50 resultados para Child Development Disorders
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo (BDPI/USP)
Resumo:
TEMA: o hipotireoidismo congênito é uma alteração metabólica que traz conseqüência graves para indivíduos não tratados e mesmo as crianças que realizam o tratamento podem apresentar distúrbios do desenvolvimento. O Programa Nacional de Triagem Neonatal, instituído pelo Ministério da Saúde, prevê o acompanhamento longitudinal de indivíduos com equipe multidisciplinar. Entretanto, a Fonoaudiologia não é incluída nesta equipe. Deste modo, considerando a ocorrência de distúrbios da comunicação nestes indivíduos, realizou-se levantamento bibliográfico nas bases de dados Lilacs, MedLine e PubMed, no período de 1987 a 2007, referente às alterações em habilidades do desenvolvimento decorrentes do hipotireoidismo congênito. OBJETIVO: verificar, na literatura científica, presença de alterações do desenvolvimento em indivíduos com hipotireoidismo congênito e refletir sobre a importância da atuação fonoaudiológica, em conjunto com equipe multidisciplinar especializada, no acompanhamento dos mesmos. CONCLUSÃO: a literatura relata alterações nas habilidades do desenvolvimento (motoras, cognitivas, lingüísticas e de autocuidados) e destaca que crianças com hipotireoidismo congênito são de risco para alterações no desenvolvimento lingüístico e, portanto, necessitam do acompanhamento longitudinal do desenvolvimento comunicativo. Torna-se evidente a importância da atuação do fonoaudiólogo nos Programas de Triagem Neonatal credenciados pelo Ministério da Saúde. Ressalta-se ainda a necessidade de investigações referentes às outras alterações metabólicas contempladas nestes programas, nas quais o fonoaudiólogo pode atuar de modo a prevenir, habilitar e reabilitar os distúrbios da comunicação, contribuindo para o trabalho em equipe, promovendo saúde nesta população.
Resumo:
TEMA: crianças deficientes auditivas não adquirem linguagem no mesmo período e velocidade de uma criança normo-ouvinte, pois o aprendizado da linguagem oral é um evento essencialmente auditivo. O desenvolvimento da criança consiste na aquisição progressiva de habilidades motoras e psicocognitivas, e a entrada no mundo simbólico é fator preponderante para que a criança possa atingir os níveis de maior complexidade no domínio da linguagem. OBJETIVO: relacionar o jogo simbólico e aspectos do desenvolvimento infantil em crianças deficientes auditivas com seus pares ouvintes. MÉTODO: 32 crianças, de ambos os sexos, de 2 a 6 anos de idade, pareadas por idade, foram submetidas à Avaliação da Maturidade Simbólica e ao Teste de Triagem do Desenvolvimento de Denver II, sendo 16 deficientes auditivas neurossensorial de grau moderado a profundo (grupo pesquisa - GP) e 16 normo-ouvintes (grupo controle - GC). RESULTADOS: observou-se simbolismo na brincadeira de 81,25% do GP, enquanto que no GC isto ocorreu em 87,5%. No Teste de Denver II 100% do GP foi classificado como risco, e o GC apresentou 94% de crianças normais e 6% de risco (p < 0,001). CONCLUSÃO: observou-se desempenho semelhante nos dois grupos quanto ao jogo simbólico. Entretanto, numa análise qualitativa, o GP apresentou brincadeiras menos complexas que o GC. Observou-se que o GP apresentou desempenho no jogo simbólico compatível ao seu desempenho nos aspectos pessoal-social, motor fino-adaptativo e motor grosseiro do Teste de Denver II.
Resumo:
A partir da psicanálise, 31 indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil (IRDI) foram construídos e aplicados em 727 crianças entre 0 e 18 meses. Uma subamostra de 280 crianças foi avaliada com a idade de três anos. Uma primeira análise de resultados mostra uma relação entre imagem do corpo, dificuldade de separação, agitação motora e vínculos corporais estreitos com as mães. Esses resultados são discutidos criticamente à luz da noção atual de hiperatividade.
