8 resultados para Lima, Mario Pereira de Souza. Grammatica expositiva da língua portuguesa Teses
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Nos anos mais recentes, observa-se aumento na adoo das tcnicas de silvicultura de preciso em florestas plantadas no Brasil. Os plantios de eucalipto ocorrem preferencialmente em reas com baixa fertilidade de solo e consequentemente baixa produtividade. Logo, para otimizar ao mximo a produo, necessrio saber o quanto essa cultura pode produzir em cada local (stio). Objetivou-se aplicar uma metodologia que utiliza tcnicas de estatstica, geoestatstica e geoprocessamento, no mapeamento da variabilidade espacial e temporal de atributos qumicos do solo cultivado com eucalipto, em rea de 10,09 ha, situada no sul do estado do Esprito Santo. Os atributos qumicos da fertilidade do solo estudados foram: fsforo (P), potssio (K), clcio (Ca) e magnsio (Mg), no ano da implantao do povoamento do eucalipto, em 2008, e trs anos aps, em 2011. O solo foi amostrado em duas profundidades, 0-0,2 m e 0,2-0,4 m, nos 94 pontos de uma malha regular, com extenso de 33 x 33 m. Os dados foram analisados pela estatstica descritiva e, em seguida, pela geoestatstica, por meio do ajuste de semivariogramas. Diferentes mtodos de interpolao foram testados para produzir mapas temticos mais precisos e facilitar as operaes algbricas utilizadas. Com o auxlio de ndices quantitativos, realizou-se uma anlise geral da fertilidade do solo, por meio da lgebra de mapas. A metodologia utilizada neste estudo possibilitou mapear a variabilidade espacial e temporal de atributos qumicos do solo. A anlise variogrfica mostrou que todos os atributos estudados apresentaram-se estruturados espacialmente, exceto para o atributo P, no Ano Zero (camada 0-0,2 m) e no Ano Trs (ambas as camadas). Os melhores mtodos de interpolao para o mapeamento de cada atributo qumico do solo foram identificados com a ajuda grfica do Diagrama de Taylor. Mereceram destaque, os modelos esfrico e exponencial nas interpolaes para a maioria dos atributos qumicos do solo avaliados. Apesar de a variao espacial e temporal dos atributos estudados apresentar-se, em mdia, com pequena variao negativa, a metodologia usada mostrou variaes positivas na fertilidade do solo em vrias partes da rea de estudo. Alm disso, os resultados demonstram que os efeitos observados so majoritariamente em funo da cultura, uma vez que no foram coletadas amostras de solo em locais adubados. A produtividade do stio florestal apresentou-se com tendncias semelhantes s variaes ocorridas na fertilidade do solo, exceto para o magnsio, que se mostrou com tendncias espaciais para suporte de elevadas produtividades, de at 50 m3 ha-1 ano-1. Alm de mostrar claramente as tendncias observadas para as variaes na fertilidade do solo, a metodologia utilizada confirma um caminho operacional acessvel para empresas e produtores florestais para o manejo nutricional em florestas plantadas. O uso dos mapas facilita a mobilizao de recursos para melhorar a aplicao de fertilizantes e corretivos necessrios.
Resumo:
Com o objetivo de caracterizar as alteraes microclimticas provocadas pelo uso de tela plstica na agricultura, foi desenvolvido um experimento com alface, em rea de cultivo agrcola, em Alegre - ES (latitude 2045 S, longitude 4128 W e altitude 150 m), no perodo de setembro a dezembro de 1996. Foram utilizados sombreamentos de 0; 30; 50, e 70%, segundo especificao comercial. Os resultados mostraram que a tela com especificao comercial de 50% de sombreamento provocou uma atenuao mdia de 41% na radiao solar global, ocorrendo, no entanto, uma flutuao significativa ao longo do dia em funo do movimento aparente do sol. A cobertura com a tela plstica no provocou alteraes significativas da temperatura e umidade relativa do ar. Em relao temperatura do solo, foi possvel verificar uma atenuao com o aumento do sombreamento.
Resumo:
No Brasil, as lavouras de mamoeiro das plancies dos tabuleiros costeiros so as que melhor desenvolvem e aplicam tecnologias para a produo de mamo no mundo. O objetivo foi aplicar a estatstica clssica e a geoestatstica no mapeamento e na correlao da variabilidade espacial de atributos qumicos e fsicos de solo e de plantas de mamoeiro (Carica papaya L.) de uma lavoura comercial do norte capixaba cultivada em um Argissolo tpico dos tabuleiros costeiros. O solo de textura arenosa de carter coeso foi preparado convencionalmente e cultivado com mamoeiro variedade Golden THB. Aps a sexagem, procederam-se as amostragens de solo, amostrado na projeo da copa (0-0,20 e 0,20-0,40 m) para a determinao dos atributos qumicos e fsicos, e de atributos biomtricos das plantas em uma rea de 1,2 ha (114 x 110 m) totalizando 129 pontos amostrais georreferenciados. Ao nono ms aps o transplantio, registrou-se a altura da colheita dos primeiros frutos, o nmero e a massa dos frutos colhidos para estimativa da produtividade, amostrando trs plantas por ponto amostral durante trs meses. Os dados foram submetidos anlise estatstica descritiva e correlao de Pearson. A dependncia espacial das variveis foi analisada atravs da ferramenta geoestatstica, com obteno de semivariograma e os mapas de distribuio das variveis. A maior parte dos atributos de solo e de plantas de mamoeiro apresenta dependncia espacial e mapeada adequadamente. H correlao de dependncia vertical para densidade do solo, argila, silte, resistncia do solo penetrao na linha de plantio e na rua e volume total de poros. Dos atributos qumicos no ocorre este comportamento apenas para K, Al e Sat K. As fraes areia e argila foram os principais atributos a constiturem correlao com os demais. H poucas correlaes dos atributos do solo com os atributos biomtricos e a produtividade do mamoeiro. Ocorre correlao positiva entre a produtividade inicial do mamoeiro com caractersticas biomtricas ideias para as plantas de mamoeiro. A fertilidade e o preparo do solo so expressivos para o desenvolvimento do mamoeiro e para a variabilidade espacial dos atributos avaliados.
