este consumo ainda se d em um nvel considervel. Por isso, se faz necessria a construo de vnculo entre o profissional e o usurio do servio de sade a fim de dar oportunidade para que as reais prticas sobre a bebida alcolica sejam evidenciadas. Esses dados podem ajudar profissionais de Sade da Famlia a refletirem sobre as representaes sociais que constroem acerca dos homens de classe popular usurios do servio

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Fundamentando-se na Teoria das Representaes Sociais este trabalho analisa como adolescentes de diferentes inseres sociais representam a adolescncia e do sentido ao perodo em que vivem. Participaram desse estudo 360 adolescentes entre as idades de 14 e 23 anos: 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em regio urbana, estudantes de escola particular, localizada em bairro considerado de classe mdia alta e alta, e 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em uma regio rural e que estudam em escola agrotcnica pblica. Os resultados indicaram que a adolescncia para os dois grupos est ancorada na percepo tradicional da adolescncia como fase universal e transitria. Ocorre, entretanto, uma diferenciao de acordo com os elementos culturais presentes nos grupos. Dessa forma, verificamos formas diferentes de vivenciar a adolescncia, corroborando assim, a tendncia mais recente que prope a adolescncia como uma condio construda historicamente.

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Buscando um conjunto etrio que tivesse vivido sua juventude entre as populaes remanescentes de quilombos do norte do Estado do Esprito Santo e ainda na presena da Mata Atlntica, esta pesquisa teve como objetivo principal identificar as memrias sociais de juventude nessas comunidades, relacionando as representaes desse passado compartilhado s mudanas ambientais e sociais que recentemente impactaram a sua regio. Foram entrevistadas 11 pessoas, homens e mulheres, com idade entre 40 e 61 anos. Os dados, trabalhados atravs da tcnica de anlise de contedo, demonstraram um hiato na relao dos participantes com as geraes mais novas que no havia sido experimentado com relao aos seus ascendentes; bem como as implicaes dessa transformao socioambiental que, ao atuar em estruturas arcaicas de constituio territorial e temporal das comunidades, funcionou como agente primordial tanto do distanciamento entre as geraes quanto da seleo das formas mnmicas mais relevantes.

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Foram investigadas as representaes sociais de filho biolgico em casais que se submeteram s tecnologias reprodutivas. Nossos objetivos foram analisar a trajetria de vida do casal a partir do momento em que foi constatada a infertilidade e identificar as representaes sociais de filho biolgico. Cinco casais da Grande Vitria, ES foram entrevistados e nenhum deles havia obtido xito com relao gravidez aps o tratamento. As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas individualmente. O roteiro seguiu o mesmo padro para ambos os cnjuges, incluindo itens sobre a constatao da infertilidade, o tratamento realizado, o significado da maternidade, paternidade, casamento e filho biolgico. A anlise dos resultados apontou para um fortalecimento do vnculo no casamento aps o diagnstico de infertilidade e evidenciou a importncia que os casais atribuem ao filho biolgico. Os elementos de representaes sociais que apareceram fortemente foram: "sangue do meu sangue", descendncia, semelhana fsica e presso social.

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O estudo objetivou identificar as representaes sociais sobre a profissionalizao de policiais civis e suas relaes com o incremento e a manuteno do Estado democrtico. Foram aplicados questionrios semi-estruturados a uma amostra de agentes e investigadores de polcia, focalizando a profissionalizao nos nveis pessoal, institucional e poltico. Os elementos representacionais identificados foram: 1) a falta de investimento na instituio; 2) a subservincia da polcia aos interesses de grupos polticos conservadores; 3) a profissionalizao como aquisio de contedos tcnicos que objetivam o ganho pecunirio e a categorizao criminal de segmentos socialmente excludos. O estudo conclui que esses elementos atuam como obstculos para a implantao e a manuteno do Estado de direito no Esprito Santo.

