�� "frente" da Semana de Arte Moderna: a presen��a de Gra��a Aranha e Paulo Prado

Reconhecidos como personagens centrais pelo grupo de intelectuais e artistas ligados �� Semana de Arte Moderna de 1922, Gra��a Aranha e Paulo Prado s��o muitas vezes deixados de lado pelos estudiosos e, em geral, se fazem presentes nas an��lises de bastidores e/ou em refer��ncias de terceiros. Este artigo pretende observar mais atentamente suas redes de sociabilidade e inser����o, o que revela, entre outras coisas, as ambival��ncias do engate de ambos os autores em um projeto "moderno", assim como certas ambival��ncias presentes no interior do pr��prio movimento modernista.

Da fotografia como arte �� arte como fotografia: a experi��ncia do Museu de Arte Contempor��nea da USP na d��cada de 1970

Este ensaio visa sistematizar os primeiros resultados de uma pesquisa, ainda em curso, sobre o processo de legitima����o da fotografia pelo sistema de arte no Brasil, cujo foco principal �� o museu. Os museus de arte da cidade de S��o Paulo foram escolhidos para dar in��cio a essa investiga����o. Primeiramente, ser�� abordada, em linhas gerais, a presen��a da fotografia no Museu de Arte Moderna de S��o Paulo e na Bienal de S��o Paulo, dada a vincula����o de origem do Museu de Arte Contempor��nea com essas duas institui����es paulistanas. Na seq����ncia ser�� analisada a forma����o do acervo fotogr��fico do Museu de Arte Contempor��nea da Universidade de S��o Paulo durante a d��cada de 1970. Por fim, esse percurso permitir�� observar que a atua����o de Walter Zanini, o primeiro diretor do Museu, e as particularidades da posi����o do MAC-USP no sistema de arte no Brasil naquele per��odo resultaram no entendimento da fotografia prioritariamente no ��mbito da arte contempor��nea de car��ter experimental e n��o como obra de arte aut��noma, segundo os princ��pios da chamada fotografia art��stica.

Arte e simbolismo xam��nico na Amaz��nia

Os chamados ��dolos de pedra amaz��nicos, apesar de conhecidos h�� mais de cem anos, constituem uma categoria de artefatos ind��genas sem contexto arqueol��gico, hist��rico ou etnogr��fico. Este artigo apresenta uma primeira an��lise formal das pe��as conhecidas e algumas hip��teses sobre a sua fun����o e finalidade. O estilo, os motivos simb��licos e o detalhe funcional de pares de furos id��nticos em todos os exemplares sugerem que eles eram parte do instrumental usado nos rituais xam��nicos de inala����o do paric�� e de outras subst��ncias alucin��genas.

Quimioterapia da doen��a de Chagas: estado da arte e perspectivas no desenvolvimento de novos f��rmacos

Neglected diseases are a major global cause of illness, long-term disability and death. Chagas' disease is a parasitic infection widely distributed throughout Latin America, with devastating consequences in terms of human morbidity and mortality. The existing drug therapy suffers from a combination of drawbacks including poor efficacy, resistance and serious side effects. In 2009, we celebrate the 100th anniversary of the discovery of Chagas' disease, facing the challenges of developing new, safe and effective drugs for the treatment of this disease. This brief review attempts to highlight the state of the art, limitations and perspectives of Chagas' disease drug development.

O rap, o hip-hop e o funk: a "er��ptica" da arte juvenil invade a cena das escolas p��blicas nas metr��poles brasileiras

A irrever��ncia e a criticidade de alguns rappers e o gingar alegre do corpo er��tico proposto pelo funk sugerem um novo cen��rio para as metr��poles do pa��s, em que a pluralidade da arte juvenil surge como forma de enfrentamento das marcas deixadas por fraturas sociais profundas. Os conceitos de "vis��o dionis��aca de mundo", "est��tica extrema" e "transvalora����o dos valores", de Nietzsche, e o "erotismo", segundo Bataille, nortearam o m��todo de ruptura de campo, concebido por Herrmann. Este, essencial para se repensar as no����es de autoridade e tradi����o na sociedade contempor��nea a partir das ideias veiculadas pelo rap e pelo funk. Consideramos que somente uma etnografia do olhar que apanhe a dimens��o er��tica e irreverente - a "er��ptica", segundo Canevacci - destas manifesta����es poderia nelas identificar uma est��tica afirmativa e cr��tica, como diria Nietzsche, capaz de produzir uma verdadeira revers��o dos valores em nossa sociedade e, no caso, no interior da pr��pria escola.

