9 resultados para Cyberspace Situational Knowledge, Capability, Cybersecurity, Cyberdefence, Organization
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
A pesquisa analisa da constituio histrica da disciplina Histria da Educao ministrada na Faculdade de Filosofia Cincias e Letras do Estado do Esprito Santo, posteriormente incorporada a Universidade Federal do Esprito Santo entre os anos de 1951 e 2000. Investiga a constituio histrica da disciplina, as transformaes programticas, legais e institucionais referentes disciplina de Histria da Educao, como tambm as abordagens historiogrficas, periodizaes e os conceitos de tempo, histria e educao. A fundamentao terica e metodolgica articula-se dialogicamente a partir das construes conceituais e metodolgicas de Carlo Ginzburg e Mikhail Bakhtin. A partir dos conceitos de polifonia e dialogismo, comum a ambos, investigou-se as vozes e dilogos impressos nas narrativas da disciplina de Histria da Educao e seu ensino, sejam em camadas mais superficiais ou profundas, encontradas no corpus documental consultado e analisado, que correspondem a: programas de ensino, transparncias, leis, estruturas curriculares, documentos de departamento; resenhas e fichamentos de textos, bibliografia obrigatria e complementar, avaliaes e entrevistas. Procurou-se no corpus documental dados aparentemente negligenciveis pistas, indcios e sinais remontar uma realidade histrica complexa e no experimentvel diretamente. Ao investigar historicamente a trajetria da disciplina Histria da Educao e seu ensino a partir dos parmetros legais, programticos e institucionais, foi possvel perceber que as mudanas mais profundas operadas na disciplina no se originam das legislaes e reestruturaes curriculares, mas dos locais de produo e socializao do conhecimento histrico. Durante o perodo analisado, as duas esferas de produo historiogrficas que mais influenciaram nas abordagens, periodizaes e conceitos de tempo, histria e educao da disciplina Histria da Educao do curso de pedagogia pesquisado foram: a editora responsvel pela publicao e divulgao dos Manuais de Histria da Educao da coleo Atualidades Pedaggicas (1951-1979) e os Programas de Ps-graduao em Educao e Histria (1980 - 2000). Entre 1951 e finais de 1970 observa-se a influncia dos Manuais de Histria da Educao, na organizao e programao do ensino de Histria da Educao e uma abordagem filosfica voltada para a histria das ideias pedaggicas e anlises do pensamento de filsofos e educadores sobre a educao e respectivas inseres em doutrinas filosficas europeias. A partir de 1980 as abordagens de cunho econmico, poltico e ideolgico dos contextos histricos educativos passaram a predominar nos programas de ensino das disciplinas de Histria da Educao I e II, e vigoraram at meados nos anos de 1990. Na disciplina de Histria da Educao I a abordagem marcada por anlises do contexto de produo e organizao das classes sociais; com relao disciplina Histria da Educao II, at meados de 1995, trata da educao brasileira. A partir da abordagem fundamentada na Teoria da Dependncia aps 1995, os documentos consultados comeam a mostrar outras marcas que sugerem uma abordagem voltada para a dimenso poltica e social, abordando a Histria da Educao Brasileira, a partir dos movimentos sociais e seus respectivos projetos educacionais.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo compreender as aes pedaggicas constitudas por uma unidade municipal de ensino de Vitria/ES, visando ao processo de incluso escolar de uma criana com Sndrome de Asperger no contexto da Educao Infantil. Contou com as contribuies tericas dos estudos da matriz histrico-cultural e de autores dedicados a estudar a infncia, como Kramer, Sarmento, Aries, dentre outros, bem como de pesquisadores interessados em investigar os pressupostos da Educao Especial em uma perspectiva inclusiva. Como aporte terico-metodolgico, apoiou-se no estudo de caso do tipo etnogrfico que advoga pela possibilidade de, por meio da pesquisa cientfica, produzir conhecimento sobre a realidade social. O trabalho de pesquisa foi realizado em uma unidade municipal de Educao Infantil de Vitria/ES, envolvendo uma criana com Sndrome de Asperger, professores, pedagogos, dirigente escolar e responsvel pelo estudante investigado. O processo de coleta de dados se efetivou no perodo de maro de 2013 a setembro de 2013. O pesquisador esteve de uma a duas vezes por semana no campo de pesquisa, participando das observaes em sala de aula, em espaos para planejamento e formao continuada e tambm observando momentos