181 resultados para Vestibulandos Condições sociais Vitória (Espírito Santo) - 2010


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Este estudo foi elaborado a partir da proposta de fortalecimento das relaes comunitrias entre a Universidade Federal do Espírito Santo e as comunidades jongueiras e caxambuzeiras. Destina-se a apresentar a pesquisa realizada em territrios negros sob a inspirao do Jongo e do Caxambu, reconhecidos como Patrimnio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan). A pesquisa foi desenvolvida no norte do Estado do Espírito Santo e tem como recurso analtico e conceitual estudos sobre etnicidade no campo da educao. Sua proposta ampliar e constituir-se como base para a implementao da Lei n. 10.639/2003, considerando a descrio das categorias religiosidade, territorialidade, memrias, cultura negra, cultura popular e tradio, com base nas narrativas dos sujeitos. Relaciona as prticas culturais do jongo e do caxambu como elementos importantes para a reconstruo da histria do negro no Sudeste brasileiro. O tema de investigao foi construdo sob a inspirao terica dos estudos culturais referenciados em Stuart Hall (2008), Canclini (1997), Santos (2008, 2009), Certeau (2005) e na produo simblica das interpretaes sociais, das fronteiras tnicas para descrever as diferenas percebidas pelos sujeitos. Trabalhou-se basicamente propondo as mltiplas interpretaes a partir do vivido. O estudo refora a importncia das africanidades na formao de professores e a discusso do Patrimnio Imaterial do Jongo como possibilidades de saberes-fazeres no campo do currculo escolar. Os caminhos da pesquisa partem de uma base etnogrfica, conjugando a metodologia da histria oral temtica com a pesquisa participante e a pesquisa ao, interligando as memrias dos sujeitos, suas narrativas e vivncias ao fazer pedaggico no cotidiano das comunidades. Ressalta a relao intercultural e territorial que identifica jongueiros e caxambuzeiros. Os resultados da pesquisa descrevem as condições dessas prticas, da visibilidade das polticas culturais, da produo das identidades jongueiras no norte do Estado do Espírito Santo, sob o ponto de vista dos sujeitos elencados.

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Espremidas entre o mar e as montanhas, as cidades de Pima e Anchieta, no litoral sul capixaba, tiveram sua rotina de redes e anzis alterada com a chegada da Samarco no final da dcada de 1970 e, posteriormente, do turismo e da explorao do petrleo e do gs. Incomodados, alguns muncipes promoveram atividades que, acreditavam, construiriam uma representao de identidade regional. Entre essas iniciativas est a publicao de livros didticos abordando a histria e a geografia daqueles municpios. Para compreendermos o processo de produo e a narrativa contida nesses livros, nos apoiamos nos conceitos de representao, apropriao e autoria de Chartier (1990, 2002, 2010, 2012) e na anlise das relaes entre os trs sentidos da histria o cotidiano, o escolar e o acadmico - e do dilema que acompanha a histria escolar desde sua origem e que transformou os livros didticos em documentos de identidade, pensadas por Carretero (2010). O que se encontrou foi uma representao de identidade local que suporta distintas temporalidades, entre elas se destaca o que se chama de influncia Varnhagen que produziu uma identidade como resultado da participao das etnias negra e indgena, mas sob predomnio europeu.

