62 resultados para Educação Filosofia
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
A pesquisa analisa da constituio histrica da disciplina Histria da Educação ministrada na Faculdade de Filosofia Cincias e Letras do Estado do Esprito Santo, posteriormente incorporada a Universidade Federal do Esprito Santo entre os anos de 1951 e 2000. Investiga a constituio histrica da disciplina, as transformaes programticas, legais e institucionais referentes disciplina de Histria da Educação, como tambm as abordagens historiogrficas, periodizaes e os conceitos de tempo, histria e educação. A fundamentao terica e metodolgica articula-se dialogicamente a partir das construes conceituais e metodolgicas de Carlo Ginzburg e Mikhail Bakhtin. A partir dos conceitos de polifonia e dialogismo, comum a ambos, investigou-se as vozes e dilogos impressos nas narrativas da disciplina de Histria da Educação e seu ensino, sejam em camadas mais superficiais ou profundas, encontradas no corpus documental consultado e analisado, que correspondem a: programas de ensino, transparncias, leis, estruturas curriculares, documentos de departamento; resenhas e fichamentos de textos, bibliografia obrigatria e complementar, avaliaes e entrevistas. Procurou-se no corpus documental dados aparentemente negligenciveis pistas, indcios e sinais remontar uma realidade histrica complexa e no experimentvel diretamente. Ao investigar historicamente a trajetria da disciplina Histria da Educação e seu ensino a partir dos parmetros legais, programticos e institucionais, foi possvel perceber que as mudanas mais profundas operadas na disciplina no se originam das legislaes e reestruturaes curriculares, mas dos locais de produo e socializao do conhecimento histrico. Durante o perodo analisado, as duas esferas de produo historiogrficas que mais influenciaram nas abordagens, periodizaes e conceitos de tempo, histria e educação da disciplina Histria da Educação do curso de pedagogia pesquisado foram: a editora responsvel pela publicao e divulgao dos Manuais de Histria da Educação da coleo Atualidades Pedaggicas (1951-1979) e os Programas de Ps-graduao em Educação e Histria (1980 - 2000). Entre 1951 e finais de 1970 observa-se a influncia dos Manuais de Histria da Educação, na organizao e programao do ensino de Histria da Educação e uma abordagem filosfica voltada para a histria das ideias pedaggicas e anlises do pensamento de filsofos e educadores sobre a educação e respectivas inseres em doutrinas filosficas europeias. A partir de 1980 as abordagens de cunho econmico, poltico e ideolgico dos contextos histricos educativos passaram a predominar nos programas de ensino das disciplinas de Histria da Educação I e II, e vigoraram at meados nos anos de 1990. Na disciplina de Histria da Educação I a abordagem marcada por anlises do contexto de produo e organizao das classes sociais; com relao disciplina Histria da Educação II, at meados de 1995, trata da educação brasileira. A partir da abordagem fundamentada na Teoria da Dependncia aps 1995, os documentos consultados comeam a mostrar outras marcas que sugerem uma abordagem voltada para a dimenso poltica e social, abordando a Histria da Educação Brasileira, a partir dos movimentos sociais e seus respectivos projetos educacionais.
