293 resultados para Murilo Mendes
Resumo:
As evidências sugerem que a deficiência androgênica na mulher exibe como principal manifestação clínica a disfunção sexual, especialmente a queda da libido. Entretanto, outros fatores podem também estar implicados na gênese da disfunção sexual, como o relacionamento interpessoal, os estressores sociais, o sedentarismo e o próprio fator masculino. A prevalência da disfunção sexual feminina oscila entre 9 por cento e 43 por cento e recentemente muitos estudos têm mostrado que a reposição com androgênios não só melhora o desempenho sexual, mas também os distúrbios do humor e sintomas vasomotores. Por isso, o profissional de saúde deve sempre incluir no diagnóstico diferencial da disfunção sexual a Síndrome de Deficiência Androgênica, mesmo em mulheres com concentrações séricas normais de estrogênios. O presente artigo tem como objetivo revisar os aspectos práticos da Síndrome de Deficiência Androgênica, enfocando especialmente o diagnóstico e tratamento. Para tanto, nos valemos da análise de 105 artigos publicados em revistas indexadas no PUBMED nos últimos 51 anos (até maio de 2010), incluindo consensos e opiniões de especialistas. Como conclusão, a Síndrome de Deficiência Androgênica na mulher é negligenciada, existindo ainda muitas controvérsias quanto ao seu diagnóstico e terapêutica, especialmente no tocante à escolha do androgênio, a via de administração e o tempo de duração de uso
Resumo:
Objetivo: Identificar os principais sintomas e sinais ao exame vestibular computadorizado em pacientes na menopausa. Método: Foram examinadas 24 pacientes com idades entre 46 a 66 anos. Analisaram-se os dados relativos à sintomatologia e achados ao exame vestibular computadorizado com vectonistagmografia realizado no ambulatório de otoneurologia da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 2004 e 2005. Resultados: Entre as pacientes, 54,1 por cento faziam reposição hormonal. Em relação aos sintomas relatados, observamos cefaléia (58,4 por cento), hipersensibilidade a sons intensos (58,4 por cento), tontura (54,2 por cento), zumbido (50 por cento), hipoacusia (50 por cento), ansiedade (50 por cento), distúrbio neurovegetativo (41,7 por cento), vertigem (37,5 por cento) e depressão (37,5 por cento). Ao exame vestibular encontramos alterações do nistagmo de posicionamento (12,5 por cento), e prova calórica (54,2 por cento). Na conclusão do exame tivemos prevalência de síndrome vestibular periférica irritativa (54,2 por cento). Conclusão: Por meio dos resultados desta pesquisa concluiu-se que pacientes no período da menopausa apresentam elevada prevalência de sintoma otoneurológicos e alterações à vectonistagmografia computadorizada, com predomínio de síndrome vestibular periférica do tipo irritativo
Resumo:
Background: Atherosclerosis and its complications remain the most common cause of death in postmenopausal women. But there are few studies evaluating in hormonal theraphy can affect the autoimmune response involved in atherosclerosis. Objective to evaluate the effects to soy germ isoflavones and hormone replacement theraphy on antibodies against heat shock proteins (HPSP60, HPSP70 and HSC70) in moderately hypertensive hypercholesterolemic postmenopausal women. Methods: Women were treated with soy germ (2g/day) 17'beta'-estradiol(2 mg/day) or 17'beta'-estradiol (2mg/day)+noretisterone acetate (1mg/day), for 3 months after taking placebo for 1 month. The plasma autoantibodies to HSP60, HSP70 and HSC70 were determined by ELISA. Results: Data showed a reduction of autoantibodies against HSC70 after treatment in the 3 studies groups in relation to the placebo. The antibodies reactive to HSP70 were reduced only in women receiving soy germ. No significant differences were found for antibodies against HSP60. Conclusion: The soy germ isoflavones and 17'beta'-estradiol, alone or associated with noretisterone acetate, had similar effects on reduction of antibodies reactive to HSP70 in moderately hypertensive hypercholesterolemic postmenopausal women after 3 months of treatment. Thus, there results indicate that soy isoflavnes and hormone theraphy may modulate some pathways of the immune-inflammatory process in postmenopausal women at high risk for atherosclerosis.
