61 resultados para Educação Métodos experimentais


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Esta pesquisa analisou a resistncia ao currculo de Histria para o ensino mdio prescrito pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Esprito Santo (Sedu) em 2009, para ser desenvolvido em sua rede de ensino pelos professores dessa etapa da educação bsica. Seu objetivo foi investigar as causas de resistncias assentadas ao documento e identificar a que os professores resistem, por que os professores resistem e como os professores esto materializando sua resistncia a ele. Por resistncia entende-se o conjunto de prticas exercidas pelos professores que se anunciam sob a forma de oposio, na tentativa de barrar a dominao, de no perder sua identidade. Uma resistncia consciente que, apesar de rejeitar, no nega o currculo. Porm, a ele no se submete passivamente, numa posio de quem reivindica sua reelaborao, sua reinveno. Para fundamentao terica, ocorreram pesquisas e estudos de produes e conceitos sobre currculo, resistncia, ensino mdio e suas relaes com a educação. O trabalho encontra-se na rea de educação, na linha de pesquisa Cultura, Currculo e Formao de Educadores. A pesquisa de cunho qualitativo e amparou-se na abordagem narrativa. Como procedimentos metodolgicos, apoiou-se na anlise documental e bibliogrfica, questionrio pr-estruturado, observaes e conversas com quatro professoras de Histria de ensino mdio no municpio de Afonso Cludio, Estado do Esprito Santo. Com o cotejamento dos dados produzidos, o pressuposto apresentado neste trabalho foi confirmado. Como dimenses geradoras de resistncias, ficaram evidenciadas a prescrio, considerando que as professoras ajuzam ser essa uma atribuio delas, junto com a escola; a organizao dos contedos apresentada pela Sedu; a ausncia de linearidade dos acontecimentos histricos; a disposio dos saberes por eixos temticos; a orientao pelo trabalho interdisciplinar; a desvinculao dos contedos de cada srie/ano do livro didtico; a exigncia burocrtica com a implantao do currculo. A contribuio do trabalho para a Rede Estadual de Ensino foi a problematizao da resistncia ao currculo, artefato educacional que pode produzir estabilidades ou tenses entre os sujeitos que o envolvem, podendo ser til para discusses posteriores. Para as educadoras, o trabalho foi relevante por ter promovido espao de debates sobre o currculo de Histria do ensino mdio no decurso das conversas na escola.

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Com a Constituio da Repblica Federativa do Brasil (1988), a intersetorialidade imprimiu nas polticas pblicas de educação e seguridade social uma construo e uma operacionalidade mais articuladas e interdependentes. Entre as leis e portarias interministeriais, destaca-se o Programa Benefcio de Prestao Continuada na Escola, que atende pessoas com deficincia de zero a dezoito anos de idade. Nesta pesquisa, questionam-se as interfaces entre as polticas pblicas da educação especial e da seguridade social. So objetivos da pesquisa: analisar as interfaces das polticas pblicas sociais educação especial e seguridade social no que se refere garantia de direitos educação de crianas com deficincia ou Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre zero e cinco anos, no municpio de Vitria, Estado do Esprito Santo; identificar como se configuram as interdependncias entre profissionais da educação especial e da seguridade social e os familiares (pais ou responsveis) dessas crianas perante seus processos educacionais; compreender os diferentes movimentos entre as instituies de educação e da seguridade social e suas implicaes para a incluso escolar das crianas com deficincia ou Transtorno Global do Desenvolvimento; analisar como os profissionais da educação e da seguridade social lanam perspectivas para os processos de incluso escolar e estabelecem dilogo com a famlia acerca da educação dessas crianas. Esta uma pesquisa de natureza qualitativa, estudo de caso com coleta de dados empricos e bibliogrficos, na qual foram sujeitos: mes de trs crianas de trs Centros Municipais de Educação Infantil de Vitria; professoras da sala de atividades e de educação especial, pedagogas e diretoras; tcnicos das Secretarias Municipais de Vitria: Educação, Sade e Assistncia Social e do Instituto Nacional do Seguro Social. As tcnicas empregadas para coleta de dados foram a entrevista o grupo focal e o dirio de itinerncia. Foram procedimentos adotados para o registro dos dados a audiogravao de entrevistas e de grupos focais e anotaes em dirio de itinerncia. Os dados foram organizados em cinco categorias de anlise, produzidas por meio das narrativas dos familiares e dos profissionais participantes da pesquisa. Os conceitos de Norbert Elias, interdependncia e configurao, relao de poder estabelecidos e outsiders , processos sociais e relao entre sociedade e Estado (balana do poder) contriburam para compreender os dados, por serem observados nas categorias produzidas. Os resultados apontam para a fragilidade de Global do Desenvolvimento, no municpio de Vitria. Revelam, ainda, uma inconsistncia de fluxos de referncia e contrarreferncia e lacunas na dimenso tcnica e operativa para as interfaces das polticas pblicas intersetoriais com prticas profissionais que cumpram o papel poltico conforme outorga a legislao federal e municipal. As consideraes se ampliam para discusses entre o institudo e o instituinte polticas pblicas e prticas profissionais que priorizem a efetivao da intersetorialidade diante das demandas do pblico investigado com vista garantia dos direitos de acesso a uma educação de qualidade.

