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Este texto trata do tema da pesquisa "com" o cotidiano. O interesse provocar uma permanente abertura para a reflexo e o debate sobre o cotidiano e a pesquisa com o cotidiano, e no fechar a questo com uma proposta sistemtica. Vale-se dos estudos desenvolvidos em escolas pblicas do Estado do Esprito Santo no perodo de 1999 a 2004, cujo principal objetivo foi desencadear, entre os praticantes do cotidiano escolar, prticas de interveno nos "currculos" e na "formao continuada", assumidos como processos complexos que se interpenetram em meio s redes de saberesfazeres tecidas e partilhadas pelos sujeitos das escolas. Podemos inferir, a partir das pistas encontradas, que o cotidiano exige dos pesquisadores em educao outras possibilidades terico-metodolgicas, diferentes daquelas herdadas da modernidade, para superar o aprisionamento do cotidiano em categorias prvias e assegurar a impossibilidade de usarmos o singular para tratar da diversidade que se manifesta na vida.

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Com o objetivo de caracterizar as alteraes microclimticas provocadas pelo uso de tela plstica na agricultura, foi desenvolvido um experimento com alface, em rea de cultivo agrcola, em Alegre - ES (latitude 2045 S, longitude 4128 W e altitude 150 m), no perodo de setembro a dezembro de 1996. Foram utilizados sombreamentos de 0; 30; 50, e 70%, segundo especificao comercial. Os resultados mostraram que a tela com especificao comercial de 50% de sombreamento provocou uma atenuao mdia de 41% na radiao solar global, ocorrendo, no entanto, uma flutuao significativa ao longo do dia em funo do movimento aparente do sol. A cobertura com a tela plstica no provocou alteraes significativas da temperatura e umidade relativa do ar. Em relao temperatura do solo, foi possvel verificar uma atenuao com o aumento do sombreamento.

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O artigo faz uma anlise dos sistemas de representao de professores, delegados eleitos para participarem do GT Formao e Valorizao do Magistrio, por ocasio da realizao do Seminrio Estadual de Poltica Educacional do Esprito Santo, sobre os processos de formao continuada desenvolvidos pela Secretaria de Educao. Utiliza como referencial de anlise as categorias de no-lugar, lugar, espaos-tempos e comunidades compartilhadas, a partir das obras de Lefebvre (1983), Aug (1994), Certeau (2001) e Santos (2000), dentre outros. Trabalha com metodologia baseada em coleta de dados por meio de questionrio composto de questes abertas e fechadas. Aponta como resultado que o sistema de representao de professores enuncia a necessidade de instaurao de processos de formao continuada voltados para a "utpica" de constituio de um coletivo escolar que supere, por meio de comunidades compartilhadas, o no-lugar por eles ocupado at ento.

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Discusso e anlise sobre as inmeras temporalidades e espaos identitrios do Stio dos Crioulos, comunidade quilombola do municpio de Jernimo Monteiro, ao sul do Estado do Esprito Santo. O objetivo compreender as formas de saberes produzidas pela comunidade, assim como suas articulaes na relao tempoespao, no encadeamento do que podemos chamar de uma educao ambiental local, considerando os diferentes modos de vida que ali existem, como tambm os usos e apropriaes da natureza e dos processos identitrios. Os usos das narrativas atravs de entrevistas abertas e a observao-participante compem a metodologia com as experincias do lugar praticado. Pesquisa que engendra o ambiental em traduo com os saberes-fazeres da comunidade: o ldico, a roa e o sagrado. So espaos-tempos que possibilitam pensar na radicalizao e anunciao das prticas sociais e culturais como sinnimos da realizao do ambiental, e como narrativas que denotam estrias que emergem dos silenciamentos da modernidade disciplinante e instrumental, a qual reduziu as comunidades ditas tradicionais conformao de conhecimentos no-cientficos dotados de irracionalidades. Esta pesquisa busca compreender de que forma possvel pensar uma educao ambiental de dentro para fora, onde a relao pesquisador-pesquisado se estabelece como ponto de aproximao e conflito das dinmicas socioculturais estabelecidas por esse encontro. O que nos aproxima de uma educao ambiental ps-colonial que surge das narrativas e experincias locais na convergncia das diferenas e do que se produz e traduz junto a elas. Este trabalho discorre desses processos de aproximao e distanciamento que provocam outras tradues sobre a cultura-natureza de ns mesmos, indivduos e sociedade.