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OBJETIVO: Avaliar o efeito da estimulação tátil-cinestésica na evolução do padrão comportamental e clínico de recém-nascidos pré-termos (RNPT) durante o período de internação hospitalar. MÉTODOS: Trinta e dois RNPT, com peso ao nascimento inferior a 2.500 gramas, clinicamente estáveis e destituídos de asfixia perinatal importante foram divididos em 16 bebês do grupo controle (GC) e 16 do experimental (GE). Foram coletados dados da evolução clínica a partir dos registros hospitalares e da avaliação comportamental por meio de filmagens semanais de oito minutos, desde a inclusão do RNPT na amostra até a alta hospitalar. RESULTADOS: Tendência a redução do tempo de internação hospitalar, aumento do ganho de peso diário e predominância de comportamentos auto-organizados (respiração regular, estado de alerta, tônus equilibrado, posturas mistas, movimentação coordenada, movimentos de mão na face, sucção, preensão, apoio) para os RNPT do GE. A análise comparativa das idades pós-conceptuais divididas em intervalos (I - 31 a 33 semanas 6/7; II - 34 a 36 semanas 6/7; e III - 37 a 39 semanas 6/7) ressaltou, no aspecto motor, um tônus equilibrado e movimentação voluntária coordenada para os três períodos, maior permanência em posturas mistas (intervalo I) ou em flexão (intervalo II) e a obtenção de respiração mais regular na faixa etária I do GE. CONCLUSÃO: Destaque da estimulação tátil-cinestésica como método de intervenção durante o período de internação hospitalar, contribuindo para a auto-organização e regulação comportamental de RNPT. Artigo registrado no Australian New Zealand Clinical Trials Registry (ANZCTR) sob o número ACTRN12610000133033.
Resumo:
Este artigo visa categorizar as brincadeiras das crianças de um povoado rural do nordeste do Brasil. Foram observadas individualmente 32 crianças entre dois e 12 anos, de ambos os sexos, brincando em ambiente livre, em sessões de cinco minutos. A categoria de 'brincadeiras simbólicas' foi a mais observada (49%). Os temas das brincadeiras simbólicas estavam predominantemente atrelados ao modo de vida local. Diferenças de gênero foram observadas e analisadas. Os dados sugerem que meninas brincam mais simbolicamente, enquanto as brincadeiras dos meninos são mais variadas. A relação entre brincadeira e contexto baseia-se no aproveitamento das potencialidades que o ambiente oferece para o desenvolvimento da criança caracterizando as relações entre aspectos particulares de cada ambiente e as atividades lúdicas desenvolvidas.
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OBJETIVO: analisar a insegurança alimentar e o vínculo inadequado mãe-filho como dois potenciais determinantes da desnutrição em crianças de quatro a seis anos de idade. MÉTODOS: estudo de caso-controle desenvolvido em Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) no Jardim Jaqueline, área de alta vulnerabilidade social do município de São Paulo, Brasil. Foram aplicados a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e o Protocolo de Avaliação do Vínculo Mãe-filho, além de coletadas informações biológicas e socio-econômicas. Para verificação dos efeitos de cada variável independente e controle dos efeitos das demais variáveis incluídas no modelo, foi utilizado o modelo de regressão logística múltipla. RESULTADOS: verificou-se que tanto a insegurança alimentar familiar (OR=3,6) como o vínculo inadequado mãe-filho (OR=9,4) estiveram associados com a desnutrição infantil (p<0,05), mesmo após o controle para o peso ao nascimento da criança e idade, estado conjugal e trabalho maternos. CONCLUSÕES: tanto a insegurança alimentar familiar (OR=3,6) como o vínculo mãe-filho inadequado (OR=9,4) mostraram-se fatores determinantes da ocorrência da desnutrição na população estudada.