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A pesquisa A Educação Ambiental nos encontros do Congo com os cotidianos escolares de uma Escola Municipal da Barra do Jucu, Vila Velha, ES se apoia na produo narrativa em Educação Ambiental com os cotidianos, com a inteno de problematizar os saberes e fazeres socioambientais produzidos nos encontros entre a produo cultural do congo com as prticas escolares cotidianas. Com as conversas e narrativas dos sujeitos da pesquisa, alunos(as), professores(as), congueiros(as), pais de alunos e outros representantes da comunidade escolar, problematizamos e mapeamos esses saberesfazeres socioambientais, bem como compreendemos suas diferentes tradues. Os cotidianos escolares so considerados espaos de burla s hierarquizaes culturais, ambientais, sociais e curriculares, por serem espaos privilegiados de prticas curriculares que vo alm das propostas institudas, e enfatizamos como o entorno da escola com suas especificidades locais se constituem potncias para a produo de saberes e a criao de currculos cotidianamente. As oficinas de congo que acontecem na Escola Municipal da Barra do Jucu foram acompanhadas e mostraram-se potentes para o desenvolvimento da Educação Ambiental numa perspectiva ps-colonial, que acredita na possibilidade de um pensamento que v alm da relao dicotmica cultura/natureza e da no homogeneizao cultural. As produes culturais desenvolvidas nas oficinas possibilitaram outras alternativas para a produo de subjetividades e para trocas de saberes socioambientais e culturais, baseados na solidariedade que potencializa prticas sociais sustentveis.

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Este estudo analisa os processos de circulao e apropriao das representaes sobre os saberes da educação escolarizada difundidos pela Revista de Educação do Esprito Santo, entre os anos de 1934 e 1937. Como referencial terico baseamo- nos em Chartier (1990) acerca do conceito de representao, em Balandier (1982) em relao ao conceito de encenao de poder institudo que assume visibilidade quando circula na Revista, concedendo publicizao aos feitos polticos realizados por dado grupo social, e em Julia (2001), junto ao conceito de cultura escolar. A partir desse arcabouo terico, empreendemos metodologia de pesquisa a partir da anlise histrica da fonte, dialogando, para tanto, com diferentes documentos e registros que configuram uma srie de dados que constituem nossa fonte. Trata-se da anlise das representaes travadas no debate sobre a formao, divulgao e apropriao do conjunto de prticas e saberes pedaggicos dirigido aos professores, por parte de um grupo de intelectuais locais que se apresentava como portador do projeto de modernizao do Esprito Santo inserido no contexto nacional. A Revista de Educação/ES tinha entre seus principais objetivos o de (in)formar os professores, ou seja, enquadrar suas prticas s novas demandas educacionais. Deste modo, a Revista esteve atrelada a um projeto educacional em que os intelectuais corroboravam a ampla circulao de um conjunto de representaes sobre a modernidade, utilizando a Revista como suporte, visto que, desde as capas, so expostos monumentos de modernizao, como os prdios escolares e todo um complexo arranjo de artefatos simblicos, traduzidos muitas vezes em festas e rituais escolares que evocavam um novo tempo para a Educação do Estado, ou seja, fazendo da educação escolarizada um espetculo.

