26 resultados para Comunicação Pesquisa
Resumo:
A pesquisa tem como sujeito a criana pequena em uma instituio de educao infantil e investiga processos de formao mediados pela experincia sensvel com as artes visuais. A educao infantil lugar das interaes, das brincadeiras e da educao esttica, sensvel. Problematiza o espao da alfabetizao na escola, restrito apropriao da linguagem verbal, escrita. Por meio de interveno, prope um elo entre a criana, sua cultura e seu meio, sugerindo um contato mais prximo com as mltiplas linguagens e com a educao esttica. Investiga a educao infantil como o lugar da experincia, da brincadeira e da formao do ser humano em sua totalidade, que no se limita alfabetizao pautada na linguagem verbal e na fragmentao do saber. Este trabalho foi realizado em uma Creche-Escola do municpio de Vitria/ES, situada no bairro Jardim da Penha. Tem como pblico crianas de seis meses a cinco anos, divididas em grupos conforme a faixa etria. A participao ativa da pesquisadora na rotina da instituio pesquisada direcionou a um dilogo com a pesquisa-ao, um tipo de pesquisa de natureza qualitativa que se revela na ao e no discurso, segundo Barbier (2007). Busca analisar os possveis efeitos dessa experincia esttica no cotidiano das crianas, observando como afetam e geram interlocues com a comunidade escolar e com a famlia. Fundamenta-se nos conceitos de experincia, sentidos como uma experincia esttica e a linguagem visual como uma forma de comunicação nas discusses de Vigotski (2010), Duarte Jnior (2001) e Bakhtin (2010). Procura reconhecer a criana como sujeito ativo, em consonncia com as contribuies da Sociologia da Infncia, expressa no pensamento de Sarmento (2008). Focaliza a criana como ser social, ldico, pleno de direitos, apto a viver e ressignificar experincias individuais e sociais. O estudo dialoga com o pensamento de Benjamin (1987) que, em seus escritos filosficos, revela o conceito de uma infncia universal, e de Giorgio Agamben (2005) sobre infncia e experincia. Com Angel Pino (2005) analisa a constituio do ser humano como um ser cultural. Apoia-se tambm em autores que realizam uma reflexo sobre a criana e a infncia, como Ribes (2012). Apresenta a Arte como rea de conhecimento capaz de formar e inserir a criana em seu meio cultural, proporcionando um conhecimento mais amplo do mundo e da sociedade em que est inserida. Acompanhou quatro momentos que promoveram a aproximao das crianas s expresses artsticas, por meio de visitas a espaos expositivos com a presena da artista plstica, ceramista, a professora Dr. Regina Rodrigues, no espao educacional. Analisa os processos de interao e a expresso das crianas em face experincia com a Arte. A chegada ao museu e a interao ldica das crianas com os espaos, com as obras, com os diversos ambientes e com os mediadores despontou como material potente de conhecimento. A pesquisa mostrou a importncia de a instituio de ensino estar aberta cidade, provocando nas crianas a percepo do pertencimento aos espaos de cultura, lazer e demais lugares que a compem.
