Acessibilidade aos serviços de saúde por pessoas com deficiência

OBJETIVO: Analisar as dificuldades de acessibilidade aos serviços de saúde vividas por pessoas com deficiência. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo realizado com pessoas que relataram ter algum tipo de deficiência (paralisia ou amputação de membros; baixa visão, cegueira unilateral ou total; baixa audição, surdez unilateral ou total). Foram entrevistados 25 indivíduos (14 mulheres) na cidade de São Paulo, SP, de junho a agosto de 2007, que responderam perguntas referentes a deslocamento e acessibilidade aos serviços de saúde. A metodologia utilizada para análise foi o discurso do sujeito coletivo e as análises foram conduzidas com recurso do programa Qualiquantisoft. ANÁLISE DOS RESULTADOS: A análise dos discursos sobre o deslocamento ao serviço de saúde mostrou diversidade quanto ao usuário ir ao serviço sozinho ou acompanhado, utilizar carro particular, transporte coletivo, ir a pé ou de ambulância e demandar tempo variado para chegar ao serviço. Com relação às dificuldades oferecidas de acessibilidade pelos serviços de saúde, houve relatos de demora no atendimento, problemas com estacionamento, falta de rampas, elevadores, cadeiras de rodas, sanitários adaptados e de médicos. CONCLUSÕES: As pessoas com algum tipo de deficiência fizeram uso de meios de transporte diversificados, necessitando de companhia em alguns casos. Problemas na acessibilidade dos serviços de saúde foram relatados pelos sujeitos com deficiências, contrariando o princípio da eqüidade, preceito do Sistema Único de Saúde.

Conhecendo egressos do curso técnico de Enfermagem do PROFAE

O PROFAE (Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem) foi uma iniciativa importante na educação profissional. Os objetivos do estudo foram descrever o perfil dos egressos do curso de técnico de enfermagem dos centros de formação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e conhecer os reflexos do curso para a atuação na profissão e a mobilidade no mercado de trabalho. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário respondido por 216 egressos e por quatro grupos focais com egressos e enfermeiros supervisores. Os respondentes foram, em sua maioria, mulheres com média de 42,2 anos. O curso foi bem avaliado, destacando-se o apoio institucional e as resoluções do Conselho Regional de Enfermagem (COREN) como impulsionadores da procura por ele. Os egressos percebem ter maior iniciativa e preparo teórico após o curso. Na área, a função mais exercida atualmente ainda é a de auxiliar de enfermagem, o que gera insatisfação, pois, especialmente nos serviços públicos, não existem cargos de técnicos.

DESCRIPTION OF ADULTS AND NYMPH, AND REDESCRIPTION OF THE LARVA, OF ORNITHODOROS MARINKELLEI (ACARI: ARGASIDAE), WITH DATA ON ITS PHYLOGENETIC POSITION

The argasid tick Ornithodoros marinkellei Kohls, Clifford, and Jones, 1969 was described 4 decades ago based on larval specimens collected from bats (Pteronotus spp.) in Colombia and Panama. Thereafter, larval O. marinkellei parasitizing bats were reported from Venezuela, Guyana, and Brazil. Herein, we describe the adults and nymph, and redescribe the larva of O. marinkellei based on specimens recently collected in the western Brazilian Amazon region. In contrast to all other known adult argasids, the idiosoma of both males and females of O. marinkellei is covered with sclerotized plaques. The idiosoma of the nymph of O. marinkellei is entirely micromamillated, and differs from the adults by the absence of plaques. The larva of O. marinkellei is morphologically similar to the larvae of the 2 other species belonging to the subgenus Subparmatus, i.e., Ornithodoros viguerasi Cooley and Kohls, 1941 and Ornithodoros mormoops Kohls, Clifford, and Jones, 1969. Because of the long and narrow dorsal plate, the larva of O. marinkellei is readily distinguished from O. viguerasi and O. mormoops. Comparison of our larvae from Brazil with O. marinkellei paratype specimens from Colombia confirmed their taxonomic identification. However, a few morphological differences, particularly in the size of the gnathosoma, were observed. Further studies are necessary to clarify whether O. marinkellei is a complex of different species, or a single species represented by morphologically polymorphic, and geographically distinct populations. Partial mitochondrial 16S rDNA gene sequences were generated for O. marinkellei specimens from Brazil, and compared with available homologous sequences in GenBank. Phylogenetic analyses revealed O. marinkellei to be distinct from the remaining argasid species available in GenBank, including other bat-associated tick species that are found in sympatry with O. marinkellei in the Neotropical region.

Characterizing chaotic melodies in automatic music composition

In this paper, we initially present an algorithm for automatic composition of melodies using chaotic dynamical systems. Afterward, we characterize chaotic music in a comprehensive way as comprising three perspectives: musical discrimination, dynamical influence on musical features, and musical perception. With respect to the first perspective, the coherence between generated chaotic melodies (continuous as well as discrete chaotic melodies) and a set of classical reference melodies is characterized by statistical descriptors and melodic measures. The significant differences among the three types of melodies are determined by discriminant analysis. Regarding the second perspective, the influence of dynamical features of chaotic attractors, e.g., Lyapunov exponent, Hurst coefficient, and correlation dimension, on melodic features is determined by canonical correlation analysis. The last perspective is related to perception of originality, complexity, and degree of melodiousness (Euler's gradus suavitatis) of chaotic and classical melodies by nonparametric statistical tests. (c) 2010 American Institute of Physics. [doi: 10.1063/1.3487516]