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Esta pesquisa tem o intuito de problematizar, a partir dos acontecimentos das prticas culturais e artsticas, a produo dos saberes-fazeres-poderes e das subjetividades dos sujeitos inseridos no contexto do ensino e da formao profissional, no espao educativo do IFES. Para isso, busca compreender como esses indivduos ressignificam suas vivncias cotidianas, tendo em vista as diversas possibilidades de expanso da vida que so constantemente inventadas e reinventadas na tecitura cotidiana das experincias vividas. Para se compreender o significado, o papel do currculo no contexto educacional, preciso que se conhea os caminhos trilhados nas composies curriculares do IFES, bem como a aproximao do pesquisador das prticas artsticas vividas na instituio. Busca-se, com o discurso do currculo, e com a perspectiva da produo de um novo senso comum emancipatrio de Boaventura de Souza Santos, compreender e dar consistncia a essas prticas artstico-culturais que se evidenciam no espao-tempo da formao profissional do IFES, como prticas de si, que potencializam o desejo e a necessidade dos indivduos de ampliar suas capacidades cognitivas em torno de um vir a ser mais humano. O currculo investigado e esclarecido segundo autores como Santos (2010), Silva (2005), Bobbit, Dewey, Giroux e Taylor (apud SILVA, 2005), Damsio (2007), Oliveira (2009).

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Ningum consegue sair ileso de um encontro com o currculo e com a escola, principalmente diante de relaes to assimtricas de poder que no valorizam o que as crianas tm a dizer. Quantas narrativas curriculares sobre as crianas? Quantas narrativas curriculares com as crianas? As narrativas e as fotografias se seguiro nesta pesquisa, porque com elas nos colocamos a pensar nos processos de criao curricular, explorando novas sensibilidades, novas maneiras de ver e falar, a partir das redes de sentidos, forjadas nos contextos vividos, imaginados ou pensados, dentrofora da escola. Tambm inclumos a forma como as crianas se relacionam com as prticas pedaggicas dos professores e do modo como se relacionam com a escola. Nessa perspectiva, interessa-nos pensar em como os usos (CERTEAU, 1994) da imagem fotogrfica so capazes de afetar (e at transformar) as prticas curriculares, traando algo da potncia da/na imagem fotogrfica em sua funo fabuladora por meio das oficinas de fotografias realizadas com as crianas em virtude da pesquisa. A fotografia se torna potente como um recurso para provocar a inveno tessitura de outros sentidos em currculo no porque em sua materialidade ela est repleta de sentidos de currculo priori, mas porque pode ou no, ao ser usada (CERTEAU, 1994), ao ser vista pelas crianas, agenciar outros possveis para o currculo. Assim, o foco da discusso no a fotografia em si nem a criana em si, ou seja, no h protagonismo nem da criana nem da fotografia. O foco est nas relaes, naquilo que nos passa, isto , na experincia esttica (LARROSA, 2004b) que ocorre ao entrarmos em contato, ao vermos, ao compormos com as fotografias! Nesse sentido, pensamos as oficinas de fotografias como um dispositivo de criao e produo de acontecimentos em currculo, considerando-as mquinas de fazer ver e falar, o que as justifica como uma estratgia narrativa capaz de produzir acontecimentos na imagem e no mundo. Que sentidos de currculo so produzidos em multiplicidades? Pelas minoridades pretendemos movimentar nosso pensamento: que quer pensar um currculo como fabulao sem dizer o que ele , mas no que ele vai se transformando com a chegada das crianas. No encontro das imagens com as palavras, em que o currculo vai se transformando? Sob a mesma superfcie chamada currculo em extenso com as crianas, co-habitantes, encontrar os modos de olhar esse currculo e de diz-lo por meio das fotografias, das narrativas, dos cartazes, dos desenhos, das poesias... As conversas com as crianas provocam o real, colocam em desequilbrio algumas ideias feitas em educação, exigindo reordenaes e invenes de outros pensamentos para a educação. dessa criao de efeitos impensveis que surge a inveno de currculos possveis. Aprender a olhar mais (at cansar!) aquilo que no percebemos no dia a dia tem uma dimenso poltica muito importante; por meio desse gesto (que aprendemos com as crianas) podemos criar um novo pensamento poltico em educação. A partir daquilo que nos d a ver, as crianas vo inaugurar sentidos impertinentes, desestabilizadores daquilo que chamamos de currculo e escola. O desafio consiste em falar da fora contida na imagem fotogrfica sem vontade de interpret-la ou descrev-la, mas escrever e pensar pelas fotografias num movimento de criao de sentidos e acontecer por elas.

