11 resultados para Deficientes mentais - Empregos
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) caracteriza-se por uma srie de distrbios cognitivos e neurocomportamentais e sua prevalncia mundial estimada em 1 criana com TEA a cada 160 crianas com tpico desenvolvimento (TD). Indivduos com TEA apresentam dificuldade em interpretar as emoes alheias e em expressar sentimentos. As emoes podem ser associadas manifestao de sinais fisiolgicos, e, dentre eles, os sinais cerebrais tm sido muito abordados. A deteco dos sinais cerebrais de crianas com TEA pode ser benfica para o esclarecimento de suas emoes e expresses. Atualmente, muitas pesquisas integram a robtica ao tratamento pedaggico do TEA, atravs da interao com crianas com esse transtorno, estimulando habilidades sociais, como a imitao e a comunicao. A avaliao dos estados mentais de crianas com TEA durante a sua interao com um rob mvel promissora e assume um aspecto inovador. Assim, os objetivos deste trabalho foram captar sinais cerebrais de crianas com TEA e de crianas com TD, como grupo controle, para o estudo de seus estados emocionais e para avaliar seus estados mentais durante a interao com um rob mvel, e avaliar tambm a interao dessas crianas com o rob, atravs de escalas quantitativas. A tcnica de registro dos sinais cerebrais escolhida foi a eletroencefalografia (EEG), a qual utiliza eletrodos colocados de forma no invasiva e no dolorosa sobre o couro cabeludo da criana. Os mtodos para avaliar a eficincia do uso da robtica nessa interao foram baseados em duas escalas internacionais quantitativas: Escala de Alcance de Metas (do ingls Goal Attainment Scaling - GAS) e Escala de Usabilidade de Sistemas (do ingls System Usability Scale - SUS). Os resultados obtidos mostraram que, pela tcnica de EEG, foi possvel classificar os estados emocionais de crianas com TD e com TEA e analisar a atividade cerebral durante o incio da interao com o rob, atravs dos ritmos alfa e beta. Com as avaliaes GAS e SUS, verificou-se que o rob mvel pode ser considerado uma potencial ferramenta teraputica para crianas com TEA.
Resumo:
O objetivo deste estudo estimar a prevalncia de transtornos mentais de acordo com a situao de emprego por sexo, analisar associaes entre os transtornos mentais e situao de emprego, bem como entre a busca de tratamento e situao de emprego dentre os respondentes com transtornos mentais nos ltimos 12 meses. Alm disso, pretende-se analisar a perda de dias de trabalho devido ao absentesmo e ao presentesmo associando-os com os transtornos mentais, dentre os trabalhadores. Os dados foram analisados a partir do Estudo So Paulo Megacity, um estudo de base populacional que avaliou os transtornos mentais em uma amostra probabilstica de 5.037 adultos residentes na Regio Metropolitana de So Paulo, utilizando a verso do Composite International Diagnostic Interview da Organizao Mundial de Sade. A amostra foi dividida em grupos de acordo com a situao de trabalho trabalhadores, economicamente inativos e desempregados. A prevalncia dos transtornos mentais foi estimada estratificada por sexo, bem como, as associaes com as situaes de emprego, caractersticas scio-demogrficas e procura por tratamento. O nmero mdio de dias perdidos por absentesmo e presentesmo na populao de trabalhadores foi estimado baseado na Escala de Avaliao de Incapacidade Organizao Mundial de Sade. Os efeitos a nvel populacional e os custos financeiros tambm foram estimados. As associaes foram medidas pelo Odds Ratio e calculada atravs do modelo de regresso logstica multinomial. Do total da amostra (n= 5.035), 63% eram trabalhadores, 25% economicamente inativos e 12% desempregados. Os trabalhadores foram associados ao sexo masculino, menor idade, maior nmero de anos estudados e maior renda. As mulheres apresentaram maior prevalncia de transtornos de humor e ansiedade. Os homens foram associados a qualquer transtorno mental, transtorno de humor e transtorno de ansiedade, as mulheres foram associadas a situao de emprego economicamente inactivas e desempregadas. Os homens cuja situao de emprego era trabalhador mostrou maiores prevalncias nos transtornos de impulso-controle e nos transtornos por uso de substncias psicoativas. As mulheres cuja situao de emprego era trabalhador e os homens cuja situao de emprego era economicamente inativos, tiveram maiores prevalncias de transtornos mentais. Dentre respondentes com algum transtorno mental, os respondentes economicamente inativos apresentaram associao com a procura de tratamento de sade geral e de sade mental. A presena de algum transtorno mental foi associado com 26,8 dias/ano devido ao absentesmo, 92,2 dias/ano devido ao presentesmo e 125,9 dias/ano de perda total de trabalho. Os custos anuais da perda de trabalho foram estimados em R$ 2,6 bilhes por ano, correspondentes a R$ 690 milhes por ano devido ao absentesmo, e R$ 1,9 bilhes por ano devido ao presentesmo. Nossos resultados fornecem importantes informaes epidemiolgicas sobre os transtornos mentais e o impacto no trabalho que devem ser levadas em considerao na definio de prioridades para os cuidados em sade e alocao de recursos.
