5 resultados para Freud
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo (BDPI/USP)
Resumo:
Este artigo visa explicitar as concepções freudiana e husserliana de “vivência” (Erlebnis). Por “vivência” entende-se genericamente um tipo fundamental de experiência do mundo. Esse tema, ainda que não diretamente explorado por Freud, tornou-se necessário em sua teoria desde a descoberta da etiologia da histeria no início dos anos 1890 à luz do método catártico: a da vivência traumática. Por outro lado, Husserl, a partir do problema filosófico de garantir a possibilidade do conhecimento universal e necessário, se viu obrigado a combater o naturalismo das ideias, em 1900, e o naturalismo da consciência, em 1913, em ambos os casos partindo de uma análise das vivências (intencionais). Mostrarei que a abordagem freudiana (natural-científica) visa explicar metapsicologicamente a vivência, ao passo que a abordagem husserliana pretende descrever a estrutura da vivência (intencional). Por fim, apontarei para algumas das grandes diferenças entre ambas as abordagens desse tema.
Resumo:
O presente estudo hipotetiza que as diferentes matrizes clínicas que Freud encontrava em sua prática, e que lhe possibilitavam acréscimos teóricos, direcionaram seus distintos olhares sobre a cultura, fazendo-o privilegiar alguns elementos éticos em detrimento de outros. Desse modo, indicaremos: (1) como a histeria gerou a questão do conflito entre sexualidade e moral na civilização; (2) como a neurose obsessiva possibilitou a entrada dos temas da agressividade e do ódio como entraves contra os quais a cultura se esforça por lutar, assim como a presença marcante no psiquismo da consciência moral e do sentimento de culpa; (3) por fim, como as ditas afecções narcísicas trouxeram a Freud o papel do egoísmo e da destrutividade como inimigos da cultura. Nesse percurso nos aproximaremos das questões ligadas à problematização ética na "psicologia" freudiana e, a partir daí, do destaque que terá a dimensão moral na concepção freudiana do sujeito.
Resumo:
Objetivou-se analisar a experiência de uma formadora num curso de formação continuada para professores de Química, ocorrido numa universidade pública do estado de São Paulo, em 2004. Os dados apresentados surgiram da observação da prática da formadora e de suas reflexões, nas quais ela própria evidencia ideias, conflitos, angústias e impressões sobre suas ações durante o curso. Entre a prática da formadora e suas reflexões, surgem contrastes que irão se tornar nosso foco de investigação. Interpretamos esses contrastes como a atuação de elementos inconscientes que ora favorecem ora dificultam a sua prática e nos mostram que nem sempre a reflexão e a ação atuam na mesma direção. Defendemos uma prática reflexiva mais profunda e questionadora dos sujeitos como possibilidade para produzir melhores efeitos na formação e na atividade docente. Conceitos do referencial teórico psicanalítico de Freud e Lacan serviram de base para a análise dos dados.
Resumo:
Este texto apresenta considerações sobre as relações entre afetividade e inteligência no desenvolvimento psicológico, a partir de quatro modelos teóricos: as perspectivas psicogenéticas de Piaget, Wallon, Vygotsky e concepções extraídas da teoria psicanalítica de Freud. O objetivo é apontar as ênfases de cada abordagem para os aspectos afetivos e cognitivos e seu papel no desenvolvimento psicológico. Como conclusão, pode-se dizer que os modelos, interessados pela gênese da construção do conhecimento ou pela constituição do psiquismo, apresentam diferentes tipos de relação entre afetividade e inteligência. Uns propõem relações de alternância (Wallon); complementaridade de um em relação ao outro (Vygotsky) ou correspondência (Piaget) entre afetividade e inteligência, enquanto outro enfatiza aspectos pulsionais que interferem no funcionamento psicológico afetivo e cognitivo (Freud).
Resumo:
In-situ measurements in convective clouds (up to the freezing level) over the Amazon basin show that smoke from deforestation fires prevents clouds from precipitating until they acquire a vertical development of at least 4 km, compared to only 1-2 km in clean clouds. The average cloud depth required for the onset of warm rain increased by similar to 350 m for each additional 100 cloud condensation nuclei per cm(3) at a super-saturation of 0.5% (CCN0.5%). In polluted clouds, the diameter of modal liquid water content grows much slower with cloud depth (at least by a factor of similar to 2), due to the large number of droplets that compete for available water and to the suppressed coalescence processes. Contrary to what other studies have suggested, we did not observe this effect to reach saturation at 3000 or more accumulation mode particles per cm(3). The CCN0.5% concentration was found to be a very good predictor for the cloud depth required for the onset of warm precipitation and other microphysical factors, leaving only a secondary role for the updraft velocities in determining the cloud drop size distributions. The effective radius of the cloud droplets (r(e)) was found to be a quite robust parameter for a given environment and cloud depth, showing only a small effect of partial droplet evaporation from the cloud's mixing with its drier environment. This supports one of the basic assumptions of satellite analysis of cloud microphysical processes: the ability to look at different cloud top heights in the same region and regard their r(e) as if they had been measured inside one well developed cloud. The dependence of r(e) on the adiabatic fraction decreased higher in the clouds, especially for cleaner conditions, and disappeared at r(e)>=similar to 10 mu m. We propose that droplet coalescence, which is at its peak when warm rain is formed in the cloud at r(e)=similar to 10 mu m, continues to be significant during the cloud's mixing with the entrained air, cancelling out the decrease in r(e) due to evaporation.