5 resultados para Comunidade de marca
em Repositório da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brazil
Resumo:
Bethylidae specimens from the Reserve were studied in its ecological and faunistic aspects. The material was collected by Malaise and Window traps simultaneously in ten different areas of the Reserve during four years. The total number of genera and specimens were analyzed. Indices of diversity and evenness were used for characterizing the community ecology. Clustering analysis of localities and genera were provided. Nine genera of Bethylidae were found in the Reserve, being Pseudisobrachium Kieffer, 1904 and Apenesia Westwood, 1874 the most common ones. Window trap was more efficient than Malaise trap in terms of genus diversity.
Resumo:
A Reserva Extrativista Marinha (RESEXMAR) do Corumbau foi criada no ano de 2000, a partir de uma ao coletiva, iniciada em 1997 por meio das lideranas de pescadores locais, na busca de instrumento jurdico que garantisse o acesso exclusivo dos recursos pesqueiros contra a atividade da pesca comercial de camaro sete-barbas que se instalou na dcada de 1980. Durante o processo de criao da RESEXMAR do Corumbau, os pescadores obtiveram apoio de rgos governamentais, como a Coordenao Nacional de Populaes Tradicionais (CNPT) e de entidades ambientalistas do terceiro setor Associao Pradense de Proteo Ambiental (APPA), e posteriormente a Conservation International do Brasil (CI-Brasil). Entretanto, aps a criao da RESEXMAR do Corumbau entre os anos 2000 e 2002 foi elaborado o Plano de Manejo que orientaria a gesto da Unidade de Conservao (UC). O documento foi capitaneado pela equipe tcnica e cientfica vinculada CI-Brasil, tendo como ponto de destaque a criao de reas de excluso total da atividade da pesca, por meio da Zona de Proteo Marinha (ZPM). A ideia de uma ZPM, para a CI-Brasil, era que de forma indireta e em mdio e longo prazo, os pescadores se beneficiariam com o possvel aumento de produo de pescado, contanto que 30% de cobertura de recifes tivesse algum tipo de proteo dos processos ecolgicos, tais como reproduo e crescimento de espcies. Durante as discusses do Plano de Manejo e atualmente uma parcela de pescadores locais contestaram os limites da ZPM, pois iria restringir o acesso aos recursos pesqueiros. No entanto, tal contestao foi suprimida pelas relaes no formais que os membros da CI-Brasil possuam com o ncleo familiar principal da Vila do Corumbau, forando os demais em um acordo formal temporrio. Tal questionamento evidenciou um conflito de conjunto de normas distintas entre pescadores artesanais em relao CI-Brasil e IBAMA: a pesca artesanal um tipo de ao que segue normas especficas das quais elementos humanos e no humanos interagem conjuntamente, evidenciando um conhecimento prtico e corporizado constituindo um modelo compreensivo de mundo e de natureza; conceitos modernos e globalizantes de uma natureza totalmente desvinculada das prticas locais artesanais, com forte articulao de uma entidade ambientalista de alcance internacional, guiada pela emergncia das questes ambientais, imprimindo no local (o lugar da prtica da pesca tradicional) a ideia de um espao (reas Marinhas Protegidas), desencaixado de formas especficas de natureza/culturas.
Resumo:
Angola, jeje e ketu: Memrias e identidades em casas e naes de candombl na Regio Metropolitana da Grande Vitria (ES), que o tema desta dissertao, requer adentrar em anlises de categorias nativas do povo de santo, e, em seguida, passar a questes tericas sobre esses temas. Na cidade de Serra encontram-se as quatro casas de santo onde a pesquisa de campo foi realizada com trs iyalorixs e um babalorix, que dividem suas memrias e experincias religiosas compondo um exerccio terico sobre a histria e a formao do candombl no Esprito Santo. Nesse estado, que no referncia dessa religio, a mesma encontra-se em ascenso. A preocupao dos integrantes das comunidades de terreiros transformar parte das tradies orais em produo escrita. Tendo em vista os processos polticos de reconhecimento legal da diversidade cultural, o debate se deu em torno de hibridizao e mltiplas formas de identidade. O universo encantador e mgico do candombl composto pelos toques dos atabaques, danas rituais e f em foras da natureza. Os filhos da dispora africana trazidos para o Brasil eram de vrias regies da frica, o que nos permite entender a diversidade cultural que marca esses grupos. Em funo do sincretismo entre as prprias religies de matriz africana e delas com o catolicismo e as doutrinas espiritualistas, essas religies encontram-se de norte a sul do pas. Este encontro de crenas e rituais to evidente que j no dizemos religies africanas e sim religies afro-brasileiras. O candombl, desde o seu surgimento, vem sendo criado e recriado pela transmisso de suas tradies e ritos. A tradio oral nas comunidades de terreiro um dos elementos demarcadores da construo da sua identidade, a partir de uma organizao interna e do aprendizado hierarquicamente transmitido pelos depositrios do saber, seguindo uma ordem de senioridade de iniciao, os antigos so detentores dos saberes e segredos. Por ser uma religio inicitica, o aprendizado ocorre permanentemente, em especial o da lngua ritual, onde o exerccio e o contato levam a transmisso cultural. O povo de santo reconstri uma ligao com uma comunidade imaginada que remonta a frica e desenvolve relaes de parentesco ficcional entre os membros das comunidades de terreiro e forma uma famlia de santo e de ax.
