8 resultados para Cultura Benin
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo problematizar a ecoformao de professoras e alunos em espaos de convivncia, potencializados com as experincias da IV Conferncia Nacional Infanto-juvenil de Meio Ambiente (CNIJMA), visitas monitoradas, aulas de campo e sadas. Ancorada na Poltica Estruturante de Educao Ambiental, entendo que esses espaos de convivncia expressam um processo educacional, permanente, continnum e transformador. Tendo como mediadora a COM-Vida (Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) e o Tratado de Educao Ambiental para as Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a Educao Ambiental visa fortalecer a cidadania ambiental em movimento escola-comunidade-escola. Impregnada de sentidos e significados, busquei pesquisar a ecoformao dessa coletividade pelo vis do Paradigma da Complexidade, que me apresentou as incertezas como um processo potencializador da criatividade, da amizade e da solidariedade que tecem a rede de saberes e fazeres que envolvem esses sujeitos investigados, alm de evidenciar o cuidado de si com o outro e com o mundo. Ao trilhar os caminhos desta pesquisa, optei por abordagens qualitativas inspiradas na fenomenologia-existencial proposta por Martin Heidegger, Michle Sato e Paulo Freire e, dessa forma, pude investigar os saberes ambientais que atravessam as redes cotidianas da escola pesquisada, potencializando a cultura da sustentabilidade. Valendo-me da observao participante das prticas pedaggicas, encontrei nas narrativas das professoras e alunos a expressividade de um processo ecoformativo que instiga outras racionalidades comprometidas com a tica, a coletividade, a afetividade, a solidariedade, as transformaes sociais, a diversidade e a outridade.
Resumo:
Nesta Dissertao os captulos foram elaborados de maneira a estabelecer inicialmente um panorama da histria da poltica pblica ao longo do tempo e sua relao com a cultura, passando pelos conceitos da poltica pblica de cultura, analisando os modelos de polticas culturais e a gesto cultural na democracia. Em seguida foi feito um estudo sobre a poltica cultural a partir da dcada de 80, para ento analisar a participao das instituies pblicas no processo de desenvolvimento aps 1988. Diante da nova constituio foi lanado um olhar analtico sobre seus reflexos no campo da cultura desde o neoliberalismo at a segunda dcada do sculo XXI, alm de uma viso do MinC sobre a arte contempornea. S ento foram pesquisadas com mais profundidade as polticas pblicas de cultura no estado do Esprito Santo, considerando as atuaes das instituies pblicas no processo de desenvolvimento, proporcionadas pelas aplicaes dos Editais e seus desdobramentos, ligados a cada rea de atuao dos segmentos culturais que so beneficirios, enfocando ainda as dimenses da cultura e os dilemas e alternativas das polticas pblicas culturais com relao aos excludos. A partir da foi feita uma abordagem dos diversos segmentos artsticos do estado, suas atuaes e suas carncias, tendo como ponto de apoio os Editais. Foi analisado o Plano estadual de Cultura no contexto de sua relao com os segmentos culturais, considerando sua concepo original e o estado atual. Foram ainda analisadas as implicaes das aes transversais entre os diversos rgos governamentais e a cultura tendo em vista a equalizao de Polticas Pblicas de Cultura para o estado.