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O objetivo foi avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor de pré-escolares na educação infantil. Estudo de corte transversal, utilizando 38 itens do teste de Denver II. Foram avaliados todos os pré-escolares com idade entre quatro e seis anos incompletos matriculados na Rede Pública Municipal de Ensino de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil, no período de agosto 2002 a novembro 2003. Nesse período havia 960 pré-escolares matriculados em 27 creches e duas escolas públicas. Para a análise estatística foi aplicado o teste Ç2 com intervalo de 95% de confiança e ± = 5%. Para calcular os percentis da idade em que os pré-escolares passaram em cada prova foi realizada uma regressão logística. Dos 960 pré-escolares avaliados, 67% apresentaram desempenho normal, 30,2% questionável e 2,8% anormal. Em 27/38 itens avaliados, o percentual de acertos ultrapassou 90%. O desempenho alterado predominou no sexo masculino, no grupo de cinco a seis anos. O desempenho dessa população foi muito semelhante ao dos pré-escolares norte-americanos de Denver, Colorado. O melhor resultado segundo o gênero ocorreu no sexo feminino e segundo a idade no grupo de quatro anos.
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OBJETIVO: Estabelecer a evolução da prevalência de desnutrição na população brasileira de crianças menores de cinco anos de idade entre 1996 e 2007 e identificar os principais fatores responsáveis por essa evolução.MÉTODOS: Os dados analisados procedem de inquéritos "Demographic Health Surveys" realizados no Brasil em 1996 e 2006/7 em amostras probabilísticas de cerca de 4 mil crianças menores de cinco anos. A identificação dos fatores responsáveis pela variação temporal da prevalência da desnutrição (altura-para-idade inferior a -2 escores z; padrão OMS 2006) considerou mudanças na distribuição de quatro determinantes potenciais do estado nutricional. Modelagem estatística da associação independente entre determinante e risco de desnutrição em cada inquérito e cálculo de frações atribuíveis parciais foram utilizados para avaliar a importância relativa de cada fator na evolução da desnutrição infantil. RESULTADOS: A prevalência da desnutrição foi reduzida em cerca de 50%: de 13,5% (IC 95%: 12,1%;14,8%) em 1996 para 6,8% (5,4%;8,3%) em 2006/7. Dois terços dessa redução poderiam ser atribuídos à evolução favorável dos quatro fatores estudados: 25,7% ao aumento da escolaridade materna; 21,7% ao crescimento do poder aquisitivo das famílias; 11,6% à expansão da assistência à saúde e 4,3% à melhoria nas condições de saneamento.CONCLUSÕES: A taxa anual de declínio de 6,3% na proporção de crianças com déficits de altura-para-idade indica que em cerca de mais dez anos a desnutrição infantil poderia deixar de ser um problema de saúde pública no Brasil. A conquista desse resultado dependerá da manutenção das políticas econômicas e sociais que têm favorecido o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e de investimentos públicos que permitam completar a universalização do acesso da população brasileira aos serviços essenciais de educação, saúde e saneamento
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OBJETIVO: Descrever a variação temporal na prevalência de desnutrição infantil na região Nordeste do Brasil, em dois períodos sucessivos, identificando os principais fatores responsáveis pela evolução observada em cada período. MÉTODOS: Os dados analisados provêm de amostras probabilísticas da população de crianças menores de cinco anos estudadas por inquéritos domiciliares do programa Demographic Health Surveys realizados em 1986 (n=1.302), 1996 (n=1.108) e 2006 (n=950). A identificação dos fatores responsáveis pela variação na prevalência da desnutrição (altura para idade < -2 z) levou em conta mudanças na freqüência de cinco determinantes potenciais do estado nutricional, modelagens estatísticas da associação independente entre determinante e risco de desnutrição no início de cada período e cálculo de frações atribuíveis. RESULTADOS: A prevalência da desnutrição foi reduzida em um terço de 1986 a 1996 (de 33,9 por cento para 22,2 por cento ) e em quase três quartos de 1996 a 2006(de 22,2 por cento para 5,9 por cento ). Melhorias na escolaridade materna e na disponibilidade de serviços de saneamento foram particularmente importantes para o declínio da desnutrição no