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Ningum consegue sair ileso de um encontro com o currculo e com a escola, principalmente diante de relaes to assimtricas de poder que no valorizam o que as crianas tm a dizer. Quantas narrativas curriculares sobre as crianas? Quantas narrativas curriculares com as crianas? As narrativas e as fotografias se seguiro nesta pesquisa, porque com elas nos colocamos a pensar nos processos de criao curricular, explorando novas sensibilidades, novas maneiras de ver e falar, a partir das redes de sentidos, forjadas nos contextos vividos, imaginados ou pensados, dentrofora da escola. Tambm inclumos a forma como as crianas se relacionam com as prticas pedaggicas dos professores e do modo como se relacionam com a escola. Nessa perspectiva, interessa-nos pensar em como os usos (CERTEAU, 1994) da imagem fotogrfica so capazes de afetar (e at transformar) as prticas curriculares, traando algo da potncia da/na imagem fotogrfica em sua funo fabuladora por meio das oficinas de fotografias realizadas com as crianas em virtude da pesquisa. A fotografia se torna potente como um recurso para provocar a inveno tessitura de outros sentidos em currculo no porque em sua materialidade ela est repleta de sentidos de currculo priori, mas porque pode ou no, ao ser usada (CERTEAU, 1994), ao ser vista pelas crianas, agenciar outros possveis para o currculo. Assim, o foco da discusso no a fotografia em si nem a criana em si, ou seja, no h protagonismo nem da criana nem da fotografia. O foco est nas relaes, naquilo que nos passa, isto , na experincia esttica (LARROSA, 2004b) que ocorre ao entrarmos em contato, ao vermos, ao compormos com as fotografias! Nesse sentido, pensamos as oficinas de fotografias como um dispositivo de criao e produo de acontecimentos em currculo, considerando-as mquinas de fazer ver e falar, o que as justifica como uma estratgia narrativa capaz de produzir acontecimentos na imagem e no mundo. Que sentidos de currculo so produzidos em multiplicidades? Pelas minoridades pretendemos movimentar nosso pensamento: que quer pensar um currculo como fabulao sem dizer o que ele , mas no que ele vai se transformando com a chegada das crianas. No encontro das imagens com as palavras, em que o currculo vai se transformando? Sob a mesma superfcie chamada currculo em extenso com as crianas, co-habitantes, encontrar os modos de olhar esse currculo e de diz-lo por meio das fotografias, das narrativas, dos cartazes, dos desenhos, das poesias... As conversas com as crianas provocam o real, colocam em desequilbrio algumas ideias feitas em educao, exigindo reordenaes e invenes de outros pensamentos para a educao. dessa criao de efeitos impensveis que surge a inveno de currculos possveis. Aprender a olhar mais (at cansar!) aquilo que no percebemos no dia a dia tem uma dimenso poltica muito importante; por meio desse gesto (que aprendemos com as crianas) podemos criar um novo pensamento poltico em educao. A partir daquilo que nos d a ver, as crianas vo inaugurar sentidos impertinentes, desestabilizadores daquilo que chamamos de currculo e escola. O desafio consiste em falar da fora contida na imagem fotogrfica sem vontade de interpret-la ou descrev-la, mas escrever e pensar pelas fotografias num movimento de criao de sentidos e acontecer por elas.

