3 resultados para Archaeologists
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo (BDPI/USP)
Resumo:
A origem e a dispersão dos povos Tupiguarani têm sido intensamente debatidas entre arqueólogos e linguistas nas últimas cinco décadas. Em resumo, pode-se dizer que a ideia de que esses povos, que ocuparam grande parte do território brasileiro e parte da Bolívia, do Paraguai, do Uruguai e da Argentina, tiveram sua etnogênese na Amazônia e dali partiram para o leste e para o sul, por volta de 2.500 anos antes do presente, é bastante aceita entre os especialistas, embora uma dispersão no sentido oposto, isto é, do sul para o norte, com origem na bacia do Tietê-Paraná, não seja completamente descartada. Entre os arqueólogos que consideram a Amazônia como berço desses povos, alguns acreditam que esse surgimento se deu na Amazônia central. Outros acreditam que a etnogênese Tupiguarani ocorreu no sudoeste da Amazônia, onde hoje se concentra a maior diversidade linguística do tronco Tupi. Neste trabalho, a morfologia de 19 crânios associados à cerâmica Tupiguarani ou etnograficamente classificados como tais foram comparados a várias séries cranianas pré-históricas e etnográficas brasileiras por meio de estatísticas multivariadas. Duas técnicas multivariadas foram empregadas: Análise de Componentes Principais, aplicada sobre os centróides de cada série, e Distâncias de Mahalanobis, aplicadas aos dados individuais. Os resultados obtidos sugerem uma origem amazônica para os povos Tupiguarani, sobretudo pela forte associação encontrada entre crânios Tupi e Guarani do sudeste e do sul brasileiro e dos Tupi do norte do Brasil, com os espécimes provenientes da ilha de Marajó incluídos no estudo.
Resumo:
Two indigenous ceramics fragments, one from Lagoa Queimada (LQ) and another from Barra dos Negros (BN), both sites located on Bahia state (Brazil), were dated by termoluminescence (TL) method. Each fragment was physically prepared and divided into two fractions, one was used for TL measurement and the other for annual dose determination. The TL fraction was chemically treated, divided in sub samples and irradiated with several doses. The plot extrapolation from TL intensities as function of radiation dose enabled the determination of the accumulated dose (D(ac)), 3.99 Gy and 1.88 Gy for LQ and BN, respectively. The annual dose was obtained through the uranium, thorium and potassium determination by ICP-MS. The annual doses (D(an)) obtained were 2.86 and 2.26 mGy/year. The estimated ages were similar to 1375 and 709 y for BN and LQ ceramics, respectively. The ages agreed with the archaeologists` estimation for the Aratu and Tupi tradition periods, respectively.
Resumo:
Commonly used in archaeological contexts, micromorphology did not see a parallel advance in the field of experimental archaeology. Drawing from early work conducted in the 1990`s on ethnohistoric sites in the Beagle Channel, we analyze a set of 25 thin sections taken from control features and experimental tests. The control features include animal pathways and environmental contexts (beach samples, forest litter, soils from the proximities of archaeological sites), while the experimental samples comprise anthropic structures, such as hearths, and valves of Mytilus edulis (the most important component of shell middens in the region) heated from 200 degrees C to 800 degrees C. Their micromorphological study constitutes a modern analogue to assist archaeologists studying site formation and ethnographical settings in cold climates, with particular emphasis on shell midden contexts. (c) 2010 Elsevier Ltd. All rights reserved.