12 resultados para Estudantes universitários Filosofia

em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil


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A partir da segunda metade do sculo XX, mudanas no modo de produo capitalista comearam a afetar a relao que as empresas estabeleciam com o trabalhador. Diante de um mercado imprevisvel, a carreira tradicional, marcada, entre outros aspectos, por empregos duradouros e com possibilidade de ascenso na hierarquia da organizao, tornou-se menos recorrente. Paralelamente, comearam a despontar novas concepes sobre carreira, tendo a maioria um enfoque individualista. Dentre as novas proposies, o presente estudo tomou como referncia a concepo de carreira proteana. Esse modelo, de origem norte-americana, tem como ideia central a noo de uma carreira que gerida pelo indivduo, e tem como meta o alcance do sucesso psicolgico. Desta forma, ancora-se em duas principais dimenses: autogerenciamento e direcionamento para valores. Considerando os diversos estudos que descrevem as dificuldades enfrentadas por estudantes na transio da universidade para o mercado de trabalho, esta pesquisa objetivou compreender aspectos do gerenciamento proteano de carreira entre universitários brasileiros que j tinham concludo, pelo menos, a primeira metade do curso de graduao. Para tanto, o estudo foi dividido em dois artigos. O primeiro foi destinado ao desenvolvimento e validao da Escala de Atitudes de Carreira Proteana para universitários, tendo sido realizado com uma amostra de 1016 estudantes de 37 cursos diferentes, com idade variando entre 18 e 65 anos, e mdia de 24,52 (DP = 6,69 anos). O instrumento, denominado neste estudo de Escala de Gerenciamento Proteano de Carreira para Universitários (EGPC-U) atestou a estrutura de duas dimenses, evidenciada tambm na verso original da medida. Os ndices de confiabilidade foram satisfatrios e superiores a 12 0,61, tendo o instrumento a possibilidade de ser utilizado em servios de orientao profissional ou de carreira. O segundo artigo objetivou compreender como as dimenses do modelo proteano se relacionam com variveis sciodemogrficas e com construtos psicossociais: personalidade, lcus de controle, sade e satisfao com a vida, e envolveu alunos de duas reas de conhecimento: humanas e exatas. A amostra foi composta por 525 alunos, sendo 245 da rea de humanas e 280 de exatas, sendo 52% do sexo masculino. A idade dos participantes variou entre 18 e 30 anos e mdia de 22,59 anos (DP = 2,66 anos). A partir dos resultados do estudo 2, constatou-se que alunos da rea de humanas, quando comparados a estudantes de exatas, tendem a apresentar mdia superior na dimenso de direcionamento para valores. Verificou-se ainda que os aspectos de conscienciosidade e lcus de controle interno so preditores significativos do autogerenciamento tanto entre alunos de humanas como de exatas e que a adoo de atitudes proteanas tende a impactar positivamente aspectos da sade e da satisfao com a vida do indivduo. O estudo, de um modo geral, permitiu verificar a existncia de caractersticas proteanas entre universitários, como tambm possibilitou conhecer variveis relacionadas s atitudes de autogerenciamento e direcionamento para valores. Destaca-se, porm, a necessidade de pesquisas complementares com a explorao de outras variveis psicossociais que possam estar relacionadas ao gerenciamento proteano entre graduandos.

