Express��o da prote��na erbB-2 e dos receptores de hormônios na transi����o das regi��es in situ para invasora de tumores da mama

OBJETIVOS: avaliar a express��o de erbB-2 e dos receptores hormonais para estr��geno e progesterona (RE/RP) nas regi��es de transi����o entre as fra����es in situ e invasoras de neoplasias ductais da mama (CDIS e CDI, respectivamente). M��TODOS: oitenta e cinco casos de neoplasias mam��rias, contendo regi��es cont��guas de CDIS e CDI, foram selecionados. Esp��cimes histol��gicos das ��reas de CDIS e de CDI foram obtidos atrav��s da t��cnica de tissue microarray (TMA). As express��es da erbB-2 e dos RE/RP foram avaliadas por meio de imunoistoqu��mica convencional. A compara����o da express��o da erbB-2 e dos RE/RP nas fra����es in situ e invasoras da mama foi realizada com emprego do teste de McNemar. Os intervalos de confian��a foram determinados em 5% (p=0,05). Foram calculados coeficientes de correla����o intraclasse (ICC) para avaliar a concord��ncia na tabula����o cruzada da express��o de erbB-2 e RE/RP nas fra����es de CDIS e CDI. RESULTADOS: a express��o da erbB-2 n��o diferiu entre as ��reas de CDIS e CDI (p=0,38). Comparando caso a caso suas ��reas de CDIS e CDI, houve boa concord��ncia na express��o da erbB-2 (coeficiente de correla����o intraclasse, ICC=0,64), dos RP (ICC = 0,71) e dos RE (ICC = 0,64). Considerando apenas tumores cujo componente in situ apresentasse ��reas de necrose (comedo), o ICC para erbB-2 foi de 0,4, comparado a 0,6 no conjunto completo de casos. Os ICC n��o diferiram substancialmente daqueles obtidos com o conjunto completo de esp��cimes em rela����o aos RE/RP: para RE, ICC=0,7 (versus 0,7 no conjunto completo), e para RP, ICC=0,7 (versus 0,6 no conjunto completo). CONCLUS��ES: nossos achados sugerem que as express��es de erbB-2 e RE/RP n��o diferem nos componentes cont��guos in situ e invasivo em tumores ductais da mama.

Determina����o de hormônios estr��genos em ��gua pot��vel usando CLAE-DAD

An analytical procedure for determination of estriol, 17β-estradiol, estrone and 17α-ethinylestradiol in drinking water is presented. The method employs solid phase extraction (SPE) and sample dechlorination as cleanup procedures, followed by HPLC-DAD analysis. Validation was carried out using RE No. 899/2003 guidelines established by the Ag��ncia Nacional de Vigil��ncia Sanit��ria (National Agency of Sanitary Surveillance, Brazil), with some adaptations. The statistically evaluated results have shown that the method is selective, precise (0,06% to 19,40% CV) and accurate (91,52% to 109,41% average recoveries). The developed method was applied to the analysis of these contaminants in drinking water from S��o Lu��s, MA.

Peixes da Esta����o Ecol��gica Serra Geral do Tocantins, bacias dos Rios Tocantins e S��o Francisco, com observa����es sobre as implica����es biogeogr��ficas das "��guas emendadas" dos Rios Sap��o e Galheiros

Um levantamento preliminar da ictiofauna que ocorre na Esta����o Ecol��gica Serra Geral de Tocantins, situada no Sudeste do Estado do Tocantins e Noroeste do Estado da Bahia, �� apresentado. A Esta����o Ecol��gica Serra Geral de Tocantins situa-se no divisor de ��guas entre as bacias do Rio S��o Francisco (Rio Sap��o) e Rio Tocantins (bacias dos Rios Novo, Balsas e Manuel Alves). A cabeceira comum ou "��gua emendada" do Rio Sap��o e Rio Galheiros, este um afluente do Rio Novo, situa-se no interior da esta����o e �� considerada na literatura como uma poss��vel ��rea de interc��mbio ictiofaun��stico entre a bacia do Rio S��o Francisco e a bacia do Rio Tocantins. Trinta e cinco esp��cies de peixes foram registradas dentro da Esta����o Ecol��gica Serra Geral de Tocantins e em seu entorno imediato, algumas delas desconhecidas da ci��ncia e possivelmente end��micas da regi��o. Um total de 111 esp��cies de peixes foi registrado regionalmente (incluindo esp��cies de peixes registrados nos trechos do Rio Sap��o e do Rio Novo/do Sono abaixo da esta����o). O acar�� Cichlasoma sanctifranciscense �� aqui registrado pela primeira vez na bacia do Rio Tocantins. A ocorr��ncia desta esp��cie, bem como do lambari Astyanax novae, no Rio Sap��o e no Rio Novo/do Sono, s��o considerados os ��nicos exemplos inequ��vocos de transposi����o natural de esp��cies de peixes entre as bacias do Rio S��o Francisco e Tocantins efetuado pelas ��guas emendadas dos rios Sap��o e Galheiros.