Resumo:
Esta dissertao apresenta o resultado de uma pesquisa, de cunho terico, cujo escopo apreender, na obra flmica de Wim Wenders, o percurso esttico narrativo que esse cineasta faz, tendo como eixo central de discusso o conceito de memria e experincia. As perguntas que norteiam a pesquisa so: de que forma a esttica flmica dos filmes de Wenders elabora a memria e como esta est vinculada ideia de experincia? De que forma o fazer flmico desse cineasta pode ser uma referncia e estmulo para o mbito da educação, em especial para a formao dos sentidos? A pesquisa prope uma trade dialgica entre cinema, filosofia e educação. Para tanto, traa um panorama sobre a esttica de alguns filmes de Wenders em dilogo com a filosofia ensastica de Walter Benjamin. O principal objeto de anlise o filme Alice nas cidades (WENDERS, 1973). Com isso, pretende-se estabelecer um dilogo e traar um paralelo (relao) entre os conceitos de experincia e memria, presentes na esttica flmica de Wenders, e o conceito de memria e experincia tal como apresentada em alguns ensaios benjaminianos. A hiptese principal considera que a memria coletiva e a experincia fazem par e caminham com a histria da educação, e so elementos fundamentais para a formao dos sentidos. A compreenso desses dois conceitos, a partir de uma perspectiva crtica, pode ensejar uma experincia e formao esttica que produzem as condies de possibilidade para a contraposio barbrie que conduz pobreza da experincia, tambm entendida como regresso dos sentidos. A segunda hiptese de que o conceito de memria e experincia no cinema de Wim Wenders expressa uma esttica comprometida na construo de uma expresso artstica que dirige a ateno ressurgncia do passado no presente, isto , evidncias da experincia e da memria na linguagem cinematogrfica. O esforo da pesquisa pode ser resumido na tentativa de um exerccio de anlise e discusso terica em torno da relao entre educação e cinema. Para tanto, apontam-se, por meio da obra cinematogrfica de Wenders, evidncias de aproximao com o pensamento de Benjamin, em especial com relao aos conceitos de memria e experincia, tal como se apresenta no percurso criativo do cineasta. Tais conceitos contribuem, por meio da obra de Wenders, em dilogo com a filosofia de Benjamin, para produzirem um contraponto educação esttica na formao do professor.
Resumo:
Quais so os modos de ser sendo junto ao outro no mundo professores de Educação Fsica da Prefeitura Municipal da Serra, ES, situados no que se denomina real e do professor de Educação Fsica padre Jos no filme M Educação de Pedro Almodvar situado no que se denomina ficcional? Que contribuies reflexivas podem trazer tais dados (analisados hermeneuticamente) para a Formao Continuada de professores de Educação Fsica [3]? OBJETIVO: Descrever os modos de ser sendo junto ao outro no mundo de [1] professores de Educação Fsica que trabalham em escolas pblicas da Prefeitura Municipal da Serra, ES & do [2] padre Jos, personagem ficcional, professor de Educação Fsica no filme espanhol de 2004 M Educação fazendo-o primeiramente atravs de uma pesquisa clssica (descritiva e hermenutica) e depois uma literaturalizada e artstica (hermenutica). MARCO TERICO: Trata-se de uma proposta discursiva (terica) fenomenolgica existencial de tendncia marxista criada por Pinel; METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa fenomenolgica existencial seguindo recomendaes de Forghieri (2001) e Pinel (2006; 2012) - dentre outros. Os 29 professores de Educação Fsica foram provocados a mostrarem os seus modos de ser sendo junto ao outro no mundo do ofcio professor de Educação Fsica. Depois essa mesma provocao foi feita ao personagem do filme. RESULTADOS & DISCUSSO: Descreveram-se [1] os modos de ser sendo junto ao outro no mundo dos professores de Educação Fsica na dimenso do real e do ficcional (cinema), e no se objetivou comparao por mais que isso tenha ficado evidente. Esses professores, em 2011/2012, experienciando uma democracia (im)perfeita brasileira [que tem at tendncias neofascistas], mais ainda assim democracia - foram compreendidos sempre tomando um norte/ rumo/ direo em subjetivao pelos Guias de Sentido (GS Pinel) democrticos reconhecimento [demanda do grupo em ser valorizado, reconhecido], em (im) potncia [impotncia e potencia possvel de vir a lume sempre; a fora e seu outro lado, a fragilidade de ser], afetando [o que se pratica e pensa/sente afeta a si mesmo, o outro e o mundo; o afetar produz mais subjetivaes], sonhando [h demanda sempre de realizar projetos de vida; o projeto de ser sempre devir, em construo sempre; uma preciso imprecisa], saudavelmente insano [o quo perto pode estar a experienciar a sanidade e a loucura e o quanto uma loucura s, pois criativa, inventiva, produtiva, opositora ao estabelecido] eles mesmos junto ao outro no mundo tornando-se sujeitos. [2] J o professor de Educação Fsica padre Jos da pelcula almodovariana um professor que de imediato pode ser apreendido como slido e fixo na sua perverso fascista, ele como parte legitimadora do Estado espanhol de Franco, na dcada de 60, provavelmente em 1964, que , na fico, o espao-tempo de Jos e suas aes pedaggicas e psicolgicas (e de Educação Fsica). Mas no apenas o fascismo que torna o fascista um criador de um cotidiano fascista, pois afinal, paralelamente a ele, no concreto e na fico, haviam pessoas generosas, resistentes e resilientes que atuavam contra essas presses quase na maioria das vezes advindas do todo (Estado) eram pessoas democrticas individualmente e em pequenos e grandes grupos; eram exemplo de resistncia contra o estabelecido pela ideologia dominante de ento. Jos numa instituio fascista no conseguiu refletir e agir diferentemente, isto , com mais sade mental, escolhendo (na liberdade) ser fascista, ser menor (pouco) optou no ser-mais. Finalmente os mesmos dados so apresentados em outra esttica possvel e sempre aberta, inconclusa, devir... As artes e a poesia (bem como a literatura) procuram cuidadosamente desvelar os modos de ser junto ao outro no mundo professor de Educação Fsica do mundo real e do imaginrio (flmico) desvelando muitas vezes indissociados. PSCRITO: O autor descreve as possveis implicaes do seu estudo para educação fsica pautado sempre em uma proposta de criar um discursso insubmisso focando na ideia de que uma pesquisa demanda narrar a vida, e literaturalizar a cincia.
Resumo:
Esta dissertao foi construda em interface com a tradio oral milenar da filosofia budista, respeitando um estilo tradicional dos ensinamentos em sua transmisso oral. Por meio da perspectiva de uma "filosofia prtica", constitui-se uma metodologia onde as questes se desdobram em reflexes e ideias encadeadas, o que permite contemplar um tema de vrios ngulos, tendo por fio norteador os ensinamentos budistas da linhagem Sakya, que orientam uma postura tica para a vida cotidiana. Abordam-se as "orientaes para o viver" contidas nos ensinamentos com nfase no domnio da mente, da motivao e da inteno da ao humana. Para a realizao desse exerccio tico, que transforma o campo da educação processo de ensino e de aprendizagem e o da produo de conhecimento constituio de saberes sobre si e sobre o mundo , a prtica da meditao se coloca como delineadora de novos contornos para o pensar, o sentir e o agir, o que se evidencia por meio do ensinamento clssico Libertando-se dos Quatro Apegos, referncia central para este trabalho. Nesta perspectiva, a meditao abordada como campo da experincia, como um mtodo com o qual podemos viver a no separatividade de sujeito-corpo-mente. A importncia da meditao para um processo de criao de experincias constitutivas de um estar desperto. Este despertar se faz por meio de prticas onde ns somos a experincia da mente, ns somos a mente em si, e a prtica da meditao nos propicia essa experincia. A experincia de "estar presente em cada momento" pode nos levar ao domnio de ns mesmos, ao reconhecimento do outro como ser humano que tambm somos, e ao desenvolvimento da compaixo por todos os seres. Por meio desse processo podemos reconhecer o estado Bdico, ou melhor, o estado de Budeidade que todos temos em potencial. Budha uma potncia em ns, potncia de desenvolvermos compaixo equnime para com todos os seres E podemos fazer isso reconhecendo dois aspectos importantes: os quatro apegos que nos aprisionam e a maneira de nos libertarmos deles para trilhar o caminho desperto.