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Em um contexto de ampliao dos lugares pblicos participativos no Brasil h de se considerar expectativas de despertar valores sociopolticos nos estudantes universitários em seu processo de qualificao cidad e profissional, diante das crticas formao dos administradores. Portanto, este trabalho visa compreender a dinmica da conscincia poltica dos estudantes da graduao em administrao de uma universidade pblica federal no sudeste do Brasil em sua relao com a participao cidad nos lugares pblicos participativos no estado e municpios. Adota-se o modelo analtico de conscincia poltica para a compreenso da participao em aes coletivas de Sandoval (2001) como marco terico, associado literatura sobre participao cidad. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos dados foram coletados atravs de documentos, aplicao de 30 questionrios e 17 entrevistas semiestruturadas, com 30 estudantes universitários da graduao em administrao matriculados em 2014/1. Os dados foram submetidos anlise de contedo (BARDIN, 2004). Os resultados revelam 12 estudantes que no participam nos lugares pblicos participativos e 18 estudantes que participam em pelo menos um destes lugares. O interesse em exercer a cidadania, melhorar as polticas pblicas, gostar de implicar-se com os assuntos pblicos e defender seus interesses em circunstncias de conflito so as justificativas citadas pelos que participam. Evidenciam-se nos estudantes com participao mais ativa, crenas, valores e expectativas societais, articuladas eficcia poltica, identidade coletiva, interesses antagnicos, sentimentos de justia e injustia, favorecendo a vontade de agir coletivamente, devido percepo de conexo de seus interesses com as metas e aes coletivas dos movimentos que se envolvem. Os estudantes que no participam desconfiam dos lugares pblicos participativos e demonstram desinteresse pelos assuntos pblicos, embora apontem um desconforto em no participar. Suas crenas, valores e expectativas societais, associadas aos sentimentos de ineficcia poltica dificultam o desenvolvimento da conscincia poltica. Conclui-se que estes estudantes possuem uma conscincia poltica de senso comum, demonstrando valores sociais e polticos inerentes aos modismos presentes na vida cotidiana das pessoas. J os estudantes com participao mais ativa apresentam uma conscincia poltica de conflito, motivando-os participao nos lugares avaliados como eficazes s suas proposies. Entretanto, o Centro Acadmico Livre de Administrao Honestino Guimares (CALAD), principal lugar de representao e participao dos interesses dos estudantes no curso, encontra-se sem direo e participao nas instncias institucionalizadas na universidade.

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Analisa as representaes de estudantes da Universidade Federal do Esprito Santo (Ufes) sobre o sistema de reserva de vagas (cotas) e sobre os estudantes cotistas. Desenvolve a anlise a partir dos seguintes objetivos especficos: identificar os fatores que contribuem para a formao e a reformulao das representaes sociais no que diz respeito ao ser estudante universitrio; verificar se existem discrepncias nas representaes de cada grupo em relao aos itens abordados; caracterizar os componentes que constituem o sentimento de pertena ao grupo estudantes universitários e compreender como se desenvolvem as relaes intra e inter grupos entre os estudantes cotistas e no cotistas da Ufes. Utiliza como metodologia estudo de caso nico, com mltiplas unidades de anlise, posto que participaram estudantes de diferentes cursos e centros de ensino. Realiza a coleta de dados por meio de entrevista em profundidade por ser consagrada para este tipo de pesquisa. O nmero de entrevistados baseou-se no critrio de saturao. A sistematizao dos dados se deu a partir da anlise de contedo das entrevistas utilizando a Teoria das Representaes Sociais. As categorias de anlise foram criadas a partir de dois aspectos, os objetivos da pesquisa e as falas dos estudantes. Observa que o acolhimento dos estudantes cotistas bem como, do sistema de reserva de vagas, se deu inicialmente por meio da comparao entre as condies de concorrncia no vestibular entre estudantes oriundos de escolas pblicas e particulares; que o sentimento de pertena ao grupo estudantes universitários se concretiza mais em relao aos fazeres prprios da universidade do que em relao a qualquer outra condio vivida pelos estudantes, inclusive o ser ou no cotista. Aponta para novos temas a serem discutidos e modos de esclarecer os estudantes de escolas secundrias pblicas sobre seus direitos em relao ao cumprimento da Lei n 12.711, de 2012 que estabeleceu a reserva de vagas nas Instituies de Ensino Superior pblicas no Brasil.

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A integrao de tecnologias de informao e comunicao no contexto educacional tem sido tema de diversos congressos e simpsios ao redor do mundo e no Brasil. Neste sentido, vrios estudos tm sido realizados com o objetivo de se obter metodologias que tornem efetivo o emprego das novas tecnologias no ensino. Este artigo mostra um estudo que investigou a interao entre estudantes universitários da rea de cincias exatas e um ambiente de modelagem computacional qualitativo em atividades de modelagem expressiva. Os resultados obtidos mostram que os estudantes foram capazes de criar e modificar o modelo do sistema proposto a partir de suas prprias concepes.

