9 resultados para Cultural Identity
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
O objetivo do estudo foi identificar jogos, danas, brincadeiras e outras prticas corporais para analisar o processo de sua apreenso pelos sujeitos nas dinmicas de relaes sociais das comunidades. Em menor instncia, os objetivos foram listados para analisar os momentos de continuidade, descontinuidade e/ou ruptura das tradies que ocorrem ao se desenvolver as prticas corporais e identificar e analisar as relaes registradas nos espaos de entrega e recepo dessas tradies. Para tanto, ao propor a investigao das prticas corporais de comunidades tradicionais como nosso objeto de estudo, decidimos analisar Alto Santa Maria, do estado do Esprito Santo, localizada no municpio de Santa Maria de Jetib, elegendo como sujeitos deste estudo crianas e adultos da comunidade pomerana. A partir de uma abordagem qualitativa, num primeiro momento foi realizado um levantamento bibliogrfico e, posteriormente, o trabalho em campo para a coleta de dados por meio de entrevistas abertas e da tcnica de observao assistemtica de campo. A anlise das entrevistas foi realizada de forma interpretativa, buscando apreender nas falas dos sujeitos, e de forma qualitativamente satisfatria,as categorias previamente selecionadas. A anlise dos dados permitiu reconhecer, dentre os vrios elementos da identidade cultural, a cultura corporal com relaosprticas corporais locais. Em Alto Santa Maria, elas se inscrevem em um contexto dinmico, no qual se registram tanto tradicionais quanto no-tradicionais. Desta forma, conclumos que as prticas corporais, como jogos, brincadeiras e danas, materializam-se, nos contextos descritos, simultaneamente como prticas pomeranas ou externas comunidade, mas que hoje fazem parte das prticas culturais do Alto Santa Maria, conduzindo a um dilogo entre elas.
Resumo:
Discusso e anlise sobre as inmeras temporalidades e espaos identitrios do Stio dos Crioulos, comunidade quilombola do municpio de Jernimo Monteiro, ao sul do Estado do Esprito Santo. O objetivo compreender as formas de saberes produzidas pela comunidade, assim como suas articulaes na relao tempoespao, no encadeamento do que podemos chamar de uma educao ambiental local, considerando os diferentes modos de vida que ali existem, como tambm os usos e apropriaes da natureza e dos processos identitrios. Os usos das narrativas atravs de entrevistas abertas e a observao-participante compem a metodologia com as experincias do lugar praticado. Pesquisa que engendra o ambiental em traduo com os saberes-fazeres da comunidade: o ldico, a roa e o sagrado. So espaos-tempos que possibilitam pensar na radicalizao e anunciao das prticas sociais e culturais como sinnimos da realizao do ambiental, e como narrativas que denotam estrias que emergem dos silenciamentos da modernidade disciplinante e instrumental, a qual reduziu as comunidades ditas tradicionais conformao de conhecimentos no-cientficos dotados de irracionalidades. Esta pesquisa busca compreender de que forma possvel pensar uma educao ambiental de dentro para fora, onde a relao pesquisador-pesquisado se estabelece como ponto de aproximao e conflito das dinmicas socioculturais estabelecidas por esse encontro. O que nos aproxima de uma educao ambiental ps-colonial que surge das narrativas e experincias locais na convergncia das diferenas e do que se produz e traduz junto a elas. Este trabalho discorre desses processos de aproximao e distanciamento que provocam outras tradues sobre a cultura-natureza de ns mesmos, indivduos e sociedade.
Resumo:
Este estudo foi elaborado a partir da proposta de fortalecimento das relaes comunitrias entre a Universidade Federal do Esprito Santo e as comunidades jongueiras e caxambuzeiras. Destina-se a apresentar a pesquisa realizada em territrios negros sob a inspirao do Jongo e do Caxambu, reconhecidos como Patrimnio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan). A pesquisa foi desenvolvida no norte do Estado do Esprito Santo e tem como recurso analtico e conceitual estudos sobre etnicidade no campo da educao. Sua proposta ampliar e constituir-se como base para a implementao da Lei n. 10.639/2003, considerando a descrio das categorias religiosidade, territorialidade, memrias, cultura negra, cultura popular e tradio, com base nas narrativas dos sujeitos. Relaciona as prticas culturais do jongo e do caxambu como elementos importantes para a reconstruo da histria do negro no Sudeste brasileiro. O tema de investigao foi construdo sob a inspirao terica dos estudos culturais referenciados em Stuart Hall (2008), Canclini (1997), Santos (2008, 2009), Certeau (2005) e na produo simblica das interpretaes sociais, das fronteiras tnicas para descrever as diferenas percebidas pelos sujeitos. Trabalhou-se basicamente propondo as mltiplas interpretaes a partir do vivido. O estudo refora a importncia das africanidades na formao de professores e a discusso do Patrimnio Imaterial do Jongo como possibilidades de saberes-fazeres no campo do currculo escolar. Os caminhos da pesquisa partem de uma base etnogrfica, conjugando a metodologia da histria oral temtica com a pesquisa participante e a pesquisa ao, interligando as memrias dos sujeitos, suas narrativas e vivncias ao fazer pedaggico no cotidiano das comunidades. Ressalta a relao intercultural e territorial que identifica jongueiros e caxambuzeiros. Os resultados da pesquisa descrevem as condies dessas prticas, da visibilidade das polticas culturais, da produo das identidades jongueiras no norte do Estado do Esprito Santo, sob o ponto de vista dos sujeitos elencados.