O extrato de maracuj�� sobre a morfometria de hepat��citos da til��pia do Nilo

Avaliaram-se os efeitos do extrato de maracuj�� veiculado na dieta (0, 50, 100 e 200mg kg-1) sobre o consumo de alimento, o ganho em peso e os n��veis de glicose e cortisol plasm��tico de juvenis de til��pias do Nilo (87,0&plusmn;6,6g). Ao final do experimento (28 dias), os peixes foram eutanasiados para remo����o do f��gado, visando �� avalia����o da ��rea citoplasm��tica, contagem de c��lulas e verifica����o dos estoques de glicog��nio hep��tico. Os dados foram submetidos �� ANOVA unidirecional, comparando-se as m��dias pelo Teste de Tukey (P<0,05), com posterior estudo de regress��o, buscando estabelecer as curvas das ��reas citoplasm��ticas, em fun����o das diferentes doses do extrato. A inclus��o do extrato na dieta n��o afetou o consumo de alimento e o crescimento e todos os peixes apresentaram aumento da glicose e redu����o do cortisol plasm��tico, por��m sem diferen��as entre os tratamentos. As curvas de regress��o indicaram aumento quadr��tico da ��rea citoplasm��tica com a eleva����o da doses do extrato, principalmente para 100mg kg-1, resultando em uma curva dose-resposta em forma de "U" invertido. O aumento da ��rea do citoplasma decorreu de um ac��mulo de glicog��nio hep��tico, conforme comprovado pela prova da amilase salivar. Concluiu-se que o extrato de maracuj�� pode ser fornecido na dieta de juvenis de til��pia, sem prejudicar o consumo alimentar e o crescimento dos animais e que o produto altera a morfometria dos hepat��citos, sugerindo a atividade de flavon��ides sobre o metabolismo de carboidratos.

Efeito anest��sico do ��leo de cravo em alevinos de lambari

Para avaliar o efeito anest��sico do ��leo de cravo em lambaris (Astyanax altiparanae), cinco grupos de 30 alevinos (0,6&plusmn;0,1g) foram expostos ��s concentra����es de 50, 75, 100, 125 e 150mg L-1, medindo-se, respectivamente: tempo de indu����o �� anestesia profunda (caracterizada pela perda de equil��brio, pela aus��ncia de nata����o, pela redu����o dos movimentos operculares e pelas respostas apenas a est��mulos t��teis mais intensos), tempo de recupera����o e taxa de mortalidade ap��s a exposi����o. Em uma segunda etapa (10 peixes/tratamento), registraram-se, para cada concentra����o, os tempos de indu����o e de recupera����o ap��s anestesia cir��rgica (movimentos operculares lentos e irregulares e perda de rea����es a est��mulos), anotando-se a mortalidade ap��s seis minutos de exposi����o. Observou-se redu����o linear no tempo de indu����o �� anestesia (0,01min mg-1 de anest��sico acrescido) e aumento quadr��tico do tempo de recupera����o com a eleva����o da concentra����o (resposta m��xima estimada em 7,1 minutos). A anestesia profunda foi alcan��ada em tempo inferior a 1,5 minuto para todas as concentra����es, com recupera����o mais r��pida e sem mortalidade para 50mg L-1. Para indu����o �� anestesia cir��rgica, foram registrados menores tempos nas concentra����es 75 e 100mg L-1; por��m, com mortalidade de 80% e 100%, respectivamente. A concentra����o 50mg L-1 promoveu anestesia cir��rgica e recupera����o em 3,29&plusmn;0,71 e 4,97&plusmn;0,63 minutos, respectivamente, sem mortalidade. Concluiu-se que o ��leo de cravo possui efeito anest��sico para alevinos de lambari, sendo 50mg L-1 a concentra����o eficiente e segura para indu����o �� anestesia profunda em at�� 1,5 minuto e de anestesia cir��rgica em at�� 3,3 minutos de exposi����o.

