2 resultados para Hip-hop (Cultura popular) Rio de Janeiro
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
A presente tese de doutoramento em Educao aborda a cultura do Hip Hop e sua relao com o contexto educativo. Insere-se nas discusses da linha de pesquisa em Educao e Linguagens e problematiza o espao escolar, enquanto espao de reproduo da ideologia hegemnica, analisando o projeto Escola de Rimas, desenvolvido na Grande Vitria, como movimento de resistncia e ressignificao cultural na escola. Parte da pergunta: Como as prticas discursivas do Hip Hop podem ressignificar o contexto escolar? A presente tese aborda a cultura do Hip Hop como campo discursivo singular de uma experincia narrativa (BENJAMIN, 1986; BONDA, 2001) e de uma subjetividade eticamente responsvel (BAKHTIN, 1992a; 1992b; 2010), fundada no princpio da alteridade (PONZIO, 2009), e o analisa a partir de uma perspectiva crtica e dialgica (FREIRE, 1981; 1994; 1995; GIROUX, 1986; 1987; BRANDO, 1986; BAKHTIN, 1992a; 1992b; 2010). Desenvolve a pesquisa em um contexto limiar entre a escola e a cultura hip hop e dimensiona o debate das culturas marginais nos contextos educativos, voltando-se para os sujeitos e suas experincias narrativas, avaliando a interao de algumas de suas prticas discursivas com o processo de ensino-aprendizagem. Para isso, analisa o projeto cultural Escola de Rimas, criado pelos prprios ativistas do movimento hip hop da Grande Vitria e desenvolvido em uma escola da rede pblica estadual de ensino do Esprito Santo, com o objetivo de discutir o seu papel em um processo de ressignificao educacional. Como hiptese de trabalho defende-se que o espao escolar, como espao de disputas, ressignificado com a introduo de outras prticas discursivas e culturais, entre elas o hip hop, que aponta para a necessidade de ouvir responsiva e responsavelmente as narrativas dos educandos, contribuindo, assim, para a formao crtica desses sujeitos e enfrentando, ao mesmo tempo, prticas de excluso historicamente institudas.
Resumo:
O currculo traz subjacente a si, as ideias de seu tempo, o olhar de sua sociedade para questes humanas e outras tacitamente polticas. Traz em seu escopo toda uma trama de heranas histricas e a marca pessoal daqueles que se dedicaram a sua construo. E desta forma, analisar as tramas de um currculo de matemtica muito mais que olhar uma sequncia de contedos linearmente organizados. , sobretudo, entender, que aquela construo foi tecida de forma a sustentar um corpo de ideias que diz sobre seu tempo. Esta pesquisa evidenciou o processo de elaborao e instituio do currculo mnimo pela Seeduc/RJ e trouxe questionamentos e inquietaes de naturezas cognitivas e sociais. Uma primeira inquietao concerne ao descarte de contedos do currculo anterior, que configura agora, este novo currculo. Esse processo de elaborao e instituio refletiu a inexistncia de dilogo entre os diversos segmentos sociais e profissionais do campo educacional. Interesses governamentais interferiram diretamente nos educacionais, subtraindo a democracia das aes de polticas pblicas implementadas. Ficou evidente que no houve clareza conceitual quando dessa e em contraste at mesmo com propostas nacionais e a legislao vigente. Atravs do Currculo Mnimo buscou-se unificar toda a rede de ensino da Seeduc/RJ, dentro de uma perspectiva academicista limitada, desconsiderando as especificidades locais e de cada grupo. Desta forma, foi desconsiderada a dialtica educacional e a retrica da matemtica enquanto disciplina acadmica, que uma forma particular da relao social. O processo institudo evidencia uma viso de professores passivos e alunos considerados mnimos.