Resumo:
A integrao de tecnologias de informao e comunicao no contexto educacional tem sido tema de diversos congressos e simpsios ao redor do mundo e no Brasil. Neste sentido, vrios estudos tm sido realizados com o objetivo de se obter metodologias que tornem efetivo o emprego das novas tecnologias no ensino. Este artigo mostra um estudo que investigou a interao entre estudantes universitrios da rea de cincias exatas e um ambiente de modelagem computacional qualitativo em atividades de modelagem expressiva. Os resultados obtidos mostram que os estudantes foram capazes de criar e modificar o modelo do sistema proposto a partir de suas prprias concepes.
Polticas, prticas pedaggicas e formao : dispositivos para a escolarizao de alunos(as) com deficincia
Resumo:
Organizadores, Denise Meyrelles de Jesus, Maria das Graas Carvalho Silva de S.
Resumo:
O estudo assume como problema de investigao analisar as contribuies da Comunicao Alternativa e Ampliada (CAA) aos processos comunicativos de alunos sem fala articulada no contexto da escola, destacando nesses processos o papel potencializador dos interlocutores. Fundamenta-se na abordagem de linguagem e na noo de enunciado discutidas por Bakhtin e nas contribuies de Vigotski sobre a relao entre desenvolvimento e aprendizagem, postulando que a aquisio e o desenvolvimento da linguagem ocorrem no curso das aprendizagens, ao longo da vida. As anlises e reflexes empreendidas evidenciam uma discusso acerca da linguagem que se desloca da dimenso orgnica para a dimenso da constituio do sujeito como humano. Sob essa viso, outros conceitos, como os de lngua, fala, interao verbal, dialogia, enunciao, aprendizagem e desenvolvimento so problematizados e tambm considerados como elementos fundantes e presentes nas relaes comunicativas entre os sujeitos sem fala articulada e seus interlocutores. Na primeira etapa, o estudo busca conhecer as formas organizativo-pedaggicas de cinco Secretarias Municipais de Educao da Regio Metropolitana de Vitria e da Secretaria de Estado da Educao no que diz respeito identificao dos alunos com Paralisia Cerebral, sem fala articulada, ao acompanhamento tcnico-pedaggico e formao de professores que atuam na Educao Especial. Na segunda etapa, objetiva conhecer a processualidade da organizao do trabalho pedaggico instituda nos contextos escolares e investiga os processos comunicativos em/com dois alunos com severos comprometimentos motores e de fala em duas escolas de Ensino Fundamental, localizadas no municpio de Serra e de Vitria. Nesta etapa, opta pela pesquisa- ao colaborativo-crtica por contribuir, terica e metodologicamente, para sustentar os fazeres individuais e coletivos nos lcus de investigao. Os resultados revelam que, institucionalmente, ainda no se conhece quem so e quantos so os alunos com Paralisia Cerebral sem fala articulada no contexto de suas reais necessidades. Esse desconhecimento atribudo pelas gestoras das Secretarias Municipais de Educao investigadas ao considerarem que, via de regra, so tomadas apenas as informaes do Educacenso-INEP. As identificaes pontuais, quando ocorrem, so decorrentes de estratgias internas adotadas, sendo uma delas o assessoramento pedaggico das equipes s escolas. No que tange ao ensino, aprendizagem e avaliao, o estudo constata que so atravessados por concepes equivocadas sobre os sujeitos com Paralisia Cerebral sustentadas, sobretudo, pela baixa expectativa e pelo pouco esforo quanto sua escolarizao. Constata tambm que o uso dos recursos de CAA potencializa os processos comunicativos dos alunos investigados e, movimentados pela linguagem, possibilita-lhes enunciar e fixar posies, opinies e decises, assegurando-lhes mais autonomia e fluidez do processo comunicacional. As formas de mediao dos interlocutores assim como as dinmicas dialgicas por eles utilizadas com os alunos se constituem como elementos importantes nos processos de comunicao e interao. A espera do outro, o apoio e o incentivo reformulao daquilo que se quer expressar, as modificaes e alteraes no jogo dialgico so exemplos dessa mediao. Quanto s aes de reorganizao do trabalho pedaggico, o estudo registra maior articulao e colaborao entre professores da