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Com a Constituio da Repblica Federativa do Brasil (1988), a intersetorialidade imprimiu nas polticas pblicas de educao e seguridade social uma construo e uma operacionalidade mais articuladas e interdependentes. Entre as leis e portarias interministeriais, destaca-se o Programa Benefcio de Prestao Continuada na Escola, que atende pessoas com deficincia de zero a dezoito anos de idade. Nesta pesquisa, questionam-se as interfaces entre as polticas pblicas da educao especial e da seguridade social. So objetivos da pesquisa: analisar as interfaces das polticas pblicas sociais educao especial e seguridade social no que se refere garantia de direitos educao de crianas com deficincia ou Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre zero e cinco anos, no municpio de Vitória, Estado do Espírito Santo; identificar como se configuram as interdependncias entre profissionais da educao especial e da seguridade social e os familiares (pais ou responsveis) dessas crianas perante seus processos educacionais; compreender os diferentes movimentos entre as instituies de educao e da seguridade social e suas implicaes para a incluso escolar das crianas com deficincia ou Transtorno Global do Desenvolvimento; analisar como os profissionais da educao e da seguridade social lanam perspectivas para os processos de incluso escolar e estabelecem dilogo com a famlia acerca da educao dessas crianas. Esta uma pesquisa de natureza qualitativa, estudo de caso com coleta de dados empricos e bibliogrficos, na qual foram sujeitos: mes de trs crianas de trs Centros Municipais de Educao Infantil de Vitória; professoras da sala de atividades e de educao especial, pedagogas e diretoras; tcnicos das Secretarias Municipais de Vitória: Educao, Sade e Assistncia Social e do Instituto Nacional do Seguro Social. As tcnicas empregadas para coleta de dados foram a entrevista o grupo focal e o dirio de itinerncia. Foram procedimentos adotados para o registro dos dados a audiogravao de entrevistas e de grupos focais e anotaes em dirio de itinerncia. Os dados foram organizados em cinco categorias de anlise, produzidas por meio das narrativas dos familiares e dos profissionais participantes da pesquisa. Os conceitos de Norbert Elias, interdependncia e configurao, relao de poder estabelecidos e outsiders , processos sociais e relao entre sociedade e Estado (balana do poder) contriburam para compreender os dados, por serem observados nas categorias produzidas. Os resultados apontam para a fragilidade de Global do Desenvolvimento, no municpio de Vitória. Revelam, ainda, uma inconsistncia de fluxos de referncia e contrarreferncia e lacunas na dimenso tcnica e operativa para as interfaces das polticas pblicas intersetoriais com prticas profissionais que cumpram o papel poltico conforme outorga a legislao federal e municipal. As consideraes se ampliam para discusses entre o institudo e o instituinte polticas pblicas e prticas profissionais que priorizem a efetivao da intersetorialidade diante das demandas do pblico investigado com vista garantia dos direitos de acesso a uma educao de qualidade.

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A sade e o uso do psicotrpico no sistema prisional habitam um paradoxo. O sistema penitencirio, nas ltimas dcadas, passou por algumas transformaes. No mundo, as estatsticas apontam crescimento populacional carcerrio e prises superlotadas, em condições precrias. No Brasil, a situao no diferente: em 10 anos a populao prisional brasileira duplicou e as condições de confinamento so pauprrimas, o que acaba contribuindo para a prevalncia de doenas infectocontagiosas. Diante desta realidade, em 2003 homologou-se o Plano Nacional de Sade no Sistema Penitencirio (PNSSP) que, em consonncia com os princpios do Sistema nico de Sade, visa garantir a integralidade e a universalidade de acesso aos servios de sade para a populao penitenciria. O estado do Espírito Santo aderiu ao PNSSP e formulou o Plano Operativo Estadual de Ateno Integral Sade da Populao Prisional (2004), contudo, foi a partir de 2010 que se efetivou o acesso aos servios de sade prisional capixaba. Neste contexto, a pesquisa de mestrado buscou investigar as prticas de sade no sistema prisional e as formas de usos do psicotrpico por presos da Penitenciria de Segurana Mxima II (PSMA II), localizada no Complexo Penitencirio de Viana, Espírito Santo. Para tanto, foi necessrio habitar o sistema penitencirio capixaba e realizar entrevistas semiestruturadas com profissionais da gesto de sade prisional da Secretaria Estadual de Justia do Espírito Santo, com profissional da rea da medicina psiquitrica e com presos da PSMA II. Dessa forma, foi possvel observar que a sade no sistema penitencirio, bem como os usos do psicotrpico, encontram-se em um espao poroso. As prticas de sade podem fortalecer estratgias de controle e produzir mortificao, como podem escapar dos investimentos biopolticos e produzir resistncia. O uso do medicamento psicotrpico por sujeitos privados de liberdade encontra-se nessa mesma ambivalncia: podem servir como instrumentos regularizadores de captura, como podem produzir autonomia nas suas formas de uso pelos presos. Por fim, entre mortificaes e resistncias, afirma-se que o prprio preso que administrar os tensionamentos desse paradoxo e ir produzir vida, potncia de vida.