Resumo:
O Patrimnio Cultural da Sade consiste nos bens materiais e imateriais que expressam o processo da sade individual e coletiva nas suas dimenses cientfica, histrica e cultural. Com a insero do Brasil, atravs da COC-Fiocruz e do Ministrio da Sade, na Rede Latino-americana de Patrimnio Cultural da Sade, iniciou-se o incentivo ao estudo da histria da medicina e da arquitetura hospitalar, buscando tambm a proteo e a salvaguarda da memria das edificaes hospitalares histricas. O sculo XIX foi marcado pela construo de vrias edificaes voltadas para o controle e recluso dos pobres, essas instituies eram: a Casa de Correo, a Santa Casa da Misericrdia, o Hospcio de Pedro II, o Asilo da Mendicidade e as Instituies de acolhimento de Menores. Dessas edificaes destacam-se a Santa Casa da Misericrdia, o Hospcio de Pedro II e o Asilo da Mendicidade que formam o Patrimnio Arquitetnico da Sade tombado em nvel federal. O Hospital da Santa Casa da Misericrdia foi construdo em 1840-1852 sob os modernos preceitos da medicina do sculo XIX. A edificao at hoje mantm o uso hospitalar e apresenta um estado de conservao bom em seu exterior. Porm as condies internas foram consideradas ruins devido falta de salubridade e higiene nos ambientes. O Hospital da Santa Casa um Hospital de Referncia, realiza atendimentos ambulatoriais, cirrgicos e de internao. O Hospcio de Pedro II foi criado para atender exclusivamente os alienados do Imprio. O estilo neoclssico e a monumentalidade da edificao o fizeram ser reconhecido como Palcio dos Loucos. O hospcio funcionou at 1944 e quatro anos depois a edificao foi cedida Universidade do Brasil, que adaptou sua arquitetura ao uso educacional. A edificao apresenta estado de conservao regular, com exceo da rea central composta pela Capela que est ruim, devido ao incndio de 2011. O Palcio dos Loucos tornou-se Palcio Universitrio, modificando sua identidade atravs das mudanas que foram feitas em sua arquitetura. O Asilo da Mendicidade foi criado em 1876 para fechar o pentgono asilar. A edificao panptica buscava a efetiva observao e controle dos internos. A edificao funcionou como Asilo para mendigos at 1920, quando transformou-se em Hospital de So Francisco de Assis. Posteriormente o hospital seria transferido para a Universidade do Brasil, que funcionou como hospital escola at 1978. O Hospital foi desativado e ficou sem uso por dez anos, quando enfim voltou a funcionar como um estabelecimento destinado aos mais pobres. O conjunto da edificao o que apresenta o pior estado de conservao, considerado de ruim a pssimo. Comprovou-se com essa pesquisa que o mais importante para a preservao das caractersticas arquitetnicas e artsticas do bem a manuteno do uso, seja ele qual for. Os novos usos devem ser adequados tambm s caractersticas e capacidade da arquitetura em questo. Atravs de reformas e planos adequados, os hospitais oitocentistas, que hoje se apresentam como Patrimnio Arquitetnico da Sade, podem manter um uso similar para o qual foi construdo, como uma edificao voltada promoo da sade da populao.
Resumo:
Esta pesquisa visa compreender as relaes entre o artesanato, o patrimnio cultural imaterial e o mercado, analisando as influncias que um exerce sobre o outro. Para tanto, realizamos um estudo de caso comparativo entre as paneleiras de Goiabeiras, cujo ofcio registrado como patrimnio cultural imaterial, e os paneleiros de Guarapari, que possuem um modo de fazer panela diferenciado das paneleiras de Goiabeiras. Sendo assim, analisamos os modos de fazer dos dois grupos, as semelhanas e diferenas nas duas produes, as relaes mercadolgicas, sociais, polticas e ambientais envolvidas entre ambos e as polticas pblicas que apoiam ou no os grupos pesquisados. Inicialmente apresentamos os grupos e seus modos de fazer panela de barro preta, utilizando os conceitos de patrimnio cultural e artesanato para contextualizar essas produes. Em seguida, observamos as principais diferenas e semelhanas nesses modos de produo, analisamos como acontece a insero e o desenvolvimento do artesanato e do patrimnio no mercado, assim como as relaes sociais entre os grupos de artesos; identificamos as polticas de salvaguarda e os principais programas de incentivo ao artesanato; e apontamos as influncias e relaes entre artesanato, patrimnio cultural imaterial e mercado.