Resumo:
A combinao da agricultura de preciso e do Sistema Integrado de Recomendao Foliar (DRIS) possibilita monitorar espacialmente o balano nutricional dos cafezais para fornecer recomendaes de adubao mais equilibradas e mais ajustadas economicamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial do estado nutricional do cafeeiro conilon, utilizando o ndice de Balano Nutricional (IBN) e sua relao com a produtividade. A produtividade das plantas em cada ponto amostral foi determinada e construiu-se o seu mapa considerando a variabilidade espacial; determinou-se o ndice de Equilbrio Nutricional (IBN) das plantas em cada ponto amostral e construiu-se o seu mapa; e utilizou-se a anlise de componentes principais (ACP) para estimar o IBN do cafeeiro por cokrigagem. Os dados do cafeeiro conilon foram coletados em fazenda experimental, no municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES. O IBN do cafeeiro e a sua produtividade foram analisados por meio de geoestatstica, com base nos modelos e parmetros dos semivariogramas, utilizando o mtodo de interpolao krigagem ordinria para estimar valores para locais no amostrados. O ndice de Balano Nutricional da lavoura do cafeeiro conilon apresentou dependncia espacial, porm no apresentou correlao linear e nem espacial com a produtividade. A lavoura em estudo se encontra em desequilbrio nutricional, sendo que entre os macronutrientes, o Potssio foi o que apresentou maior desequilbrio na rea, entre os micronutrientes, o Zinco e o Ferro foram os que apresentaram menores concentraes nas folhas. A confeco dos mapas possibilitou a distino de regies com maior e menor desequilbrio nutricional e produtividade, o que possibilita adotar o manejo de forma diferenciada e localizada. A anlise multivariada baseada em componentes principais fornece componentes com alta correlao com as variveis originais P, Ca, Zn , Cu, K e B. A cokrigagem utilizando as componentes principais permite estimar o IBN e a produtividade da rea.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo utilizar a lgica fuzzy para gerao de zonas de manejo, na rea agrria e ambiental. Uma das aplicaes consistiu da utilizao do mtodo fuzzy C-means, para gerao de zonas de manejo para a cultura do mamoeiro, em um plantio comercial localizado em So Mateus-ES, com base em determinaes realizadas atravs de amostragens e anlises qumicas do solo, considerando os atributos: P, K, Ca, Mg, e Saturao por bases (V%). Aplicou-se tambm a lgica fuzzy para desenvolver e executar um procedimento para dar suporte ao processo de tomada de decises, envolvendo anlise multicritrio, gerando mapas de adequabilidade ao uso pblico e a conservao no Parque Estadual da Cachoeira da Fumaa, no municpio de Alegre-ES, considerando como fatores a localizao da cachoeira, o uso do solo, os recursos hdricos, as trilhas, os locais de acessos, a infraestrutura, a declividade da rea, e utilizando a abordagem de Sistema de Informaes Geogrficas para anlise e combinao da base de dados. A partir das zonas de manejo geradas, foi possvel explicar a variabilidade espacial dos atributos do solo na rea de estudo da cultura do mamoeiro, e observa-se que as similaridades entre as zonas geradas, a partir de diferentes atributos, mostrou variao, mas observa-se uma influncia nos dados, principalmente pelos atributos P e V. A partir do zoneamento da Unidade de Conservao foi possvel selecionar reas mais aptas ao ecoturismo, sendo encontradas prximas da cachoeira, trilhas em zonas de reflorestamento e de Mata Atlntica. Quanto s reas propensas a medidas de conservao localizam-se prximas cachoeira e s estruturas do parque, devido maior presso antrpica exercida nesses locais. Outras reas que se destacaram, foram as reas de pastagem, por estarem em estgio de regenerao natural. Os resultados indicam reas de mesmo potencial de produo do mamoeiro, ou quando aplicado rea ambiental, reas que devem receber maior cuidado para utilizao por ecoturismo e para preservao e servem de base para a tomada de decises, visando melhor aproveitamento da rea.