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A presente tese de doutoramento em Educao aborda a cultura do Hip Hop e sua relao com o contexto educativo. Insere-se nas discusses da linha de pesquisa em Educao e Linguagens e problematiza o espao escolar, enquanto espao de reproduo da ideologia hegemnica, analisando o projeto Escola de Rimas, desenvolvido na Grande Vitória, como movimento de resistncia e ressignificao cultural na escola. Parte da pergunta: Como as prticas discursivas do Hip Hop podem ressignificar o contexto escolar? A presente tese aborda a cultura do Hip Hop como campo discursivo singular de uma experincia narrativa (BENJAMIN, 1986; BONDA, 2001) e de uma subjetividade eticamente responsvel (BAKHTIN, 1992a; 1992b; 2010), fundada no princpio da alteridade (PONZIO, 2009), e o analisa a partir de uma perspectiva crtica e dialgica (FREIRE, 1981; 1994; 1995; GIROUX, 1986; 1987; BRANDO, 1986; BAKHTIN, 1992a; 1992b; 2010). Desenvolve a pesquisa em um contexto limiar entre a escola e a cultura hip hop e dimensiona o debate das culturas marginais nos contextos educativos, voltando-se para os sujeitos e suas experincias narrativas, avaliando a interao de algumas de suas prticas discursivas com o processo de ensino-aprendizagem. Para isso, analisa o projeto cultural Escola de Rimas, criado pelos prprios ativistas do movimento hip hop da Grande Vitória e desenvolvido em uma escola da rede pblica estadual de ensino do Espírito Santo, com o objetivo de discutir o seu papel em um processo de ressignificao educacional. Como hiptese de trabalho defende-se que o espao escolar, como espao de disputas, ressignificado com a introduo de outras prticas discursivas e culturais, entre elas o hip hop, que aponta para a necessidade de ouvir responsiva e responsavelmente as narrativas dos educandos, contribuindo, assim, para a formao crtica desses sujeitos e enfrentando, ao mesmo tempo, prticas de excluso historicamente institudas.

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O objeto de estudo da presente pesquisa a anlise do Plano de Aes Articuladas (PAR), criado pelo Governo Federal por meio do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao (Decreto n. 6.094/2007), e suas possibilidades como instrumento de organizao do Sistema Nacional de Educao. A pesquisa tem como objetivo geral analisar o processo de implantao/implementao do PAR em dois municpios do Espírito Santo (Cariacica e Vitória), com o intuito de entender como se deu o planejamento do PAR em nvel nacional e em nvel municipal; analisar como foi elaborado, como est sendo executado e quais as principais aes do PAR desenvolvidas nos municpios pesquisados, identificando as articulaes existentes entre os municpios, estados e Unio. O argumento central que o PAR um instrumento de planejamento central, mas cuja execuo necessita de aes descentralizadas. Parte-se da hiptese de que a organizao dos municpios, do ponto de vista econmico e poltico, tem implicaes na execuo de um planejamento educacional mesmo que ele tenha um mesmo formato e padro para todo o pas. Ou seja, as caractersticas polticas, econmicas e culturais dos municpios configuram diferentes realidades na execuo das polticas educacionais, o que traz uma desigualdade na oferta da qualidade do servio educacional entre os entes federativos. A pesquisa realizada de carter qualitativo do tipo estudo de caso, particularmente o estudo de multicascos que, segundo Trivios (1987), propicia ao pesquisador estudar dois ou mais sujeitos ou organizaes sem a necessidade de limitar-se a fatores de natureza comparativa. Como problema de pesquisa, portanto, levantada a seguinte pergunta: possvel o PAR, com sua caracterstica de centralizao/descentralizao, contribuir para a organizao do Sistema Nacional de Educao? A pesquisa mostrou que a implementao de uma poltica de educao, como o PAR, envolve a capacidade tcnica, organizacional e aspectos institucionais dos municpios. Nesse sentido para a consolidao do Sistema Nacional de Educao necessrio que o PAR no seja apenas uma poltica de captao de recursos, mas que os municpios tenham um plano norteador como catalizador de uma poltica de Estado.