Resumo:
Objetivo: Investigar a avaliao de mes de recm-nascidos pr-termo (RNPT) egressos de unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) quanto interao me-beb e uso de chupeta nos primeiros dois anos. Mtodo: O planejamento do estudo longitudinal foi baseado na Teoria Bioecolgica do Desenvolvimento Humano, com foco nos processos proximais (PP), utilizando entrevistas gravadas com 62 mes de RNPT no contexto da UTIN e 33 aos seis, 12, 18 e 24 meses de idade do beb, considerando Grupo-A (chupeta) e Grupo-B (no usou chupeta). Resultados: A vivncia em UTIN foi considerada evento impactante na vida das mes, mas expectativas futuras para a relao me-beb foram positivas. A tentativa de oferta da chupeta foi 96,2% e seu uso aos seis meses foi 50% (n=52), significativamente associado com prematuridade pela relao peso/idade-gestacional (p-valor=0,044), dificuldades para estabelecer aleitamento materno exclusivo (AME) (p=0,012) e primiparidade (p=0,02). Apresentaram relao com menor frequncia de chupeta: AME 3 meses (p=0,026) e tempo de aleitamento materno 6 meses. A chupeta configurou-se como uma das representaes sociais sobre objetos de beb, elaboradas pelas participantes aos 12 meses de idade do beb. Caractersticas de temperamento calmo/tranquilo da me foram mais frequentes no Grupo-A e o temperamento nervoso/agitado/irritado no Grupo-B (p-valor=0,041). No Grupo-A predominou o temperamento do beb calmo/fcil-de-cuidar/independente, enquanto no Grupo-B as caractersticas de temperamento agitado/bagunceiro/teimoso/agressivo (p-valor=0,026), associado tambm necessidade de vrias tentativas de oferta da chupeta (p-valor=0,006). No Grupo-A, o nmero de pessoas para apoio social foi uma ou duas (77,8%), enquanto no Grupo-B foram trs a sete (66,7%), p-valor=0,001. A contribuio da chupeta como auxiliar nos PP foi indiferente para mes que controlavam o hbito, enquanto o uso irrestrito facilitava a resoluo do choro, liberando a me para outras tarefas, atuando como limitador dos PP. A anlise da evoluo e complexidade dos PP demonstrou no haver interferncia pelo uso da chupeta, tendo sido mais efetivos quando as mes tinham maior escolaridade e nas classes econmicas A e B. Concluso: Aspectos culturais influenciaram na oferta da chupeta, mas sua aceitao ocorreu principalmente em RNPT pequeno para idade gestacional, diante das dificuldades para AME, menor extenso do apoio social e temperamento do beb calmo/fcil-de-cuidar/independente, tambm associado aceitao mais fcil da chupeta. O uso irrestrito da chupeta demonstrou atuar como limitador dos processos proximais.
Resumo:
No Brasil, as lavouras de mamoeiro das plancies dos tabuleiros costeiros so as que melhor desenvolvem e aplicam tecnologias para a produo de mamo no mundo. O objetivo foi aplicar a estatstica clssica e a geoestatstica no mapeamento e na correlao da variabilidade espacial de atributos qumicos e fsicos de solo e de plantas de mamoeiro (Carica papaya L.) de uma lavoura comercial do norte capixaba cultivada em um Argissolo tpico dos tabuleiros costeiros. O solo de textura arenosa de carter coeso foi preparado convencionalmente e cultivado com mamoeiro variedade Golden THB. Aps a sexagem, procederam-se as amostragens de solo, amostrado na projeo da copa (0-0,20 e 0,20-0,40 m) para a determinao dos atributos qumicos e fsicos, e de atributos biomtricos das plantas em uma rea de 1,2 ha (114 x 110 m) totalizando 129 pontos amostrais georreferenciados. Ao nono ms aps o transplantio, registrou-se a altura da colheita dos primeiros frutos, o nmero e a massa dos frutos colhidos para estimativa da produtividade, amostrando trs plantas por ponto amostral durante trs meses. Os dados foram submetidos anlise estatstica descritiva e correlao de Pearson. A dependncia espacial das variveis foi analisada atravs da ferramenta geoestatstica, com obteno de semivariograma e os mapas de distribuio das variveis. A maior parte dos atributos de solo e de plantas de mamoeiro apresenta dependncia espacial e mapeada adequadamente. H correlao de dependncia vertical para densidade do solo, argila, silte, resistncia do solo penetrao na linha de plantio e na rua e volume total de poros. Dos atributos qumicos no ocorre este comportamento apenas para K, Al e Sat K. As fraes areia e argila foram os principais atributos a constiturem correlao com os demais. H poucas correlaes dos atributos do solo com os atributos biomtricos e a produtividade do mamoeiro. Ocorre correlao positiva entre a produtividade inicial do mamoeiro com caractersticas biomtricas ideias para as plantas de mamoeiro. A fertilidade e o preparo do solo so expressivos para o desenvolvimento do mamoeiro e para a variabilidade espacial dos atributos avaliados.