Resumo:
A pesquisa analisa as relaes entre interculturalidade, prxis e educação escolar indgena Tupinikim e Guarani do municpio de Aracruz, Esprito Santo, Brasil. Investiga a prxis da educação intercultural no espao da educação escolar indgena como meio de revitalizao das culturas Tupinikim e Guarani. Objetiva problematizar a formao inicial e continuada dos professores indgenas; discutir a prxis da interculturalidade no contexto da educação escolar indgena; e, identificar outros espaos educativos da cultura e educação indgena. Analisa aspectos tericos e prticos sobre cultura (WILLIAMS, 2008; BRANDO, 1989; FORQUIN, 1993; CANDAU, 2011; GEERTZ, 1989), interculturalidade (DAMBROSIO,1996; FLEURI, 2002; 2003; SCANDIUZZI, 2009;), identidade e alteridade (MELI, 2000; FREIRE, 1981; 1987; LITAIFF, 2004) e prxis (FREIRE, 1989; VSQUEZ, 2011; SEMERARO, 2006) e educação (escolar) indgena de acordo com a legislao vigente. Realiza pesquisa interpretativa (GEERTZ, 1989) na educação escolar indgena junto aos professores indgenas Guarani das Aldeias de Boa Esperana e Trs Palmeiras (2009-2010) e professores indgenas Tupinikim da Aldeia de Comboios (2011-2013) na perspectiva de um dilogo intercultural. Contribuem nos processos investigativos para produo, sistematizao e anlise de dados a realizao de observaes, entrevistas semiestruturadas, registros no caderno de campo, fotografias, gravaes em udio e em vdeo e anlise documental sobre a educação escolar indgena de Aracruz. (ANDR, 2007; GIL, 1999; 2004). Os resultados deste trabalho levantam questes relativas a duas realidades de educação escolar nas comunidades indgenas pesquisadas que se constituem em aspectos de sobrevivncia e desencadeia formas para interagir e reagir em defesa de sua identidade e dignidade. Nesse sentido, a escola um local de vivncias e de encontro, vista e sentida pelas lideranas e pela comunidade como uma possibilidade real para desenvolver um elo entre as formas tradicionais de vida e as formas contemporneas. O desafio de garantir uma escola nestes termos significa concretizar a proposta de um projeto de educação escolar para os povos indgenas, constitudo por especificidades de como trabalhar a terra, pelo reconhecimento de suas tradies, das lnguas e da memria coletiva. Distante de apresentar respostas conclusivas prope uma educação escolar, coletiva e participativa, que critica e dialoga com todos os envolvidos no processo educativo.
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O presente trabalho teve como objetivo principal investigar concepes que estudantes do terceiro ano do ensino mdio possuem sobre direitos e obrigaes essenciais ao exerccio da cidadania. Para tanto, foi elaborado um questionrio composto de 20 questes fechadas e 9 questes abertas na forma de estudo de caso abordando alguns direitos e obrigaes essenciais ao exerccio pleno da vida civil. O instrumento foi submetido a 136 estudantes, entre 16 e 18 anos, de ambos os sexos, regularmente matriculados no terceiro ano de trs escolas pblicas de Ensino Mdio. Os resultados apontam que, de modo geral, as concepes dos estudantes sobre legislao esto mais prximas das disposies legislativas naqueles direitos que permeiam sua realidade prtica e, vai se distanciando medida que os direitos propostos estavam distantes de sua realidade, de modo que, aparentemente, o conhecimento que os mesmos possuem acerca dos direitos repousam mais no senso comum que no aprendizado escolar. As concluses apontam a necessidade de estratgias pedaggicas para insero de noes de Direito para os estudantes do Ensino Mdio, principalmente transversalmente aos contedos concernentes s disciplinas da rea das Cincias Humanas. Com base nessas concluses, foi elaborada uma proposta com sugestes de diretrizes para implementao da Educação em Direito no contexto das disciplinas de Histria, Geografia, Sociologia e Filosofia, partir de um entrelaamento entre os contedos presentes no Currculo Bsico da Escola Estadual do Esprito Santo e dispositivos legislativos que pudessem dialogar com as temticas, em busca de estabelecer uma proposta mnima que pudesse, sem prejuzo do desenvolvimento dos contedos, servir como instrumento para promoo da Educação em Direito, contribuindo, assim, na formao para a Cidadania.