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Esta pesquisa tem a inteno de descrever as caractersticas do trabalho gerencial de gestores educacionais, iniciando-se de estudo realizado com gestores escolares, coordenadores pedaggicos que atendem s escolas multisseriadas da secretaria de educação do municpio de Santa Maria de Jetib (ES). Buscou-se caracterizar a ao gerencial desses gestores partindo das percepes deles sobre os trabalhos realizados junto aos demais membros da comunidade escolar, equipes de gesto e gesto da secretaria municipal, no deixando de lado as particularidades da rea educacional, principalmente sobre gesto democrtica e autonomia. Para se entender a diversidade, a complexidade e as dinmicas relaes dos gestores, foram realizadas entrevistas semiestruturadas que contriburam para aprofundamento nessas dinmicas. Documentos foram analisados para conhecimento e caracterizao da formatao da estrutura organizacional da secretaria de educação. Os relatos das entrevistas apresentaram fragmentos que puderam nortear ideias para um melhor tratamento dos dados, que foram realizados analisando os contedos apresentados pelos gestores entrevistados. As conversas realizadas com esses entrevistados mostraram ambiguidade, dinamismo e pluralidade no desenvolvimento das funes gerenciais dos gestores educacionais, que so lderes, companheiros e executores de trabalhos junto aos demais componentes das relaes do ambiente educacional. Assim, as expectativas so de que esta pesquisa possa fazer com que novos dilogos surjam para discutir as relaes dos gestores educacionais, principalmente sobre as aes dos coordenadores que atuam junto s escolas multisseriadas.

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A pesquisa analisa as relaes entre interculturalidade, prxis e educação escolar indgena Tupinikim e Guarani do municpio de Aracruz, Esprito Santo, Brasil. Investiga a prxis da educação intercultural no espao da educação escolar indgena como meio de revitalizao das culturas Tupinikim e Guarani. Objetiva problematizar a formao inicial e continuada dos professores indgenas; discutir a prxis da interculturalidade no contexto da educação escolar indgena; e, identificar outros espaos educativos da cultura e educação indgena. Analisa aspectos tericos e prticos sobre cultura (WILLIAMS, 2008; BRANDO, 1989; FORQUIN, 1993; CANDAU, 2011; GEERTZ, 1989), interculturalidade (DAMBROSIO,1996; FLEURI, 2002; 2003; SCANDIUZZI, 2009;), identidade e alteridade (MELI, 2000; FREIRE, 1981; 1987; LITAIFF, 2004) e prxis (FREIRE, 1989; VSQUEZ, 2011; SEMERARO, 2006) e educação (escolar) indgena de acordo com a legislao vigente. Realiza pesquisa interpretativa (GEERTZ, 1989) na educação escolar indgena junto aos professores indgenas Guarani das Aldeias de Boa Esperana e Trs Palmeiras (2009-2010) e professores indgenas Tupinikim da Aldeia de Comboios (2011-2013) na perspectiva de um dilogo intercultural. Contribuem nos processos investigativos para produo, sistematizao e anlise de dados a realizao de observaes, entrevistas semiestruturadas, registros no caderno de campo, fotografias, gravaes em udio e em vdeo e anlise documental sobre a educação escolar indgena de Aracruz. (ANDR, 2007; GIL, 1999; 2004). Os resultados deste trabalho levantam questes relativas a duas realidades de educação escolar nas comunidades indgenas pesquisadas que se constituem em aspectos de sobrevivncia e desencadeia formas para interagir e reagir em defesa de sua identidade e dignidade. Nesse sentido, a escola um local de vivncias e de encontro, vista e sentida pelas lideranas e pela comunidade como uma possibilidade real para desenvolver um elo entre as formas tradicionais de vida e as formas contemporneas. O desafio de garantir uma escola nestes termos significa concretizar a proposta de um projeto de educação escolar para os povos indgenas, constitudo por especificidades de como trabalhar a terra, pelo reconhecimento de suas tradies, das lnguas e da memria coletiva. Distante de apresentar respostas conclusivas prope uma educação escolar, coletiva e participativa, que critica e dialoga com todos os envolvidos no processo educativo.