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A presente dissertao pretendeu observar a presena de candidatos da Igreja Evanglica Assembleia de Deus no Estado do Espírito Santo no mbito de sua representao parlamentar no legislativo estadual nas eleies de 2002, 2006 e 2010. Observou-se a relao entre religio e poltica ressaltando-se a expanso evanglica pentecostal, especificamente o caso da Assembleia de Deus. O estudo parte da ideia de que a escolha de lderes dentro das estruturas institucionais religiosas tambm pode influenciar escolhas no mbito da estrutura social como, por exemplo, a escolha de lideranas polticas.

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Introduo: A tuberculose uma doena milenar e que, ainda hoje, constitui grave problema de sade pblica em todo o mundo. Objetivo: Estimar a prevalncia e os fatores associados infeco latente pelo MTB entre Agentes Comunitrios de Sade atuantes na rede bsica de sade de Municpios prioritrios para o controle de TB Cuiab/MT, Manaus/AM, Salvador/BA e Vitória/ES. Mtodos: Estudo de corte transversal no qual os dados foram coletados atravs de questionrio, composto de questes abertas e fechadas sobre caractersticas pessoais; informaes a respeito da tuberculose; utilizao de medidas preventivas, etc. Aplicou-se prova tuberculnica, com leitura aps 48-72h por enfermeiros treinados, considerando como ponte de corte positivo 5 e 10 mm de endurao. A anlise mltipla foi feita por meio de regresso logstica hierarquica. Foram includas no modelo as variveis que mostraram associao com desfecho com p<0,1. Permaneceram no modelo as variveis independentes que mantiveram associao com desfecho aps ajuste (p<0,05). Este estudo obteve aprovao do Comit de tica em Pesquisa com seres humanos do Centro de Cincias da Sade da Universidade Federal do Espírito Santo, n de registro CEP-07/2010 e das Secretarias Municipais de Sade, por meio de uma Carta de Apresentao. Resultados: 322 Agentes Comunitrios de Sade (ACS) aceitaram participar voluntariamente do estudo por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Destes, 10 no compareceram para leitura, sendo estes considerados como perdas, alm do que um indivduo foi excludo pelo fato do teste rpido para HIV ter resultado positivo, perfazendo uma amostra final de 311 participantes. Ainda em relao aos ACS triados, a positividade a Prova Tuberculnica, levando-se em considerao o ponto de corte ao teste de 10 mm e de 5 mm de endurao, foi de 37,30% (IC95%: 0,31-0,42) e de 57,88% (IC95%: 0,52-0,63), respectivamente.Concluses: Faz-se necessrio um programa de realizao de Prova Tuberculnica, de rotina, combinado com intervenes para reduzir o risco de transmisso nosocomial, bem como a realizao de outros estudos para avaliar a eficcia de novos testes para deteco de tuberculose latente.

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Este trabalho aborda aspectos referente produo do processo de trabalho no cotidiano da gesto da Estratgia Sade da Famlia (ESF) em um municpio do Espírito Santo, a partir dos discursos dos prprios gestores envolvidos no processo. Valoriza a discusso sobre a produo das relaes institucionais neste contexto, assim como questes que dizem respeito ao processo de trabalho no dia a dia deste servio. O percurso metodolgico foi orientado pela abordagem qualitativa, sendo utilizado como instrumento metodolgico para a coleta de dados a observao direta de uma equipe de ESF, a construo de um dirio de campo e entrevistas individuais semiestruturadas aos gestores (secretrio municipal de sade, coordenador da ateno bsica, integrante do ncleo da ESF e coordenador de unidade de sade da famlia) da ESF desse municpio. A partir do trabalho de campo e da anlise do material produzido, pode-se apreender um cotidiano marcado pelas subjetividades prprias de cada profissional, um cotidiano construdo a partir das relaes produzidas em cada espao de atuao dos gestores com os profissionais de sade e com os usurios. De maneira geral, os discursos dos gestores evidenciam um dia a dia complexo de operar. Alm disso, observa-se as que as atividades voltadas para as tomadas de deciso so centradas no papel do gestor formal da instituio de sade. O organograma da secretaria de sade do municpio refora a hierarquizao das relaes, principalmente as que se referem s tomadas de deciso, de forma que, pode-se observar que um dia a dia marcado por tenses, conflitos e controle. As relaes produzidas so baseadas em relaes de poder, perpetuando caractersticas de uma gesto clssica, apesar da concepo e da tentativa de realizar uma gesto pautada na cogesto.