Resumo:
Esta dissertao analisa, por meio de um estudo de caso, a Cultura Organizacional do Centro de Cincias da Sade - CCS - da Universidade Federal do Esprito Santo - UFES - e as relaes de Poder dentro da universidade e do prprio CCS, no perodo de agosto de 2013 a janeiro de 2014. Para tanto, foi utilizado o mtodo de Anlise de Discurso Crtica, em entrevistas e documentos, visando compreender a influncia interna da cultura organizacional, bem como sua influncia junto administrao central. A partir da anlise, percebe-se que o CCS possui uma dinmica prpria de funcionamento, que apesar de discordante dos princpios burocrticos buscados pela administrao pblica, basta para o funcionamento interno e permite influenciar, mesmo que tangencialmente, a estrutura de poder central da instituio. Alm disso, percebe-se a fora da influncia cultural do curso de medicina dentro da prpria organizao do centro.
Resumo:
Tanto pessoas diferentes, como culturas diferentes, quanto percepes diferentes produzem significados de consumo particulares, sejam esses referentes a determinado grupo de pessoas, sejam relacionados a uma cultura ou a seletividade de percepo de cada um de ns. Nessa perspectiva, cultura, consumo e diferena so analisados atravs de situaes especficas de consumo de um grupo de surdos em Vitria-ES. Tal escolha deveu-se a ausncia de estudos dentro da rea da Administrao que se ocupem do tema surdez, uma vez que a discusso sobre a surdez vem ganhando cada vez mais espao, dentro e fora da esfera acadmica. A busca aqui se realiza pela reflexo acerca da ausncia do sentido da audio no pelas abordagens clnicas, mdicas ou teraputicas, mas aproximando-se dos estudos sociais interpretativistas (THOMA, 2008; STROBEL, 2008; S, 2006). O intento buscar compreender de que forma esses consumidores forjam suas relaes sociais atravs do consumo de bens e servios. Para tal anlise, realizouse pesquisa bibliogrfica sobre o consumo por uma perspectiva antropolgica (ROCHA, 2000, 2005; MILLER, 2002; MCCRACKEN, 2003). A partir de ento, aproximou-se da perspectiva cultural proposta pelos estudos surdos, na busca pela compreenso do consumo como mediador de relaes e construtor de significaes. Atravs de inspirao etnogrfica com a utilizao de observao direta e entrevistas informais (MALINOWSKI, 1978; GEERTZ, 1989; MAGNANI, 2002, 2003), o campo de pesquisa se desenvolveu a partir dos eventos, encontros, discusses e passeios realizados pelo grupo de surdos. Com estes, foi possvel vivenciar algumas situaes de consumo que envolvem do uso de transporte coletivo encontros informais. Viu-se que das relaes sociais forjadas pelos surdos e ouvintes emergem sujeitos-chaves que atuam na construo coletiva do grupo. Tambm identificou-se possibilidades de compreenso do consumidor atravs das abordagens poltica, mdico/teraputica e religiosa, alm de artefatos que permeiam o grupo estudado. Deixou-se como sugesto para pesquisas futuras, dentre outras, a busca pela utilizao da etnografia para a compreenso de grupos de consumidores, pela compreenso da relao entre a surdez e bens especficos de consumo, alm da possibilidade de utilizar as perspectivas elencadas nesse trabalho em outras situaes, com o intuito de alargar o universo de possibilidade de compreenso dos surdos.