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em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo (BDPI/USP)
Resumo:
O artigo discute a trajetória de Manuel Luís da Veiga que, como comerciante em Portugal (seu território natal), investiu na instalação de uma fábrica em Pernambuco após a chegada da família real no Rio de Janeiro, tendo em vista as transformações que à época se processavam no Império português. O foco da análise centra-se no campo das sociabilidades políticas, com destaque para a atuação de Veiga na corte carioca e sua produção literária sobre economia política, entendendo-as como duas dimensões indissociáveis de sua prática social. Defende-se aqui que sua trajetória ilumina um mundo em profunda mudança nos seus paradigmas, impossível de ser sintetizado pelo estabelecimento de um padrão preciso de distinção entre o que era antigo e o que era novidade no início dos oitocentos.
Resumo:
O objetivo deste ensaio é refletir acerca da relação entre o primado da forma em nossa sociedade, que se expressa também nos âmbitos políticos e educacionais, e a formação de indivíduos pouco diferençados, no que se refere à sua sensibilidade, percepção e pensamento; tem como hipótese que a ênfase na forma, em diversos domínios sociais, em detrimento do conteúdo específico ao qual deveria se vincular contribui com a formação de indivíduos que têm dificuldades de se identificarem entre si e, por isso, de se desenvolver, sendo propensos à frieza, a uma ausência de percepção das contradições e conflitos sociais e a um pensamento basicamente adaptativo. Essa reflexão é desenvolvida tendo como referência obras de pensadores que constituíram a denominada Escola de Frankfurt, tais como T. W. Adorno, M. Horkheimer e H. Marcuse, e a Psicanálise Freudiana.
Resumo:
Reflexão sobre “O Campo de Terezin”, de Ecléa Bosi, mostrando uma área de confinamento de judeus com contornos especiais. Erigido para abrigar pessoas notáveis, como cientistas, heróis de guerra e artistas, ganhou feições de uma cidade exuberante, para quem de fora vinha lhe visitar, sobretudo nas artes e nos esportes. Internamente, administrava-se o terror da definição de quem iria ser escolhido para sobreviver ou para morrer. Ler o texto é como sentir o pulsar da vida em seus encantos - a música, a vibração, a alegria - mas, fundamentalmente, experimentar seus horrores: a dor, o silêncio e a morte. Não é possível percorrer estas páginas sem perder o fôlego e partilhar com a autora a aflição dos seus atores.