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Visando a proteo da propriedade industrial advinda de uma regio demarcada, surgiu a Indicao Geogrfica (IG). O registro da IG conferido aos produtos ou servios caractersticos de seu local de origem, apresentando qualidades nicas em funo dos recursos naturais. Alm disso, a IG responsvel por distinguir estes produtos em relao aos disponveis no mercado. Neste contexto, entidades como Sebrae, MAPA e INPI, tm promovido aes estratgicas com o objetivo de apoiar a proteo do saber fazer e consequentemente, os produtos tradicionais das regies. Tais entidades so responsveis por promover a sustentabilidade do processo juntos aos produtores, assim como disseminar o selo para os consumidores. Assim, iniciativas como esta precisam ser apoiadas a fim de entregar resultados significativos para o desenvolvimento das regies e seus respectivos produtos com o selo de IG. O Plano de Apoio Gesto da Indicao Geogrfica desenvolvido pelo Sebrae/ES tem trs pilares: melhoria do processo de produo, promoo do produto e a sustentabilidade do processo. A presente pesquisa, baseando-se nas teorias sobre estratgia e implementao de estratgias, analisa os fatores intervenientes que contribuem para o sucesso da implementao do Plano de Apoio Gesto da indicao geogrfica das Panelas de Barro de Goiabeiras, bairro do municpio de Vitória, capital do Espírito Santo. A pesquisa um estudo de caso de natureza qualitativa, exploratria e descritiva ex-post-facto. Os dados foram coletados nos documentos (plano de ao do Sebrae/ES, Livro dos Saberes e relatrios desenvolvidos por consultores especializados) e por meio de entrevistas com seis agentes de polticas pblicas e cinco paneleiras, envolvidos na elaborao e implementao do plano de ao. Para a anlise dos dados, adotou-se a metodologia de anlise de contedo com index definido a posteriori. Do Plano de Apoio Gesto da IG das Paneleiras de Goiabeiras, foram agrupadas trs aes estratgicas buscando identificar em que medida os fatores intervenientes afetaram a implementao de cada ao estudada: Ao1: fortalecimento dos aspectos culturais do produto, Ao 2: fortalecimento dos aspectos sociais do produto e Ao 3: fortalecimento dos aspectos econmicos associados diferenciao por IG. Os resultados mostraram que na Ao 1 o fator interveniente liderana superou as expectativas na implementao das estratgias. J os aspectos polticos, o acompanhamento de resultados e a estrutura organizacional desenvolveram as aes conforme o planejado, enquanto os fatores intervenientes cultura e clareza nas estratgias apresentaram oportunidades de melhorias. Na Ao 2 somente os fatores intervenientes recursos, cultura e clareza nas estratgias apresentaram-se de acordo com o proposto, enquanto a liderana e a estrutura organizacional mostraram-se como pontos de oportunidades de melhoria. Por fim, na Ao 3 nenhum fator interveniente foi destaque como uma oportunidade de melhoria. A estrutura organizacional e os aspectos polticos apresentaram-se de acordo, enquanto os recursos e a liderana superaram as expectativas.