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O intuito inicial desta pesquisa foi acompanhar processos de trabalho luz do referencial terico da Ergologia e, portanto, concebendo o trabalho como relao dialtica entre tcnica e ao humana. O objetivo era cartografar o trabalho no processo de beneficiamento de granitos em uma organizao de grande porte localizada no Esprito Santo e, aps algum tempo em campo, o problema delineou- se do seguinte modo: como se constitui a competncia industriosa no beneficiamento de granitos em uma organizao de grande porte? A pesquisa justifica-se uma vez que, a despeito da relevncia econmica, o cenrio capixaba de rochas ornamentais apresenta problemas precrios no que diz respeito gesto. Para os Estudos Organizacionais, a relevncia reforada pelo fato de aproximar desta rea a abordagem ergolgica e demarcar no debate sobre competncia a noo de competncia industriosa, ainda no explorada nesse campo de estudo. Para realizao da pesquisa, foi praticada uma cartografia ergolgica, a partir da articulao das pistas cartogrficas com o referencial terico-conceitual da Ergologia, sendo utilizadas como tcnicas: observao participante durante 6 meses, com uma mdia de 3 visitas a campo por semana; 8 entrevistas semiestruturadas e em profundidade de cerca de 50 minutos cada com trabalhadores operacionais; uma entrevista com gerente de produo e outra com representante da rea de Gesto de Pessoas; conversas com os demais trabalhadores, a fim de enriquecer o dirio de campo; novas conversas e observaes ao final da anlise, para confrontao-validao com os trabalhadores. A sistematizao dos procedimentos de anlise pode ser assim descrita: a) leituras flutuantes com objetivo de fazer emergirem aspectos centrais relacionados s duas dimenses do trabalho, tcnica e ao humana; b) leituras em profundidade com objetivo de fazer emergirem singularidades e especificidades relativas dialtica entre ambas; c) leituras em profundidade com objetivo de fazer emergirem aspectos relativos aos ingredientes da competncia industriosa. A despeito da no delimitao de categorias analticas e subcategorias, a partir da anlise emergiram cinco eixos analticos: 1) os procedimentos a serem empregados no processo de beneficiamento de granitos, englobando: as etapas do beneficiamento; as funes a serem desempenhadas e as tarefas a serem desenvolvidas; as normas regulamentadoras; os conhecimentos tcnicos necessrios para programao e operao de mquinas; a ordem de produo prescrita pelo setor comercial; 2) o trabalho real, diferenciado do trabalho como emprego de procedimentos pelo foco dado ao humana no enfrentamento de situaes reais, repletas de eventos e variabilidades, em todo o processo, englobando: preparo de carga; laminao; serrada; levigamento; resinagem; polimento-classificao; retoque; fechamento de pacote; ovada de continer; 3) diferentes modos de usos de si que, em tendncia, so responsveis pela constituio do agir em competncia em cada etapa do processo, na dialtica entre tcnica e ao humana; 4) o modo como cada ingrediente da competncia industriosa atua e se constitui, bem como sua concentrao, em tendncia, em cada etapa do processo, a partir dos tipos de usos de si que, tambm em tendncia, so mais responsveis pelo agir em competncia, apresentando assim o perfil da competncia industriosa no beneficiamento de granitos na empresa em anlise; 5) dois possveis fatores potencializadores dos ingredientes da competncia industriosa, a saber, a transduo e os no-humanos. A partir de todo o exposto, as ltimas consideraes problematizam aspectos relativos ao debate sobre competncias e prticas de gesto de pessoas a partir da competncia compreendida da seguinte forma: mestria no ato de tirar partido do meio e de si para gerir situaes de trabalho, em que a ao consiste na mobilizao de recursos dificilmente perceptveis e descritveis, inerentes ao trabalhador, porm constitudos e manifestos por usos de si por si e pelos outros no e para o ato real de trabalho, marcadamente num nvel infinitesimal, diante de situaes que demandam aplicao de protocolos concomitante gesto de variabilidades e eventos em parte inantecipveis e ineliminveis.

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O presente trabalho pretende dedicar-se a discusso dos elementos que compem a economia criativa, para tanto, utiliza diferentes conceitos de criatividade, indstrias criativas e cidades criativas. O termo economia criativa surgiu em 2001 com o livro de John Howkins, mas a idia bsica foi apresentada no estudo Creative Nation realizado pelo governo australiano em 1994. A partir de ento, diversos pases tm adotado o conceito como instrumento de fomento ao desenvolvimento econmico e social. Assim, a associao da economia criativa a uma economia voltada ao desenvolvimento est ligada, portanto, ao reconhecimento de que a criatividade humana pode ser um ativo econmico (REIS, 2012). Diferentes pases e regies podem utilizar essa abordagem com o objetivo de alcanar efeitos positivos sobre o emprego e como ferramenta para a promoo da incluso social. A discusso recente no Brasil, um dos estudos pioneiros foi desenvolvido pela Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), intitulado A Cadeia da Indstria Criativa no Brasil. A partir desse trabalho e do banco de dados da Secretaria de Turismo, Trabalho e Renda SETGER da prefeitura de Vitria foi possvel desenvolver um estudo espacial dos empreendimentos criativos para Vitria -ES. Concluiu-se, ento, que a desconcentrao dos empreendimentos criativos nas diferentes regies do municpio deve ser um dos objetivos buscados para que a cidade se transforme em um espao mais colaborativo e coeso.