Resumo:
Investiga os sentidos do ser e dos saberes docentes com nfase no processo de formao inicial de professores para a educao bsica, por meio da modalidade de Educao a Distncia EAD. Questiona os modos como o ser docente e os saberes da profisso docente foram se constituindo ao longo das trajetrias de formao percorridas pelos estudantes egressos dos trs primeiros cursos de licenciatura em Qumica, Fsica e Artes Visuais, ofertados pela Universidade Federal do Esprito Santo (Ufes), no mbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil UAB, entre 2008 e 2014, no Polo da cidade de Itapemirim/ES, em um recorte temporal definido como antes, durante e aps a integralizao dos referidos cursos. Pressupe uma perspectiva terica crtica, que compreende a formao e a docncia como processos histricos de construo social e coletiva, que no possuem incio e trmino em si, por si e para si. A pesquisa delineia-se como um estudo de caso qualitativo. A abordagem aos sujeitos deu-se por meio de tcnicas que visam coleta de dados descritivos, com o uso de trs principais instrumentos, no formato semiestruturado: um questionrio, uma entrevista coletiva e um frum virtual temtico. Para compor o repertrio de dados, ocorreram, ainda, informaes advindas dos documentos e bases legais que deram sustentao oferta dos cursos, bem como dos relatrios de acompanhamento e gesto destes. A anlise dos dados se deu por meio da tcnica de triangulao, com sustentao terica nos estudos de Freire, Nvoa e Tardif. Evidencia a necessidade de estudos na rea da formao articulada EAD, bem como da considerao dos saberes cotidianos da docncia na proposio de polticas sua formao. Revela uma variedade de sentidos atribudos aos conceitos de docncia e dos saberes da docncia e a sua constituio em meio a processos formativos ao longo de toda a vida dos sujeitos. Reconhece a necessidade de uma formao contnua do docente aps a obteno de sua titulao profissional e aponta a EAD como possibilidade de acesso a essa formao na/pela Universidade pblica, em tempos e espaos que se vm constituindo, em meio s novas tecnologias da informao e da comunicação. Ressalta a importncia do Sistema UAB para a disseminao da formao e da EAD, bem como a necessidade de institucionalizao dessa modalidade como forma de superao do carter emergencial e provisrio da atual poltica de formao de professores no Brasil.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo discutir o surgimento de um programa de pesquisa na Cincia Econmica, no que concerne a anlise das assimetrias de informao, as diferenas epistemolgicas e as implicaes em termos de equilbrio timo de Pareto, em contraponto abordagem neoclssica standard. Em busca de tal objetivo, foi necessrio destacar o mtodo de ambos os paradigmas; todavia, era igualmente necessrio discutir a filosofia/epistemologia da cincia envolvida e que serviria de base para uma abordagem relacionada a mudanas paradigmticas na cincia. No captulo 1, discutimos a epistemologia da cincia, a partir de trs autores: Popper, Kuhn e Lakatos. Definimos o conjunto de hipteses que podem ser associadas ao mtodo empregado pela Escola Neoclssica, a partir da filosofia da cincia proposta por Lakatos. Em seguida, no captulo 2, fizemos uma longa exposio do mtodo neoclssico, definindo os axiomas inerentes s preferncias bem-comportadas, apresentando algebricamente o equilbrio geral walrasiano, exemplificando o relaxamento de hipteses auxiliares do modelo neoclssico a partir de Friedman e, por fim, aplicando o instrumental neoclssico ao relaxamento da hiptese auxiliar de perfeio da informao, a partir do modelo desenvolvido por Grossman & Stiglitz (1976), bem como da expanso matemtica desenvolvida pelo presente trabalho. Finalmente, encerramos a presente dissertao com o captulo 3, no qual, basicamente, expomos as principais contribuies de autores como Stiglitz, Akerlof e Arrow, no que concerne a mercados permeados por informaes assimtricas e comportamentos oportunistas. Procuramos mostrar as consequncias para o prprio mercado, chegando a resultados em que o mesmo era extinto. Apresentamos a segunda parte do modelo de Grossman & Stiglitz, enfatizando a natureza imperfeita do sistema de preos, sua incapacidade de transmitir todas as informaes sobre os bens ao conjunto dos agentes, e, por fim, discutimos tpicos variados ligados Economia da Informao.