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A adoo da ao afirmativa denominada cotas nas universidades federais - reserva de vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino mdio em escolas pblicas - continua sendo polmica, mesmo aps a sano da Lei n.12.711 de 2012, o que torna oportuna a contribuio aos estudos a respeito da utilizao desse sistema nas universidades pblicas brasileiras. Este trabalho teve por objetivo estudar o desempenho acadmico de alunos cotistas do Centro de Cincias Jurdicas e Econmicas e do Centro Tecnolgico da Universidade Federal do Espírito Santo UFES, no perodo de 2008 a 2013, considerando as duas entradas anuais nos referidos cursos. O presente estudo analisou o aproveitamento acadmico dos alunos de 15 cursos de graduao ofertados pelos Centros nominados buscando saber em quais cursos e disciplinas existem diferenas significativas de desempenho, a partir do coeficiente de rendimento acadmico (CRA) e da mdia final das disciplinas cursadas por alunos cotistas e no cotistas, visando a propor aes institucionais para a reduo dessas diferenas. Na pesquisa, de carter quantitativo, utilizou-se o mtodo estatstico de anlise de varincia ANOVA. A partir das anlises realizadas foi possvel inferir a existncia de diferenas de rendimento nos cursos de engenharia,principalmente em disciplinas de clculo e lgebra. O curso de Direito, por sua vez, apresentou diferena significativa de desempenho, no obstante as mdias no estarem abaixo do ndice necessrio para a aprovao. Quando a comparao feita considerando o sexo, verificou-se no curso de Cincias Econmicas e Cincias da Computao uma disparidade significativa de rendimento em favor dos alunos do sexo feminino cotistas em detrimento dos no cotistas do mesmo sexo.

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Discute as contribuies do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) no processo de formao e expanso do espao urbano da Regio Metropolitana da Grande Vitória (RGMV), analisando especificamente a produo das moradias destinadas s famlias de baixa renda at R$ 1.600,00. Busca compreender as caractersticas operacionais do Programa e suas implicaes sobre o espao socialmente construdo e na vida cotidiana das pessoas. A metodologia analtica foi estruturada com base em dados quantitativos, obtidos em rgos pblicos, sobre a produo habitacional desde o lanamento do Programa (2009) at janeiro de 2014. Os dados foram distribudos por territrio e faixa de rendimento das famlias. Como estudo de caso foram pesquisadas trs reas na RMGV, nos municpios de Cariacica, Vila Velha e Vitória por possurem projetos relevantes do PMCMV em diferentes fases de execuo. A pesquisa abrange projetos distribudos em cinco fases de execuo (previstos, em aprovao, aprovados, em construo e entregues). Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com moradores do conjunto habitacional do PMCMV em Vitória; moradores vizinhos aos empreendimentos do PMCMV em Vila Velha; comerciantes; presidente da associao de moradores de bairros; empregados das construtoras e servidores pblicos. Foram feitas pesquisas de campo nas reas selecionadas e nos territrios do entorno de onde esto sendo implantadas as moradias de interesse social. O Programa tem alcanado resultados expressivos: sendo 3.2 milhes de unidades foram contratadas e 1.5 milho entregues em 5 anos no Brasil. No mesmo perodo foram 46.879 e 15.295 no Espírito Santo e na RMGV foram 25.919 e 6.958 unidades contratadas e entregues respectivamente. O PMCMV continua a reproduzir historicamente contradies inerentes s polticas habitacionais antecedentes como submisso s estratgias do mercado capitalista e reproduo de um modelo de crescimento urbano caracterizado pela segregao socioespacial, alm de promover a ocupao de novos espaos perifricos das cidades atuando como vetor de expanso urbana da RMGV.

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Esta dissertao aborda a espacializao dos acidentes de trnsito notificados entre os anos de 2005 e 2013 nos municpios de Fundo, Serra, Vitória, Cariacica, Vila Velha, Viana e Guarapari, que juntos compem a Regio Metropolitana da Grande Vitória (RMGV). Para o cumprimento deste propsito, realizou-se um diagnstico temporal e espacial dos acidentes de trnsito ocorridos nessa regio, analisando-se o acelerado crescimento da frota veicular, a situao da atual infraestrutura viria e o crescimento demogrfico. Alm disso, foram listadas as principais variveis de risco responsveis por ocasionar acidentes de trnsito. Quanto fundamentao terica, foi construda a partir da Geografia dos Transportes, que forneceu subsdios para contextualizar a importncia da anlise espacial geogrfica sobre o fenmeno aqui tratado. Na sequncia, estimaram-se os custos gerados por esse fenmeno, chegando cifra de mais de R$ 900 milhes de custos associados aos acidentes de trnsito da RMGV em 2013. Utilizando-se de tcnicas de geoestatstica e de geoprocessamento, identificaram-se as reas de concentrao de acidentes de trnsito na RMGV, conforme as tipologias de colises e choques, capotamentos e tombamentos e atropelamentos. Logrou-se, como concluso, que 1) alm do crescimento em quantidade e concentrao das ocorrncias, houve tambm, no decorrer da srie histrica, o espraiamento dos registros de acidentes de trnsito na RMGV, e 2) os acidentes, conforme sua tipologia, concentram-se em diferentes reas da regio estudada.