classe, professora da Educao Especial e estagiria no planejamento das aulas, dos contedos, com a insero no notebook para um dos alunos; o uso das pranchas de comunicao, por ambos os alunos e seus interlocutores, como ao inovadora nos contextos escolares; a realizao de atividades pelos alunos, com gradativa autonomia, a partir da disponibilizao de recursos de TA/CAA (pasta de contedos temticos, figuras imantadas, quadro metlico, ponteira, plano inclinado, notebook); a proposio de aes intencionais de alfabetizao, a partir da reorganizao de espaos-tempos no cotidiano da escola. Conclui que as discusses tericas e prticas das questes relacionadas com a linguagem, com os processos cognitivos e com o uso de recursos de TA/CAA alavancam mudanas na concepo dos profissionais das escolas pesquisadas que, ainda, sob uma viso reducionista quanto s formas de comunicao e de interao verbal, impem limites escolarizao dos alunos com deficincia.
Resumo:
A partir da segunda metade do sculo XX, mudanas no modo de produo capitalista comearam a afetar a relao que as empresas estabeleciam com o trabalhador. Diante de um mercado imprevisvel, a carreira tradicional, marcada, entre outros aspectos, por empregos duradouros e com possibilidade de ascenso na hierarquia da organizao, tornou-se menos recorrente. Paralelamente, comearam a despontar novas concepes sobre carreira, tendo a maioria um enfoque individualista. Dentre as novas proposies, o presente estudo tomou como referncia a concepo de carreira proteana. Esse modelo, de origem norte-americana, tem como ideia central a noo de uma carreira que gerida pelo indivduo, e tem como meta o alcance do sucesso psicolgico. Desta forma, ancora-se em duas principais dimenses: autogerenciamento e direcionamento para valores. Considerando os diversos estudos que descrevem as dificuldades enfrentadas por estudantes na transio da universidade para o mercado de trabalho, esta pesquisa objetivou compreender aspectos do gerenciamento proteano de carreira entre universitrios brasileiros que j tinham concludo, pelo menos, a primeira metade do curso de graduao. Para tanto, o estudo foi dividido em dois artigos. O primeiro foi destinado ao desenvolvimento e validao da Escala de Atitudes de Carreira Proteana para universitrios, tendo sido realizado com uma amostra de 1016 estudantes de 37 cursos diferentes, com idade variando entre 18 e 65 anos, e mdia de 24,52 (DP = 6,69 anos). O instrumento, denominado neste estudo de Escala de Gerenciamento Proteano de Carreira para Universitrios (EGPC-U) atestou a estrutura de duas dimenses, evidenciada tambm na verso original da medida. Os ndices de confiabilidade foram satisfatrios e superiores a 12 0,61, tendo o instrumento a possibilidade de ser utilizado em servios de orientao profissional ou de carreira. O segundo artigo objetivou compreender como as dimenses do modelo proteano se relacionam com variveis sciodemogrficas e com construtos psicossociais: personalidade, lcus de controle, sade e satisfao com a vida, e envolveu alunos de duas reas de conhecimento: humanas e exatas. A amostra foi composta por 525 alunos, sendo 245 da rea de humanas e 280 de exatas, sendo 52% do sexo masculino. A idade dos participantes variou entre 18 e 30 anos e mdia de 22,59 anos (DP = 2,66 anos). A partir dos resultados do estudo 2, constatou-se que alunos da rea de humanas, quando comparados a estudantes de exatas, tendem a apresentar mdia superior na dimenso de direcionamento para valores. Verificou-se ainda que os aspectos de conscienciosidade e lcus de controle interno so preditores significativos do autogerenciamento tanto entre alunos de humanas como de exatas e que a adoo de atitudes proteanas tende a impactar positivamente aspectos da sade e da satisfao com a vida do indivduo. O estudo, de um modo geral, permitiu verificar a existncia de caractersticas proteanas entre universitrios, como tambm possibilitou conhecer variveis relacionadas s atitudes de autogerenciamento e direcionamento para valores. Destaca-se, porm, a necessidade de pesquisas complementares com a explorao de outras variveis psicossociais que possam estar relacionadas ao gerenciamento proteano entre graduandos.