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A pesquisa busca mostrar como o discurso religioso do gnero sermo, na voz do enunciador Frei Gregrio Jos Maria de Bene, pode influir na estratgia de adeso e convencimento dos escravos da regio de Serra, provncia do Esprito Santo, para a construo da igreja do Queimado. O sermo citado o recorte fundamental do discurso literrio O Templo e a Forca (1999), recriado por Luiz Guilherme Santos Neves, analisado a partir de cena englobante legitimadora. O trabalho insere-se nos estudos da Analise do Discurso (AD) de linha francesa, pelo referencial terico de Dominique Maingueneau, que nos orientar quanto s cenografias do padre, sua imagem de enunciador, as condies de produo do sermo, ressaltando elementos que interagem no embate, visando sociedade da poca e s questes culturais dos envolvidos na ecloso da revolta. O principal objetivo examinar as cenas de enunciao e como se constri o ethos religioso em cada cena e suas variadas funes. elementar dizer que o religioso se reconstri a cada momento a partir do comprometimento com as situaes de comunicação. Para maior entendi-mento, dizemos que essas diversas reconstrues apresentam nos discursos diferentes encenaes desse to fomentado religioso com suas estratgias de adeso, apresentando-se ora com a imagem daquele que fala em nome de Deus, preza a docilidade da vida do campo sombra das andirobeiras gigantes onde se pode sentir o silncio que convida contemplao e prece; ora aquele comprometido com seus propsitos interesseiros e pessoais. Fala para no ser entendido, e o que vale erguer a casa de So Jos sem poupar a carne e o sangue das mortes que viro. Importa ressaltar que sempre h possibilidade de olhar ingnuo sobre texto religioso, que, conforme Main-gueneau (2010), s legvel relacionado a vasto intertexto que contribuir para estruturar o discurso. Para enriquecer ainda mais este estudo, afora o gnero sermo usamos recortes que estruturam o discurso de Neves e sinalizam as variadas cenografias e a forma como se constituem enquanto gneros: Dilogo interior momentos solitrios do frade Viso do frade e Monlogo; Dilogo Compartilhado segmenta dilogos entre o enunciador e seus vrios co-enunciadores, que estruturam os acontecimentos do discurso; e o gnero exortao, do padre aos escravos. Os recortes so momentos de grandes embates recriados pelo autor, em discurso leve fazendo seu leitor transitar prazerosamente junto ao frade entre as suas variadas imagens nos discursos. Levando o leitor a acreditar tratar-se de cenas relacionadas ao gnero cmico. E talvez o fosse, se no terminasse em revolta.
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Esta pesquisa investiga a relao entre os repertrios de ao coletiva adotados por organizaes de movimentos sociais e a efetividade das instituies participativas (IPs) que tratam das polticas de comunicaes no Brasil, ou seja, o Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS) e a 1 Conferncia Nacional de Comunicação (ConfeCom). A discusso gira em torno das aes implementadas pelo Coletivo Intervozes, organizao da sociedade civil que atua nos movimentos sociais em prol do direito comunicação e de sua democratizao. Nesse contexto, d-se nfase s aes por um novo marco legal e regulatrio das comunicaes, consideradas como resultado dos problemas de efetividade observados no CCS e na ConfeCom. O trabalho est dividido em quatro captulos. No primeiro, o destaque para o Coletivo Intervozes, sua histria, forma de organizao, alm de seus principais eixos de atuao e aes. No segundo, essencialmente terico, enfatizam-se as definies conceituais que envolvem os movimentos sociais e a mudana institucional. O captulo 3 dedicado anlise dos problemas de efetividade nas IPs atinentes rea de comunicaes e suas relaes com os repertrios de ao coletiva. Como variveis de anlise, utiliza-se o acesso/representao da sociedade civil e as funes atribudas s IPs. No ltimo captulo, analisa-se as caractersticas do movimento social que reivindica um novo marco legal e regulatrio das comunicaes e que surgiu como ao alternativa s IPs na defesa de mudanas institucionais para o setor. Como esta uma pesquisa qualitativa, as anlises foram feitas a partir de entrevistas semiestruturadas com membros do Coletivo Intervozes e especialistas da rea; de acesso a documentos pblicos produzidos pela organizao e a dados bibliogrficos, audiovisuais e sonoros referentes ao CCS e ConfeCom.