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OBJETIVO: realizar revisão sistemática de estudos de prevalência dos sintomas depressivos na perimenopausa.MÉTODO: A pesquisa foi efetuada a partir das bases de dados MEDLINE e EMBASE. Foram incluídos estudos transversais originais com populações adultas (idade de 40 a 55 anos), no período de 1996 a 2006, que estimaram a prevalência de sintomas depressivos na perimenopausa nos idiomas: inglês, francês, espanhol e português. A seleção dos estudos pela estratégia de busca foi feita de forma independente por dois avaliadores. Foram incluídos os estudos que preencheram os seguintes critérios metodológicos: características epidemiológicas, definições de perimenopausa, instrumentos válidos utilizados para sintomas depressivos.RESULTADOS: Após a avaliação de 1.345 artigos, restaram apenas cinco que caracterizaram uma população de 11.020 mulheres com idades entre 40 e 60 anos. Constatamos que a prevalência de sintomas depressivos na perimenopausa variou entre 19% e 73%.CONCLUSÃO: A presente revisão sistemática mostrou expressiva variação na prevalência de sintomas depressivos na perimenopausa; ademais, não foi possível caracterizar se a sintomatologia depressiva na perimenopausa decorreu exclusivamente de flutuações hormonais observadas neste estágio da vida ou de antecedentes prévios de depressão
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Abstract The importance of thrombosis and anticoagulation in clinical practice is rooted firmly in several fundamental constructs that can be applied both broadly and globally. Awareness and the appropriate use of anticoagulant therapy remain the keys to prevention and treatment. However, to assure maximal efficacy and safety, the clinician must, according to the available evidence, choose the right drug, at the right dose, for the right patient, under the right indication, and for the right duration of time. The first International Symposium of Thrombosis and Anticoagulation in Internal Medicine was a scientific program developed by clinicians for clinicians. The primary objective of the meeting was to educate, motivate and inspire internists, cardiologists and hematologists by convening national and international visionaries, thought-leaders and dedicated clinician-scientists in Sao Paulo, Brazil. This article is a focused summary of the symposium proceedings
Ooforectomia profilática na histerectomia por agravo uterino benigno: evidências atuais [Comentário]
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Our objective in this work was to test the effects of daily intake of bread produced with partially defatted ground flaxseed on the climacteric symptoms and endometrial thickness of postmenopausal women. A double-blind, placebo-controlled, randomized clinical trial was performed with 38 women who had been postmenopausal for 1–10 y and consumed 2 slices of bread containing 25 g of flaxseed (46 mg lignans) or wheat bran (<1 mg lignans; control) every day for 12 consecutive weeks. The outcome variables were the daily number of hot flashes, the Kupperman Menopausal Index (KMI), and endometrial thickness. The plasma lipid profile (total cholesterol and HDL, LDL, and VLDL cholesterol fractions and triglycerides) and the hormones estradiol, follicle-stimulating hormone, thyroid-stimulating hormone, and free thyroxine also were measured. Food intake was evaluated by means of 2 24-h recalls, before and after the treatment. Twenty patients in the study group and 18 in the control group completed the study. The general characteristics did not differ between the 2 groups at the start of the study. Both had significant, but similar, reductions in hot flashes and KMI after 3 mo of treatment. Moreover, endometrial thickness was not affected in either group. Our findings clearly show that although flaxseed is safe, its consumption at this level (46 mg lignans/d) is no more effective than placebo for reducing hot flashes and KMI
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Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre métodos anticoncepcionais em mulheres no puerpério, bem como analisar a escolha e seu uso efetivo decorrido seis meses do parto. Método: Estudo prospectivo, transversal, realizado por entrevistas no puerpério precoce e após seis meses, com 107 mulheres internadas que aceitaram participar do estudo após a leitura do consentimento livre e esclarecido. Avaliaram-se os indicadores socioeconômicos, o conhecimento em anticoncepção, a orientação recebida, a oferta e uso de contraceptivos após seis meses do parto. Resultados: Os métodos anticoncepcionais mais conhecidos de forma espontânea foram a pílula (89%) e o condom masculino (65%). O DIU com hormônio foi o menos lembrado espontaneamente. Perto de 95% das puérperas referiram desejar evitar nova gravidez. Os métodos mais escolhidos foram a pílula (24%) e a ligadura tubária (18%). Ao se perguntar sobre o interesse em outros métodos contraceptivos após o questionário, 48% demonstraram interesse, sendo o mais citado o DIU (26%). Apenas um quarto das mulheres que disseram conhecer o DIU, faria a opção pelo método. Após seis meses, apenas 47 mulheres foram contatadas, e somente 31 delas haviam recebido orientação sobre anticoncepção (em média sobre três métodos diferentes). Houve apenas uma inserção de DIU de cobre, e três mulheres estavam grávidas naquele momento. Conclusões: O conhecimento da anticoncepção pelas mulheres no puerpério foi alto e melhorou após a estimulação. A avaliação dos resultados parece indicar que a simples leitura dos métodos anticoncepcionais disponíveis contribui para a escolha por métodos não relatados espontaneamente