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Objetivo: Investigar a avaliao de mes de recm-nascidos pr-termo (RNPT) egressos de unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) quanto interao me-beb e uso de chupeta nos primeiros dois anos. Mtodo: O planejamento do estudo longitudinal foi baseado na Teoria Bioecolgica do Desenvolvimento Humano, com foco nos processos proximais (PP), utilizando entrevistas gravadas com 62 mes de RNPT no contexto da UTIN e 33 aos seis, 12, 18 e 24 meses de idade do beb, considerando Grupo-A (chupeta) e Grupo-B (no usou chupeta). Resultados: A vivncia em UTIN foi considerada evento impactante na vida das mes, mas expectativas futuras para a relao me-beb foram positivas. A tentativa de oferta da chupeta foi 96,2% e seu uso aos seis meses foi 50% (n=52), significativamente associado com prematuridade pela relao peso/idade-gestacional (p-valor=0,044), dificuldades para estabelecer aleitamento materno exclusivo (AME) (p=0,012) e primiparidade (p=0,02). Apresentaram relao com menor frequncia de chupeta: AME 3 meses (p=0,026) e tempo de aleitamento materno 6 meses. A chupeta configurou-se como uma das representaes sociais sobre objetos de beb, elaboradas pelas participantes aos 12 meses de idade do beb. Caractersticas de temperamento calmo/tranquilo da me foram mais frequentes no Grupo-A e o temperamento nervoso/agitado/irritado no Grupo-B (p-valor=0,041). No Grupo-A predominou o temperamento do beb calmo/fcil-de-cuidar/independente, enquanto no Grupo-B as caractersticas de temperamento agitado/bagunceiro/teimoso/agressivo (p-valor=0,026), associado tambm necessidade de vrias tentativas de oferta da chupeta (p-valor=0,006). No Grupo-A, o nmero de pessoas para apoio social foi uma ou duas (77,8%), enquanto no Grupo-B foram trs a sete (66,7%), p-valor=0,001. A contribuio da chupeta como auxiliar nos PP foi indiferente para mes que controlavam o hbito, enquanto o uso irrestrito facilitava a resoluo do choro, liberando a me para outras tarefas, atuando como limitador dos PP. A anlise da evoluo e complexidade dos PP demonstrou no haver interferncia pelo uso da chupeta, tendo sido mais efetivos quando as mes tinham maior escolaridade e nas classes econmicas A e B. Concluso: Aspectos culturais influenciaram na oferta da chupeta, mas sua aceitao ocorreu principalmente em RNPT pequeno para idade gestacional, diante das dificuldades para AME, menor extenso do apoio social e temperamento do beb calmo/fcil-de-cuidar/independente, tambm associado aceitao mais fcil da chupeta. O uso irrestrito da chupeta demonstrou atuar como limitador dos processos proximais.

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Organizadores: Joo Fragoso; Manolo Florentino; Antonio Carlos Juc de Sampaio; Adriana Pereira Campos

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A adoo da ao afirmativa denominada cotas nas universidades federais - reserva de vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino mdio em escolas pblicas - continua sendo polmica, mesmo aps a sano da Lei n.12.711 de 2012, o que torna oportuna a contribuio aos estudos a respeito da utilizao desse sistema nas universidades pblicas brasileiras. Este trabalho teve por objetivo estudar o desempenho acadmico de alunos cotistas do Centro de Cincias Jurdicas e Econmicas e do Centro Tecnolgico da Universidade Federal do Esprito Santo UFES, no perodo de 2008 a 2013, considerando as duas entradas anuais nos referidos cursos. O presente estudo analisou o aproveitamento acadmico dos alunos de 15 cursos de graduao ofertados pelos Centros nominados buscando saber em quais cursos e disciplinas existem diferenas significativas de desempenho, a partir do coeficiente de rendimento acadmico (CRA) e da mdia final das disciplinas cursadas por alunos cotistas e no cotistas, visando a propor aes institucionais para a reduo dessas diferenas. Na pesquisa, de carter quantitativo, utilizou-se o mtodo estatstico de anlise de varincia ANOVA. A partir das anlises realizadas foi possvel inferir a existncia de diferenas de rendimento nos cursos de engenharia,principalmente em disciplinas de clculo e lgebra. O curso de Direito, por sua vez, apresentou diferena significativa de desempenho, no obstante as mdias no estarem abaixo do ndice necessrio para a aprovao. Quando a comparao feita considerando o sexo, verificou-se no curso de Cincias Econmicas e Cincias da Computao uma disparidade significativa de rendimento em favor dos alunos do sexo feminino cotistas em detrimento dos no cotistas do mesmo sexo.