informais na entrada, recreio e sada dos alunos. Para a organizao do estudo, trabalhou com quatro eixos: a) aes implementadas em favor do processo de incluso escolar de alunos com Sndrome de Asperger no contexto da Educao Infantil; b) proposta pedaggica do CMEI Alegria da Cinderela: espaos de planejamento, formao e utilizao dos apoios pedaggicos para a incluso escolar; c) concepes dos profissionais envolvidos na pesquisa e da famlia sobre a incluso escolar da criana com Sndrome de Asperger; d) principais possibilidades e/ou dificuldades encontradas pela unidade de ensino mediante o processo de ensino-aprendizagem da criana com Sndrome de Asperger. Como resultados, a pesquisa aponta: a importncia de pensar nessas crianas como sujeitos de direitos e capazes de aprender; a necessidade de investimentos na formao inicial e continuada de professores para que os estudantes tenham maiores possibilidades de aprender; a urgncia de o professor assumir a incluso escolar como um movimento tico comprometido com a formao e com o reconhecimento da diversidade/diferena humana; a necessidade de reconhecer o cotidiano da Educao Infantil como um rico espao para todas as crianas se desenvolverem e produzirem conhecimentos com seus pares e por meio das mediaes pedaggicas dos professores.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a proposta/ prtica curricular do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) enquanto funo complementar na educao da criana pequena com deficincia e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Partimos das constataes de que, nas duas ltimas dcadas, documentos oficiais, assim como pesquisas na rea, apontam a necessidade de um trabalho pedaggico inclusivo, que atenda s demandas e caractersticas dos diferentes sujeitos matriculados. Questionamos se a proposta e prtica curricular complementar do AEE, por meio da SRM, tm contribudo para a incluso da criana pequena, pblico alvo da educao especial, nas prticas pedaggicas da sala de aula comum? Teoricamente buscamos as contribuies da Abordagem Histrico-Cultural para compreender o desenvolvimento e aprendizagem da criana com deficincia, assim como procuramos a interlocuo com os tericos do currculo, entre os quais Sacristn. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ao colaborativo-crtico. O lcus da pesquisa foi um Centro de Educao Infantil, situado em Vitria/ES, com uma sala de recurso multifuncional, modelo proposto pelo Ministrio da Educao (MEC). Os sujeitos participantes foram crianas de 3 a 7 anos matriculadas no Centro Municipal de Educao Infantil (CMEI) e encaminhadas para o AEE, na SRM (seis crianas surdas, sete crianas com manifestaes de TGD e uma criana com Sndrome de Down); dois professores de educao especial da SRM (uma professora da rea da rea de Deficincia Intelectual (DI), uma professora bilngue e um instrutor surdo); professores regentes do turno da manh CMEI e dois pedagogos. Como perspectiva terico-metodolgica, optamos pela rede significaes (Rossetti-Ferreira, 2004) que tem seus pressupostos fundamentados na teoria histrico-cultural, que compreende os processos de desenvolvimento humano como atos de significao constitudos por mltiplas interaes estabelecidas social e culturalmente pelos sujeitos durante toda a vida. A organizao e anlise dos dados ocorreram por meio dos movimentos, cenrios e atores; as prticas curriculares inclusivas na/da escola: a SRM e a sala de aula comum em seus encontros e desencontros; a preocupao com o desenvolvimento psicomotor da criana; o brincar versus a aquisio da leitura e escrita; o dilogo entre o currculo da SRM e a sala de aula comum e os encontros colaborativos com os professores de educao especial, com as pedagogas e com as professoras regentes do CMEI. Algumas consideraes importantes se destacam, entre as quais: a falta de formao e desconhecimento por parte dos professores de educao especial sobre a proposta curricular da educao infantil e prticas pedaggicas descontextualizadas e fragmentadas desenvolvidas na SRM, que dificultam a ao complementar ao trabalho da classe comum. Para as professoras das salas de atividades o AEE vivel na escola de educao infantil, mas no somente na SRM, concordam que deve haver o atendimento educacional especializado no turno em que a criana esteja matriculada; que ele pode ajudar na incluso da criana pblico alvo da educao especial, por meio de prticas sociais e culturais ldicas, lingusticas e intelectuais. Conclumos que as professoras desejam um AEE dinmico, interlocutor, que se movimente na escola como um todo.
