The Usefulness of Caries Frequency, Depth, and Location in Determining Cariogenicity and Past Subsistence: A Test on Early and Later Agriculturalists From the Peruvian Coast

Dental markers have been used to unravel particularities of paleodiet, subsistence, social structure, and health. This article aims to compare oral pathology among four pre-Columbian groups with different degrees of agricultural and socio-cultural development but comparable ecological conditions who lived on the coastal desert of Peru. Three of these groups are assigned to distinct phases of the Formative Period (2500-1 BC), a time critical for our understanding of the development of agriculture and social complexity. The fourth group corresponds to the Late Intermediate Period (1000-1470 AD), when agriculture had its apogee and society was highly stratified. In this study we test whether there is an increase (1) in the frequency of carious lesions and (2) in caries depth, and (3) if there is a shift from occlusal to extra-occlusal caries locations with the development of agriculture. Therefore, we analyze the frequencies of carious lesions and antemortem tooth loss (AMTL), the caries distributions by age, sex, and type of tooth, as well as the tissues affected by, and the location of the carious lesions. Since there are no significant differences in the frequencies of carious lesions and AMTL between the groups, we reject hypothesis 1. In contrast, caries depth does increase, and caries location changes from occlusal to extra-occlusal sites with agricultural development. However, we can only corroborate hypothesis 2 and 3 when taking into consideration dental wear. Thus, we recommend that caries depth and locations should be used with evaluations of dental wear to reconstruct subsistence in ancient populations. Am J Phys Anthropol 143:75-91, 2010. (C) 2010 Wiley-Liss, Inc.

Consumo alimentar e ecologia de populações ribeirinhas em dois ecossistemas amazônicos: um estudo comparativo

OBJETIVO: Este artigo analisa e compara os dados de consumo alimentar de duas populações ribeirinhas da Amazônia vivendo em ecossistemas contrastantes de floresta tropical: a várzea estacional e a floresta de terra firme. MÉTODOS: Foi estudado o consumo alimentar de 11 unidades domésticas na várzea (Ilha de Ituqui, Município de Santarém) e 17 na terra firme (Floresta Nacional de Caxiuanã, Municípios de Melgaço e Portel). O método utilizado foi o recordatório de 24 horas. As análises estatísticas foram executadas com o auxílio do programa Statistical Package for Social Sciences 12.0. RESULTADOS: Em ambos os ecossistemas, os resultados confirmam a centralidade do pescado e da mandioca na dieta local. Porém, a contribuição de outros itens alimentares secundários, tais como o açaí (em Caxiuanã) e o leite in natura (em Ituqui), também foi significante. Além disso, o açúcar revelou ser uma fonte de energia confiável para enfrentar as flutuações sazonais dos recursos naturais. Parece haver ainda uma maior contribuição energética dos peixes para a dieta de Ituqui, provavelmente em função da maior produtividade dos rios e lagos da várzea em relação à terra firme. Por fim, Ituqui revelou uma maior dependência de itens alimentares comprados, enquanto Caxiuanã mostrou estar ainda bastante vinculada à agricultura e às redes locais de troca. CONCLUSÃO: Além dos resultados confirmarem a importância do pescado e da mandioca, também mostraram que produtos industrializados, como o açúcar, têm um papel importante nas dietas, podendo apontar para tendências no consumo alimentar relacionadas com a atual transição nutricional e com a erosão, em diferentes níveis, dos sistemas de subsistência locais.

A casa e a roça: socioeconomia, demografia e agricultura em populações quilombolas do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil

Este estudo tem como objetivos caracterizar o perfil demográfico e socioeconômico de nove comunidades remanescentes de quilombos no vale do Ribeira, estado de São Paulo, e identificar os principais fatores responsáveis pelas mudanças recentes nos seus padrões de subsistência. Desde a formação das primeiras aglomerações de escravos libertos e foragidos no século XVIII, as relações estabelecidas entre estas populações com as cidades próximas e com o mercado regional têm vivenciado momentos de retração e de expansão, adaptando-se e ajustando-se a novas mudanças políticas e socioeconômicas. Nas últimas cinco décadas, o impacto de fatores externos na aceleração das mudanças nos padrões de subsistência locais parece ter tido um aumento significativo. Os resultados mostram que as restrições impostas pela legislação ambiental, os conflitos de terra, a construção de uma rodovia na região, a crescente inserção no mercado regional e a atuação de órgãos governamentais e não-governamentais de desenvolvimento são os principais fatores responsáveis pelas mudanças observadas no sistema agrícola de corte e queima e, conseqüentemente, na organização socioeconômica destas populações.

Real exchange rate and elasticity of labour supply in a balance-of-payments-constrained macrodynamics

A macrodynamic model is proposed in which the real exchange rate and the elasticity of labour supply interact defining different trajectories of growth and income distribution in a developing economy. Growth depends on imports of capital goods which are paid with exports (there are no capital flows) and hence is constrained by equilibrium in current account. The role of the elasticity of labour supply is to prevent the real exchange rate from appreciating as the economy grows, thereby sustaining international competitiveness. The model allows for endogenous technological change and considers the impact of migration from the subsistence to the modern sector on the cumulative (Kaldor-Verdoorn) process of learning.

Nutrition in Transition: Dietary Patterns of Rural Amazonian Women During a Period of Economic Change

Objectives: The goal of this study was to understand the relationship between economic change (wage labor, retirement, and the Bolsa Familia program) and dietary patterns in the rural Amazon and to determine the extent to which these changes followed the pattern of the nutrition transition. Methods: The study was longitudinal. The weighed-inventory method and economic interviews were used to collect data on dietary intake and household economics in a sample of 30 and 52 women in 2002 and 2009, respectively. Twenty of the women participated in both years and make-up the longitudinal sub-sample. Comparative statistics were used to identify changes in dietary patterns over time and multiple linear regressions were used to explore the relationship between economics, subsistence strategies, and diet. Results: There was a significant decline in kcal (P < 0.01) and carbohydrate (P < 0.01) but no change in protein intake over time in both the larger and smaller, longitudinal subsample. The percent of energy, carbohydrate, protein, and fat purchased increased in the larger and longitudinal samples (P <= 0.02) and there was an increase in refined carbohydrate and processed, fatty-meat consumption over time. The abandonment of manioc gardens was associated with increased dependence on purchased food (P = 0.03) while receipt of the Bolsa Familia was associated with increased protein intake and adequacy (P = 0.02). Conclusions: The dietary changes observed are only in partial agreement with predictions of the nutrition transition literature. The relationship between the economic and diet changes was shaped by the local context which should be considered when implementing CCT programs, like the Bolsa Familia. Am. J. Hum. Biol. 23:458-469, 2011. (C) 2011 Wiley-Liss, Inc.