7 resultados para Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003 - )
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
O livro encontra-se disponvel na Biblioteca Central da Universidade. Financiamento Fundao de Apoio Cincia e Tecnologia do Esprito Santo (FAPES).
Resumo:
Esta tese apresenta os resultados da pesquisa que teve como objetivo analisar como os trabalhadores vivenciam os efeitos subjetivos produzidos pelo processo de trabalho de um Centro de Ateno Psicossocial lcool e Drogas (CAPSad). A pesquisa foi realizada sob uma abordagem qualitativa, em um CAPSad do municpio de Vila Velha, Esprito Santo. A coleta de dados se deu por meio de cinco etapas: 1. Anlise documental das polticas vigentes sobre uso de drogas; 2. Anlise de pronturios; 3. Entrevista coletiva com dez trabalhadores; 4. Oitenta horas de observao do cotidiano de trabalho; 5. Entrevista em profundidade com treze trabalhadores. Para anlise de dados foi utilizada a tcnica da Anlise Temtica. Constatamos que no plano das polticas sobre o assunto,h prevalncia de ideias relacionadas represso dos usurios, apesar da tentativa do Ministrio da Sade (MS) em abordar a reduo de danos como uma estratgia que valoriza o sujeito e sua singularidade. A anlise ainda apontou as dificuldades que os profissionais enfrentam neste municpio para atuar segundo as diretrizes do MS, uma vez que as aes municipais do nfase represso, religiosidade e ao amedrontamento como estratgia de preveno, com apoio da justia e da polcia. Enfatizamos que tais ambiguidades repercutem no trabalho e para o trabalhador. Apontamos ainda outros aspectos que geram efeitos para os trabalhadores: condies de trabalho precrias (devido estrutura do servio, baixos salrios e rede de ateno inexistente), falta de reconhecimento (devido omisso da gerncia e ausncia de normas) e sobrecarga (devido falta de profissionais e aos conflitos nas divises de tarefas). Essas situaes levam a efeitos subjetivos como: desgaste, adoecimento, medo, incapacidade de agir, apatia, desvalorizao, desmotivao e no aprisionamento do trabalhador. Notamos que estes efeitos so todos negativos e que os profissionais os vivenciam por meio do distanciamento afetivo no processo de trabalho, o que repercute negativamente na possibilidade de produo de um cuidado efetivo. Sugerimos que haja investimentos na formao de todos os trabalhadores que atuam nesse local, com foco na educao permanente, uma vez que por meio desta h o incentivo da aprendizagem e o enfrentamento criativo dos efeitos vivenciados no cotidiano. preciso que haja dilogo, seja entre os trabalhadores e a gesto, entre os prprios trabalhadores e entre trabalhadores e usurios.
Resumo:
O debate atual sobre drogas tem sido organizado em torno de discursos cientficos que tendem a configurar a questo ora como problema de segurana pblica (relacionado ao trfico e represso), ora como problema de sade pblica (relacionado represso da demanda por um lado e reduo de danos por outro). O presente texto traz uma reflexo que busca configurar como a poltica de enfrentamento s drogas no Brasil enseja em suas proposies uma luta entre as lgicas de segurana pblica e de sade pblica expressas no embate entre as duas polticas institudas pelo governo brasileiro no enfrentamento questo a poltica nacional antidrogas regulamentada em 2003 pela Secretaria Nacional Antidrogas (estrutura criada no governo Fernando Henrique Cardoso FHC - por meio da medida provisria n 1669, de 1998, e modificada no governo Lula para "Poltica Pblica Sobre Drogas") e a Poltica de Ateno Integral ao Usurio de lcool e Drogas do Ministrio da Sade (tambm formulada no governo FHC)
Resumo:
Esse texto um convite para discutir alguns atravessamentos colocados nas escolas a partir da implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos, como poltica de governo reorganiza os espaostempos da escola, impe um currculo prescrito, uma avaliao por objetivos e coloca em discusso o que ser criana e viver a infncia na escola. Como objetivo principal, busca problematizar o processo de implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos no municpio de Vitria-ES e suas implicaes no entre-lugar da Educao Infantil e Ensino Fundamental. Para tanto foi necessrio estar no cotidiano escolar, viver, sentir e conversar com os sujeitos praticantes: as crianasalunos; as professoras e as pedagogas. Nesse sentido, trs movimentos foram realizados: o primeiro movimento consiste em um levantamento de dados documentais, pareceres, leis, diretrizes no mbito nacional e municipal que determinaram a obrigatoriedade do Ensino Fundamental de Nove Anos; o segundo movimento consiste em trazer para anlise alguns artigos publicados na Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educao (ANPED) em quatro Grupos de Trabalho (GT) que abordam o tema Ensino Fundamental de Nove Anos, e tambm textos que circulam nas escolas e que foram organizados pelo Ministrio da Educao e Cultura (MEC); o terceiro movimento consiste na pesquisa realizada em um Centro Municipal de Educao Infantil (CMEI) e em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) no municpio de Vitria, no decorrer dos anos de 2011 e 2012, onde foi possvel conversar com as crianasalunos de duas turmas do 1 ano, com as professoras e pedagogas. Utiliza como aporte terico-metodolgico as pesquisas nos/dos/com os cotidianos (CERTEAU 1994; ALVES 2001; FERRAO 2003) onde foi possvel a apropriao de diferentes instrumentos de pesquisa, como: o dirio de campo, recurso importante na inteno de capturar movimentos, falas e expresses; as conversas como tentativa de aproximao com os sujeitos para um fazer com e as oficinas de literatura como dispositivo de criao e produo de outros modos de pensar a criana e a infncia. Na tentativa de discutir o lugar da criana no Ensino Fundamental de Nove Anos o conceito de devir-criana de Deleuze (1997) ajuda a pensar no movimento da criana como presena potente que produz outros modos de vida mais belos e intensos na escola e no currculo. O conceito de entre-lugar de Bhabha (2007) fortalece as discusses entre CMEI e EMEF como espaostempos de negociaes. As discusses de Kohan (2003) colocam em debate o lugar da infncia que no indica um tempo cronolgico, mas pensa em um encontro com a infncia, com a experincia da infncia. E Larrosa (2004) que com o conceito de experincia nos ajuda a pensar em um currculo-experincia, currculo esse que no est localizado no documento prescrito, nos espaostempos da Educao Infantil ou do Ensino Fundamental, tambm no se localiza na criana, ou em uma dada infncia, mas na composio com a escola, com as crianas, com as infncias e isso s possvel no encontro com a criana que existe em ns.