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O objetivo desta tese produzir uma reflexo hermenutica e fenomenolgica acerca dos saberes e fazeres que vm sido produzidos a partir de pesquisas que tratam da incluso de alunos com necessidades especiais nas escolas de ensino regular. Buscou-se uma pesquisa de natureza bibliogrfica que debruou-se na produo de conhecimento relativa a dissertaes e teses que foram produzidas no PPGE-UFES entre os anos de 2000 e 2010 que buscaram analisar os saberes-fazeres inclusivos que vm se constituindo a partir da insero de alunos com necessidades especiais nos espaos-tempos das escolas comuns. Procurou-se num primeiro momento traar o estado da arte de tais trabalhos de pesquisa para, posteriormente, compreend-los numa dimenso filosfica. Como resultado concluiu-se que estas pesquisas apontam movimentos profundamente ambguos e paradoxais, revelando uma profunda crise de um modelo de racionalidade excludente que encontra-se enraizado em nossa cultura e no cotidiano das escolas. Frente a esse quadro, procura-se compreender, a partir das pistas e rastros deixados pelas dissertaes e teses pesquisadas, como vm se configurando outras formas de racionalidades que instauram novas formas de ensinar-aprender conjugadas aos diferentes modos de ser-sentir-conhecer o mundo.

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O objeto de estudo da presente pesquisa a anlise do Plano de Aes Articuladas (PAR), criado pelo Governo Federal por meio do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto n. 6.094/2007), e suas possibilidades como instrumento de organizao do Sistema Nacional de Educação. A pesquisa tem como objetivo geral analisar o processo de implantao/implementao do PAR em dois municpios do Esprito Santo (Cariacica e Vitria), com o intuito de entender como se deu o planejamento do PAR em nvel nacional e em nvel municipal; analisar como foi elaborado, como est sendo executado e quais as principais aes do PAR desenvolvidas nos municpios pesquisados, identificando as articulaes existentes entre os municpios, estados e Unio. O argumento central que o PAR um instrumento de planejamento central, mas cuja execuo necessita de aes descentralizadas. Parte-se da hiptese de que a organizao dos municpios, do ponto de vista econmico e poltico, tem implicaes na execuo de um planejamento educacional mesmo que ele tenha um mesmo formato e padro para todo o pas. Ou seja, as caractersticas polticas, econmicas e culturais dos municpios configuram diferentes realidades na execuo das polticas educacionais, o que traz uma desigualdade na oferta da qualidade do servio educacional entre os entes federativos. A pesquisa realizada de carter qualitativo do tipo estudo de caso, particularmente o estudo de multicascos que, segundo Trivios (1987), propicia ao pesquisador estudar dois ou mais sujeitos ou organizaes sem a necessidade de limitar-se a fatores de natureza comparativa. Como problema de pesquisa, portanto, levantada a seguinte pergunta: possvel o PAR, com sua caracterstica de centralizao/descentralizao, contribuir para a organizao do Sistema Nacional de Educação? A pesquisa mostrou que a implementao de uma poltica de educação, como o PAR, envolve a capacidade tcnica, organizacional e aspectos institucionais dos municpios. Nesse sentido para a consolidao do Sistema Nacional de Educação necessrio que o PAR no seja apenas uma poltica de captao de recursos, mas que os municpios tenham um plano norteador como catalizador de uma poltica de Estado.

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A tese afirma a vida por meio das biopotncias que se manifestam em movimentaes invisveis aos olhos acostumados a permitir o ver, o julgar e o falar. Foca o tempo presente, na comunicao em redes, traz em si a potncia de reatar a multido, com a capacidade de sondar possibilidades mostrando o que antes parecia opaco e impossvel. Perambular ligar nas redes quentes de um bairro com/no/do territrio ao privilegiar o movimento, o processo, sempre caminhando pelas vias e conexes abertas, aposta esttica-tica-poltica nos paradoxos sem superao e no hierarquizados. Toma como mtodo de pesquisa-interveno elementos de uma cartografia de movimentos e devires, traando um perambular rizomtico em que so problematizados a constituio do problema de pesquisa, que considera a construo do conhecimento diversificada, descentralizada e horizontalizada. Problematiza as prticas discursivas de si em suas relaes com a biopoltica, a governabilidade e a biopoltica das populaes. O que est(r) rolando nesse bairro, no que foi chamado de criana, adolescente, escola, compor para que as coisas apaream, junto com outros que vivem a loucura em duplas e trios. A tese a possibilidade da existncia de uma educação menor na periferia para as populaes marginalizadas, muulmanizadas. Educação menor, da sala de aula, do bairro, do cotidiano de professores, familiares e alunos. Educação que permite revolucionrios, na medida em que alguma revoluo ainda faz sentido na educação nesses dias. A educação menor constitui-se, assim, num empreendimento de militncia, de professores militantes. Plano das afeces em que no h unidades, apenas intensidade. A tese fala do processo, de como reproduzir, ou no, os modos de subjetividade dominante, no se trata de medidas - "menor" ou "pequeno". Nesse sentido, preciso considerar os efeitos de produo de subjetividade e a incorporao dos fatos prpria vida. A tese analisa movimentos instituintes buscando reconhec-los em sua natureza contestatria e transgressora e ter conhecimento de como se organiza na escola e muito alm dela. Discutindo a produtividade dessa coreografia do perambular, esboamos movimentos que denominamos: estradas que levam a nada, alm muro