Resumo:
O objetivo do estudo foi identificar jogos, danas, brincadeiras e outras prticas corporais para analisar o processo de sua apreenso pelos sujeitos nas dinmicas de relaes sociais das comunidades. Em menor instncia, os objetivos foram listados para analisar os momentos de continuidade, descontinuidade e/ou ruptura das tradies que ocorrem ao se desenvolver as prticas corporais e identificar e analisar as relaes registradas nos espaos de entrega e recepo dessas tradies. Para tanto, ao propor a investigao das prticas corporais de comunidades tradicionais como nosso objeto de estudo, decidimos analisar Alto Santa Maria, do estado do Esprito Santo, localizada no municpio de Santa Maria de Jetib, elegendo como sujeitos deste estudo crianas e adultos da comunidade pomerana. A partir de uma abordagem qualitativa, num primeiro momento foi realizado um levantamento bibliogrfico e, posteriormente, o trabalho em campo para a coleta de dados por meio de entrevistas abertas e da tcnica de observao assistemtica de campo. A anlise das entrevistas foi realizada de forma interpretativa, buscando apreender nas falas dos sujeitos, e de forma qualitativamente satisfatria,as categorias previamente selecionadas. A anlise dos dados permitiu reconhecer, dentre os vrios elementos da identidade cultural, a cultura corporal com relaosprticas corporais locais. Em Alto Santa Maria, elas se inscrevem em um contexto dinmico, no qual se registram tanto tradicionais quanto no-tradicionais. Desta forma, conclumos que as prticas corporais, como jogos, brincadeiras e danas, materializam-se, nos contextos descritos, simultaneamente como prticas pomeranas ou externas comunidade, mas que hoje fazem parte das prticas culturais do Alto Santa Maria, conduzindo a um dilogo entre elas.
Resumo:
Estima-se que restam hoje cerca de 50 mil ndios Guarani no Brasil, que se situam, principalmente, na faixa litornea que vai desde os estados do sul at o territrio capixaba, o Esprito Santo. Considerando que essa comunidade se mantm bilngue, o presente trabalho objetiva discutir se, na situao de contato entre o Guarani e o Portugus, a primeira lngua est ou no cedendo lugar segunda. Para alcanar esse objetivo, foi formado um banco de dados de fala por meio de entrevistas realizadas nas aldeias, que versaram sobre as tradies histricas, a famlia, a religio, a economia e o meio ambiente aspectos considerados por eles como as principais armas de resistncia desse povo. A anlise tomou por base os pressupostos da Sociolingustica/Contato Lingustico, com tericos como Weinreich (1953), Fishman (1968; 1972), Appel e Muysken (1996), Coulmas (2005) e outros, que discutem temas pertinentes pesquisa em questo: o contato lingustico e a manuteno/substituio de lnguas minoritrias. Acredita-se que, apesar do contato com o portugus pela venda de artesanatos, pela mdia e pela atuao da escola e sua ao integralizadora, prevista pelo Estatuto do ndio, o Guarani mantm a sua lngua materna - ainda que estigmatizada - devido forte religiosidade que norteia todo o seu modo de vida. Ele entende a palavra como um dom e confere a ela um poder mtico de conexo com o mundo espiritual, o que, ao mesmo tempo, confere extrema importncia lngua minoritria e favorece a sua preservao, enquanto marca importante da cultura e identidade desse povo.