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A sade e o uso do psicotrpico no sistema prisional habitam um paradoxo. O sistema penitencirio, nas ltimas dcadas, passou por algumas transformaes. No mundo, as estatsticas apontam crescimento populacional carcerrio e prises superlotadas, em condies precrias. No Brasil, a situao no diferente: em 10 anos a populao prisional brasileira duplicou e as condies de confinamento so pauprrimas, o que acaba contribuindo para a prevalncia de doenas infectocontagiosas. Diante desta realidade, em 2003 homologou-se o Plano Nacional de Sade no Sistema Penitencirio (PNSSP) que, em consonncia com os princpios do Sistema nico de Sade, visa garantir a integralidade e a universalidade de acesso aos servios de sade para a populao penitenciria. O estado do Esprito Santo aderiu ao PNSSP e formulou o Plano Operativo Estadual de Ateno Integral Sade da Populao Prisional (2004), contudo, foi a partir de 2010 que se efetivou o acesso aos servios de sade prisional capixaba. Neste contexto, a pesquisa de mestrado buscou investigar as prticas de sade no sistema prisional e as formas de usos do psicotrpico por presos da Penitenciria de Segurana Mxima II (PSMA II), localizada no Complexo Penitencirio de Viana, Esprito Santo. Para tanto, foi necessrio habitar o sistema penitencirio capixaba e realizar entrevistas semiestruturadas com profissionais da gesto de sade prisional da Secretaria Estadual de Justia do Esprito Santo, com profissional da rea da medicina psiquitrica e com presos da PSMA II. Dessa forma, foi possvel observar que a sade no sistema penitencirio, bem como os usos do psicotrpico, encontram-se em um espao poroso. As prticas de sade podem fortalecer estratgias de controle e produzir mortificao, como podem escapar dos investimentos biopolticos e produzir resistncia. O uso do medicamento psicotrpico por sujeitos privados de liberdade encontra-se nessa mesma ambivalncia: podem servir como instrumentos regularizadores de captura, como podem produzir autonomia nas suas formas de uso pelos presos. Por fim, entre mortificaes e resistncias, afirma-se que o prprio preso que administrar os tensionamentos desse paradoxo e ir produzir vida, potncia de vida.

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Esta dissertao parte das bases da crtica de Gadamer conscincia esttica desde o contexto de fundamentao das cincias naturais e decorrente estabelecimento das cincias humanas. Considerando o posicionamento contrrio de Gadamer quanto ao predomnio dos mtodos das cincias naturais em todos os mbitos da experincia humana no mundo, nosso esforo ser no sentido de abordar a compreenso da experincia esttica. Neste sentido, nos voltaremos para a aisthesis com vistas a caminhar focando na problemtica em torno da arte a partir de Plato e Aristteles, culminando no estabelecimento da esttica como campo especfico do saber filosfico no pensamento iluminista de Baumgarten. Destarte, o presente escrito voltar-se- para as bases da conscincia esttica que se encontram na subjetivao decorrente dos efeitos do pensamento crtico de Kant. Com isso, abordaremos as perspectivas de Gadamer com vistas a liberar a experincia da arte do mbito da conscincia esttica, o que, segundo este filsofo, pode ocorrer a partir da assuno de um tipo de experincia que pode ser tomado como verdade mesmo no estando restrito aos mtodos das cincias naturais. Partindo desta prerrogativa,Gadamer lana mo da noo de jogo como experincia fora da centralidade subjetiva. Com o redirecionamento da experincia, o fenmeno artstico pode aparecer como parte constitutiva da experincia existencial humana sem estar restrito s faculdades subjetivas.