Resumo:
Esta pesquisa de mestrado teve como principal objetivo investigar estratgias de clculo mental, utilizadas por alunos de uma 5 srie/6 ano do ensino fundamental ao resolver clculos de adio e subtrao. Para atingir este objetivo procuramos responder aos questionamentos: Quais estratgias de clculo mental, alunos da 5 srie/6 ano empregam na resoluo de clculos de adio e subtrao? Que relaes existem entre o tipo de clculo envolvido e a estratgia adotada para resolv-lo? Para respondermos a essas questes, seguimos uma metodologia de natureza qualitativa, configurada como estudo de caso do tipo etnogrfico. O trabalho de campo foi desenvolvido em uma turma de 5 srie/6 ano do ensino fundamental de uma escola pblica da rede estadual de ensino do municpio de Serra. A pesquisa aconteceu de maio a dezembro de 2013. Oito alunos resolveram uma atividade diagnstica composta de quatro sequncias de clculos mentais, a saber, fatos fundamentais do nmero 5, do nmero 10, do nmero 20 e do nmero 100, dentre adies e subtraes prximas a esses resultados. Todos alunos participaram da etapa de entrevistas. Dos oito alunos, foram escolhidos dados de trs que participaram de outras etapas da pesquisa. Os registros realizados pelos alunos na etapa de observao da turma, na etapa diagnstica e na etapa de interveno didtica, as anotaes no caderno de campo e algumas gravaes em udio serviram como fontes de coleta de dados. Utilizamos as estratgias identificadas por Beishuizen (1997), Klein e Beishuizen (1998), Thompson (1999, 2000) e Lucangeli et al. (2003), como categorias de anlise. Atravs da anlise de dados, constatamos que as escolhas das estratgias de clculo mental pelos alunos variaram de acordo com o tipo de sequncia de clculos, a operao aritmtica (adio ou subtrao) e o estado emocional deles durante a atividade. Foi possvel identificar o uso de duas estratgias combinadas, o algoritmo mental e estratgias de contagens nos dedos para grande parte dos clculos. O uso do algoritmo mental mostrou-se um procedimento de grande sobrecarga mental e, em alguns clculos de adio sem reserva, serviu apenas como apoio visualizao numrica, sendo executado pelo aluno da esquerda para a direita, semelhantemente estratgia de decomposio numrica. Os dados deste estudo apontam para: (i) a necessidade de se trabalhar fatos numricos fundamentais de adio e subtrao via clculo mental de maneira sistemtica em sala de aula; (ii) a necessidade de se ensinar estratgias autnticas de clculo mental para que os alunos no se tornem dependentes de estratgias como contagens e algoritmo mental, que so mais difceis de serem executadas com xito; (iii) a importncia de entrevistar, individualmente, os alunos a fim de compreender e avaliar o desenvolvimento destes em tarefas de clculo mental.