Isolation and characterization of Flavobacterium columnare (Bernardet et al. 2002) from four tropical fish species in Brazil

Flavobacterium columnare is the causative agent of columnaris disease in freshwater fish, implicated in skin and gill disease, often causing high mortality. The aim of this study was the isolation and characterization of Flavobacterium columnare in tropical fish in Brazil. Piracanjuba (Brycon orbignyanus), pacu (Piaractus mesopotamicus), tambaqui (Colossoma macropomum) and cascudo (Hypostomus plecostomus) were examined for external lesions showing signs of colunmaris disease such as greyish white spots, especially on the head, dorsal part and caudal fin of the fish. The sampling comprised 50 samples representing four different fish species selected for study. Samples for culture were obtained by skin and kidney scrapes with a sterile cotton swabs of columnaris disease fish and streaked onto Carlson and Pacha (1968) artificial culture medium (broth and solid) which were used for isolation. The strains in the liquid medium were Gram negative, long, filamentous, exhibited flexing movements (gliding motility), contained a large number of long slender bacteria and gathered into ���columns&#39;. Strains on the agar produced yellow-pale colonies, rather small, flat that had rhizoid edges. A total of four Flavobacterium columnare were isolated: 01 Brycon orbignyanus strain, 01 Piaractus mesopotamicus strain, 01 Colossoma macropomum strain, and 01 Hypostomus plecostomus strain. Biochemical characterization, with its absorption of Congo red dye, production of flexirubin-type pigments, H2S production and reduction of nitrates proved that the isolate could be classified as Flavobacterium columnare.

Utiliza����o de levedura ��ntegra e seus derivados em dietas para juvenis de til��pia do Nilo

Neste trabalho, avaliou-se a adi����o de c��lulas ��ntegras de levedura e seus derivados em dietas para juvenis de til��pia do Nilo. Foram utilizados 144 juvenis machos de til��pia (peso m��dio de 52,1g) distribu��dos em 12 tanques de fibra de vidro (250L), em delineamento inteiramente casualizado, composto por quatro tratamentos e tr��s repeti����es. Os peixes foram alimentados ad libitum, duas vezes ao dia durante 60 dias, com dietas isoproteicas (28% PB) e isocal��ricas (2.900kcal de ED kg-1) contendo levedura ��ntegra de cana-de-a����car (LI), levedura autolisada (LA) e parede celular (PC) adicionados na propor����o de 25% da prote��na bruta total, comparadas com uma dieta controle (CO), sem adi����o de levedura. N��o foram observadas diferen��as significativas para convers��o alimentar aparente e taxa de efici��ncia prot��ica. No entanto, o ganho em peso foi melhor nos peixes alimentados com as dietas LA (114,70g) e PC (131,03g), assim como em rela����o �� taxa de crescimento espec��fico (LA=1,79 e PC=1,93%), �� prote��na bruta no ganho de peso (LA=14,45 e PC=15,62%) e ao conte��do corporal proteico (LA=14,89 e PC=15,67g 100g-1). As fra����es, a parede celular e a levedura autolisada de cana-de-a����car podem ser utilizadas em dietas para juvenis de til��pia.

Farelo de canola em dietas para o pacu Piaractus mesopotamicus (Holmberg 1987): efeitos sobre o crescimento e a composi����o corporal

Avaliaram-se os efeitos da inclus��o de farelo de canola em dietas de juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus) sobre par��metros de crescimento e composi����o corporal. Um total de 192 alevinos (9 a 15g) foram estocados em 24 tanques de cimento, de 100l de capacidade, durante 103 dias. O farelo de canola foi utilizado em quatro propor����es: zero; 9,5%; 19% e 38% da dieta, com ou sem farinha de peixe (12%/dieta), totalizando oito tratamentos. A presen��a de farinha de peixe n��o afetou os par��metros de crescimento avaliados. A inclus��o de 38% de farelo de canola na dieta diminuiu o ganho de peso dos peixes, valores m��dios de 28,74g a 50,70g, e piorou a convers��o alimentar aparente, de 1,66 para 2,85. A taxa de efici��ncia prot��ica tamb��m foi menor nos peixes alimentados com 38% de farelo de canola. As v��rias propor����es de farelo de canola das dietas alteraram os teores de umidade, prote��na bruta e lip��dios dos peixes. A presen��a da farinha de peixe, nas dietas, somente influiu no teor de lip��dios dos peixes alimentados com dietas contendo 9,5% de farelo de canola. Conclui-se que at�� 19% de farelo de canola pode ser adicionado ��s dietas de juvenis de pacu, sem que seu desenvolvimento seja prejudicado.