primeiro período, enquanto no segundo período foram decisivos o aumento do poder aquisitivo das famílias mais pobres e, novamente, a melhoria da escolaridade materna. CONCLUSÕES: A aceleração do declínio da desnutrição do primeiro para o segundo período foi consistente com a aceleração de melhorias em escolaridade materna, saneamento, assistência à saúde e antecedentes reprodutivos e, sobretudo, com o excepcional aumento do poder aquisitivo familiar, observado apenas no segundo período. Mantida a taxa de declínio observada entre 1996 e 2006, o problema da desnutrição infantil na região Nordeste poderia ser considerado controlado em menos de dez anos. ) Para se chegar a este resultado será preciso manter o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e assegurar investimentos públicos para completar a universalização do acesso a serviços essenciais de educação, saúde e saneamento
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Chronic diseases that are typical of adulthood may originate in intra-uterine life through inadequate fetal development. The present epidemiological cohort study of 506 healthy children aged 5\20138 years evaluated the relationship between birth weight and insulin resistance in an age group that has been assessed in few similar studies. Insulin concentration was determined by chemiluminescence and insulin resistance by the homeostasis model assessment (HOMA). Blood glucose, total cholesterol and fractions (LDL cholesterol and HDL cholesterol) and TAG concentrations were determined by automated enzymatic methods. Linear regression analysis investigated the relationship between birth weight (assessed as a continuous variable and in three categories: small for gestational age, SGA; adequate for gestational age and large for gestational age) and the HOMA index, using backward stepwise selection and biological models to explain the causal pathway of the relationship. There were negativeassociations between birth weight (P < 0·001), SGA (P = 0·027) and the HOMA index, and a positive association between waist circumference (P < 0·001) and the HOMA index. Considering the significant associations between birth weight and waist circumference (P < 0·001) and waist circumference and insulin resistance (P < 0·001), we can probably suspect that lower birth weight is a common cause of higher waist circumference and insulin resistance. In summary, the results of the present study showed increased insulin resistance in apparently healthy, young children, who had lower weight at birth and higher measurements of waist circumference. There is a need to develop public health policies that adopt preventive measures to promote adequate maternal-fetal and child development and enable early diagnosis of metabolic abnormalities
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Adjustments during postural control have been recognized in the process of the integration of movement and cognition. The objective of the present work was to describe postural changes and to verify if there is a correlation between postural adjustment and attention span in 7-month-old infants during 1 min of viewing an animated puppet. Method: Twenty-nine healthy infants (14 males) born from 31 to 39 weeks (median 36) were placed in a prone position and filmed watching a puppet during I min. The analysis of the images allowed us to catalogue the changes in position, the frequency of these changes, and the attention span. The following items were quantified: total number of infant positions, positions with weight transfer, changes in support, axis, decubitus, trunk and cervical movements, timing and pauses in visual attention. Results: Twenty-one infants stayed in the prone position during most of the recording, and eight chose sitting position before starting the session. Two groups were studied according to the main position throughout the filming, one in prone and the other in sitting positions, although they could rolling or crawling. For prone group the attention span was positively correlated with the number of positions with weight transfer (r = 0.53, p = 0.04), negatively correlated with trunk movements (r = -0.63, p = 0.01), and not correlated with birth or current weight. This work suggests that changes in the trunk movements and weight transfer are different traits related to the attention in 7-month-old infants. (C) 2008 Elsevier B.V.. All rights reserved.