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O campo da Comunicação e Sade engloba tanto os conhecimentos peculiares Comunicação quanto os conhecimentos da rea da Sade, os quais tratados em conjunto e explorados as potencialidades de cada cincia, se interrelacionam, interagem e convergem para um amplo campo interdisciplinar. O objetivo deste trabalho foi compreender, discutir e problematizar, a partir da opinio dos sujeitos, a dinmica da divulgao miditica da sade/doenas na mdia impressa do Esprito Santo (ES) e identificar possveis temticas de sade negligenciadas. Trata-se de um estudo qualitativo no qual foram realizadas entrevistas com os atores-chave envolvidos na discusso/veiculao da sade/doenas nos dois principais jornais do estado: A Tribuna e A Gazeta, gestores da Secretaria de Estado as Sade do ES (SESA), bem como integrantes da Assessoria de Comunicação da SESA e conselheiros de sade representante dos usurios no Conselho Estadual de Sade. O material emprico coletado foi analisado por meio da Anlise de Contedo a partir da temtica. A compreenso das relaes que permeiam a mdia impressa e a divulgao miditica da sade no Esprito Santo resultou em importantes apontamentos os quais podem auxiliar jornalistas e comunicadores na transmisso de informaes pertinentes Sade Coletiva de forma clara, tica e poltica e que corresponda s necessidades de sade da populao. Nas interfaces das relaes entre os atores entrevistados e a compreenso da dinmica das notcias de sade, foram identificadas Doenas Midiaticamente Negligenciadas e apontadas estratgias para lidar com esse silenciamento miditico. Conclui-se que dentre as interfaces do campo da Comunicação e Sade se encontra as relaes com o campo da Sade Coletiva e por isso, as sugestes para o enfrentamento da negligncia miditica de alguns temas incluem uma capacitao em Sade Coletiva para reprteres dos jornais; a mobilizao dos doentes; a gesto fomentar a pauta pblica; e a participao social.
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Este estudo tem como objetivo compreender a forma com que os mecanismos de governana corporativa interferem na gesto de uma pequena empresa familiar. Para isso, adotaram-se a perspectiva de Hart (1995), que discorre sobre governana corporativa, e de Leone (2005) para empresas familiares. Para alcanar este objetivo, adotou-se, em relao conduo da pesquisa, uma abordagem qualitativa, por meio do mtodo do estudo de caso. A triangulao de dados foi utilizada como instrumento de coleta de dados por meio de pesquisa documental, observao assistemtica e entrevista semiestruturada, e a anlise de dados foi realizada atravs da anlise de contedo. Como contribuio terica, este estudo amplia o Modelo de Quatro Crculos com Contexto e Sistema de Valores com a introduo de proprietrios formais e informais, gerando o Modelo de Cinco Crculos. A presena da governana corporativa foi identificada atravs dos fatores de diferenciao e da implantao de onze mecanismos de governana que gerou mudanas no controle da empresa, no processo sucessrio, na profissionalizao e na captao de recursos. Os mecanismos encontrados foram denominados como: empresa controladora; respeito fraternal; projetos pessoais; pr-labore dos gestores familiares; ausncia de remunerao dos familiares no gestores; aconselhamento profissional; prestao de contas; proteo do empreendimento familiar; alinhamento de interesses na gesto; atribuies e responsabilidades; e ateno aos interesses dos stakeholders. Tais mecanismos no possuem ordem cronolgica, pois o respeito fraternal e projetos pessoas j existiam antes da criao da empresa familiar. Quanto ao controle, destaca-se o mecanismo prestao de contas, que possibilitou uma ligao entre a famlia e a empresa; permitiu clareza, transparncia, igualdade entre todos os irmos, diminuindo a assimetria informacional; facilitou uma comunicação aberta e honesta entre todos os proprietrios, transmitindo uma sensao de segurana e previsibilidade; e contribuiu para eliminar e/ou minimizar conflitos entre os proprietrios (formais e