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Esta pesquisa visa compreender as relaes entre o artesanato, o patrimnio cultural imaterial e o mercado, analisando as influncias que um exerce sobre o outro. Para tanto, realizamos um estudo de caso comparativo entre as paneleiras de Goiabeiras, cujo ofcio registrado como patrimnio cultural imaterial, e os paneleiros de Guarapari, que possuem um modo de fazer panela diferenciado das paneleiras de Goiabeiras. Sendo assim, analisamos os modos de fazer dos dois grupos, as semelhanas e diferenas nas duas produes, as relaes mercadolgicas, sociais, polticas e ambientais envolvidas entre ambos e as polticas pblicas que apoiam ou no os grupos pesquisados. Inicialmente apresentamos os grupos e seus modos de fazer panela de barro preta, utilizando os conceitos de patrimnio cultural e artesanato para contextualizar essas produes. Em seguida, observamos as principais diferenas e semelhanas nesses modos de produo, analisamos como acontece a insero e o desenvolvimento do artesanato e do patrimnio no mercado, assim como as relaes sociais entre os grupos de artesos; identificamos as polticas de salvaguarda e os principais programas de incentivo ao artesanato; e apontamos as influncias e relaes entre artesanato, patrimnio cultural imaterial e mercado.

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Angola, jeje e ketu: Memrias e identidades em casas e naes de candombl na Regio Metropolitana da Grande Vitória (ES), que o tema desta dissertao, requer adentrar em anlises de categorias nativas do povo de santo, e, em seguida, passar a questes tericas sobre esses temas. Na cidade de Serra encontram-se as quatro casas de santo onde a pesquisa de campo foi realizada com trs iyalorixs e um babalorix, que dividem suas memrias e experincias religiosas compondo um exerccio terico sobre a histria e a formao do candombl no Espírito Santo. Nesse estado, que no referncia dessa religio, a mesma encontra-se em ascenso. A preocupao dos integrantes das comunidades de terreiros transformar parte das tradies orais em produo escrita. Tendo em vista os processos polticos de reconhecimento legal da diversidade cultural, o debate se deu em torno de hibridizao e mltiplas formas de identidade. O universo encantador e mgico do candombl composto pelos toques dos atabaques, danas rituais e f em foras da natureza. Os filhos da dispora africana trazidos para o Brasil eram de vrias regies da frica, o que nos permite entender a diversidade cultural que marca esses grupos. Em funo do sincretismo entre as prprias religies de matriz africana e delas com o catolicismo e as doutrinas espiritualistas, essas religies encontram-se de norte a sul do pas. Este encontro de crenas e rituais to evidente que j no dizemos religies africanas e sim religies afro-brasileiras. O candombl, desde o seu surgimento, vem sendo criado e recriado pela transmisso de suas tradies e ritos. A tradio oral nas comunidades de terreiro um dos elementos demarcadores da construo da sua identidade, a partir de uma organizao interna e do aprendizado hierarquicamente transmitido pelos depositrios do saber, seguindo uma ordem de senioridade de iniciao, os antigos so detentores dos saberes e segredos. Por ser uma religio inicitica, o aprendizado ocorre permanentemente, em especial o da lngua ritual, onde o exerccio e o contato levam a transmisso cultural. O povo de santo reconstri uma ligao com uma comunidade imaginada que remonta a frica e desenvolve relaes de parentesco ficcional entre os membros das comunidades de terreiro e forma uma famlia de santo e de ax.