A qualidade das refeições de empresas cadastradas no Programa de Alimentação do Trabalhador na cidade de São Paulo

OBJETIVO: Avaliar a qualidade global das refeições oferecidas por Unidades de Alimentação e Nutrição de empresas beneficiárias do Programa de Alimentação do Trabalhador, na cidade de São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 72 empresas cadastradas no programa. Foram coletadas informações de três dias consecutivos das refeições oferecidas no almoço, no jantar e na ceia. A qualidade das refeições oferecidas foi avalia pelo Índice de Qualidade da Refeição, e sua análise foi feita de forma estratificada segundo o perfil da empresa obtido pela análise de cluster. RESULTADOS: A média do Índice de Qualidade da Refeição para as grandes refeições foi de 66,25. Foram obtidos dois grupos de empresas na análise de cluster. As empresas do primeiro, composto em sua maioria por empresas do setor de comércio de micro e pequeno porte, cadastradas na modalidade de autogestão e sem supervisão de nutricionista, obtiveram pior qualidade da refeição (Índice=56,23). As empresas do segundo cluster, constituído principalmente por empresas de médio e grande porte do setor industrial, com gestão terceirizada e supervisão de nutricionista, obtiveram pontuação média do Índice de 82,95. CONCLUSÃO: As refeições oferecidas pelas empresas participantes do Programa de Alimentação do Trabalhador não estavam adequadas, segundo o Índice de Qualidade da Refeição. As empresas de menor porte e estrutura tiveram refeições de pior qualidade quando comparadas com as demais, demonstrando que empresas deste perfil são prioritárias para intervenções dentro do Programa de Alimentação do Trabalhador.

Estimativa do consumo de energia e de macronutrientes no domicílio e na escola em pré-escolares

OBJETIVO: Estimar o consumo de energia e de macronutrientes no domicílio e na escola em tempo integral em crianças de 2 a 6 anos e pesquisar diferenças no consumo entre as crianças de escolas públicas e particulares. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 362 pré-escolares em Caxias do Sul (RS). O estado nutricional foi avaliado pela razão peso para estatura. O consumo na escola foi avaliado por meio do método de pesagem direta individual dos alimentos consumidos pelas crianças e, no domicílio, por meio do método de registro alimentar realizado pelos pais ou responsáveis. Para as análises estatísticas utilizou-se o teste U de Mann-Whitney (p < 0,05). RESULTADOS: Observou-se que 28 crianças (7,7 por cento) apresentaram excesso de peso, 92 (25,4 por cento), risco para excesso de peso e sete (1,9 por cento), baixo peso para a estatura. A avaliação da ingestão alimentar em 24 horas mostrou que 51,3 por cento da energia, 60,3 por cento dos lipídios e 51,6 por cento das proteínas foramconsumidos nos domicílios, apesar de as crianças permanecerem em período integral nas escolas. Observou-se maior ingestão de energia (p = 0,001), carboidratos (p < 0,001) e lipídios (p = 0,04) nos pré-escolares de escolas particulares em relação aos de escolas públicas, porém o consumo total diário se mostrou similar nas diferentes instituições. CONCLUSÕES: Os achados sugerem que as crianças consomem proporcionalmente mais energia, proteínas e lipídios nas refeições complementares dos domicílios em relação às refeições diárias nas escolas infantis. Apesar das diferenças de consumo entre as escolas públicas e particulares, a ingestão diária mostrou-se similar entre as crianças

Nomenclature for congenital and paediatric cardiac disease: Historical perspectives and The International Pediatric and Congenital Cardiac Code

Clinicians working in the field of congenital and paediatric cardiology have long felt the need for a common diagnostic and therapeutic nomenclature and coding system with which to classify patients of all ages with congenital and acquired cardiac disease. A cohesive and comprehensive system of nomenclature, suitable for setting a global standard for multicentric analysis of outcomes and stratification of risk, has only recently emerged, namely, The International Paediatric and Congenital Cardiac Code. This review, will give an historical perspective on the development of systems of nomenclature in general, and specifically with respect to the diagnosis and treatment of patients with paediatric and congenital cardiac disease. Finally, current and future efforts to merge such systems into the paperless environment of the electronic health or patient record on a global scale are briefly explored. On October 6, 2000, The International Nomenclature Committee for Pediatric and Congenital Heart Disease was established. In January, 2005, the International Nomenclature Committee was constituted in Canada as The International Society for Nomenclature of Paediatric and Congenital Heart Disease. This International Society now has three working groups. The Nomenclature Working Group developed The International Paediatric and Congenital Cardiac Code and will continue to maintain, expand, update, and preserve this International Code. It will also provide ready access to the International Code for the global paediatric and congenital cardiology and cardiac surgery communities, related disciplines, the healthcare industry, and governmental agencies, both electronically and in published form. The Definitions Working Group will write definitions for the terms in the International Paediatric and Congenital Cardiac Code, building on the previously published definitions from the Nomenclature Working Group. The Archiving Working Group, also known as The Congenital Heart Archiving Research Team, will link images and videos to the International Paediatric and Congenital Cardiac Code. The images and videos will be acquired from cardiac morphologic specimens and imaging modalities such as echocardiography, angiography, computerized axial tomography and magnetic resonance imaging, as well as intraoperative images and videos. Efforts are ongoing to expand the usage of The International Paediatric and Congenital Cardiac Code to other areas of global healthcare. Collaborative efforts are under-way involving the leadership of The International Nomenclature Committee for Pediatric and Congenital Heart Disease and the representatives of the steering group responsible for the creation of the 11th revision of the International Classification of Diseases, administered by the World Health Organisation. Similar collaborative efforts are underway involving the leadership of The International Nomenclature Committee for Pediatric and Congenital Heart Disease and the International Health Terminology Standards Development Organisation, who are the owners of the Systematized Nomenclature of Medicine or ""SNOMED"". The International Paediatric and Congenital Cardiac Code was created by specialists in the field to name and classify paediatric and congenital cardiac disease and its treatment. It is a comprehensive code that can be freely downloaded from the internet (http://www.IPCCC.net) and is already in use worldwide, particularly for international comparisons of outcomes. The goal of this effort is to create strategies for stratification of risk and to improve healthcare for the individual patient. The collaboration with the World Heath Organization, the International Health Terminology Standards Development Organisation, and the healthcare Industry, will lead to further enhancement of the International Code, and to Its more universal use.