Resumo:
A identificao e a avaliao de crianas com desenvolvimento atpico configuram um processo muito importante para subsidiar as estratgias de ensino voltadas para a promoo do potencial de aprendizagem. O interesse em relao ao prognstico de crianas com deficincia tem impulsionado o desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisas relacionadas avaliao, preveno e interveno. Nesse contexto, torna-se relevante verificar com instrumentos adequados indicadores lingusticos, cognitivos e comportamentais, para assim traar metas a partir daquilo que as crianas podem aprender. Dessa forma, esta pesquisa teve por objetivo verificar se a avaliao assistida informatizada se apresenta como uma modalidade de diagnstico mais prescritivo do desenvolvimento cognitivo, quando comparada avaliao psicomtrica, na aplicao em crianas com deficincia. Na modalidade assistida h ajuda do examinador para conduzir a criana a um melhor nvel de desempenho cognitivo. Participaram 11 crianas que frequentam uma instituio de atendimento clnico, em sade, para crianas com deficincia, na Grande Vitria. Na avaliao psicomtrica foram utilizados a Escala de Maturidade Mental Colmbia computadorizada Colmbiacomp e o Teste de Vocabulrio por Imagens Peabody - TVIPcomp. Na avaliao assistida informatizada foram aplicadas trs provas voltadas para as habilidades de classificao e raciocnio analgico: Excluso de Objetos, Excluso de Figuras Geomtricas e Jogo de Analogia de Figuras, no ambiente informatizado SINDAPSI. Protocolos de registro de fatores afetivo-motivacionais e de operaes cognitivas foram utilizados durante as tarefas assistidas. Na avaliao do comportamento, o Child Behavior Checklist CBCL foi respondido pelas mes. Dados documentais e dos instrumentos foram submetidos anlise estatstica descritiva para verificar o desempenho das crianas nas duas formas de avaliao informatizada (psicomtrica e assistida). Nos testes psicomtricos, 64% das crianas alcanaram ndice abaixo da mdia no TVIPcomp, e 55% mdio-inferior no Colmbiacomp. Em relao ao perfil de desempenho cognitivo, na Prova de Excluso de Objetos computadorizada 55% das crianas foram avaliadas como no-mantenedoras. Na Prova de Excluso de Figuras Geomtricas computadorizada 55% da amostra foi classificada no perfil alto-escore, e no Jogo de Analogias de Figuras computadorizado 45% apresentou o perfil ganhador. A amostra demonstrou nveis de dificuldade na realizao dos testes,tanto na modalidade psicomtrica quanto assistida. Contudo, o desempenho nos testes assistidos foi relativamente melhor, evidenciando que o grupo se beneficiou da mediao,implementada na fase de assistncia, para melhorar as habilidades cognitivas. Alm disso, a apresentao informatizada dos testes apresentou-se como fator motivador para a realizao e persistncia nas tarefas.
Resumo:
A associao entre experincias adversas na infncia e o desencadeamento de depresso ou dor crnica na vida adulta tem sido documentada, assim como a relao entre os sintomas de dor crnica e depresso. No entanto, h poucos estudos avaliando o papel da exposio a experincias adversas na infncia na ocorrncia dessa comorbidade. O objetivo deste trabalho avaliar a influncia da exposio a experincias adversas na infncia na ocorrncia de dor crnica, de depresso e na comorbidade dor crnica e depresso na vida adulta, em uma amostra da populao geral adulta (maiores de 18 anos) residente na Regio metropolitana de So Paulo, Brasil. Os dados so resultantes do Estudo Epidemiolgicos dos Transtornos Mentais So Paulo Megacity. Os respondentes foram avaliados usando a verso desenvolvida para o Estudo Mundial de Sade Mental do Composite International Diagnostic Interview da Organizao Mundial da Sade (WMH-CIDI), que composto por mdulos clnicos e noclnicos provendo diagnsticos de acordo com os critrios do Manual Diagnstico e Estatstico dos Transtornos Mentais 4 edio (DSM-IV). Um total de 5.037 indivduos foi entrevistado, com uma taxa global de resposta de 81,3%. Foram realizadas anlises descritivas para mdias e propores, e associaes (Razes de Chances OR) entre experincias adversas na infncia, dor crnica e depresso atravs de regresso logstica. Todas as anlises foram realizadas atravs do programa estatstico Data Analysis and Statistical Software verso 12.0 (STATA 12.0), com testes bi-caudais com nvel de significncia de 5%. Uma elevada taxa de prevalncia de dor crnica (31%, Erro Padro [ER]=0.8) foi encontrada, Dor Crnica esteve associada aos transtornos de ansiedade (OR=2,3; 95% IC=1,9 3,0), transtornos de humor (OR=3,3; IC=2,6 4,4) em qualquer transtorno mental (OR=2,7; 95% IC=2,3 3,3). As adversidades na infncia estiveram fortemente associadas aos respondentes com dor crnica e depresso concomitante, principalmente quanto ao abuso fsico (OR=2,7; 95% IC=2,1 3,5) e sexual (OR=7,4; 95% IC=3,4 16,1).