Resumo:
A administrao desde seu incio desenvolveu vrios modelos de gesto a fim de obter eficincia. Treinar, capacitar e desenvolver o pessoal esteve na maioria desses modelos como algo imprescindvel para se alcanar os resultados desejados. O governo que h vrios anos busca um servio pblico profissional e de qualidade publicou o decreto n. 5.707/2006 que regulamenta o desenvolvimento de pessoal da administrao pblica autrquica e fundacional. Neste decreto ele institui que o desenvolvimento de servidores dever seguir o modelo de Gesto por Competncias. Este trabalho trata de verificar a possibilidade da implantao desse novo modelo de gesto para confeccionar o programa de capacitao dos servidores tcnicos administrativos em educao da Universidade Federal do Esprito Santo (UFES) elaborando uma proposta de projeto. Nesse sentido, faz-se uma reviso dos conceitos de treinamento, capacitao, desenvolvimento, competncias e gesto por competncias e atravs de seus constructos levanta-se a viabilidade de implantao de um programa de capacitao que inter-relacione as exigncias do cargo com as habilidades e competncias apresentadas ou no pelo servidor e o contedo dos treinamentos e cursos oferecidos pelo Departamento de Desenvolvimento de Pessoas da UFES.
Resumo:
As mudanas institucionais e regulatrias inseridas principalmente no setor de infraestrutura, em particular no setor de energia, passaram a ser um novo ponto de governana para o Estado a partir de meados da dcada de 1990. Naquele formato inicial, ficou claro um planejamento inadequado, uma vez que as privatizaes de empresas do setor de energia ocorreram antes da criao da Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL). Esse ponto, segundo os principais autores foi decisivo e pontual para que, nos primeiros anos, o processo regulatrio no ter atendido as necessidades dos agentes envolvidos (Estado, empresa e cidado). Esta situao culminou com uma forte crise no setor, bem como no racionamento de energia ocorrido no incio do Sculo XXI. Essa situao levou a um outro perodo de reforma, instalado em 2004. O ponto principal desse trabalho esta fundamentando em apresentar algumas questes ligadas aos desafios da ANEEL, sendo esta sedimentada nos processos de aprendizado e conhecimento, porm no esquecendo de abordar os pontos fundamentais e impeditivos para que a plena eficincia seja alcanada. Ao longo desse estudo, podemos analisar que os resultados alcanados pela ANEEL so em parte slidos, porm fatores como: dificuldades em reteno de pessoas no corpo da agncia, restries oramentrias, riscos constantes de captura, aliado ao processo de assimetria de informao, bem como a convivncia com o misto de empresas pblicas e privadas, so fatores que aumentam as incertezas no ambiente e no processo regulatrio, contribuindo, ainda que indiretamente, para que os investimentos no sejam aplicados de acordo com o planejado, conseqentemente, toda essa condio tem afetado os resultados e o equilbrio do setor de energia.
Resumo:
Este trabalho vem analisar processos de subjetivao de sujeitos homossexuais que se assumem como ursos. Trazemos o debate de corpos para explicitarmos seus agenciamentos, tanto na produo imagtica do que socialmente seriam aqueles sujeitos, dos locais de onde falam, dos grupos que apresentam afinidades, quanto nos processos em que constroem a si mesmos. Os processos de subjetivao no pressupem um sujeito autnomo, pois sofrem interferncias de organizaes de foras e saberes que operam na sociedade (FOUCAULT, 2003). Diante disso, recorremos analticas de poder propostas por Michel Foucault (1995), Judith Butler (2010) e Laclau e Mouffe (1987), tanto para nos afastarmos de noes de corpos passivos, universais e objetivos, recorrentes em enfoques em hegemonia na Administrao, quanto para analisarmos sua construo somente em relao construo de um sujeito, ou seja, em processos sociais, histricos e polticos de embodiments. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, cujos dados foram coletados por meio de entrevistas individuais semiestruturadas com 19 participantes capixabas. Os dados foram analisados sob a tica ps-estruturalista do discurso tendo em vista as abordagens laclauniana e foucaultiana. O trabalho conclui que o discurso ursino sobredetermina prticas dispersas no campo de homoafetividades ao articular um esquema corpreo masculino. Este esquema se assume como uma das prticas hegemnicas LGBT e, consequentemente, o primeiro a ser acionado nas subjetivaes dos participantes. Porm, este processo no se concretiza de forma plena, nem elimina particularidades e contingncias que parodiam as demandas comportamentais emergentes das construes identitrias.