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OBJETIVO: Analisar a prevalência da infecção genital por papilomavírus humano (HPV) de alto risco por faixa etária e fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 2.300 mulheres (15-65 anos) que buscaram rastreamento para o câncer cervical entre fevereiro de 2002 e março de 2003 em São Paulo e Campinas, estado de São Paulo. Aplicou-se questionário epidemiológico e realizou-se coleta cervical para citologia oncológica e teste de captura híbrida II. As análises estatísticas empregadas foram teste de qui-quadrado de Pearson e análise multivariada pelo método forward likelihood ratio. RESULTADOS: A prevalência total da infecção genital por HPV de alto risco foi de 17,8%, distribuída nas faixas etárias: 27,1% (<25 anos), 21,3% (25-34 anos), 12,1% (35-44 anos), 12,0% (45-54 anos) e de 13,9% (55-65 anos). Participantes com maior número de parceiros sexuais durante a vida apresentaram maior freqüência da infecção. Relacionamento estável, idade de 35 a 44 anos e ex-fumantes foram associados à proteção da infecção. A infecção genital por HPV de alto risco ocorreu em 14,3% das citologias normais, em 77,8% das lesões escamosas de alto grau e nos dois (100%) casos de carcinoma. CONCLUSÕES: A prevalência da infecção genital por HPV de alto risco na amostra estudada foi alta. Houve predomínio de casos abaixo dos 25 anos e tendência a um novo aumento após os 55 anos, com maior freqüência naqueles com maior número de parceiros sexuais durante a vida
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Background: Obesity is a public health problem and it is necessary to identify if non-symptomatic obese women must be submitted to endometrial evaluation. Aims: To determine the prevalence of endometrial hyperplasia and cancer in non-symptomatic overweight or obese women. Methods: A cross-sectional study was carried out in 193 women submitted to an endometrial biopsy using a Pipelle de Cornier. The findings were classified as normal, hyperplasia or cancer, and the results were compared to body mass index (BMI; kg/m2). For the purpose of statistical analysis, women were divided into two groups: women of reproductive age and postmenopausal women, and according to BMI as overweight or obese. Results: The prevalence of endometrial cancer and hyperplasia was 1.0% and 5.8% in women of reproductive age and 3.0% and 12.1% in postmenopausal women, respectively. According to logistic regression, being in the postmenopause increased the risk of endometrial hyperplasia and cancer to 1.19 (95% confidence interval (CI): 0.36-3.90), while being postmenopausal and severely obese increased the odds ratio (OR) to 1.58 (95%CI: 0.30-8.23) and being postmenopausal and morbidly obese increased the OR to 2.72 (95%CI: 0.65-11.5). No increase in risk was found in women of reproductive age who were either overweight or obese. Discussion: Our results show that non-symptomatic, severe or morbidly obese postmenopausal women have a high risk of developing endometrial hyperplasia or cancer; however, no such risk was found for women of reproductive age.
Resumo:
A síndrome de Turner é uma das doenças genéticas mais comuns, ocorrendo em cerca de 1:2.500 recém-nascidas. Representa a forma mais freqüente de hipogonadismo hipergonadotrófico. O hipoestrogenismo é a principal causa atribuída ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, osteopenia e osteoporose. Diante da elevada incidência dessas doenças, o objetivo deste trabalho foi analisar a densidade mineral óssea das mulheres portadoras da síndrome de Turner e verificar a presença de fatores de risco de doença cardiovascular (DCV). Foram encontrados, pelo método Dexa, 14,28 por cento das mulheres com densidade mineral óssea normal, 28,5por cento com osteopenia e 57,1por cento com osteoporose. Foi observada hipertensão em uma mulher, obesidade em outra, diabetes em duas e todas referiram ser sedentárias (sete). Ressalta-se, portanto a importância da avaliação precoce do tecido ósseo e do rastreamento dos fatores de risco de DCV, assim como o controle dos fatores modificáveis e orientações de mudança do estilo de vida com finalidade preventiva
Resumo:
The efficacy of breast-conserving surgery for the local control of early breast cancer has been repeatedly evidenced. Although immediate reconstruction following breast-conserving surgery has been described, little information is available regarding surgical management in reoperative settings due to positive margins. We studied the influence of intraoperatively assessed and postoperatively controlled surgical margin status on the type of breast-conserving surgery and report our results regarding complications in a reoperative breast reconstruction scenario. All patients were seen by a multidisciplinary team who recommended breast-conserving surgery. According to the breast volume, ptosis and tumor size/location, the patients were also evaluated by a plastic surgeon, who recommended reconstruction with the appropriate technique. Intraoperative assessment of surgical margins was determined by histological examination of frozen sections. The mean follow-up time was 48months. Two hundred and eighteen patients (88.5 per cent ) underwent breast-conserving surgery and immediate reconstruction. Twelve (5.5 per cent ) patients had a positive tumor margin after review of the permanent section. All patients underwent re-exploration. In 1.3 per cent , a second reconstructive technique was indicated and in 2.2 per cent a skin-sparing mastectomy with total reconstruction was performed. Our findings support the important role of the intraoperative assessment of surgical margins and its interference in the selection of reconstruction techniques and negative margins; however, it will not guarantee complete excision of the tumor. Success depends on coordinated planning with the oncologic surgeon and careful intraoperative management