Concentra����es plasm��ticas de testosterona, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) em bodes submetidos ao estresse cal��rico

Para verificar o efeito do estresse cal��rico (EC) nas concentra����es plasm��ticas de testosterona, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), oito bodes, das ra��as Saanen (n=4) e Alpina (n=4), foram mantidos em c��mara bioclim��tica, sob condi����es de termoneutralidade (13,0��C a 26,7��C) durante 30 dias e, ap��s um per��odo (60 dias) de descanso, submetidos ao EC (23,7��C a 34,0��C) por 30 dias. Para minimizar as varia����es sazonais nos perfis hormonais devido ao fotoper��odo, durante toda fase experimental, incluindo a de adapta����o em condi����es de termoneutralidade (30 dias), o fotoper��odo foi controlado utilizando-se altern��ncia de dias longos (16h de luz e 8h de escuro) e de dias curtos (8h de luz e 16h de escuro) a cada 30 dias. As amostras de sangue foram coletadas duas vezes por semana durante cinco semanas. No conjunto das ra��as, o EC n��o influenciou (P>0,05) as concentra����es de testosterona (1,8��0,2 vs 1,3��0,2ng/ml) e nem a de T4 (52,7��2,8 vs 50,0��2,8ng/ml). Houve decl��nio (P<0,01) das concentra����es de T3 nos animais submetidos ao experimento (1,3��0,1 vs 1,0��0,1ng/ml), mas a redu����o foi observada somente nos bodes Saanen. Em ambas as ra��as, as concentra����es de T3 e T4 variaram (P<0,01) conforme o dia da coleta das amostras de sangue. O EC foi suficiente para produzir uma resposta fisiol��gica com redu����o das concentra����es plasm��ticas de T3 em bodes das ra��as Saanen, mas n��o da ra��a Alpina, assim como n��o foi capaz de alterar os n��veis plasm��ticos de testosterona e nem de T4.

Influence of spawning procedure on gametes fertilization success in Salminus hilarii Valenciennes, 1850 (Teleostei: Characidae): Implications for the conservation of this species

Artificial reproduction and gamete fertilization were evaluated in Salminus hilarii wild and domesticated broodstocks. Wild and domesticated broodstocks were artificially induced to reproduction using a carp pituitary treatment. Four groups were considered: Group 1 (G1), fish caught in the wild maintained for three years in the same conditions as the domesticated broodstocks and spawned naturally; Group 2 (G2), broodstock born and raised in captivity and spawned naturally; Group 3 (G3), wild broodstocks, which were manually stripped for gamete collection and dry fertilization; and Group 4 (G4), domesticated males and females, also manually stripped. Oocytes, eggs, and larvae were sampled at different time intervals throughout embryonic development. Yolk sac absorption occurred approximately 24-29 h after hatching. Twenty-six h after hatching, the larvae mouths opened. Cannibalism was identified just 28-30 h after hatching. There was no morphological difference in embryonic development among all groups. The number of released eggs per gram of female was: G1: 83.3 �� 24.5 and G2: 103.8 �� 37.4; however, the fertilization success was lower in G2 (42.0 �� 6.37 %) compared with G1 (54.7 �� 3.02%) (P = 0.011). Hand-stripping of oocytes was not successful and the fertilization rate was zero. The reproduction of this species in captivity is viable, but it is necessary to improve broodstock management to enhance fertilization rates and obtain better fingerling production for restocking programs.

