Tratamento farmacológico da DPOC

Aproximadamente sete milhões de brasileiros acima de 40 anos são acometidos pela DPOC. Nos últimos anos, importantes avanços foram registrados no campo do tratamento medicamentoso dessa condição. Foi realizada uma revisão sistemática incluindo artigos originais sobre tratamento farmacológico da DPOC publicados entre 2005 e 2009, indexados em bases de dados nacionais e internacionais e escritos em inglês, espanhol ou português. Artigos com tamanho amostral menor de 100 indivíduos foram excluídos. Os desfechos sintomas, função pulmonar, qualidade de vida, exacerbações, mortalidade e efeitos adversos foram pesquisados. Os artigos foram classificados segundo o critério da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease para nível de evidência científica (grau de recomendação A, B e C). Dos 84 artigos selecionados, 40 (47,6%), 18 (21,4%) e 26 (31,0%) foram classificados com graus A, B e C, respectivamente. Das 420 análises oriundas desses artigos, 236 referiam-se à comparação de fármacos contra placebo nos diversos desfechos estudados. Dessas 236 análises, os fármacos mais frequentemente estudados foram anticolinérgicos de longa duração, a combinação β2-agonistas de longa duração + corticosteroides inalatórios e corticosteroides inalatórios isolados em 66, 48 e 42 análises, respectivamente. Nas mesmas análises, os desfechos função pulmonar, efeitos adversos e sintomas geraram 58, 54 e 35 análises, respectivamente. A maioria dos estudos mostrou que os medicamentos aliviaram os sintomas, melhoraram a qualidade de vida, a função pulmonar e preveniram as exacerbações. Poucos estudos contemplaram o desfecho mortalidade, e o papel do tratamento medicamentoso nesse desfecho ainda não está completamente definido. Os fármacos estudados são seguros no manejo da DPOC, com poucos efeitos adversos.

Intermittent hypoxia-induced sensitization of central chemoreceptors contributes to sympathetic nerve activity during late expiration in rats

Molkov YI, Zoccal DB, Moraes DJ, Paton JF, Machado BH, Rybak IA. Intermittent hypoxia-induced sensitization of central chemoreceptors contributes to sympathetic nerve activity during late expiration in rats. J Neurophysiol 105: 3080-3091, 2011. First published April 6, 2011; doi:10.1152/jn.00070.2011.-Hypertension elicited by chronic intermittent hypoxia (CIH) is associated with elevated activity of the thoracic sympathetic nerve (tSN) that exhibits an enhanced respiratory modulation reflecting a strengthened interaction between respiratory and sympathetic networks within the brain stem. Expiration is a passive process except for special metabolic conditions such as hypercapnia, when it becomes active through phasic excitation of abdominal motor nerves (AbN) in late expiration. An increase in CO(2) evokes late-expiratory (late-E) discharges phase-locked to phrenic bursts with the frequency increasing quantally as hypercapnia increases. In rats exposed to CIH, the late-E discharges synchronized in AbN and tSN emerge in normocapnia. To elucidate the possible neural mechanisms underlying these phenomena, we extended our computational model of the brain stem respiratory network by incorporating a population of presympathetic neurons in the rostral ventrolateral medulla that received inputs from the pons, medullary respiratory compartments, and retrotrapezoid nucleus/parafacial respiratory group (RTN/pFRG). Our simulations proposed that CIH conditioning increases the CO(2) sensitivity of RTN/pFRG neurons, causing a reduction in both the CO(2) threshold for emerging the late-E activity in AbN and tSN and the hypocapnic threshold for apnea. Using the in situ rat preparation, we have confirmed that CIH-conditioned rats under normal conditions exhibit synchronized late-E discharges in AbN and tSN similar to those observed in control rats during hypercapnia. Moreover, the hypocapnic threshold for apnea was significantly lowered in CIH-conditioned rats relative to that in control rats. We conclude that CIH may sensitize central chemoreception and that this significantly contributes to the neural impetus for generation of sympathetic activity and hypertension.