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Estudos realizados no campo das masculinidades mostraram que a adeso e identificao de determinados grupos a um conjunto de regras e comportamentos que definem o ser homem implicava em adoecimento e submisso a um regime que supostamente lhes oferece vantagens e poder. Compreender como diferentes grupos constituem-se em relao diviso social sexual torna-se relevante principalmente se considerarmos sujeitos que fogem ao padro que define modos de ser homem e ser mulher. Esta tese objetivou investigar as representaes sociais de masculinidades e de amor de sujeitos com identidades de gnero e orientaes sexuais diversas, especificamente: identificar e analisar representaes sociais de masculinidade e amor de travestis, homens gays e homens heterossexuais; apreender experincias de preconceito e discriminao vividas em funo da identidade de gnero e orientaes sexuais. A pesquisa foi realizada em duas etapas: entrevistas semiestruturadas com 21 travestis; aplicao de questionrios com questes abertas e fechadas em 52 homens gays, 40 homens heterossexuais e 39 travestis. Os dados coletados na primeira etapa foram submetidos aos procedimentos da anlise de contedo categorial temtica. O tratamento dos dados coletados na segunda etapa foi realizado atravs do software ALCESTE. Os homens heterossexuais representam a masculinidade a partir de uma perspectiva evolutiva, ancorada no discurso biolgico e cientfico que descarta as influncias da cultura na constituio dos sexos e identidades de gnero. Nos homens gays encontramos aproximaes das representaes dos sujeitos ao modelo da masculinidade hegemnica fortemente identificada imagem do homem heterossexual, bem como elementos que ora apresentam aproximaes, ora distanciamentos desse padro. As travestis tambm utilizam elementos da ideia de masculinidade hegemnica para construo desta representao, objetivando-a na construo do modelo do homem forte e viril, sobre o qual no se identificam mas direcionam seu desejo. Os trs grupos representam o amor como elemento estranho masculinidade, posto que este objeto que pertence feminilidade. O amor distancia-se da construo da representao social de masculinidade de homens heterossexuais, elemento estranho e conflituoso s representaes dos homens gays e valor que corresponde a uma tica para o grupo de travestis. Nesse contexto, as experincias de preconceito e discriminao pouco modificam a elaborao das representaes de heterossexuais; influenciam fortemente a construo da imagem de homem e mulher por onde homens gays e travestis alimentam suas identificaes. Conclumos apostando na defesa da emergncia de prticas e identidades sexo-diversas como artifcios potentes desestabilizao do padro da dominao masculina para determinao de sexos e identidades.