informais). Quanto sucesso, os mecanismos proteo do empreendimento familiar, aconselhamento profissional, respeito fraternal esto possibilitando planejar o processo sucessrio da empresa; facilitaram a comunicação entre os familiares, e assim, diminuiu a assimetria informacional; e realizaram a manuteno e administrao dos bens mobilirios da famlia empresria. Quanto profissionalizao, os mecanismos proteo do empreendimento familiar e respeito fraternal viabilizaram a participao de todos para decidir sobre a profissionalizao da empresa. Com relao captao de recursos, os mecanismos atribuies e responsabilidades e ateno aos interesses dos stakeholders possibilitaram a empresa, durante todo seu ciclo de vida, a buscar recursos financeiros sem dificuldade, gerando um maior investimento, crescimento e gerao de empregos
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Mapas Conceituais so representaes grficas do conhecimento de uma pessoa num dado momento e rea de conhecimento. Por sua natureza investigativa, so utilizados como ferramentas de apoio em abordagens pedaggicas que objetivam promover a aprendizagem significativa. No entanto, o processo de avaliao de um mapa tende a ser custoso pois acarreta uma pesada carga de processamento cognitivo por parte do avaliador, j que este precisa mapear os conceitos e relaes em busca de nuances de conhecimento al presentes. Essa pesquisa tem por objetivo aumentar o nvel de abstrao nas interaes entre o avaliador e os mapas conceituais fornecendo uma camada intermediria de inteligncia computacional que favorea a comunicação por meio de perguntas e respostas em linguagem natural, fornecendo ao avaliador ferramentas que lhe permita examinar o contedo do mapa conceitual sem exigir deste o mapeamento visual dos conceitos e relaes presentes nos mapas avaliados. Uma ferramenta prototipada e uma prova de conceito apresentada. A anlise da arquitetura proposta permitiu definir uma arquitetura final com caractersticas que permitem potencializar o uso de mapas conceituais e facilitar diversas operaes pedaggicas com estes. Essa pesquisa situa-se na rea de investigao de sistemas de perguntas e resposta, aplicando tcnicas de processamento de linguagem natural para anlise da pergunta e interpretao do mapa conceitual e aplica tcnica de inteligncia artificial para inferir respostas s perguntas.
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O Relatrio Anual de Responsabilidade Socioambiental (RARS) das empresas do Setor Eltrico Brasileiro (SEB) um importante canal de comunicação entre as organizaes e os diversos interessados. O objetivo deste estudo foi verificar a relao entre o Nvel de Evidenciao Socioambiental e os Fatores Econmicos, Ambientais e Sociais da Sustentabilidade. A pesquisa classifica-se como quantitativa-descritiva, cuja coleta de dados apresenta-se como anlise documental. A anlise foi realizada em 108 empresas concessionrias de energia eltrica que publicaram o RARS no ano de 2012. O primeiro resultado relevante foi validao mediante o teste Alpha de Crombach dos ndices utilizados para medir o Nvel de Evidenciao Socioambiental das empresas pesquisadas. Em seguida identificou-se que as empresas evidenciaram mais indicadores sociais que ambientais, e que algumas empresas ainda enquadram-se nos nveis Regular e Baixo de evidenciao socioambiental, o que refora a tese que somente por meio de regulao, as empresas realizaro divulgaes completas. Em relao s principais prticas de evidenciao socioambiental, constatou-se que esto voltadas a publicitar as polticas socioambientais desenvolvidas pelas empresas, e as interaes socioambientais negativas so pouco evidenciadas pelas empresas. Em relao investigao principal da pesquisa, foi constatada uma relao positiva e significativa entre o Nvel de Evidenciao Ambiental, Social e Socioambiental e Fatores Econmicos da Sustentabilidade, e entre Nvel de Evidenciao Social e Fatores Sociais da Sustentabilidade. E que a Presso dos Stakeholders relacionada positivamente e significativamente com o Nvel de Evidenciao Socioambiental.