Resumo:
Estima-se que restam hoje cerca de 50 mil ndios Guarani no Brasil, que se situam, principalmente, na faixa litornea que vai desde os estados do sul at o territrio capixaba, o Esprito Santo. Considerando que essa comunidade se mantm bilngue, o presente trabalho objetiva discutir se, na situao de contato entre o Guarani e o Portugus, a primeira língua est ou no cedendo lugar segunda. Para alcanar esse objetivo, foi formado um banco de dados de fala por meio de entrevistas realizadas nas aldeias, que versaram sobre as tradies histricas, a famlia, a religio, a economia e o meio ambiente aspectos considerados por eles como as principais armas de resistncia desse povo. A anlise tomou por base os pressupostos da Sociolingustica/Contato Lingustico, com tericos como Weinreich (1953), Fishman (1968; 1972), Appel e Muysken (1996), Coulmas (2005) e outros, que discutem temas pertinentes pesquisa em questo: o contato lingustico e a manuteno/substituio de línguas minoritrias. Acredita-se que, apesar do contato com o portugus pela venda de artesanatos, pela mdia e pela atuao da escola e sua ao integralizadora, prevista pelo Estatuto do ndio, o Guarani mantm a sua língua materna - ainda que estigmatizada - devido forte religiosidade que norteia todo o seu modo de vida. Ele entende a palavra como um dom e confere a ela um poder mtico de conexo com o mundo espiritual, o que, ao mesmo tempo, confere extrema importncia língua minoritria e favorece a sua preservao, enquanto marca importante da cultura e identidade desse povo.
Resumo:
Esta pesquisa dedica-se a analisar o processo de concordncia nominal no portugus falado na zona rural de Santa Leopoldina/ES. Para isso, utilizaremos, como base para nossas ponderaes, os pressupostos da Sociolingustica Variacionista. Nossa anlise foi constituda a partir de entrevistas, tipicamente labovianas, com durao de 50 a 60 minutos. Sabendo que a Teoria da Variao considera preponderante o estudo da língua associado ao meio em que essa se encontra inserida, nos termos de Labov (2008 [1972], p. 291), estratificamos nossos informantes da seguinte maneira: faixa etria 7-14 anos; 15-25 anos; 26-49 anos; e maiores de 49 anos; sexo/gnero feminino e masculino; escolaridade um a cinco anos (antigo primrio, atual fundamental 1); seis a nove anos (antigo ginasial, atual fundamental 2). Para um controle do ambiente lingustico em que nossas variantes operam, selecionamos cinco variveis lingusticas: salincia fnica, posio linear e relativa aliada classe gramatical, marcas precedentes, animacidade dos substantivos, grau e formalidade dos substantivos e dos adjetivos. Alm disso, elaboramos um estudo comparativo entre rural vs urbano, haja vista que comparamos nossos resultados aos obtidos por: Scherre (1988) com o portugus falado no Rio de Janeiro (RJ), na dcada de 1980; Scherre e Naro (2006) com o portugus falado no Rio de Janeiro (RJ), na dcada de 2000; e, por fim, Silva (2011) com o portugus falado em Vitria (ES), na dcada de 2000. Esperamos, dessa forma, colaborar para o mapeamento da fala capixaba.
Resumo:
Prope-se um estudo acerca da recepo da obra de Paulo Coelho pela crtica literria e pelo leitor, envolvendo a indstria cultural, sob a perspectiva da Sociologia da Literatura. A pesquisa justifica-se pela grande proporo de leitores que a obra atinge: traduzida para 81 idiomas e lida em 168 pases, tendo boa aceitao por diferentes perfis de leitores e por muitos crticos literrios de outros pases. No Brasil, a produo do escritor recebida com uma certa reserva pela crtica literria. As intervenes da indstria cultural so discutidas por meio de um dilogo estabelecido entre Theodor W. Adorno, Max Horkheimer, Pierre Bourdieu, Umberto Eco, Luiz Costa Lima e Muniz Sodr. Em seguida, estabelece-se uma discusso sobre valor esttico em relao literatura contempornea. Posteriormente, so mostradosos elementos temticos recorrentes e a proximidade da narrativa coelhana com a oralidade, a partir da influncia das canes compostas em parceria com Raul Seixas e da operao dos gneros parbola e fbula.A recepo da crtica analisada, baseando-se em estudos de Mrio Maestri, Elosio Paulo, teses e dissertaes, artigos, entre outros. A recepo do leitor tem como aporte terico Antonio Candido e Roger Chartier, dentre outros, apoiando-se na Esttica da Recepo, especificamente nos estudos de Hans Robert Jauss e Regina Zilberman. analisada a recepo da obra de Paulo Coelho pelos leitores da rede social Skoob, a fim de verificar o gnero, a idade,o nvel de escolaridade, a condio socioeconmica e cultural e as impresses de leitura destes. Compreendendo esses sujeitos-leitores, historicamente, e valendo-se de outros aspectos (em vez dos estticos) apontados pela Sociologia da Literatura, possvel estabelecer dilogos entre as preferncias desses leitores com obras j legitimadas pela teoria e crtica literrias, ampliando o repertrio destes e contribuindo para a mediao e a promoo da leitura, no Brasil.