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We analyzed Brazil's efforts in reducing child mortality, improving maternal and child health, and reducing socioeconomic and regional inequalities from 1990 through 2007. We compiled and reanalyzed data from several sources, including vital statistics and population-based surveys. We also explored the roles of broad socioeconomic and demographic changes and the introduction of health sector and other reform measures in explaining the improvements observed. Our findings provide compelling evidence that proactive measures to reduce health disparities accompanied by socioeconomic progress can result in measurable improvements in the health of children and mothers in a relatively short interval. Our analysis of Brazil's successes and remaining challenges to reach and surpass Millennium Development Goals 4 and 5 can provide important lessons for other low- and middle-income countries
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Background: RRP is a devastating disease in which papillomas in the airway cause hoarseness and breathing difficulty. The disease is caused by human papillomavirus (HPV) 6 or 11 and is very variable. Patients undergo multiple surgeries to maintain a patent airway and in order to communicate vocally. Several small studies have been published in which most have noted that HPV 11 is associated with a more aggressive course. Methodology/Principal Findings: Papilloma biopsies were taken from patients undergoing surgical treatment of RRP and were subjected to HPV typing. 118 patients with juvenile-onset RRP with at least 1 year of clinical data and infected with a single HPV type were analyzed. HPV 11 was encountered in 40% of the patients. By our definition, most of the patients in the sample (81%) had run an aggressive course. The odds of a patient with HPV 11 running an aggressive course were 3.9 times higher than that of patients with HPV 6 (Fisher's exact p = 0.017). However, clinical course was more closely associated with age of the patient (at diagnosis and at the time of the current surgery) than with HPV type. Patients with HPV 11 were diagnosed at a younger age (2.4y) than were those with HPV 6 (3.4y) (p = 0.014). Both by multiple linear regression and by multiple logistic regression HPV type was only weakly associated with metrics of disease course when simultaneously accounting for age. Conclusions/Significance Abstract: The course of RRP is variable and a quarter of the variability can be accounted for by the age of the patient. HPV 11 is more closely associated with a younger age at diagnosis than it is associated with an aggressive clinical course. These data suggest that there are factors other than HPV type and age of the patient that determine disease course.
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Context: Kisspeptin, encoded by the KISS1 gene, is a key stimulatory factor of GnRH secretion and puberty onset. Inactivating mutations of its receptor (KISS1R) cause isolated hypogonadotropic hypogonadism (IHH). A unique KISS1R-activating mutation was described in central precocious puberty (CPP). Objective: Our objective was to investigate KISS1 mutations in patients with idiopathic CPP and normosmic IHH. Patients: Eighty-three children with CPP (77 girls) and 61 patients with IHH (40 men) were studied. The control group consisted of 200 individuals with normal pubertal development. Methods: The promoter region and the three exons of KISS1 were amplified and sequenced. Cells expressing KISS1R were stimulated with synthetic human wild-type or mutant kisspeptin-54 (kp54), and inositol phosphate accumulation was measured. In a second set of experiments, kp54 was preincubated in human serum before stimulation of the cells. Results: Two novel KISS1 missense mutations, p.P74S and p.H90D, were identified in three unrelated children with idiopathic CPP. Both mutations were absent in 400 control alleles. The p.P74S mutation was identified in the heterozygous state in a boy who developed CPP at 1 yr of age. The p.H90D mutation was identified in the homozygous state in two unrelated girls with CPP. In vitro studies revealed that the capacity of the P74S and H90D mutants to stimulate IP production was similar to the wild type. After preincubation of wild-type and mutant kp54 in human serum, the capacity to stimulate signal transduction was significantly greater for P74S compared with the wild type, suggesting that the p.P74S variant is more stable. Only polymorphisms were found in the IHH group. Conclusion: Two KISS1 mutations were identified in unrelated patients with idiopathic CPP. The p.P74S variant was associated with higher kisspeptin resistance to degradation in comparison with the wild type, suggesting a role for this mutation in the precocious puberty phenotype. (J Clin Endocrinol Metab 95: 2276-2280, 2010)
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The term disorders of sex development (DSD) includes congenital conditions in which development of chromosomal, gonadal or anatomical sex is atypical. Mutations in genes present in X, Y or autosomal chromosomes can cause abnormalities of testis determination or disorders of sex differentiation leading to 46,XY DSD. Detailed clinical phenotypes allow the identification of new factors that can alter the expression or function of mutated proteins helping to understand new undisclosed biochemical pathways. In this review we present an update on 46,XY DSD aetiology, diagnosis and treatment based on extensive review of the literature and our three decades of experience with these patients.