Resumo:
Angola, jeje e ketu: Memrias e identidades em casas e naes de candombl na Regio Metropolitana da Grande Vitria (ES), que o tema desta dissertao, requer adentrar em anlises de categorias nativas do povo de santo, e, em seguida, passar a questes tericas sobre esses temas. Na cidade de Serra encontram-se as quatro casas de santo onde a pesquisa de campo foi realizada com trs iyalorixs e um babalorix, que dividem suas memrias e experincias religiosas compondo um exerccio terico sobre a histria e a formao do candombl no Esprito Santo. Nesse estado, que no referncia dessa religio, a mesma encontra-se em ascenso. A preocupao dos integrantes das comunidades de terreiros transformar parte das tradies orais em produo escrita. Tendo em vista os processos polticos de reconhecimento legal da diversidade cultural, o debate se deu em torno de hibridizao e mltiplas formas de identidade. O universo encantador e mgico do candombl composto pelos toques dos atabaques, danas rituais e f em foras da natureza. Os filhos da dispora africana trazidos para o Brasil eram de vrias regies da frica, o que nos permite entender a diversidade cultural que marca esses grupos. Em funo do sincretismo entre as prprias religies de matriz africana e delas com o catolicismo e as doutrinas espiritualistas, essas religies encontram-se de norte a sul do pas. Este encontro de crenas e rituais to evidente que j no dizemos religies africanas e sim religies afro-brasileiras. O candombl, desde o seu surgimento, vem sendo criado e recriado pela transmisso de suas tradies e ritos. A tradio oral nas comunidades de terreiro um dos elementos demarcadores da construo da sua identidade, a partir de uma organizao interna e do aprendizado hierarquicamente transmitido pelos depositrios do saber, seguindo uma ordem de senioridade de iniciao, os antigos so detentores dos saberes e segredos. Por ser uma religio inicitica, o aprendizado ocorre permanentemente, em especial o da lngua ritual, onde o exerccio e o contato levam a transmisso cultural. O povo de santo reconstri uma ligao com uma comunidade imaginada que remonta a frica e desenvolve relaes de parentesco ficcional entre os membros das comunidades de terreiro e forma uma famlia de santo e de ax.
Resumo:
O design possui um papel central nos negcios, participando de forma crucial no intercambio cultural e econmico da sociedade. Uma das competncias do profissional de design grfico o desenvolvimento da Identidade Visual Corporativa (IVC). Ela tem como funo definir visualmente o perfil de uma empresa, configurando-se, assim, como um composto mercadolgico de fundamental importncia para diferenciao das organizaes, possuindo um importante papel para o crescimento das micro e pequenas empresas (MPEs). O objetivo desta pesquisa verificar de que forma os gestores de MPEs percebem a atuao do design grfico sobre a performance do seu negcio, avaliada a partir da sua experincia com a IVC desenvolvida por um profissional de design e aplicada pela empresa em suas atividades. A pesquisa aplicada, em relao a sua finalidade, e exploratria, quanto ao seu objetivo. Sua conduo se deu a partir de pesquisa bibliogrfica, entrevista semiestruturada com os gestores das MPEs investigadas e pesquisa documental em materiais fornecidos pelos sujeitos da pesquisa, realizando-se, desta forma, uma triangulao metodolgica a fim de contribuir para o exame do fenmeno. Como estratgia de investigao foi utilizado o estudo de casos mltiplos, realizado com 7 (sete) MPEs que haviam incorporado sua IVC h pelo menos 2 (dois) anos, dos setores de comrcio e servio, localizadas nos municpios de Vitria, Vila Velha, Serra ou Cariacica. Os dados coletados foram analisados por meio da Anlise de Contedo, com base nas etapas descritas por Bardin (1977) e Laville (1999), distribuindo as unidades de anlise (frases e pargrafos) nas categorias desenvolvidas: Motivao, Integrao da IVC, Gesto da IVC, Relevncia da IVC, IVC e Performance e Expresso Visual. A anlise utilizou a abordagem quantitativa, realizada por meio da tcnica de percentagem, e qualitativa, com maior nfase na ltima, onde foram analisadas as categorias e seus elementos, assim como as relaes entre elas, buscando extrair os significados construdos. Desta forma, foi possvel verificar que a maior parte dos gestores das MPEs investigadas identificam que o design grfico, por meio da IVC, contribui de forma positiva para a performance do seu negcio, proporcionando diferentes tipos de benefcios, dentre os mais citados foram: Identificao/Reconhecimento, Fortalecimento (solidez, estabilidade, profissionalismo), Novos Clientes, Imagem, Receptividade, Agregao de Valor para a Marca e Diferenciao.