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O presente trabalho teve como objetivo principal investigar concepes que estudantes do terceiro ano do ensino mdio possuem sobre direitos e obrigaes essenciais ao exerccio da cidadania. Para tanto, foi elaborado um questionrio composto de 20 questes fechadas e 9 questes abertas na forma de estudo de caso abordando alguns direitos e obrigaes essenciais ao exerccio pleno da vida civil. O instrumento foi submetido a 136 estudantes, entre 16 e 18 anos, de ambos os sexos, regularmente matriculados no terceiro ano de trs escolas pblicas de Ensino Mdio. Os resultados apontam que, de modo geral, as concepes dos estudantes sobre legislao esto mais prximas das disposies legislativas naqueles direitos que permeiam sua realidade prtica e, vai se distanciando medida que os direitos propostos estavam distantes de sua realidade, de modo que, aparentemente, o conhecimento que os mesmos possuem acerca dos direitos repousam mais no senso comum que no aprendizado escolar. As concluses apontam a necessidade de estratgias pedaggicas para insero de noes de Direito para os estudantes do Ensino Mdio, principalmente transversalmente aos contedos concernentes s disciplinas da rea das Cincias Humanas. Com base nessas concluses, foi elaborada uma proposta com sugestes de diretrizes para implementao da Educao em Direito no contexto das disciplinas de Histria, Geografia, Sociologia e Filosofia, partir de um entrelaamento entre os contedos presentes no Currculo Bsico da Escola Estadual do Esprito Santo e dispositivos legislativos que pudessem dialogar com as temticas, em busca de estabelecer uma proposta mnima que pudesse, sem prejuzo do desenvolvimento dos contedos, servir como instrumento para promoo da Educao em Direito, contribuindo, assim, na formao para a Cidadania.

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organizadoras, Fabiana Coelho Faroni, Raquel Baroni de Carvalho,Roseane Vargas Rohr.

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A pesquisa analisa da constituio histrica da disciplina Histria da Educao ministrada na Faculdade de Filosofia Cincias e Letras do Estado do Esprito Santo, posteriormente incorporada a Universidade Federal do Esprito Santo entre os anos de 1951 e 2000. Investiga a constituio histrica da disciplina, as transformaes programticas, legais e institucionais referentes disciplina de Histria da Educao, como tambm as abordagens historiogrficas, periodizaes e os conceitos de tempo, histria e educao. A fundamentao terica e metodolgica articula-se dialogicamente a partir das construes conceituais e metodolgicas de Carlo Ginzburg e Mikhail Bakhtin. A partir dos conceitos de polifonia e dialogismo, comum a ambos, investigou-se as vozes e dilogos impressos nas narrativas da disciplina de Histria da Educao e seu ensino, sejam em camadas mais superficiais ou profundas, encontradas no corpus documental consultado e analisado, que correspondem a: programas de ensino, transparncias, leis, estruturas curriculares, documentos de departamento; resenhas e fichamentos de textos, bibliografia obrigatria e complementar, avaliaes e entrevistas. Procurou-se no corpus documental dados aparentemente negligenciveis pistas, indcios e sinais remontar uma realidade histrica complexa e no experimentvel diretamente. Ao investigar historicamente a trajetria da disciplina Histria da Educao e seu ensino a partir dos parmetros legais, programticos e institucionais, foi possvel perceber que as mudanas mais profundas operadas na disciplina no se originam das legislaes e reestruturaes curriculares, mas dos locais de produo e socializao do conhecimento histrico. Durante o perodo analisado, as duas esferas de produo historiogrficas que mais influenciaram nas abordagens, periodizaes e conceitos de tempo, histria e educao da disciplina Histria da Educao do curso de pedagogia pesquisado foram: a editora responsvel pela publicao e divulgao dos Manuais de Histria da Educao da coleo Atualidades Pedaggicas (1951-1979) e os Programas de Ps-graduao em Educao e Histria (1980 - 2000). Entre 1951 e finais de 1970 observa-se a influncia dos Manuais de Histria da Educao, na organizao e programao do ensino de Histria da Educao e uma abordagem filosfica voltada para a histria das ideias pedaggicas e anlises do pensamento de filsofos e educadores sobre a educao e respectivas inseres em doutrinas filosficas europeias. A partir de 1980 as abordagens de cunho econmico, poltico e ideolgico dos contextos histricos educativos passaram a predominar nos programas de ensino das disciplinas de Histria da Educao I e II, e vigoraram at meados nos anos de 1990. Na disciplina de Histria da Educao I a abordagem marcada por anlises do contexto de produo e organizao das classes sociais; com relao disciplina Histria da Educao II, at meados de 1995, trata da educao brasileira. A partir da abordagem fundamentada na Teoria da Dependncia aps 1995, os documentos consultados comeam a mostrar outras marcas que sugerem uma abordagem voltada para a dimenso poltica e social, abordando a Histria da Educao Brasileira, a partir dos movimentos sociais e seus respectivos projetos educacionais.