Entre a ru��na e a obra de arte: psicossociologia da percep����o da cidade hist��rica tur��stica

Este artigo objetiva discutir o processo de significa����o da cidade hist��rica tur��stica de Ouro Preto. Desenvolve-se por meio de uma pesquisa em psicologia social baseada na fenomenologia e no estudo micro-hist��rico da percep����o. O trabalho foi baseado em extensa pesquisa de artigos, livros e outras fontes sobre a cidade de Ouro Preto. Ao final, mostram-se os diferentes discursos concernentes a quatro campos perceptivos criados durante o século XX.

Um exemplo de aplica����o da Microscopia Raman na autentica����o de obras de arte

In the present work, Raman Microscopy was employed in the characterization of the pigments used in a drawing assigned to Tarsila do Amaral, one of the most important Brazilian artists. The work (colored pencil on paper), supposedly produced in the 1920 decade, is of a very simple composition, where blue, green and brown were the colors used. Prussian Blue was found as the blue pigment, whereas green was a mixture of copper phthalocyanine and a yellow dye, probably a diarylide; the brown pigment was a carbonaceous compound. Prussian Blue was replaced by phthalocyanine as pigment since the end of the 1930's and the possibility that it could have been used as pigment in the 1920's can be ruled out.

Migra����o lateral da desembocadura do Rio Itapoc��, SC, Brasil: evolu����o morfol��gica e condicionantes f��sicas

Desembocaduras s��o ambientes bastante din��micos e sujeitos �� complexa intera����o entre fatores estabilizadores e desestabilizadores. Dependendo dessa intera����o, desembocaduras podem apresentar a tend��ncia de migra����o ao longo de barreiras arenosas. Um dos mecanismos mais eficientes de transporte de sedimento paralelo �� costa, e consequentemente migra����o de canais, s��o as correntes longitudinais geradas pelas ondas se aproximando obliquamente �� costa. A motiva����o do presente trabalho �� entender o comportamento morfodin��mico do sistema de desembocadura do rio Itapoc��, localizado no centro-norte de Santa Catarina (SC), frente aos processos for��antes que atuam na sua migra����o ao longo da linha de costa. A morfologia dos pontais arenosos foi obtida a partir de levantamentos morfol��gicos com o uso de DGPS. Para analisar a refra����o de ondas foi utilizado o modelo num��rico MIKE 21 SW, sendo considerados como condi����es de contorno os dados de ondas referentes ao ano de 2002 e os dados de ondas previstos referentes ao per��odo de coleta. Os dados de sa��da do modelo foram utilizados para estimar a deriva litor��nea potencial na regi��o. Os resultados morfol��gicos obtidos demonstraram uma migra����o da desembocadura para o norte durante o per��odo analisado, sendo mais intenso durante o inverno e o ver��o. Ondas incidentes do quadrante sul sofreram mais o fen��meno da refra����o e as ondas de leste apresentaram menor varia����o angular ao se aproximarem �� costa. A deriva litor��nea potencial anual para os dados de ondas de 2002 apresentou sentido norte-sul, com invers��o de sentido durante o outono. Utilizando os dados de ondas previstas para o per��odo dos levantamentos, a deriva litor��nea potencial estimada apresentou sentido sul-norte, concordando com a migra����o observada. Na regi��o pr��xima a desembocadura, nos pontais arenosos, a deriva potencial apresentou dire����o para o norte durante todas as esta����es. Os dados de descarga fluvial n��o apresentaram influ��ncia na migra����o do canal, por��m apresentaram uma rela����o com a largura do mesmo sazonalmente.Os dados de morfologia juntamente com os dados de deriva litor��nea referentes ��s ondas de 2004/2005 mostraram claramente a migra����o do canal para o norte sendo a deriva a principal contribuinte para a migra����o da desembocadura.