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Cariniana estrellensis (Raddi.) Kuntze e C. legalis (Mart.) Kuntze so arbreas nativas do Brasil que, alm de possurem alto poder econmico, so objeto de interesse em programas de recuperao de reas degradadas e em plantios comerciais. A escassez de informaes relacionadas ao desempenho ecofisiolgico dessas espcies em condies ambientais estressantes dificultam o manejo e conservao das mesmas. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar a ecofisiologia das espcies em um gradiente de irradincia, por meio de dois experimentos. No experimento 1, plantas de C. estrellensis com 12 meses de idade foram submetidas a quatro tratamentos: 40%, 50%, 70% e 100% de irradincia, durante 104 dias. Ao final desse perodo foram feitas anlises de crescimento, do contedo de pigmentos fotossintticos, de trocas gasosas, da fluorescncia da clorofila a, do contedo foliar de carboidratos solveis, das caractersticas anatmicas foliares e caulinares e da plasticidade fenotpica da espcie. No experimento 2, plantas de C. estrellensis e C. legalis com 14 meses de idade foram submetidas a dois tratamentos: 30% e 100% de irradincia (sombra e sol, respectivamente), durante 30 dias. Ao final desse perodo foram feitas anlises do estresse oxidativo das espcies, por meio da quantificao da atividade das enzimas catalase e peroxidase do ascorbato e por meio da quantificao do contedo foliar de pigmentos fotossintticos. No experimento 1, em 70% de irradincia, as plantas apresentaram melhor crescimento em altura e dimetro, maior massa seca de folhas (MSF), de caule (MSC) e de raiz (MSR). Em 70% e 100% de irradincia, as plantas apresentaram folhas menores (AFU) e mais espessas (AFE e MFE) resultando em menor rea foliar total (AFT). Nesses tratamentos as plantas tambm apresentaram menor contedo foliar de clorofila a (Chl a) e b (Chl b), porm, maior razo Chl a/b e maior contedo de carotenides, o que implicou em menor razo Chl a/Carot. Taxas fotossintticas maiores foram encontradas nas plantas em 70% e inibidas em 40% e 50%, em funo da baixa irradincia solar, e em 100%, possivelmente pela ocorrncia de fotoinibio, como mostraram os parmetros do fluxo de energia do fotossistema II. De acordo com a anlise da fluorescncia da clorofila a, em pleno sol, as plantas apresentaram menor densidade de centros de reao ativos (RC/ABS) e maior dissipao de energia (DI0/ABS), culminando com menor desempenho do fotossistema II (PIabs) e desempenho total (PITotal). O contedo foliar de carboidratos solveis foi maior nas plantas em 70%, seguido das plantas em 100% de irradincia, com exceo da glicose, que no variou entre os tratamentos. A maior espessura encontrada nas folhas sob 100% de irradincia foi em funo da maior espessura das epidermes adaxial e abaxial e dos parnquimas palidico e esponjoso. E o maior dimetro do caule em 70% de irradincia se deu pela maior espessura do xilema e floema secundrios. No experimento 2, as plantas em pleno sol de ambas as espcies tambm apresentaram menor contedo foliar de clorofila a (Chl a) e b (Chl b) e maior razo Chl a/b. No entanto, o contedo de carotenides foi maior, o que implicou em menores razes Chl a/Carot. A atividade da catalase (CAT) variou em funo do tempo e da espcie, apresentando uma queda em C. estrellensis aos 16 dias, possivelmente em funo de fotoinativao, e um aumento em C. legalis aos 30 dias. J a atividade da peroxidase do ascorbato (APX) no variou em funo do tempo, da espcie ou dos tratamentos. O estudo da plasticidade fenotpica mostrou que C. estrellensis uma espcie plstica, principalmente em funo das variveis de fotossntese e trocas gasosas, sendo capaz de sobreviver no gradiente de irradincia testado, o que viabiliza o seu uso em projetos de recuperao de reas degradadas. E, uma vez que as anlises ecofisiolgicas mostraram que C. estrellensis e C. legalis apresentaram melhor desempenho em luminosidade moderada, sugere-se que ambas comportaram-se como espcies intermedirias no processo de sucesso florestal. No entanto, uma vez que a concentrao de pigmentos foliares e a produo de enzimas antioxidantes inferiram maior susceptibilidade de C. estrellensis fotoinibio em alta irradincia, sugere-se maior viabilidade do uso de C. legalis em projetos de recuperao de reas degradas.