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A cincia com suas verdades passou a ser um artefato essencial nos cotidianos escolares. Esses saberes se enredam com outros saberes que despotencializados e silenciados, permanecem nos interstcios do discurso hegemnico da modernidade na escola causando tenses. Potencializar a ocorrncia dessas redes nesses cotidianos pode intensificar essas tenses e assim abalar esse domnio da cincia. Os muitos caminhos possveis de serem percorridos nas tessituras desprivilegiam quaisquer saberes e fazeres que se pretendem exclusivos. Assumindo a metfora das redes, os praticantes da escola podem potencializar as inter-relaes que ocorrem na vida. A remoo de instncias de poder hierrquico de saberes, enredando-os e o compartilhamento solidrio das prticasteoriasprticas, no significa a diluio da autoridade. Agora a autoridade cumpre um novo papel que de constituir uma rede de relaes de autoridade partilhada. Desejamos perceber esses mltiplos sentidos e problematizar o quo potentes so ou no para a vida. Participamos juntamente com os alunos e alunas das aulas e posteriormente, os convidamos para conversasentrevistas, gravando e fotografando esses momentos. Percorremos, nos turnos matutino e noturno, todos os seus espaostempos, nos conectando nas redes que se tecem. Optamos por estar nas turmas de ensino mdio de formao geral e nas turmas de ensino mdio na modalidade Educao de Jovens e Adultos. As entrevistasconversas foram feitas com trs alunos ao mesmo tempo, sempre de uma mesma turma, para que se estabelecesse uma conversa e para que a produo de sentidos dos cotidianos da escola pudesse ser mais potencializada. Dos alunos entrevistados, esto entre os seus desejos mais comuns para alm dos saberes cientficos, as atividades esportivas, artsticas, literrias, religiosas, cursos de formao profissional, dana, canto, campanhas educativas, passeios. As relaes de amizade e outros modos relacionais como entre professores e alunos, tm sido citados com grande frequncia, pelos estudantes, nas entrevistasconversas. No tem se conseguido implantar na sua totalidade os preceitos da modernidade nos escola. H, portanto, um visvel esgotamento do monoplio do comportamento cientfico nos cotidianos da escola pblica pesquisada. So nesses espaostempos escolares nos quais pode se dar a experincia. Apesar do discurso moderno na escola produzir mecanismos que impedem a experincia, esse controle acompanhado de diversos mecanismos de escapes. pela voz dos alunos que se apresentam as ausncias da escola. A voz dos estudantes a grande presena na escola e sua grande potncia. Talvez esse seja o maior desperdcio no contexto educacional escolar.