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O objetivo principal deste trabalho analisar como os meios de comunicação ajudam a construir a representao social da violncia de gnero contra a mulher no Esprito Santo, que lidera o ranking nacional de feminicdios, com taxa de 9,8 homicdios para cada 100 mil mulheres. Elegemos como corpus de pesquisa notcias sobre violncia de gnero no ES, veiculadas no ano de 2013, nos jornais A Gazeta e A Tribuna. Em hiptese, acreditamos que essas notcias ajudam a construir representaes sociais acerca da violncia de gnero a partir da apresentao de esteretipos de vtima e agressor na sociedade, da individualizao do problema da violncia, da associao desse problema s classes sociais menos privilegiadas e da apresentao do crime de violncia de gnero como crime passional. O estudo dessas notcias apresenta-se como algo complexo, do qual no participam apenas informaes de ordem lingustica, mas tambm de carcter social, histrico, cultural e cognitivo, uma vez que a anlise discursiva no pode ser dissociada do contexto, dos atores sociais e das instituies envolvidas na produo da notcia, bem como das ideologias presentes nesse processo. Por esse motivo, assumimos como base terica de nossa investigao uma proposta multidisciplinar: a Teoria Sociocognitiva de Teun A. van Dijk (1999a; 2011a; 2012; 2014b). Ademais, contamos com as contribuies dos estudos sobre gnero e discurso de Cameron (1985, 1997), Wodak (1997), West, Lazar e Kramarae (2000), Fernndez Daz (2003), Lazar (1993, 2005, 2007), Magalhes (2005; 2009), Heberle, Ostermann e Figueiredo (2006). Alm das anlises discursivo-analticas, tambm utilizamos o programa de lingustica de corpus WordSmith Tools para realizar anlises quantitativas. Os resultados das anlises nos levaram confirmao das hipteses iniciais: o discurso das notcias refora esteretipos de vtima e agressor, tpicos de uma estrutura social patriarcal, na qual atribuda vtima ou aos vcios (lcool e drogas) a responsabilidade da violncia sofrida; alm disso, a violncia de gnero apresentada como um problema individual e associada s classes sociais menos favorecidas; e, por ltimo, o discurso das notcias apresenta grande parte dos crimes de violncia de gnero como crimes passionais.
Resumo:
Esta dissertao objetiva analisar as compreenses dos profissionais da educao dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio da rede estadual dos municpios Guarapari, Nova Vencia, Viana e Vitria, sobre os seus processos de formao inicial e continuada na interface com as dimenses constitutivas da identidade e das condies de trabalho docente, a partir do banco de dados do Esprito Santo relativos pesquisa Trabalho Docente na Educao Bsica no Brasil, realizada em 2009, em sete Estados, includo este, sob a coordenao geral do Grupo de Estudos sobre Polticas Educacionais e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais. A hiptese em discusso que as polticas pblicas educacionais implantadas no Esprito Santo nas ltimas dcadas tm promovido mudanas nas dimenses constitutivas da identidade e das condies de trabalho docente e tambm na formao dos profissionais da educao, implicando a baixa participao desses sujeitos em atividades e programas de formao continuada. Trata-se de um estudo quali-quantitativo no qual a metodologia consiste no intercruzamento dos dados coletados pelo survey da referida pesquisa, indicadores da identidade, perfil e condio de trabalho docente com os indicadores de formao. Os dados produzidos dialogaram com a produo terica dos interlocutores Dubar, Nvoa, Oliveira, Tardif e, Tardif, Lessard, alm do aporte proveniente dos autores contemplados na reviso de literatura. Os resultados deste estudo indicam que a participao dos sujeitos da amostra em processos de formao continuada foi ainda menos expressiva do que a constatada no Esprito Santo e no Brasil, e que a centralidade adquirida pelo professor e seus processos de formao inicial e continuada no significou valorizao profissional e condies adequadas de trabalho tidas como dimenses indissociveis e igualmente importantes para alar melhoria na qualidade da Educao Bsica, a exemplo da predominncia de baixos salrios, apesar de a maioria dos participantes ser ps-graduada, do trabalho em mais de duas unidades educacional e da falta de apoio/orientao para o trabalho com alunos com necessidades especiais. Esses resultados vo de encontro s compreenses dos professores visto que, embora eles tenham reconhecido o seu papel como fundamental, no consideraram receber mais capacitao para a atividade que exerce entre as trs medidas mais importantes para melhorar a qualidade do trabalho.