Resumo:
Esta pesquisa analisou a resistncia ao currculo de Histria para o ensino mdio prescrito pela Secretaria de Estado da Educao do Estado do Esprito Santo (Sedu) em 2009, para ser desenvolvido em sua rede de ensino pelos professores dessa etapa da educao bsica. Seu objetivo foi investigar as causas de resistncias assentadas ao documento e identificar a que os professores resistem, por que os professores resistem e como os professores esto materializando sua resistncia a ele. Por resistncia entende-se o conjunto de prticas exercidas pelos professores que se anunciam sob a forma de oposio, na tentativa de barrar a dominao, de no perder sua identidade. Uma resistncia consciente que, apesar de rejeitar, no nega o currculo. Porm, a ele no se submete passivamente, numa posio de quem reivindica sua reelaborao, sua reinveno. Para fundamentao terica, ocorreram pesquisas e estudos de produes e conceitos sobre currculo, resistncia, ensino mdio e suas relaes com a educao. O trabalho encontra-se na rea de educao, na linha de pesquisa Cultura, Currculo e Formao de Educadores. A pesquisa de cunho qualitativo e amparou-se na abordagem narrativa. Como procedimentos metodolgicos, apoiou-se na anlise documental e bibliogrfica, questionrio pr-estruturado, observaes e conversas com quatro professoras de Histria de ensino mdio no municpio de Afonso Cludio, Estado do Esprito Santo. Com o cotejamento dos dados produzidos, o pressuposto apresentado neste trabalho foi confirmado. Como dimenses geradoras de resistncias, ficaram evidenciadas a prescrio, considerando que as professoras ajuzam ser essa uma atribuio delas, junto com a escola; a organizao dos contedos apresentada pela Sedu; a ausncia de linearidade dos acontecimentos histricos; a disposio dos saberes por eixos temticos; a orientao pelo trabalho interdisciplinar; a desvinculao dos contedos de cada srie/ano do livro didtico; a exigncia burocrtica com a implantao do currculo. A contribuio do trabalho para a Rede Estadual de Ensino foi a problematizao da resistncia ao currculo, artefato educacional que pode produzir estabilidades ou tenses entre os sujeitos que o envolvem, podendo ser til para discusses posteriores. Para as educadoras, o trabalho foi relevante por ter promovido espao de debates sobre o currculo de Histria do ensino mdio no decurso das conversas na escola.