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Trata-se de uma pesquisa-interveno com o objetivo principal de analisar como os professores fazem exerccio protagonista na atividade. Embasa-se principalmente no aporte conceitual da perspectiva ergolgica de Yves Schwartz para realizar a anlise da atividade no cotidiano escolar. O estudo foi desenvolvido em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de Serra/ES com duas professoras e um professor de Educação Fsica. As estratgias metodolgicas utilizadas foram constitudas de acompanhamento da atividade desenvolvida pelos professores nas aulas, no Curso de Formao Permanente de rea de Educação Fsica, promovido pela Secretaria Municipal de Educação, participao no cotidiano escolar e a construo coletiva de um processo de formao na escola por meio de oficinas de prticas corporais. As tcnicas de produo e registro dos dados foram compostas por dirio de campo, fotos, conversas gravadas em udio, entrevistas, questionrio e documentos elaborados pela escola, como o Projeto Poltico-Pedaggico. A confrontao dos dados realizada com os docentes nas conversas produziu importantes deslocamentos nas anlises e convocou autores e conceitos que no estavam previstos para o debate sobre o exerccio protagonista. A produo dos dados gerou mudana na atividade docente e colocou em questo modos de gesto e organizao do trabalho na Rede Serra de Educação, provocando transformaes nos modelos de formao permanente dos professores de Educação Fsica do municpio. Os exerccios protagonistas empreendidos na atividade docente colocaram competncias em circulao e tornaram visveis os efeitos de trama e urdidura que atravessam e compem a atividade docente dos professores de Educação Fsica no cotidiano escolar.

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Investiga o livro didtico na Educação Fsica tendo como fonte a produo acadmica publicada em peridicos, a forma e contedo de sete propostas didticopedaggicas e a anlise de proposta construda pelo Proteoria, que tem como eixo central as prticas pedaggicas de professores. Caracteriza-se como uma pesquisa plurimetodolgica, utilizando-se de estudo bibliogrfico, documental e da (auto)biografia. Na pesquisa bibliogrfica, mapeia e analisa textos que abordam propostas didtico-pedaggicas para o ensino da Educação Fsica e aponta aumento de interesse sobre o tema, sobretudo a partir da dcada de 2000, publicaes que tm sido produzidas na relao de parceria entre consultores das universidades e professores das instituies escolares, valorizando a participao dos docentes. Na pesquisa documental, analisa sete propostas didticopedaggicas com o objetivo de investigar, nas suas formas, os dispositivos de leitura elaborados para projetar as prticas pedaggicas, e, no contedo, as representaes sobre identidade da Educação Fsica como componente curricular. Conclui que essas propostas so produto da parceria entre universidade e instituies escolares, dialogando com os professores das redes de ensino. Suas formas e contedo indicam relao com as atuais polticas nacionais de reconfigurao da educação bsica pelos princpios da integralizao, interdisciplinaridade em reas de conhecimento, especialmente no ensino mdio. Na pesquisa (auto)biogrfica, ao investigar o livro didtico produzido pelos professores de Educação Fsica das redes de ensino da Grande Vitria-ES em parceria com docentes e alunos da Universidade Federal do Esprito Santo, observa coerncias entre o propsito do projeto, como o protagonismo e autoria do professor, a produo de conhecimento a partir das experincias e o livro didtico como caixa de utenslios. Discute, ainda, a necessidade de se aprofundar a progresso e complexidade dos contedos, o dilogo entre diferentes conhecimentos escolares e a valorizao do protagonismo dos alunos na produo de livros didticos.