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Esta dissertao foi construda em interface com a tradio oral milenar da filosofia budista, respeitando um estilo tradicional dos ensinamentos em sua transmisso oral. Por meio da perspectiva de uma "filosofia prtica", constitui-se uma metodologia onde as questes se desdobram em reflexes e ideias encadeadas, o que permite contemplar um tema de vrios ngulos, tendo por fio norteador os ensinamentos budistas da linhagem Sakya, que orientam uma postura tica para a vida cotidiana. Abordam-se as "orientaes para o viver" contidas nos ensinamentos com nfase no domnio da mente, da motivao e da inteno da ao humana. Para a realizao desse exerccio tico, que transforma o campo da educao processo de ensino e de aprendizagem e o da produo de conhecimento constituio de saberes sobre si e sobre o mundo , a prtica da meditao se coloca como delineadora de novos contornos para o pensar, o sentir e o agir, o que se evidencia por meio do ensinamento clssico Libertando-se dos Quatro Apegos, referncia central para este trabalho. Nesta perspectiva, a meditao abordada como campo da experincia, como um mtodo com o qual podemos viver a no separatividade de sujeito-corpo-mente. A importncia da meditao para um processo de criao de experincias constitutivas de um estar desperto. Este despertar se faz por meio de prticas onde ns somos a experincia da mente, ns somos a mente em si, e a prtica da meditao nos propicia essa experincia. A experincia de "estar presente em cada momento" pode nos levar ao domnio de ns mesmos, ao reconhecimento do outro como ser humano que tambm somos, e ao desenvolvimento da compaixo por todos os seres. Por meio desse processo podemos reconhecer o estado Bdico, ou melhor, o estado de Budeidade que todos temos em potencial. Budha uma potncia em ns, potncia de desenvolvermos compaixo equnime para com todos os seres E podemos fazer isso reconhecendo dois aspectos importantes: os quatro apegos que nos aprisionam e a maneira de nos libertarmos deles para trilhar o caminho desperto.

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Esta dissertao apresenta o resultado de uma pesquisa, de cunho terico, cujo escopo apreender, na obra flmica de Wim Wenders, o percurso esttico narrativo que esse cineasta faz, tendo como eixo central de discusso o conceito de memria e experincia. As perguntas que norteiam a pesquisa so: de que forma a esttica flmica dos filmes de Wenders elabora a memria e como esta est vinculada ideia de experincia? De que forma o fazer flmico desse cineasta pode ser uma referncia e estmulo para o mbito da educao, em especial para a formao dos sentidos? A pesquisa prope uma trade dialgica entre cinema, filosofia e educao. Para tanto, traa um panorama sobre a esttica de alguns filmes de Wenders em dilogo com a filosofia ensastica de Walter Benjamin. O principal objeto de anlise o filme Alice nas cidades (WENDERS, 1973). Com isso, pretende-se estabelecer um dilogo e traar um paralelo (relao) entre os conceitos de experincia e memria, presentes na esttica flmica de Wenders, e o conceito de memria e experincia tal como apresentada em alguns ensaios benjaminianos. A hiptese principal considera que a memria coletiva e a experincia fazem par e caminham com a histria da educao, e so elementos fundamentais para a formao dos sentidos. A compreenso desses dois conceitos, a partir de uma perspectiva crtica, pode ensejar uma experincia e formao esttica que produzem as condies de possibilidade para a contraposio barbrie que conduz pobreza da experincia, tambm entendida como regresso dos sentidos. A segunda hiptese de que o conceito de memria e experincia no cinema de Wim Wenders expressa uma esttica comprometida na construo de uma expresso artstica que dirige a ateno ressurgncia do passado no presente, isto , evidncias da experincia e da memria na linguagem cinematogrfica. O esforo da pesquisa pode ser resumido na tentativa de um exerccio de anlise e discusso terica em torno da relao entre educao e cinema. Para tanto, apontam-se, por meio da obra cinematogrfica de Wenders, evidncias de aproximao com o pensamento de Benjamin, em especial com relao aos conceitos de memria e experincia, tal como se apresenta no percurso criativo do cineasta. Tais conceitos contribuem, por meio da obra de Wenders, em dilogo com a filosofia de Benjamin, para produzirem um contraponto educao esttica na formao do professor.