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Esse texto um convite para discutir alguns atravessamentos colocados nas escolas a partir da implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos, como poltica de governo reorganiza os espaostempos da escola, impe um currculo prescrito, uma avaliao por objetivos e coloca em discusso o que ser criana e viver a infncia na escola. Como objetivo principal, busca problematizar o processo de implementao e implantao do Ensino Fundamental de Nove Anos no municpio de Vitria-ES e suas implicaes no entre-lugar da Educao Infantil e Ensino Fundamental. Para tanto foi necessrio estar no cotidiano escolar, viver, sentir e conversar com os sujeitos praticantes: as crianasalunos; as professoras e as pedagogas. Nesse sentido, trs movimentos foram realizados: o primeiro movimento consiste em um levantamento de dados documentais, pareceres, leis, diretrizes no mbito nacional e municipal que determinaram a obrigatoriedade do Ensino Fundamental de Nove Anos; o segundo movimento consiste em trazer para anlise alguns artigos publicados na Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educao (ANPED) em quatro Grupos de Trabalho (GT) que abordam o tema Ensino Fundamental de Nove Anos, e tambm textos que circulam nas escolas e que foram organizados pelo Ministrio da Educao e Cultura (MEC); o terceiro movimento consiste na pesquisa realizada em um Centro Municipal de Educao Infantil (CMEI) e em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) no municpio de Vitria, no decorrer dos anos de 2011 e 2012, onde foi possvel conversar com as crianasalunos de duas turmas do 1 ano, com as professoras e pedagogas. Utiliza como aporte terico-metodolgico as pesquisas nos/dos/com os cotidianos (CERTEAU 1994; ALVES 2001; FERRAO 2003) onde foi possvel a apropriao de diferentes instrumentos de pesquisa, como: o dirio de campo, recurso importante na inteno de capturar movimentos, falas e expresses; as conversas como tentativa de aproximao com os sujeitos para um fazer com e as oficinas de literatura como dispositivo de criao e produo de outros modos de pensar a criana e a infncia. Na tentativa de discutir o lugar da criana no Ensino Fundamental de Nove Anos o conceito de devir-criana de Deleuze (1997) ajuda a pensar no movimento da criana como presena potente que produz outros modos de vida mais belos e intensos na escola e no currculo. O conceito de entre-lugar de Bhabha (2007) fortalece as discusses entre CMEI e EMEF como espaostempos de negociaes. As discusses de Kohan (2003) colocam em debate o lugar da infncia que no indica um tempo cronolgico, mas pensa em um encontro com a infncia, com a experincia da infncia. E Larrosa (2004) que com o conceito de experincia nos ajuda a pensar em um currculo-experincia, currculo esse que no est localizado no documento prescrito, nos espaostempos da Educao Infantil ou do Ensino Fundamental, tambm no se localiza na criana, ou em uma dada infncia, mas na composio com a escola, com as crianas, com as infncias e isso s possvel no encontro com a criana que existe em ns.

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Problematiza a constituio do currculo (e da formao docente no campo curricular), no cotidiano escolar, na dimenso das conversaes. Objetiva acompanhar os movimentos curriculares concernentes ao Proeja entre formas e foras complexas no cotidiano do Ifes campus Venda Nova do Imigrante (VNI). Compe com as linhas de pensamentos principalmente de Alves (2008, 2010, 2012); Carvalho (2004, 2008a, 2008b, 2009, 2012); Deleuze (1988, 2002, 2010); Deleuze e Guattari (1995); Ferrao (2007, 2008a, 2008b); Garcia (2011); Guattari (1987, 2004, 2012); Kastrup (2009, 2013); Lopes e Macedo (2011); Lopes (2010, 2011); Oliveira (2005, 2009, 2012); Paiva (2004, 2009); Rolnik (1989); e Spinoza (2013), entremeando os conceitos de movimentos e afetos no campo do currculo em redes na relao hbrida com os encontros-formaes docente do/no Proeja. Adota a (no) metodologia cartogrfica ao acompanhar movimentos curriculares (des)(re)territorializantes nas redes de conversaes, especialmente nos encontrosformaes: Rodas de conversas com professores e demais servidores do Proeja. Utiliza como principais instrumentos metodolgicos a observao participante, a gravao das vozes e o registro em dirio de campo. Contribui para outros movimentos de pesquisa ao capturar produzir e analisar dados em que se percebe que: ainda que tenha ocorrido um planejamento coletivo, outras temticas surgiram nos encontros formaes (que no se pretendiam engessados e no objetivavam a paralisao dos fluxos que pedem passagem), e tais assuntos