Resumo:
Para pesquisar sobre as produes de cuidado pelos trabalhadores da sade mental na relao cotidiana do trabalho e com os usurios, utilizou-se como ferramentas metodolgicas: a cartografia - por considerar os processos descritivos de uma vida e as multiplicidades que atravessam os sujeitos - e as narrativas propostas por Walter Benjamin, como forma de contar histrias sobre estes processos que se compem na produo de cuidado. A Reforma Psiquitrica no Brasil foi marcada pela crtica aos modos asilares, que eram/so adoecedores e negam os desejos e os direitos das pessoas que passam pela experincia da loucura, internadas ou no. Com o olhar crtico a esse modelo hospitalocntrico, vrios atores antimanicomiais protagonizaram a criao de dispositivos que transversalizam essa forma de cuidado. O cuidado em sade mental passou por diversas transformaes como mostra Foucault (1982), principalmente com a entrada do saber cientfico que se apropriou do conhecimento e do controle dos corpos para lidar com a loucura, o que proporcionou o isolamento dos loucos. E, hoje, com a Reforma Psiquitrica, temos o desafio de continuar o movimento de desinstitucionalizao das prticas, dos saberes e dos manicmios mentais, que perpassam as relaes de trabalho de cuidado por meio de capturas, sensveis ou no, e que se presentificam nos corpos, nas falas e nas aes. Dessa forma, faz-se necessrio que esses processos de rupturas ao modo manicomial se iniciem em ns, para que a produo de subjetividades e novos modos de existncia do outro se expandam em suas (re)invenes. Por isso, o trabalho se cria a todo instante, no tendo um modelo nico de cuidar na sade mental. No entanto, importante salientar que a interveno seja pautada numa tica esttica-poltica e na produo de autonomia dos sujeitos, para que o trabalho no seja tutelador, mas que permita as afirmaes dos desejos dos usurios. As equipes multiprofissionais e transdisciplinares fazem toda a diferena no acolhimento, no acompanhamento e nas intervenes com os usurios, os familiares e os prprios trabalhadores da sade mental. Como uma forma de dispositivo de trabalho para produzir cuidado, a arte e a cultura so vistas como transformadores dos modos de existncia, bem como o lazer e a ocupao dos territrios e da comunidade em que os usurios esto inseridos
Resumo:
Este estudo tem como objetivo compreender a forma com que os mecanismos de governana corporativa interferem na gesto de uma pequena empresa familiar. Para isso, adotaram-se a perspectiva de Hart (1995), que discorre sobre governana corporativa, e de Leone (2005) para empresas familiares. Para alcanar este objetivo, adotou-se, em relao conduo da pesquisa, uma abordagem qualitativa, por meio do mtodo do estudo de caso. A triangulao de dados foi utilizada como instrumento de coleta de dados por meio de pesquisa documental, observao assistemtica e entrevista semiestruturada, e a anlise de dados foi realizada atravs da anlise de contedo. Como contribuio terica, este estudo amplia o Modelo de Quatro Crculos com Contexto e Sistema de Valores com a introduo de proprietrios formais e informais, gerando o Modelo de Cinco Crculos. A presena da governana corporativa foi identificada atravs dos fatores de diferenciao e da implantao de onze mecanismos de governana que gerou mudanas no controle da empresa, no processo sucessrio, na profissionalizao e na captao de recursos. Os mecanismos encontrados foram denominados como: empresa controladora; respeito fraternal; projetos pessoais; pr-labore dos gestores familiares; ausncia de remunerao dos familiares no gestores; aconselhamento profissional; prestao de contas; proteo do empreendimento familiar; alinhamento de interesses na gesto; atribuies e responsabilidades; e ateno aos interesses dos stakeholders. Tais mecanismos no possuem ordem cronolgica, pois o respeito fraternal e projetos pessoas j existiam antes da criao da empresa familiar. Quanto ao controle, destaca-se o mecanismo prestao de contas, que possibilitou uma ligao entre a famlia e a empresa; permitiu clareza, transparncia, igualdade entre todos os irmos, diminuindo a assimetria informacional; facilitou uma comunicao aberta e honesta entre todos os proprietrios, transmitindo uma sensao de segurana e previsibilidade; e contribuiu para eliminar e/ou minimizar conflitos entre os proprietrios (formais e informais). Quanto sucesso, os mecanismos proteo do empreendimento familiar, aconselhamento profissional, respeito fraternal esto possibilitando planejar o processo sucessrio da empresa; facilitaram a comunicao entre os familiares, e assim, diminuiu a assimetria informacional; e realizaram a manuteno e administrao dos bens mobilirios da famlia empresria. Quanto profissionalizao, os mecanismos proteo do empreendimento familiar e respeito fraternal viabilizaram a participao de todos para decidir sobre a profissionalizao da empresa. Com relao captao de recursos, os mecanismos atribuies e responsabilidades e ateno aos interesses dos stakeholders possibilitaram a empresa, durante todo seu ciclo de vida, a buscar recursos financeiros sem dificuldade, gerando um maior investimento, crescimento e gerao de empregos