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Esta dissertao foi construda em interface com a tradio oral milenar da filosofia budista, respeitando um estilo tradicional dos ensinamentos em sua transmisso oral. Por meio da perspectiva de uma "filosofia prtica", constitui-se uma metodologia onde as questes se desdobram em reflexes e ideias encadeadas, o que permite contemplar um tema de vrios ngulos, tendo por fio norteador os ensinamentos budistas da linhagem Sakya, que orientam uma postura tica para a vida cotidiana. Abordam-se as "orientaes para o viver" contidas nos ensinamentos com nfase no domnio da mente, da motivao e da inteno da ao humana. Para a realizao desse exerccio tico, que transforma o campo da educao processo de ensino e de aprendizagem e o da produo de conhecimento constituio de saberes sobre si e sobre o mundo , a prtica da meditao se coloca como delineadora de novos contornos para o pensar, o sentir e o agir, o que se evidencia por meio do ensinamento clssico Libertando-se dos Quatro Apegos, referncia central para este trabalho. Nesta perspectiva, a meditao abordada como campo da experincia, como um mtodo com o qual podemos viver a no separatividade de sujeito-corpo-mente. A importncia da meditao para um processo de criao de experincias constitutivas de um estar desperto. Este despertar se faz por meio de prticas onde ns somos a experincia da mente, ns somos a mente em si, e a prtica da meditao nos propicia essa experincia. A experincia de "estar presente em cada momento" pode nos levar ao domnio de ns mesmos, ao reconhecimento do outro como ser humano que tambm somos, e ao desenvolvimento da compaixo por todos os seres. Por meio desse processo podemos reconhecer o estado Bdico, ou melhor, o estado de Budeidade que todos temos em potencial. Budha uma potncia em ns, potncia de desenvolvermos compaixo equnime para com todos os seres E podemos fazer isso reconhecendo dois aspectos importantes: os quatro apegos que nos aprisionam e a maneira de nos libertarmos deles para trilhar o caminho desperto

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Este estudo tem como tema Estudantes Pblico-Alvo da Educao Especial na Educao em Tempo Integral no Municpio de Vitoria-ES. Seu objetivo geral foi investigar os modos de atendimento aos estudantes pblico-alvo da Educao Especial do Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada, oferecido pelo ensino pblico municipal nas Escolas de Ensino Fundamental (EMEFs) do municpio de Vitria, pela fala dos gestores e executores do programa. Seus objetivos especficos foram compreender a configurao da proposta de Educao em Tempo Integral Educao Ampliada no municpio de Vitria-ES; caracterizar o conjunto de estudantes pblico-alvo da Educao Especial participantes do Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada no municpio; compreender os sentidos e significados da incluso de estudantes pblico-alvo da Educao Especial no Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada no municpio de Vitria-ES. Trata-se de pesquisa qualitativa, cuja metodologia envolveu reviso de literatura e estudo de caso. O instrumento de pesquisa foi uma entrevista semiestruturada, por permitir explorar mais amplamente as abordagens e proporcionar aos entrevistados maior liberdade para emitir as suas opinies. Os sujeitos da pesquisa foram os gestores responsveis pelo desenvolvimento do Programa Educao em Tempo Integral Educao Ampliada da Secretaria Municipal de Educao do municpio de Vitria (Seme) e a equipe de uma das EMEFs que comps o grupo focal, profissionais diretamente envolvidos no exerccio das prticas pedaggicas com os estudantes matriculados no Programa da Unidade de Ensino. Os resultados das anlises da pesquisa foi que a Educao em Tempo Integral Educao Ampliada uma realidade no municpio de Vitria-ES, desde a sua implantao em 1989. O programa atende hoje a 3.203 estudantes. Desse total, apenas 35, ou seja, 1,9%, compem o pblico-alvo da Educao Especial atendido pelo programa em foco. A anlise das informaes documentais, os relatos dos gestores que se revezaram desde a implantao do Peti e as entrevistas com os sujeitos desta pesquisa revelaram que a educao em tempo integral se processa no municpio de Vitria de forma lenta e descontnua, especialmente por ocasio do revezamento entre uma administrao e outra, quando muda a gesto poltica.