puderam ser usados como disparadores para criao de outros movimentos curriculares; as concepes dos professores sobre a dificuldade/facilidade em ministrar aulas para o Proeja e os lugares estabelecidos entre estudantes e docentes no processo ensino-aprendizagem no esto relacionados diretamente, em relao de causa e efeito, disciplina/rea de conhecimento especfica que ministram, mas aos agenciamentos, aos ligamentos e s rupturas produzidas nas relaes com essas redes de saberes fazeres poderes que envolvem mltiplos agentes: docentes, outros servidores, alunos, experincias e encontros mltiplos dentro fora no espao tempo do Ifes; uma trade-refro coopera para a criao de uma frma triangular que enfatiza a noo de um padro em um processo molar enraizado nas rvores do conhecimento: perfil, seleo e nivelamento, contudo, algumas linhas de fuga dissonantes so criadas por entre as fissuras dos pretensos tons harmnicos; as frases os professores do IF no esto preparados para ministrar aulas para o Proeja ou no h formao/qualificao para os docentes se relacionarem com o Proeja so utilizadas, em alguns discursos, como escudos-argumentos para a opo-poltica de no oferta de vagas para a modalidade EJA em composio com fios que afirmam tal especificidade da educao bsica, dentro da rede federal, como um favor social; processos que envolvem a (des)organizao da matriz curricular so considerados por alguns participantes como incio, produto e objetivo das conversas curriculares e provocam tenses que (i)mobilizam, (no) movimentam entre os afetos dos corpos, podendo levar (no) ao coletiva; a noo de mercado de trabalho ainda impera nos discursos, ciclicamente, enquanto incio fim das problematizaes do currculo do Ensino Mdio e da EJA; a expresso integrao curricular constantemente usada nos discursos que circulam o campus, no entanto, os sentidos produzidos, as concepes e as teorias curriculares que embasam a noo de integrao no currculo so bem diversos; no h totalidades nos discursos, no h homogeneizao, no foi efetivada nenhuma coeso/nica voz representante (e esse tambm no era o objetivo desta pesquisa); ainda que o tema da roda se propusesse s conversas curriculares do/no Proeja, nesses encontros, os participantes manifestaram a necessidade de intensificar os movimentos produzidos nas rodas visando discusso dos currculos textos de todos os cursos e modalidades ofertados pelos campus VNI e na intensificao de espaos para trocas de experincias curriculares cotidianas; na potencializao das diferenas como possibilidades de inventividade nos encontros-formaes docente e nas danas curriculares que envolvem diversas relaes de aprendizagem no Ifes, algumas experimentaes foram produzidas, entre afetos, criando composies(des)(re)territorializantes e ressonando com movimentos que no se restringiram s rodas de conversas, contudo, enredaram-se em fios de outros espaos tempos do campus em tentativas de propagaes de currculos multido.

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O estudo trata da dimenso territorial do conflito israelo-palestino a partir do jornalismo em quadrinhos produzidos por Joe Sacco. Para isso, procura, preliminarmente, desenvolver uma abordagem da representao espacial nos quadrinhos atravs de sua linguagem visual e textual, que evidencia uma percepo espacial e expressa um conjunto de significados a partir das aes que unem os personagens ao lugar. A partir desse quadro de interpretao, o presente estudo focaliza, atravs da anlise das obras de Joe Sacco, o conflito rabe-israelense para entender os territrios palestinos ocupados como um volume poltico que retrata a perda de soberania poltica dos palestinos em sentido amplo. Esse enfoque se volta para uma reflexo a respeito do dia a dia dos palestinos atravs dos quadrinhos considerando o cotidiano da ocupao e sua dimenso espacial (ou seja, um contedo que remete ao territrio, uma vez que apresenta todo um conjunto de significados que evocam um sentido territorial). Assim, a pesquisa objetiva entender os territrios palestinos ocupados, procurando evidenciar em que medida os quadrinhos de Joe Sacco disponibilizam elementos para a pesquisa em Geografia, na medida em que expressam, sugere-se, uma geograficidade. Tal enfoque, que recorre ao escopo conceitual da Geografia e notadamente ao conceito de territrio e seus mltiplos , mediatizando-os atravs do recurso s obras de Joe Sacco, possibilita, sugere-se, um ngulo de abordagem peculiar sobre o territrio em locais de conflito, na medida em que, atravs dele, torna-se possvel observar as formas de controle e precarizao territorial dos palestinos em sua formao espao-territorial.