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Esta dissertao foi construda em interface com a tradio oral milenar da filosofia budista, respeitando um estilo tradicional dos ensinamentos em sua transmisso oral. Por meio da perspectiva de uma "filosofia prtica", constitui-se uma metodologia onde as questes se desdobram em reflexes e ideias encadeadas, o que permite contemplar um tema de vrios ngulos, tendo por fio norteador os ensinamentos budistas da linhagem Sakya, que orientam uma postura tica para a vida cotidiana. Abordam-se as "orientaes para o viver" contidas nos ensinamentos com nfase no domnio da mente, da motivao e da inteno da ao humana. Para a realizao desse exerccio tico, que transforma o campo da educação processo de ensino e de aprendizagem e o da produo de conhecimento constituio de saberes sobre si e sobre o mundo , a prtica da meditao se coloca como delineadora de novos contornos para o pensar, o sentir e o agir, o que se evidencia por meio do ensinamento clssico Libertando-se dos Quatro Apegos, referncia central para este trabalho. Nesta perspectiva, a meditao abordada como campo da experincia, como um mtodo com o qual podemos viver a no separatividade de sujeito-corpo-mente. A importncia da meditao para um processo de criao de experincias constitutivas de um estar desperto. Este despertar se faz por meio de prticas onde ns somos a experincia da mente, ns somos a mente em si, e a prtica da meditao nos propicia essa experincia. A experincia de "estar presente em cada momento" pode nos levar ao domnio de ns mesmos, ao reconhecimento do outro como ser humano que tambm somos, e ao desenvolvimento da compaixo por todos os seres. Por meio desse processo podemos reconhecer o estado Bdico, ou melhor, o estado de Budeidade que todos temos em potencial. Budha uma potncia em ns, potncia de desenvolvermos compaixo equnime para com todos os seres E podemos fazer isso reconhecendo dois aspectos importantes: os quatro apegos que nos aprisionam e a maneira de nos libertarmos deles para trilhar o caminho desperto
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Este artigo, inspirado nas propostas de Deleuze e Guattari, faz uma anlise das prticas educacionais pautadas no paradigma cientificista. Prope outras direes de sentido e um redimensionamento da educação com baser no paradigma tico/esttico/poltico trazendo a proposta das "rvores do Conhecimento"de M. Authier e P. Levy como uma possibilidade de se construrem comunidades de conhecimento, recusando os especialismos.
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Denise Meyrelles de Jesus, Claudio Roberto Baptista, Sonia Lopes Victor, organizadores.
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Organizadores Jos Francisco Chicon, Graciele Massoli Rodrigues.
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Textos apresentados no XI Seminrio Capixaba de Educação Inclusiva, realizado no municpio de Vitria, em setembro de 2008.
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luz dos autores Berger e Luckmann (2005); De Bastiani (2008); Ferreira (2009); Peruzzo (2010) e Maia (2011), esta pesquisa aborda o que os autores chamam de crise de sentido, contexto em que se percebe uma radical mudana das condies bsicas da vida humana e uma crescente transformao dos valores sociais. Esse cenrio revela a condio de estar em um mundo onde o que valorizado o fugaz, o aparente, o superficial, o sem sentido. Desse modo, prope uma anlise sobre a educação como processo de formao humana, afirmando a instituio escolar como espao privilegiado de possibilidades emancipatrias de existncia. Tendo como contexto de investigao o Programa Educação em Valores Humanos (PEVH) / Projeto Escola Sustentvel (PES) desenvolvido em uma das escolas do municpio de Serra-ES, as questes orientadoras tiveram como objetivo investigar como essa experincia se articula aos enunciados da crise de sentido e como tem favorecido o desenvolvimento da ideia de formao humana no mbito escolar. A metodologia privilegiada foi o estudo de caso tendo como instrumentos de pesquisa a observao participante, a anlise documental e as entrevistas. A partir da perspectiva qualitativa, a pesquisa em campo evidenciou que, embora os sentidos pretendidos pelo desenvolvimento do PEVH / PES nas escolas tenham despertado ateno a questes atuais e relevantes, circunscreveram-se alheios a um debate mais amplo e profundo acerca da escola na atualidade distanciando-se de uma perspectiva crtica. Logo, pela via da responsabilizao individual, desconsiderou as contradies histricas.