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Esse texto um convite para discutir alguns atravessamentos colocados nas escolas a partir da implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos, como poltica de governo reorganiza os espaostempos da escola, impe um currculo prescrito, uma avaliao por objetivos e coloca em discusso o que ser criana e viver a infncia na escola. Como objetivo principal, busca problematizar o processo de implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos no municpio de Vitria-ES e suas implicaes no entre-lugar da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Para tanto foi necessrio estar no cotidiano escolar, viver, sentir e conversar com os sujeitos praticantes: as crianasalunos; as professoras e as pedagogas. Nesse sentido, trs movimentos foram realizados: o primeiro movimento consiste em um levantamento de dados documentais, pareceres, leis, diretrizes no mbito nacional e municipal que determinaram a obrigatoriedade do Ensino Fundamental de Nove Anos; o segundo movimento consiste em trazer para anlise alguns artigos publicados na Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educação (ANPED) em quatro Grupos de Trabalho (GT) que abordam o tema Ensino Fundamental de Nove Anos, e tambm textos que circulam nas escolas e que foram organizados pelo Ministrio da Educação e Cultura (MEC); o terceiro movimento consiste na pesquisa realizada em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) no municpio de Vitria, no decorrer dos anos de 2011 e 2012, onde foi possvel conversar com as crianasalunos de duas turmas do 1 ano, com as professoras e pedagogas. Utiliza como aporte terico-metodolgico as pesquisas nos/dos/com os cotidianos (CERTEAU 1994; ALVES 2001; FERRAO 2003) onde foi possvel a apropriao de diferentes instrumentos de pesquisa, como: o dirio de campo, recurso importante na inteno de capturar movimentos, falas e expresses; as conversas como tentativa de aproximao com os sujeitos para um fazer com e as oficinas de literatura como dispositivo de criao e produo de outros modos de pensar a criana e a infncia. Na tentativa de discutir o lugar da criana no Ensino Fundamental de Nove Anos o conceito de devir-criana de Deleuze (1997) ajuda a pensar no movimento da criana como presena potente que produz outros modos de vida mais belos e intensos na escola e no currculo. O conceito de entre-lugar de Bhabha (2007) fortalece as discusses entre CMEI e EMEF como espaostempos de negociaes. As discusses de Kohan (2003) colocam em debate o lugar da infncia que no indica um tempo cronolgico, mas pensa em um encontro com a infncia, com a experincia da infncia. E Larrosa (2004) que com o conceito de experincia nos ajuda a pensar em um currculo-experincia, currculo esse que no est localizado no documento prescrito, nos espaostempos da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental, tambm no se localiza na criana, ou em uma dada infncia, mas na composio com a escola, com as crianas, com as infncias e isso s possvel no encontro com a criana que existe em ns.

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No intuito de contribuir para a problematizao da Educação, numa perspectiva inclusiva, esta dissertao procura conhecer e analisar a prtica pedaggica inclusiva experimentada pelos professores de Educação Fsica na escola, por meio de suas narrativas, em uma ao de formao continuada. O projeto de extenso intitulado Formao Continuada de Professores de Educação Fsica para a Educação Inclusiva foi a estratgia utilizada para a criao de um grupo de estudos, denominado Grupo Operativo de Formao (GOF). A ao de formao continuada foi realizada durante o perodo de julho a dezembro de 2011, em um encontro presencial semanal, totalizando dezesseis encontros, com uma carga horria final de 90h. Participaram da ao de formao quatro professores da Secretaria Municipal de Educação de Vitria-ES. A pesquisa baseia-se em elementos da pesquisa-ao, utilizando como instrumentos e procedimentos para a produo dos dados a narrativa, o dirio de campo, o memorial e a entrevista. Da anlise dos dados produzidos identifica trs categorias norteadoras das discusses: a) o trabalho coletivo como possibilidade para incluso; b) trilhando caminhos para o desenvolvimento de prticas inclusivas: o autismo como foco do percurso; c) o olhar dos professores sobre a ao de formao experimentada no GOF. As anlises realizadas revelam que essa ao de formao traz resultados que sinalizam positivamente para sua efetivao como instrumento ativo no processo de formao de professores para a educação bsica, na perspectiva da incluso. Portanto, essa uma interessante ferramenta a ser utilizada pelas redes de ensino como alternativa metodolgica em programas de formao continuada. Alm disso, a proposta promove momentos para a prtica reflexiva dos professores, representando uma rica oportunidade, capaz de fazer com que eles se apropriem de teorias educacionais que podero contribuir na elaborao de suas aulas.