Resumo:
A Reserva Extrativista Marinha (RESEXMAR) do Corumbau foi criada no ano de 2000, a partir de uma ao coletiva, iniciada em 1997 por meio das lideranas de pescadores locais, na busca de instrumento jurdico que garantisse o acesso exclusivo dos recursos pesqueiros contra a atividade da pesca comercial de camaro sete-barbas que se instalou na dcada de 1980. Durante o processo de criao da RESEXMAR do Corumbau, os pescadores obtiveram apoio de rgos governamentais, como a Coordenao Nacional de Populaes Tradicionais (CNPT) e de entidades ambientalistas do terceiro setor Associao Pradense de Proteo Ambiental (APPA), e posteriormente a Conservation International do Brasil (CI-Brasil). Entretanto, aps a criao da RESEXMAR do Corumbau entre os anos 2000 e 2002 foi elaborado o Plano de Manejo que orientaria a gesto da Unidade de Conservao (UC). O documento foi capitaneado pela equipe tcnica e cientfica vinculada CI-Brasil, tendo como ponto de destaque a criao de reas de excluso total da atividade da pesca, por meio da Zona de Proteo Marinha (ZPM). A ideia de uma ZPM, para a CI-Brasil, era que de forma indireta e em mdio e longo prazo, os pescadores se beneficiariam com o possvel aumento de produo de pescado, contanto que 30% de cobertura de recifes tivesse algum tipo de proteo dos processos ecolgicos, tais como reproduo e crescimento de espcies. Durante as discusses do Plano de Manejo e atualmente uma parcela de pescadores locais contestaram os limites da ZPM, pois iria restringir o acesso aos recursos pesqueiros. No entanto, tal contestao foi suprimida pelas relaes no formais que os membros da CI-Brasil possuam com o ncleo familiar principal da Vila do Corumbau, forando os demais em um acordo formal temporrio. Tal questionamento evidenciou um conflito de conjunto de normas distintas entre pescadores artesanais em relao CI-Brasil e IBAMA: a pesca artesanal um tipo de ao que segue normas especficas das quais elementos humanos e no humanos interagem conjuntamente, evidenciando um conhecimento prtico e corporizado constituindo um modelo compreensivo de mundo e de natureza; conceitos modernos e globalizantes de uma natureza totalmente desvinculada das prticas locais artesanais, com forte articulao de uma entidade ambientalista de alcance internacional, guiada pela emergncia das questes ambientais, imprimindo no local (o lugar da prtica da pesca tradicional) a ideia de um espao (reas Marinhas Protegidas), desencaixado de formas especficas de natureza/culturas.
Resumo:
Problematiza a constituio do currculo (e da formao docente no campo curricular), no cotidiano escolar, na dimenso das conversaes. Objetiva acompanhar os movimentos curriculares concernentes ao Proeja entre formas e foras complexas no cotidiano do Ifes campus Venda Nova do Imigrante (VNI). Compe com as linhas de pensamentos principalmente de Alves (2008, 2010, 2012); Carvalho (2004, 2008a, 2008b, 2009, 2012); Deleuze (1988, 2002, 2010); Deleuze e Guattari (1995); Ferrao (2007, 2008a, 2008b); Garcia (2011); Guattari (1987, 2004, 2012); Kastrup (2009, 2013); Lopes e Macedo (2011); Lopes (2010, 2011); Oliveira (2005, 2009, 2012); Paiva (2004, 2009); Rolnik (1989); e Spinoza (2013), entremeando os conceitos de movimentos e afetos no campo do currculo em redes na relao hbrida com os encontros-formaes docente do/no Proeja. Adota a (no) metodologia cartogrfica ao acompanhar movimentos curriculares (des)(re)territorializantes nas redes de conversaes, especialmente nos encontrosformaes: Rodas de conversas com professores e demais servidores do Proeja. Utiliza como principais instrumentos metodolgicos a observao participante, a gravao das vozes e o registro em dirio de campo. Contribui para outros movimentos de pesquisa ao capturar produzir e analisar dados em que se percebe que: ainda que tenha ocorrido um planejamento coletivo, outras temticas surgiram nos encontros formaes (que no se pretendiam engessados e no objetivavam a paralisao dos fluxos que pedem passagem), e tais assuntos puderam ser usados como disparadores para criao de outros movimentos curriculares; as concepes dos professores sobre a dificuldade/facilidade em ministrar aulas para o Proeja e os lugares estabelecidos entre estudantes e docentes no processo ensino-aprendizagem no esto relacionados diretamente, em relao de causa e efeito, disciplina/rea de conhecimento especfica que ministram, mas aos agenciamentos, aos ligamentos e s rupturas produzidas nas relaes com essas redes de saberes fazeres poderes que envolvem mltiplos agentes: docentes, outros servidores, alunos, experincias e encontros