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Discusso e anlise sobre as inmeras temporalidades e espaos identitrios do Stio dos Crioulos, comunidade quilombola do municpio de Jernimo Monteiro, ao sul do Estado do Esprito Santo. O objetivo compreender as formas de saberes produzidas pela comunidade, assim como suas articulaes na relao tempoespao, no encadeamento do que podemos chamar de uma educação ambiental local, considerando os diferentes modos de vida que ali existem, como tambm os usos e apropriaes da natureza e dos processos identitrios. Os usos das narrativas atravs de entrevistas abertas e a observao-participante compem a metodologia com as experincias do lugar praticado. Pesquisa que engendra o ambiental em traduo com os saberes-fazeres da comunidade: o ldico, a roa e o sagrado. So espaos-tempos que possibilitam pensar na radicalizao e anunciao das prticas sociais e culturais como sinnimos da realizao do ambiental, e como narrativas que denotam estrias que emergem dos silenciamentos da modernidade disciplinante e instrumental, a qual reduziu as comunidades ditas tradicionais conformao de conhecimentos no-cientficos dotados de irracionalidades. Esta pesquisa busca compreender de que forma possvel pensar uma educação ambiental de dentro para fora, onde a relao pesquisador-pesquisado se estabelece como ponto de aproximao e conflito das dinmicas socioculturais estabelecidas por esse encontro. O que nos aproxima de uma educação ambiental ps-colonial que surge das narrativas e experincias locais na convergncia das diferenas e do que se produz e traduz junto a elas. Este trabalho discorre desses processos de aproximao e distanciamento que provocam outras tradues sobre a cultura-natureza de ns mesmos, indivduos e sociedade.
Resumo:
Este estudo focaliza a constituio do trabalho docente na Educação Infantil (EI), tomando como referncia o cenrio da EI articulado ao campo profissional, vinculado s especificidades da EI, na indissociabilidade do educar e do cuidar, no contexto de transformaes do sistema educativo e da expanso da oferta da EI. Perspectiva compreender os sentidos que emergem do/circulam no trabalho docente na EI das auxiliares de creche e professoras que atuam com crianas de zero a trs anos, quando mediadas por um processo de formao. sustentado pelos pressupostos terico-metodolgicos bakhtinianos vinculados aos referenciais do trabalho docente e da formao no campo da educação infantil, com base numa configurao dialgica da compreenso. Articula essa ancoragem pesquisa de abordagem qualitativa por meio dos procedimentos metodolgicos de observao participante e entrevistas, tendo como campo de estudo a experincia de uma instituio de Educação Infantil. Os resultados demonstram tensionamentos entre formao continuada e vivncia profissional, estendendo-se s profissionais docentes em situao funcional dspar diante da perspectiva pedaggica da indissociabilidade do educar e do cuidar. Os sentidos que emergiram e circularam, a partir das rodas de conversa propostas nesta pesquisa, abrangem a complexidade do trabalho docente na EI, configurado por lgicas hierrquicas no exerccio da docncia. Tais fundamentos incidem na diluio de um trabalho educativo pautado no compromisso pedaggico e na formao das crianas, pois, da forma como vm sendo ampliadas e flexibilizadas as contrataes, intensificam a fragilidade da funo docente, no que tange formao mnima exigida em lei para atuar na EI quanto na formao continuada.