Mechanisms of pigmentation loss in subterranean fishes

Troglobitic (exclusively subterranean) organisms usually present, among their apomorphies related to the subterranean life (troglomorphisms), the regression of eyes and melanic pigmentation. The degree of regression varies among species, from a slight reduction to the complete loss of eyes and dark pigmentation, without a taxonomic correlation. While mechanisms of eye reduction have been intensively investigated in some troglobites such as the Mexican blind tetra characins, genus Astyanax, and the European salamander, Proteus anguinus, few studies have focused on pigmentation. The Brazilian subterranean ichthyofauna distinguishes not only by the species richness (23 troglobitic fishes so far known) but also by the variation in the degree of reduction of eyes and pigmentation. This study focused on Brazilian fishes completely devoid of melanic pigmentation: the characiform Stygichthys typhlops (Characidae) and the siluriforms Ancistrus formoso (Loricariidae), Rhamdiopsis sp.1 (Heptapteridae; from caves in the Chapada Diamantina, Bahia) and Rhamdiopsis sp. 2 (cave in Campo Formoso, Bahia). In order to investigate if such depigmentation is the result of blockage in some step in the melanogenesis, in vitro tests of administration of L-DOPA were done, using caudal-fin fragments extracted from living fish. Except for Rhamdiopsis sp. 2, all the studied species were DOPA(+), i.e., melanin was synthesized after L-DOPA administration. This indicates these fish do have melanophores but they are unable to convert L-tyrosine to L-DOPA. On the other hand, Rhamdiopsis sp. 2, like the albino specimens of Trichomycterus itacarambiensis previously studied (which correspond to one third of the population), are DOPA(-), either because the block of melanin synthesis occurs downstream in melanogenesis, which is probably the case with T. itacarambiensis (monogenic system in view of the phenotypic discontinuity), or because the so-called albinos do no possess melanophores. The physiological loss in the ability to synthesize melanin, apparently caused by different genetic processes in DOPA(+) and in DOPA(-) fishes, may co-exist in subterranean populations with a decrease in the density of melanophores, as observed in the pigmented two thirds of T. itacarambiensis population, a morphological reduction apparently controlled by polygenic systems producing a continuous phenotypic variation.

Consumo alimentar e ecologia de popula����es ribeirinhas em dois ecossistemas amaz��nicos: um estudo comparativo

OBJETIVO: Este artigo analisa e compara os dados de consumo alimentar de duas popula����es ribeirinhas da Amaz��nia vivendo em ecossistemas contrastantes de floresta tropical: a v��rzea estacional e a floresta de terra firme. M��TODOS: Foi estudado o consumo alimentar de 11 unidades dom��sticas na v��rzea (Ilha de Ituqui, Munic��pio de Santar��m) e 17 na terra firme (Floresta Nacional de Caxiuan��, Munic��pios de Melga��o e Portel). O m��todo utilizado foi o recordat��rio de 24 horas. As an��lises estat��sticas foram executadas com o aux��lio do programa Statistical Package for Social Sciences 12.0. RESULTADOS: Em ambos os ecossistemas, os resultados confirmam a centralidade do pescado e da mandioca na dieta local. Por��m, a contribui����o de outros itens alimentares secund��rios, tais como o a��a�� (em Caxiuan��) e o leite in natura (em Ituqui), tamb��m foi significante. Al��m disso, o a����car revelou ser uma fonte de energia confi��vel para enfrentar as flutua����es sazonais dos recursos naturais. Parece haver ainda uma maior contribui����o energ��tica dos peixes para a dieta de Ituqui, provavelmente em fun����o da maior produtividade dos rios e lagos da v��rzea em rela����o �� terra firme. Por fim, Ituqui revelou uma maior depend��ncia de itens alimentares comprados, enquanto Caxiuan�� mostrou estar ainda bastante vinculada �� agricultura e ��s redes locais de troca. CONCLUS��O: Al��m dos resultados confirmarem a import��ncia do pescado e da mandioca, tamb��m mostraram que produtos industrializados, como o a����car, t��m um papel importante nas dietas, podendo apontar para tend��ncias no consumo alimentar relacionadas com a atual transi����o nutricional e com a eros��o, em diferentes n��veis, dos sistemas de subsist��ncia locais.

An unusual, dwarf new species of Neotropical freshwater stingray, Plesiotrygon nana sp. nov., from the upper and mid Amazon basin: the second species of Plesiotrygon (Chondrichthyes: Potamotrygonidae)