mltiplos dentro fora no espao tempo do Ifes; uma trade-refro coopera para a criao de uma frma triangular que enfatiza a noo de um padro em um processo molar enraizado nas rvores do conhecimento: perfil, seleo e nivelamento, contudo, algumas linhas de fuga dissonantes so criadas por entre as fissuras dos pretensos tons harmnicos; as frases os professores do IF no esto preparados para ministrar aulas para o Proeja ou no h formao/qualificao para os docentes se relacionarem com o Proeja so utilizadas, em alguns discursos, como escudos-argumentos para a opo-poltica de no oferta de vagas para a modalidade EJA em composio com fios que afirmam tal especificidade da educao bsica, dentro da rede federal, como um favor social; processos que envolvem a (des)organizao da matriz curricular so considerados por alguns participantes como incio, produto e objetivo das conversas curriculares e provocam tenses que (i)mobilizam, (no) movimentam entre os afetos dos corpos, podendo levar (no) ao coletiva; a noo de mercado de trabalho ainda impera nos discursos, ciclicamente, enquanto incio fim das problematizaes do currculo do Ensino Mdio e da EJA; a expresso integrao curricular constantemente usada nos discursos que circulam o campus, no entanto, os sentidos produzidos, as concepes e as teorias curriculares que embasam a noo de integrao no currculo so bem diversos; no h totalidades nos discursos, no h homogeneizao, no foi efetivada nenhuma coeso/nica voz representante (e esse tambm no era o objetivo desta pesquisa); ainda que o tema da roda se propusesse s conversas curriculares do/no Proeja, nesses encontros, os participantes manifestaram a necessidade de intensificar os movimentos produzidos nas rodas visando discusso dos currculos textos de todos os cursos e modalidades ofertados pelos campus VNI e na intensificao de espaos para trocas de experincias curriculares cotidianas; na potencializao das diferenas como possibilidades de inventividade nos encontros-formaes docente e nas danas curriculares que envolvem diversas relaes de aprendizagem no Ifes, algumas experimentaes foram produzidas, entre afetos, criando composies(des)(re)territorializantes e ressonando com movimentos que no se restringiram s rodas de conversas, contudo, enredaram-se em fios de outros espaos tempos do campus em tentativas de propagaes de currculos multido.
Resumo:
Angola, jeje e ketu: Memrias e identidades em casas e naes de candombl na Regio Metropolitana da Grande Vitria (ES), que o tema desta dissertao, requer adentrar em anlises de categorias nativas do povo de santo, e, em seguida, passar a questes tericas sobre esses temas. Na cidade de Serra encontram-se as quatro casas de santo onde a pesquisa de campo foi realizada com trs iyalorixs e um babalorix, que dividem suas memrias e experincias religiosas compondo um exerccio terico sobre a histria e a formao do candombl no Esprito Santo. Nesse estado, que no referncia dessa religio, a mesma encontra-se em ascenso. A preocupao dos integrantes das comunidades de terreiros transformar parte das tradies orais em produo escrita. Tendo em vista os processos polticos de reconhecimento legal da diversidade cultural, o debate se deu em torno de hibridizao e mltiplas formas de identidade. O universo encantador e mgico do candombl composto pelos toques dos atabaques, danas rituais e f em foras da natureza. Os filhos da dispora africana trazidos para o Brasil eram de vrias regies da frica, o que nos permite entender a diversidade cultural que marca esses grupos. Em funo do sincretismo entre as prprias religies de matriz africana e delas com o catolicismo e as doutrinas espiritualistas, essas religies encontram-se de norte a sul do pas. Este encontro de crenas e rituais to evidente que j no dizemos religies africanas e sim religies afro-brasileiras. O candombl, desde o seu surgimento, vem sendo criado e recriado pela transmisso de suas tradies e ritos. A tradio oral nas comunidades de terreiro um dos elementos demarcadores da construo da sua identidade, a partir de uma organizao interna e do aprendizado hierarquicamente transmitido pelos depositrios do saber, seguindo uma ordem de senioridade de iniciao, os antigos so detentores dos saberes e segredos. Por ser uma religio inicitica, o aprendizado ocorre permanentemente, em especial o da lngua ritual, onde o exerccio e o contato levam a transmisso cultural. O povo de santo reconstri uma ligao com uma comunidade imaginada que remonta a frica e desenvolve relaes de parentesco ficcional entre os membros das comunidades de terreiro e forma uma famlia de santo e de ax.