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A pesquisa se caracteriza pela abordagem plurimetodolgica do tipo qualitativa/quantitativa, e tem como objetivo investigar de que maneira se constroem as estratgias de conciliao entre a formao esportiva e escolar em atletas de elite que servem s selees brasileiras masculinas de basquetebol Sub 17 e Sub 19. O estudo se organizou em trs captulos. Do tipo estado do conhecimento, o primeiro captulo tem por objetivo mapear as produes acadmicas que tratam da conciliao entre formao escolar e formao esportiva. Utiliza como fonte a base de dados Scielo para busca nacional e o Portal Peridicos Capes para busca internacional. Foram encontrados 17 artigos distribudos em 13 peridicos. Os dados foram classificados/analisados por meio de indicadores bibliomtricos, como distribuio anual, distribuio por revista, relao autoral e origem demogrfica. Para anlise tambm foram levados em considerao uma tese de doutorado, trs dissertaes de mestrado e trs trabalhos apresentados em congresso, alm de um nmero especial de peridico, no localizado nas bases escolhidas. Mostra que a preocupao com o tema surge na Europa e nos Estados Unidos, na dcada de 70, e que, no Brasil, essa questo passa a ser abordada nos anos 2000. Demonstra tentativas de conciliao entre as formaes realizadas em pases da Europa, Estados Unidos e Brasil, alm da importncia da famlia e do pertencimento de classes sociais na possibilidade de priorizao a uma das formaes envolvidas. O segundo captulo, de natureza quali-quantitativa, investiga as estratgias utilizadas pelos atletas convocados em 2013 para as selees brasileiras de basquetebol masculinas de base Sub 17 e Sub 19 anos, quanto s possveis conciliaes entre formao esportiva e escolar. Busca, ainda, compreender a influncia das convocaes para as selees nacionais nos ndices de escolaridade desses atletas de elite, como abandono, atraso e repetncia escolar. A pesquisa mostra que esse grupo de atletas de elite apresenta mdias de repetncia, abandono e atraso escolar maiores que as mdias nacionais. O terceiro captulo analisa o entendimento desse grupo de jovens atletas em relao formao escolar ou, ainda, se um possvel desinteresse do grupo pelo modelo atual de escola se daria apenas pelo fato de serem esportistas de elite. Para isso, recorre s possibilidades de investigao oriundas da segunda metade do questionrio utilizado como instrumento para adotar uma metodologia de livre associao de palavras direcionadas a partir de quatro palavras indutoras (estruturas semnticas), a saber: treinar, estudar, ir a escola e competir. Essa associao livre usualmente utilizada como suporte terico/metodolgico em pesquisas que investigam representao social (ACOSTA, 2005). Ao dar visibilidade a essas questes nota-se que a posio desses atletas, em relao escola, no difere das encontradas em outras pesquisas que tratam de jovens inseridos no ensino mdio. A falta de significado do que se aprende na escola em relao ao que eles desejam desenvolver como atividade laboral, faz com que a escola seja entendida como montona, mas, ao mesmo tempo, necessria, caso seus projetos de formao esportiva no aconteam.

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A pesquisa desta tese investiga as mediaes das categorias de raa e de classe social no processo de implementao do modelo de cotas sociais da Ufes para ingresso nos cursos de graduao, entre 2006 a 2012, como parte das aes afirmativas dessa universidade. Tal modelo, para incluir a populao afro-brasileira no ensino superior do Esprito Santo, respeitou estritamente os critrios de renda e de origem escolar pblica, no adotando o critrio tnico-racial que contemplaria especificamente os negros e os indgenas. Diante disso, o autor busca sustentar a tese de que, considerando o padro das relaes raciais brasileiras produtor de assimetrias entre grupos com marcas raciais distintas, no caso de negros e brancos, as desigualdades raciais tm na operacionalizao do racismo seu mote ofensivo e poderoso, ao mesmo tempo em que a classe social isolada insuficiente na compreenso e superao do problema racial do Brasil. Portanto, na adoo de polticas de combate s desigualdades raciais no ensino superior, caberia tambm a utilizao de medidas etnicamente referenciadas. Autores como Hall (2008) e Fraser (2006), ao trazerem a dimenso articulada e bifocal das injustias simblicas e das injustias econmicas, permitem entender a complementaridade e as dinmicas entre ambas, deslocando-se de determinismos classistas que invisibilizam o racismo como instrumento opressor nas relaes sociais. Como objetivos especficos, considera: compreender o processo de construo do modelo de cotas da Ufes, para ingresso nos cursos de graduao implementado em 2008, sob a perspectiva do debate da relao entre raa e classe; examinar as polticas de aes afirmativas como respostas s demandas histricas dos afro-brasileiros no contexto da sociedade brasileira; avaliar a posio de professores e alunos de cursos de graduao da Ufes diante do ingresso de alunos cotistas, sobretudo afro-brasileiros e pobres; e investigar a relao das polticas classistas, no caso especfico das cotas sociais, na superao das assimetrias raciais. Adota como procedimentos metodolgicos a metodologia dialtica de pesquisa considerando todas as contradies entre raa e classe no processo de implementao de aes afirmativas na Ufes. Como instrumentos de pesquisa, utiliza entrevistas de professores e alunos cotistas e no cotistas de cursos variados da universidade, assim como documentos referentes temtica. Os resultados apontam para uma oxigenao da universidade depois de uma entrada maior de negros e pobres, principalmente nos cursos mais elitizados, pois as cotas operam uma dimenso pedaggica de ampliar a diversidade social na academia, trazendo outras demandas, outras 10 afetividades, outras lgicas de mundo e concepes de sociedade para a nica universidade pblica do Esprito Santo. Indica que os mecanismos discriminatrios e estigmatizantes interpessoais e institucionais, vividos no contexto das cotas sociais e explcitos na pesquisa, no inviabilizam a importncia das aes afirmativas, pois apontam para a universidade repensar e ressignificar seus currculos e aes pedaggicas homogeneizantes no sentido de ampliar a ideia de incluso e de democratizao de seus espaos. Reitera que a raa, em seu vis poltico e cultural, operante de forma relacional e independente com a classe social no contexto da produo das assimetrias raciais brasileiras, de maneira que a ao de uma no nega a ao da outra, mesmo na relao entre ambas. Enfatiza a importncia do entendimento e da materialidade das aes afirmativas como polticas de reconhecimento que combateriam as desigualdades simblicas na Ufes. Aponta a relevncia das polticas de assistncia estudantil, conjugadas s cotas, como polticas de redistribuio econmica, que lidariam com as dificuldades ou ausncias materiais dos discentes, principalmente dos cotistas. Conclui que as cotas tnico-raciais nas universidades brasileiras so instrumentos legtimos de luta pela educao, um direito social de oportunidade dos grupos historicamente apartados de princpios constituidores da emancipao, da cidadania, dos direitos humanos, da justia social, da igualdade e da diferena.