A new species of the relatively poorly known Neotropical freshwater stingray genus Plesiotrygon Rosa, Castello & Thorson, 1987 is described from the main channel and smaller tributaries (R��os Itaya and Pachitea) of the upper Amazon basin in Peru. The first specimen to be collected, however, was from much farther east in Rio Solim��es in 1996, just down-river from Rio Purus (specimen unavailable for this study). Plesiotrygon nana sp. nov., is a very distinctive and unusually small species of freshwater stingray (Potamotrygonidae), described here mostly from three specimens representing different size classes and stages of sexual maturity. Plesiotrygon nana sp. nov., is distinguished from its only congener, P. iwamae Rosa, Castello & Thorson, 1987, by numerous unique features, including: dorsal coloration composed of very fine rosettes or a combination of spots and irregular ocelli; very circular disc and snout; very small and less rhomboidal spiracles; short snout and anterior disc region; narrow mouth and nostrils; denticles on dorsal tail small, scattered, not forming row of enlarged spines; adult and preadult specimens with significantly fewer tooth rows; fewer caudal vertebrae; higher total pectoral radials; very small size, probably not surpassing 250 mm disc length or width, males maturing sexually at around 180 mm disc length and 175 mm disc width; distal coloration of tail posterior to caudal stings usually dark purplish-brown; and features of the ventral lateral-line canals (hyomandibular canal very narrow, infraorbital and supraorbital canals not undulated, supraorbital and infraorbital loops small and narrow, supraorbital loop very short, not extending posteriorly to level of mouth, jugular and posterior infraorbital canals short, not extending caudally to first gill slits, subpleural loop very narrow posteriorly; absence of anterior and posterior subpleural tubules). To provide a foundation for the description of P. nana sp. nov., morphological variation in P. iwamae was examined based on all type specimens as well as newly collected and previously unreported material. Two specimens topotypic with the male paratype of P. nana sp. nov., referred to here as Plesiotrygon cf. iwamae, are also reported. Relationships of the new species to P. iwamae are discussed; further characters indicative of Plesiotrygon monophyly are proposed, but the genus may still not be valid. Plesiotrygon nana sp. nov., is commercialized with some regularity in the international aquarium trade from Iquitos (Peru), an alarming circumstance because nothing is known of its biology or conservation requirements.

Epigean and subterranean ichthyofauna in Cordisburgo karst area, eastern Brazil

After an ichthyofaunistic survey conducted in May 2007 on surface (epigean) water bodies of Cordisburgo karst area, State of Minas Gerais, 13 species were recorded, mostly characiforms; in addition three non-troglomorphic (normally eyed and pigmented) and one troglomorphic catfish (siluriforms) species were recorded in two caves surveyed at different occasions, totaling 17 fish species for the area. All the nominal species herein reported for Cordisburgo area have been previously reported for the Rio das Velhas basin. None of the species observed in caves were found in epigean habitats and vice-versa. The four cave species are distributed throughout subterranean stream reaches, with individuals at different size/age classes. This, associated to the lack of conspicuous morphological differences in relation to epigean congeners, indicate that Trichomycterus brasiliensis, Gymnotus cf. carapo and Pimelodella cf. vittata are troglophiles (species encompassing individuals able to live and complete their life cycle either in the surface or in the subterranean environment) in the Morena Cave; the latter forms a large population and may be at the beginning of a differentiation process due to isolation in the subterranean habitat, as indicated by a slight reduction in eye size. Topographic isolation may be the cause for the incipient, but unmistakable troglomorphism of the Rhamdiopsis population found in the Salitre Cave, allowing for its classification as troglobite (exclusively subterranean species). The Cordisburgo area is subject to significant anthropic pressure, mainly represented by deforestation for agriculture, cattle raising and timbering. Tourism is an additional important threat for cave communities, calling for urgent protection measures.

Natural history and population data of fishes in caves of the Serra do Ramalho karst area, Middle S��o Francisco basin, northeastern Brazil

During the exploration and mapping of new caves in Serra do Ramalho karst area, southern Bahia state, cavers from the Grupo Bambu�� de Pesquisas Espeleol��gicas - GBPE (Belo Horizonte) noticed the presence of troglomorphic catfishes (species with reduced eyes and/or melanic pigmentation), which we intensively investigated with regards to their ecology and behavior since 2005. Non-troglomorphic fishes regularly found in the studied caves were included in this investigation. We present here data on the natural history of two troglobitic (exclusively subterranean troglomorphic species) fishes - Rhamdia enfurnada Bichuette & Trajano, 2005 (Heptapteridae; Gruna do Enfurnado) and Trichomycterus undescribed species (Trichomycteridae; Lapa dos Peixes and Gruna da ��gua Clara), and non-troglomorphic Hoplias cf. malabaricus, probably a troglophile (able to form populations both in epigean and subterranean habitats) in the Gruna do Enfurnado, and Pimelodella sp., a species with a sink population in the Lapa dos Peixes.