Resumo:
O design possui um papel central nos negcios, participando de forma crucial no intercambio cultural e econmico da sociedade. Uma das competncias do profissional de design grfico o desenvolvimento da Identidade Visual Corporativa (IVC). Ela tem como funo definir visualmente o perfil de uma empresa, configurando-se, assim, como um composto mercadolgico de fundamental importncia para diferenciao das organizaes, possuindo um importante papel para o crescimento das micro e pequenas empresas (MPEs). O objetivo desta pesquisa verificar de que forma os gestores de MPEs percebem a atuao do design grfico sobre a performance do seu negcio, avaliada a partir da sua experincia com a IVC desenvolvida por um profissional de design e aplicada pela empresa em suas atividades. A pesquisa aplicada, em relao a sua finalidade, e exploratria, quanto ao seu objetivo. Sua conduo se deu a partir de pesquisa bibliogrfica, entrevista semiestruturada com os gestores das MPEs investigadas e pesquisa documental em materiais fornecidos pelos sujeitos da pesquisa, realizando-se, desta forma, uma triangulao metodolgica a fim de contribuir para o exame do fenmeno. Como estratgia de investigao foi utilizado o estudo de casos mltiplos, realizado com 7 (sete) MPEs que haviam incorporado sua IVC h pelo menos 2 (dois) anos, dos setores de comrcio e servio, localizadas nos municpios de Vitria, Vila Velha, Serra ou Cariacica. Os dados coletados foram analisados por meio da Anlise de Contedo, com base nas etapas descritas por Bardin (1977) e Laville (1999), distribuindo as unidades de anlise (frases e pargrafos) nas categorias desenvolvidas: Motivao, Integrao da IVC, Gesto da IVC, Relevncia da IVC, IVC e Performance e Expresso Visual. A anlise utilizou a abordagem quantitativa, realizada por meio da tcnica de percentagem, e qualitativa, com maior nfase na ltima, onde foram analisadas as categorias e seus elementos, assim como as relaes entre elas, buscando extrair os significados construdos. Desta forma, foi possvel verificar que a maior parte dos gestores das MPEs investigadas identificam que o design grfico, por meio da IVC, contribui de forma positiva para a performance do seu negcio, proporcionando diferentes tipos de benefcios, dentre os mais citados foram: Identificao/Reconhecimento, Fortalecimento (solidez, estabilidade, profissionalismo), Novos Clientes, Imagem, Receptividade, Agregao de Valor para a Marca e Diferenciao.
Resumo:
Este estudo busca compreender as representaes da capoeira, feitas circularem pelas produes cinematogrficas brasileiras e estrangeiras, e seu processo de desenvolvimento relacionado com a ideia de cultura brasileira. Tendo como fonte de anlise 50 filmes de fico, 20 produzidos no Brasil e 30 no exterior, onde a capoeira aparece de forma direta ou indiretamente, procuramos identificar nas imagens os elementos e mecanismos utilizados para apresentar a capoeira e a relao das apropriaes destes elementos entre as produes nacionais e internacionais. Entendendo as caractersticas que compem os elementos visuais, sonoros e textuais, como indcios que se apresentam de forma visvel ou no visvel nas pelculas, e que podem ser reveladores dos processos de apropriaes e das lutas de representaes sobre o entendimento da capoeira a serem projetadas para os espectadores, realizamos dentro deste processo metodolgico, uma leitura minuciosa, detetivesca, ligando pontos e interrogando-os para a construo da narrativa por meio das evidncias. A pesquisa aponta, at o momento, que da dcada de 1950 a 2012 a capoeira passa por transformaes e ressignificaes no cinema, onde usada no processo de afirmao da cultura e identidade do povo brasileiro, seja pela ideia de esportivizao ou pela busca das manifestaes na histria do Brasil. Desse modo, a capoeira marcada por descontinuidades no seu processo de desenvolvimento como prtica cultural, assumindo vrias formas e se afastando do discurso tradicional, no qual h uma continuidade pautada em moldes de uma originalidade, expressadas no momento de captura das imagens em movimento e feitas circular no imaginrio brasileiro e estrangeiro.