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A dissertao problematiza as relaes entre movimentos sociais e Estado no Brasil contemporneo, dando enfoque entrada de lideranas de movimentos para rgos pblicos, por meio da ocupao de cargos de confiana e comissionados. Esta mudana no local de atuao, que pode ser compreendida como trnsito (da sociedade civil para o Estado) ou do ponto de vista da transformao de papis (de desafiantes a membros da polity), repercute sobre o campo do ativismo em questo, sobre as decises e polticas dos rgos pblicos envolvidos, assim como sobre o prprio ativista. Tendo em vista essa discusso, estabelecemos como objeto de ateno os impactos promovidos no nvel individual, tendo como objetivo investigar e analisar as transformaes processadas nas dimenses objetivas e subjetivas de carreiras de lideranas ativistas que adentraram o Estado por meio da ocupao de cargos. Assim, foi realizado um estudo das carreiras ativistas de seis lideranas reconhecidas por terem atuado em um campo especfico de militncia no Esprito Santo o campo ambiental e que ocuparam cargos em rgos pblicos. A metodologia utilizada foi qualitativa, e os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas e em profundidade com as lideranas e em pesquisa em outras fontes, como pginas de internet e materiais cedidos pelos prprios entrevistados. As anlises foram instrumentalizadas teoricamente pela sociologia das carreiras militantes, por meio da qual buscamos reconstruir itinerrios objetivos e aspectos subjetivos da atuao poltica das lideranas. Os resultados revelam que, na maioria dos casos estudados, a entrada para o Estado no foi acompanhada do desengajamento em relao ao ativismo desenvolvido em organizaes e lutas ambientalistas; e que recorrente a conciliao (e por vezes a articulao) de ambos. Todavia, a dupla atuao no movimento e no Estado foi permeada por tenses, levando algumas vezes a conflitos e rupturas. O trabalho permite concluir que, mesmo para os que se mantiveram ativistas em movimentos ambientais, houve impactos decorrentes da atuao em rgos pblicos sobre suas carreiras objetivas e subjetivas, sendo notvel uma mudana na viso e na relao com o Estado, compreendido como lugar onde possvel gerar contribuies.