Abordagens metodolgicas para avaliar risco de extino de espcies de Brachyteles (Primates : Atelidae)
Resumo:
A distribuio geogrfica de um txon limitada por aspectos ecolgicos e histricos. Muitas atividades humanas tm causado modificaes na cobertura vegetal, o que leva fragmentao e perda do habitat. Isso tem levado extino local de populaes de vrias espcies, alterando sua distribuio geogrfica. Entre elas esto as duas espcies do gnero Brachyteles (os muriquis), que so primatas endmicos de um dos biomas mais afetados por esses processos, a Mata Atlntica. A Unio Internacional para a Conservao da Natureza (UICN) uma organizao que busca conservar a biodiversidade. Entre outros critrios, utiliza o conhecimento sobre as distribuies geogrficas restritas das espcies para classific-las em categorias de ameaa de extino, nas chamadas listas vermelhas. Para isso, utiliza parmetros espaciais, cujos resultados indicam o risco de extino de determinado txon em relao sua distribuio geogrfica. Muitas vezes os clculos desses parmetros so realizados de maneira subjetiva, de maneira que importante a busca de mtodos que tornem as classificaes mais objetivas, precisas e replicveis. Nesse contexto, o presente trabalho testou diferentes mtodos de clculos de trs parmetros relacionados distribuio geogrfica de B. hypoxanthus e B. arachnoides. Tratam-se de espcies ameaadas de extino, com localidades de ocorrncia bem conhecidas, que foram profundamente afetadas pela degradao da Mata Atlntica. Assim, podem ser consideradas bons modelos para essas anlises. Foi construdo um banco de dados de localidades de ocorrncia atuais das duas espcies. Por meio de abordagens de Sistemas de Informao Geogrfica (SIG), foram estimadas a Extenso de Ocorrncia (EOO) atravs de Mnimo Polgono Convexo e -hull e rea de Ocupao (AOO) e Subpopulaes por meio de mtodos de grids, buffers circulares e -hull, em diferentes escalas espaciais. Os resultados dos clculos desses parmetros foram comparados para identificar as abordagens e escalas mais adequadas para a avaliao de risco de extino. Esses resultados indicam que as listas de localidades e os mapas de distribuio disponibilizados pela UICN precisam ser atualizados. Alm disso, sugerem que -hull uma abordagem vantajosa para EOO e o mtodo de buffers mais adequado para os parmetros de AOO e Subpopulaes, quando utiliza escalas espaciais menores. Tambm foi utilizada a ferramenta GeoCAT, para as duas espcies. Essa ferramenta, por realizar anlises de EOO e AOO instantneas e por seus resultados serem semelhantes aos de outras anlises, serve como uma abordagem preliminar de risco de extino baseado no critrio de distribuio geogrfica.
Resumo:
Discusses the formation of urban apparatus that have characterized promote interaction, connection, inclusion and learning within the new paradigm of knowledge, which corresponds to the process of involvement/ knowledge propagation between space and urban space, caused by various combinations. Rescues the importance of physical space in the contemporary city before the increasing spread of cyberspace as one that many theorists seem to be the future of humanity. It also discusses the importance of knowledge in various fields such as Philosophy, Sociology, Education, and especially the Architecture and Urbanism, highlighting the need to think about the city according to this status of knowledge. Shows how the apparatus are found in urban public policy agenda. In this context, used as a model the polygonal 1 of the city of Vitria, consisting of eight communities that call themselves Territrio do Bem, focusing on how ownership and endogenous production of spaces contribute to the formation of urban apparatus. Also shows the performance of the city of Vitria through the Multiyear Plan 2010/2013, pointing out the actions and the programs that contribute to the formation of urban apparatus. The results show that the apparatus are tools of participatory urban management and city planning, contributing to the process of autonomy and social emancipation