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O Patrimnio Cultural da Sade consiste nos bens materiais e imateriais que expressam o processo da sade individual e coletiva nas suas dimenses cientfica, histrica e cultural. Com a insero do Brasil, atravs da COC-Fiocruz e do Ministrio da Sade, na Rede Latino-americana de Patrimnio Cultural da Sade, iniciou-se o incentivo ao estudo da histria da medicina e da arquitetura hospitalar, buscando tambm a proteo e a salvaguarda da memria das edificaes hospitalares histricas. O sculo XIX foi marcado pela construo de vrias edificaes voltadas para o controle e recluso dos pobres, essas instituies eram: a Casa de Correo, a Santa Casa da Misericrdia, o Hospcio de Pedro II, o Asilo da Mendicidade e as Instituies de acolhimento de Menores. Dessas edificaes destacam-se a Santa Casa da Misericrdia, o Hospcio de Pedro II e o Asilo da Mendicidade que formam o Patrimnio Arquitetnico da Sade tombado em nvel federal. O Hospital da Santa Casa da Misericrdia foi construdo em 1840-1852 sob os modernos preceitos da medicina do sculo XIX. A edificao at hoje mantm o uso hospitalar e apresenta um estado de conservao bom em seu exterior. Porm as condies internas foram consideradas ruins devido falta de salubridade e higiene nos ambientes. O Hospital da Santa Casa um Hospital de Referncia, realiza atendimentos ambulatoriais, cirrgicos e de internao. O Hospcio de Pedro II foi criado para atender exclusivamente os alienados do Imprio. O estilo neoclssico e a monumentalidade da edificao o fizeram ser reconhecido como Palcio dos Loucos. O hospcio funcionou at 1944 e quatro anos depois a edificao foi cedida Universidade do Brasil, que adaptou sua arquitetura ao uso educacional. A edificao apresenta estado de conservao regular, com exceo da rea central composta pela Capela que est ruim, devido ao incndio de 2011. O Palcio dos Loucos tornou-se Palcio Universitrio, modificando sua identidade atravs das mudanas que foram feitas em sua arquitetura. O Asilo da Mendicidade foi criado em 1876 para fechar o pentgono asilar. A edificao panptica buscava a efetiva observao e controle dos internos. A edificao funcionou como Asilo para mendigos at 1920, quando transformou-se em Hospital de So Francisco de Assis. Posteriormente o hospital seria transferido para a Universidade do Brasil, que funcionou como hospital escola at 1978. O Hospital foi desativado e ficou sem uso por dez anos, quando enfim voltou a funcionar como um estabelecimento destinado aos mais pobres. O conjunto da edificao o que apresenta o pior estado de conservao, considerado de ruim a pssimo. Comprovou-se com essa pesquisa que o mais importante para a preservao das caractersticas arquitetnicas e artsticas do bem a manuteno do uso, seja ele qual for. Os novos usos devem ser adequados tambm s caractersticas e capacidade da arquitetura em questo. Atravs de reformas e planos adequados, os hospitais oitocentistas, que hoje se apresentam como Patrimnio Arquitetnico da Sade, podem manter um uso similar para o qual foi construdo, como uma edificao voltada promoo da sade da populao.

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O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) caracteriza-se por uma srie de distrbios cognitivos e neurocomportamentais e sua prevalncia mundial estimada em 1 criana com TEA a cada 160 crianas com tpico desenvolvimento (TD). Indivduos com TEA apresentam dificuldade em interpretar as emoes alheias e em expressar sentimentos. As emoes podem ser associadas manifestao de sinais fisiolgicos, e, dentre eles, os sinais cerebrais tm sido muito abordados. A deteco dos sinais cerebrais de crianas com TEA pode ser benfica para o esclarecimento de suas emoes e expresses. Atualmente, muitas pesquisas integram a robtica ao tratamento pedaggico do TEA, atravs da interao com crianas com esse transtorno, estimulando habilidades sociais, como a imitao e a comunicao. A avaliao dos estados mentais de crianas com TEA durante a sua interao com um rob mvel promissora e assume um aspecto inovador. Assim, os objetivos deste trabalho foram captar sinais cerebrais de crianas com TEA e de crianas com TD, como grupo controle, para o estudo de seus estados emocionais e para avaliar seus estados mentais durante a interao com um rob mvel, e avaliar tambm a interao dessas crianas com o rob, atravs de escalas quantitativas. A tcnica de registro dos sinais cerebrais escolhida foi a eletroencefalografia (EEG), a qual utiliza eletrodos colocados de forma no invasiva e no dolorosa sobre o couro cabeludo da criana. Os mtodos para avaliar a eficincia do uso da robtica nessa interao foram baseados em duas escalas internacionais quantitativas: Escala de Alcance de Metas (do ingls Goal Attainment Scaling - GAS) e Escala de Usabilidade de Sistemas (do ingls System Usability Scale - SUS). Os resultados obtidos mostraram que, pela tcnica de EEG, foi possvel classificar os estados emocionais de crianas com TD e com TEA e analisar a atividade cerebral durante o incio da interao com o rob, atravs dos ritmos alfa e beta. Com as avaliaes GAS e SUS, verificou-se que o rob mvel pode ser considerado uma potencial ferramenta teraputica para crianas com TEA.