Hydrodynamics of the Itapocu river and the Barra Velha lagoon estuarine system, SC, Brazil

A hydrodynamic characterization of the Itapocu river and Barra Velha lagoon estuarine system was carried out with the objective of evaluating how the current regime in this area is affected by astronomical and meteorological tides and the river discharge. Meteorological, water level and current velocity and direction data were gathered hourly during a twenty-day period, from 22-July until 10-August, 2004. Current meters were positioned at the inlet, at the entrance of the north and south lagoons and at the lower estuary of the river along with a tide gauge. The estuarine system showed distinct current behavior among the different sectors within the estuary, responding to the different forcings. The strongest currents were observed at the inlet while the weakest values were observed at the northern lagoon, a location that showed little dynamic. The general flow was ebb-dominated flux, in response to fluvial discharge, even during local wind water set-up event.

Associa����o entre o ��ndice de massa corporal de pais e de escolares de 7 a 14 anos de Florian��polis, SC, Brasil

OBJETIVOS: verificar a associa����o entre o ��ndice de Massa Corporal (IMC) de escolares de 7 a 14 anos e dos respectivos pais. M��TODOS: estudo transversal com 886 escolares de quatro escolas de Florian��polis, SC. Diagn��stico antropom��trico dos escolares e dos pais definido, respectivamente, a partir do IMC para idade de acordo com Centers for Disease Control and Prevention e dos pontos de corte da Organiza����o Mundial da Sa��de. A associa����o entre o IMC dos pais e dos escolares foi estimada por meio da raz��o de preval��ncia (RP) com intervalo de confian��a (IC) de 95% e teste qui-quadrado com valor de signific��ncia de p< 0,05. RESULTADOS: identificou-se preval��ncia de sobrepeso/obesidade mais elevada em meninos (29,9%) quando comparada a de meninas (17,7%) (p<0,001). Observou-se rela����o estatisticamente significante entre o IMC de escolares do sexo feminino com o IMC das m��es (RP=1,63; IC95%=1,1-3,0; p=0,02) e dos pais (RP=1,78; IC95%= 1,1-3,5; p=0,01). Nos escolares do sexo masculino a associa����o observada n��o foi estatisticamente significante. CONCLUS��ES: identificou-se que a preval��ncia do sobrepeso ou obesidade �� 1,63 vezes maior, entre as meninas, quando a m��e tamb��m apresenta esse dist��rbio e 1,78 vezes maior quando o pai o apresenta, em compara����o a m��es e pais eutr��ficos ou de baixo peso.

Antropometria de idosos residentes no munic��pio de Joinville-SC, Brasil

Objetivo: Fornecer dados antropom��tricos de idosos residentes na ��rea urbana do munic��pio de Joinville, SC. Metodologia: Foram analisados 218 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, n��o institucionalizados e residentes na ��rea urbana da cidade de Joinville-SC, no ano de 2002. Os idosos foram apresentados segundo sexo e grupo et��rio: 60-69 anos, 70-79 anos e 80 e mais. As vari��veis antropom��tricas foram apresentadas sob a forma de m��dia, desvio-padr��o e percentil (P5, P10, P25, P50, P75, P90 e P95). Resultados: Dos 218 idosos, 130 (59,6%) foram mulheres e 88 (40,4%) homens. Apesar de os valores m��dios da maioria das vari��veis investigadas sugerirem uma tend��ncia a diminuir com o aumento da idade, n��o houve diferen��a estatisticamente significativa dos valores m��dios entre os grupos et��rios para ambos os sexos (p>0,05). Quando comparados por sexo, os valores m��dios de IMC, CQ e DCT das mulheres foram significativamente superiores aos dos homens. Estes, em contrapartida, apresentaram valor m��dio da CC significativamente superior ao das mulheres (p<0,05). Conclus��o: A maioria dos estudos realizados com idosos em outros pa��ses tem investigado esta categoria considerando pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, o que dificulta a compara����o com os dados brasileiros. Somado a outros estudos realizados com idosos no Brasil, os dados obtidos neste estudo podem contribuir para a constru����o de um padr��o antropom��trico da popula����o idosa brasileira, ainda inexistente no pa��s